Caribe profundo
Vista do promontório em que se instalou a guest-house Casa Iguana.
Alvorada nas Caraíbas
Nativos remam em direcção a uma doca de Bluefields.
Vista suprema
Cenário de floresta e mar das Caraíbas visto a partir do ponto mais alto da Little Corn.
Mergulhos de ferrugem
Nativos da Big Corn Island mergulham do cimo de um barco encalhado ao largo da Brig Bay.
Visual caribenho
Coqueiro destacado acima do mar das Caraíbas.
Partida
Morador de Bluefields - na costa nicaraguense - observa um barco afastar-se em direcção às Corn Islands.
Hit
Nativo da Big Corn treina baseball sobre a relva do principal estádio da ilha. O baseball é o principal desporto da Nicarágua.
Arte balnear
Pequena instalação com búzios abandonada num areal imaculado da Little Corn island.
Snorkeling
Visitantes da Little Corn island exploram o fundo do mar coralífero ao largo da ilha.
Erva Little Corn
Prado tropical do interior da Little Corn Island.
Lado da Bonança
A baía que acolhe a única povoação da Little Corn Island.
Arte balnear
Casal passa por uma construção de troncos no litoral idílico da Little Corn.
Recoleção Tropical
Morador apanha cocos numa praia tranquila da Little Corn Island.
Vólei crioulo
Nativos jogam vólei, numa partida que teve como prémio gelados em sacos de plástico.
Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.

Apanhar um autocarro num terminal de Manágua não é experiência em que se embarque de ânimo leve.

A cidade respira uma atmosfera de hostilidade latente.

As grades que contêm lojas, as habitações e os seguranças armados de caçadeiras de canos cerrados intimidam.

A nossa passagem pela capital confirmou-se, assim, apressada como a tínhamos previsto. Seguiu-se uma travessia tão desconfortável quanto enigmática do interior do país, por estradas de terra enlameada, rios escondidos pela selva e pela neblina.

Chegamos a Bluefields, já na costa Atlântica, ao fim do dia.

Com tempo para sentirmos, nas ruas e num ou outro bar, o seu pulsar caribenho garifuna e reggae, pesado e arrítmico devido ao tráfego de cocaína “white lobster” que há muito agarrou a povoação.

Bluefield, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Morador de Bluefields – na costa nicaraguense – observa um barco afastar-se em direcção às Corn Islands.

A Chegada Domingueira e Matinal à Big Corn Island

Na manhã seguinte, bem cedo, sobrevoamos 60 km do Mar das Caraíbas e as duas Corn Islands, antes de aterrarmos na maior, a Big Corn.

Instalamo-nos na Casa Blanca, uma pequena guest house familiar a funcionar numa vivenda verde e amarela de madeira, envelhecida, gasta como quase todas em redor.

Sem tempo a perder, refrescamo-nos no mar cristalino da praia em frente. Logo, saímos à descoberta, em duas velhas pasteleiras alugadas.

snorkeling, corn islands, puro caribe, nicaragua

Visitantes da Little Corn island exploram o fundo do mar coralífero ao largo da ilha.

Os trilhos passam junto a grupos espaçados de habitações espartanas que as tempestades tropicais e os ciclones sacodem com frequência.

Como o fez, em 1988, o Joan que derrubou a maior parte dos coqueiros e a produção vital de copra da ilha, deixando-a dependente da pesca e de um turismo irrisório.

É Domingo. Cruzamo-nos com famílias pitorescas trajadas a rigor, a caminho das suas igrejas preferidas. Como noutras partes da Nicarágua e do Caribe, a religião sustenta a comunidade. ao mesmo tempo, divide-a entre as várias ramificações que se foram instalando.

Pela multidão que se dirige ao seu templo, a adventista parece ter conquistado a maior parte dos fiéis. Mesmo menos frequentadas, as anglicanas e as baptistas, capricham nas suas cerimónias, aqui e ali, realizadas à laia de musical gospel.

Os nativos que não aderiram a nenhuma das fés, ficam-se pelos domicílios e pequenos jardins contíguos.

Deixam-se embalar pelos ritmos caribenhos que chegam em onda curta do outro lado do mar.

Barco Ferrugento, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Nativos da Big Corn Island mergulham do cimo de um barco encalhado ao largo da Brig Bay.

Enquanto isso, verificam a longa cozedura de mais um almoço de arroz e feijão, quem sabe enriquecido por algum peixe frito.

A História e Aventura Étnica das Corn Islands/Islas del Maiz

A população de quase sete mil habitantes das Corn Islands / Islas del Maiz era predominantemente crioula. Formada por uma mescla sanguínea dos indígenas com escravos africanos trazidos de outras paragens das Caraíbas, como a Jamaica.

Os ingleses colonizaram as Corn Island até 1894.

Nos últimos tempos, o panorama étnico das Corn Islands complexificou-se.

As ilhas atraíram nicaraguenses hispânicos vindos do continente e miskitos (da Costa dos Mosquitos), ambos responsáveis por o castelhano estar prestes a ultrapassar o inglês crioulo como língua mais falada.

Os miskitos provaram-se eles próprios, uma improvável combinação genética.

Atestam vários historiadores que gerada pela displicência marítima de um português.

Baseball, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Nativo da Big Corn treina baseball sobre a relva do principal estádio da ilha. O baseball é o principal desporto da Nicarágua.

A Revolta no Navio de Lourenço Gramalxo que Africanizou a Costa dos Mosquitos

Lourenço Gramalxo era um capitão de um barco negreiro que transportava escravos da Ilha de Samba, ao largo do Senegal, com o Brasil como provável destino.

Durante a viagem transatlântica, os escravos apoderaram-se do seu navio.

Sem qualquer conhecimentos de navegação, não evitaram que naufragasse na zona dos Cayos Miskitos. Numa primeira fase, foram aprisionados.

Mais tarde, adoptados pelo povo Tawira que aceitou uniões dos africanos com mulheres da sua tribo e os seus filhos como membros livres.

Apreciamos a intrusão dos hispânicos e dos nativos miskitos nas Corn Islands nos bares da avenida principal e da praia Pic-nic Center.

Ali, o reggae e o calypso e as cervejas nacionais, a Toña e a Vitória animam o ambiente e puxam pelas conversas fáceis dos latino-americanos.

Troncos, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Casal passa por uma construção de troncos no litoral idílico da Little Corn.

Prendados pela bonança meteorológica, os dias sucedem-se, gloriosos, sob um céu sempre azulão, afagados por uma brisa que suaviza o calor tropical.

Umas poucas nuvens aventuram-se junto ao pôr-do-sol.

A chuva que irriga a vegetação tropical da ilha cai apenas de noite, em bátegas fulminantes que limpam a atmosfera matinal iminente.

Baia coqueiro, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Coqueiro destacado acima do mar das Caraíbas.

Tempo de Navegar da Big Corn para Little Corn Island

Após três dias de Big Corn Island, mudamo-nos de lancha para a irmã miniatura, a Little Corn island. A Pequeña Isla del Maíz, como preferem tratá-la os nicaraguenses continentais.

Depressa compreendemos que é bem mais que a dimensão aquilo que distingue a Big da Little Corn. A primeira abriga a alma cultural e a sede laboral do arquipélago.

Já a Little permanece à margem dos acontecimentos, num retiro tropical que só os seus seiscentos habitantes e umas dezenas de visitantes por dia, em época alta, têm o privilégio de usufruir.

Pouco depois de nos instalarmos, tomamos o trilho que contorna a ilha. Descobrimos as variantes do seu litoral, levemente urbanizado na costa oeste, a protegida do vento e da rebentação.

Baia Oeste, Corn islands, puro caribe, nicaragua

A baía que acolhe a única povoação da Little Corn Island.

Selvagem de um modo quase divinal na oposta, onde o mar é quebrado por uma extensão da segunda maior barreira de coral do mundo. Ali, assume um estranho padrão listado de azuis e verdes que se estende ao areal branco e quase toca a linha de coqueiros que lhe faz sombra.

Ao longo desse trilho e de outros que dele ramificam, cruzamo-nos com nativos. Saudamo-los com um convencional “Hi” ou “Hello”. Mas, digamos o que dissermos, o cumprimento que deles obtemos é sempre “OK”.

Ao fim de algum tempo sem percebermos a lógica, confirmamos com um dos transeuntes a explicação para o fenómeno a que tínhamos entretanto chegado.

A ilha é tão pequena e tem tão poucos trilhos que os seus 600 habitantes acabam por neles se cruzar várias vezes ao dia.

De maneira a evitarem o desconforto e a chatice das constantes repetições de saudações, simplificaram as abordagens até ao extremo de omitirem a pergunta e trocarem apenas a mais básica das respostas, “OK”.

O Panorama Perfeito a Partir da Casa Iguana

Um declive acentuado leva-nos à propriedade da Casa Iguana, uma guest house de impacto ecológico quase nulo que se instalou junto a uma saliência elevada na costa e tem a melhor vista da ilha.

Vista da Casa Iguana, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Vista do promontório em que se instalou a guest-house Casa Iguana.

“É algo realmente especial, não é?” pergunta-nos Jeff, uma espécie de sócio-capataz do lugar que se mudou do Canada vasto e frígido para usufruir, por uns tempos, da beleza e do calor aconchegantes daquele cenário.

“Até tenho arrepios quando aqui volto.”, confessa-nos. E continua a contemplar a floresta verdejante do interior, a linha curva de costa delineada pelo areal e o Caribe azulado que o encontra.

O sol precipita-se sobre o horizonte. Sem qualquer fonte de iluminação, preocupamo-nos em regressar à costa oeste antes que o escuro nos escondesse os caminhos.

Prado, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Prado tropical do interior da Little Corn Island.

Seguimos por um atalho assinalado no croqui “oficial” da ilha. Numa zona quase cimeira da ilha, deparamo-nos com um enigmático prado amarelado.

Voleibol de Praia e Água de Coco Fresca

Já na povoação, paramos para assistirmos ao final de um torneio caseiro de voleibol sobre a areia. Disputam-no adolescentes e homens aguerridos.

Volei, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Nativos jogam vólei, numa partida que teve como prémio gelados em sacos de plástico.

Entre manchetes e remates esforçados gritam, discutem e praguejam tanto em castelhano como no inglês apiratado, quase incompreensível da ilha.

Quinhentos metros ao lado, num bar minimal à beira-mar plantado, um grupo de visitantes escandinavos delicia-se a beber águas de cocos.

Coqueiro, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Morador apanha cocos numa praia tranquila da Little Corn Island.

Esteban, o dono hispânico, barman residente colhe-os de um coqueiro do seu quintal com a ajuda meticulosa de um machete e da esposa. Juntamo-nos ao convívio.

Nós, admiramos a simplicidade do seu negócio. Comparamo-lo com o frenesim do dia-a-dia europeu e elogiamos a vida pachorrenta daquelas quase desconhecidas Caraíbas.

Ambergris Caye, Belize

O Recreio do Belize

Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Lago Cocibolca, Nicarágua

Mar, Doce Mar

Os indígenas nicaraos tratavam o maior lago da América Central por Cocibolca. Na ilha vulcânica de Ometepe, percebemos porque o termo que os espanhóis converteram para Mar Dulce fazia todo o sentido.

Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Arquitectura & Design
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Bom conselho Budista
Cerimónias e Festividades
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Cidade do Cabo, África do Sul, Nelson Mandela
Cidades
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Cultura
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Casal Gótico
Em Viagem

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Étnico
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Canal de Lazer
História
Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas Faroé
Ilhas
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Natureza
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Vaca cachena em Valdreu, Terras de Bouro, Portugal
Parques Naturais
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Campeche, México, Península de Iucatão, Can Pech, Pastéis nos ares
Património Mundial UNESCO
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
República Dominicana, Praia Bahia de Las Águilas, Pedernales. Parque Nacional Jaragua, Praia
Praias
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
igreja, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico
Religião
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Sociedade
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Vida Selvagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.