Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida


Airboat no Caminho
Árvore Só
Garça Cinzenta
Em recarga
Doca dos Airboats
Pouso do Íbis
Dorso Reptílineo
Airboat USA
Timoneiro de airboat
Canais e mais Canais
Lago verdejante
Riscos & Sombras
Em Recarga II
Canal nos Carriços
O Guia
everglades-florida-estados-unidos-arredores-miami
Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.

Barulhentos e polémicos a condizer, os tours a bordo de airboats abundam por uma razão óbvia.

Suplantam as incursões a pé ou de bicicleta a partir do quartel-general do parque nacional, demasiado caras, que se mantêm à beira de uns poucos canais e quase nada revelam.

Assumimos, assim, a necessidade de subimos a bordo de um dessas embarcações excêntricas que zarpam da beira da Highway 41, uma de duas que partem do litoral Atlântico, cruzam Miami e, na companhia de canais, sulcam a imensidão alagada a oeste.

Num ápice, deixamos a margem florestada contígua ao asfalto para o pântano circundante.

Removemos os tampões dos ouvidos de cada vez que, no seu posto sobranceiro e ao longo do percurso, o timoneiro fazia diminuir a rotação do motor para comunicar.

Tão flutuante como ruidosa, a embarcação navegava, ora sobre água escura, ora sobre o matagal de carriço (cyperaceae juss) que dela despontava.

A Fauna Prolífica do Parque Nacional Everglades

Decorridos outros breves instantes, já a realidade ilustrava a teoria zoológica debitada a salvo do motor.

Garças de distintas subespécies, íbis, colhereiros e outras criaturas asadas descolavam para o céu azul polvilhado de branco.

Dezenas de alligators veem-se forçados a interromper o seu recarregamento ao sol e submergiam para as funduras tom de coca-cola do Parque Nacional Everglades.

Disseminados pelos mais de 610 mil hectares protegidos pelo parque nacional homónimo (uma área bem maior não protegida), os jacarés são, desde sempre, o animal mais procurado nestes giros e o protagonista.

Outros, mamíferos em vez de répteis, ocupam lugares alternativos nesse estrelato. É o caso dos peixe-boi que, por norma, se mantêm junto a nascentes de água-doce.

E dos pumas-da-florida. Mesmo sob atenção especial, recuperados de apenas trinta nos anos 90 para mais de 200 na actualidade, concentrados em refúgios mais para norte do parque, estes felinos endémicos raramente são avistados pelo comum visitante.

Uma Invasão de Espécies Daninhas

Na Flórida – como noutros estados dos E.U.A – a aquisição e posse de espécies exóticas tornou-se moda. Em pouco tempo, vitimou tanto os Everglades como o puma-da-florida.

Moradores pouco informados ou conscientes da região lá se livram de peixes de aquário e de viveiro, iguanas, lagartos monitores, papagaios e periquitos. Nenhuma outra espécie adicionada causa tanto dano como as pitons birmanesas e as anacondas-verdes.

Mesmo se estas visam amiúde os jacarés e com eles se confrontam, várias das suas presas predilectas são as favoritas dos pumas-da-flórida, com destaque para os veados-de-cauda-branca que têm diminuído em diversas zonas do pantanal floridense.

Os Nativos da Flórida e a Intrusão Pioneira do Espanhol Ponce de León

Noutros tempos, tanto os répteis como os felinos eram bem mais abundantes. Cruzar, explorar os Everglades só estava à altura dos nativos da zona, conhecedores dos seus quatro cantos.

Ainda assim, pouco depois do desembarque pioneiro de Juan Ponce de León (1513) no litoral do que viria a baptizar de Florida, os conquistadores espanhóis desafiaram a resistência das tribos nativas Calusa e Tequesta e puderam sondar as orlas da península inundada.

Em vez de encontrarem a Fonte da Juventude que se diz que Ponce de León buscava, apoderaram-se de todo o actual território do estado.

Os indígenas não habitavam as terras alagadas da Florida. Em vez, de tempos a tempos, cruzavam-nas em expedições de caça ou em migrações para outros recantos mais proveitosos da região.

Durante mais de dois séculos de confronto e convivência com os espanhóis, com a sua ganância e com as doenças que traziam da Europa, os indígenas viram as suas tribos e modos de vida degenerarem.

Depois dos Espanhóis, a Arqui-Rival Grã-Bretanha e os E.U.A. Independentes

Chegado o final do século XVIII, a Grã-Bretanha procurava já apoderar-se da colónia hispânica. Sem forma de o evitar, os espanhóis capturaram muitos indígenas sobreviventes e transferiram-nos para Havana.

Outros nativos, mantiveram-se a salvo dos captores. Integraram uma nação indígena distinta – a Seminole – formada no norte da Florida.

Essa nação, foi ainda reforçada e complexificada por milhares de negros livres e escravos foragidos sobretudo da vizinha Geórgia, que a ela se associaram.

Se, apesar de algumas estradas, canais e infraestruturas, os Everglades continuam a revelar-se selvagens e inóspitos, imagine-se o que seriam então do século XVI ao XVIII, quando boa parte permanecia inexplorada pelos europeus.

Em pouco tempo, esse cenário natural e imaculado mudou.

As Guerras Seminoles e a Passagem da Flórida para os Estados Unidos

Decorrido quase meio século da Declaração de Independência dos E.U.A., os norte-americanos insistiam em aumentar o território da nação à conta dos indígenas norte-americanos.

No caso dos Seminoles, o bloqueio nativo provava-se danoso a dobrar. Os indígenas rechaçavam os colonos.

Como se não bastasse, acolhiam nas suas terras (oficialmente espanholas) escravos que fugiam das fazendas da Geórgia. Forçavam, assim, amiúde, os proprietários das fazendas a cruzarem a fronteira em busca da mão-de-obra em falta. Obrigaram, aliás, o próprio exército dos Estados Unidos a fazê-lo.

Em 1817, pretensamente irado pela indignação dos espanhóis, o futuro 7º Presidente dos E.U.A., General Andrew Jackson, conduziu nova expedição transfronteiriça. Arrasou várias povoações Seminole e ocupou a região floridense de Pensacola.

Esta investida dos Estados Unidos leva-nos de volta ao interior intimidante dos Everglades.

Decorridos outros três anos, Espanha assumiu que não conseguiria sustentar a defesa da isolada Florida. Negociou o território com os Estados Unidos.

O intensificar do conflito dos E.U.A. com os Seminoles (guerra de 1835-1842) empurrou os nativos para o sul da Flórida.

Também para o cerne do imenso rio ervado em que depressa se habituaram a viver. E em que sabiam que as forças estadounidenses se veriam em apuros para os combater.

Nem aí os americanos deixaram os nativos em paz. A perseguição garantiu-lhes a submissão dos Seminole, a sua fuga para paragens improváveis, caso das ilhas e caios das Florida Keys ou o desterro em território de Oklahoma que os EUA preservaram índio.

Ditou ainda a exploração branca pioneira da maior parte dos Everglades.

O Refúgio dos Seminole nos Everglades

Em 1913, os indígenas Seminole que se mantinham naquele pantanal tão distinto do pantanal sul-americano eram pouco mais que trezentos. Habitavam raras pequenas ilhas que despontam de pontos elevados, secos, pejados de árvores.

Alimentavam-se de tudo um pouco o que a fauna e flora generosa em redor lhes concedia:

canjica, raízes de plantas, peixe, tartaruga, carne de veado e de outros animais.

Avancemos até 1930.

A abertura do trilho Tamiami, a actual Highway 41 que percorremos desde Miami e que bissectou os Everglades, a par de diversos projectos de drenagem, ditou o fim do seu isolamento.

O Protagonismo dos Seminole na Vastidão Alagada

Hoje, os Seminole habitam a cidade de Everglades que ergueram.

Trabalham em plantações, ranchos e pequenos negócios turísticos.

Servem de guias, tratadores de jacarés, artesãos e até de corpo de bombeiros, sempre que fogos ameaçam disseminar-se.

Subsistem ainda seis reservas de etnias Seminole e Miccosukke na Flórida.

Duas delas, as de Big Cipress e de Imokalee situam-se bem no âmago dos Everglades, a relativamente pouca distância das grandes urbes floridenses que, a partir do litoral, exercem pressão ambiental sobre a vastidão alagada.

Num dos voos que fazemos com destino a Miami, ao fim da tarde, o avião entra numa fila de aproximação à pista.

A Incompatibilidade da Civilização com a Preservação do Parque Nacional Everglades

O piloto vê-se forçado a dar duas voltas sobre o Parque Nacional Everglades, entre nuvens dispersas que lhe impõem as suas sombras e jogos de luz.

Durante algum tempo, maravilhamo-nos com os distintos padrões da sua superfície. Uns, preenchidos quase por completo por água.

Outros, cobertos de vegetação salpicada de lagoas.

Outros ainda, riscados por rios e canais lentos e multidirecionais, um estranho labirinto verde que as tempestades e furacões que, com frequência, assolam a península da Flórida, alteram e voltam a alterar.

Por fim, o avião recebe autorização para aterrar.

A aproximação a Miami revela-nos o quanto a cidade e os seus arredores se expandiam para dentro dos Everglades, com mais canais, estradas e urbanização.

Condomínios e campos de golfe enfiados em lagos. Armazéns, salinas, prisões e tantas estruturas invasivas que nos faltou compreender.

Suficientes para validarem a inquietação de se, mesmo imensos, os Everglades seriam mesmo para sempre.

COMO IR

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Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

O Maguri Bill ocupa uma área anfíbia nas imediações assamesas do rio Bramaputra. É louvado como um habitat incrível sobretudo de aves. Quando o navegamos em modo de gôndola, deparamo-nos com muito (mas muito) mais vida que apenas a asada.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
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Cerimónias e Festividades
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Casario de Gangtok, Sikkim, Índia
Cidades
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Danças
Cultura
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Erika Mae
Em Viagem
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Pequena súbdita
Étnico

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
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Os Blue Holes Misteriosos de Espiritu Santo

A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
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Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
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Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
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Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
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Um Japão Milenar Quase Perdido

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Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Djerba, Ilha, Tunísia, Amazigh e os seus camelos
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Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Salão de Pachinko, video vício, Japão
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Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo – Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
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O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
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Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
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As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.