Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai


Convívio masai
Francis, o jovem chefe da aldeia de Mkama e amigos, conversam afavelmente.
Repouso real
Jovem leão descansa sobre uma pequena termiteira com vegetação no topo.
Perigo de Morte
Aviso decorativo e orgânico alerta para o perigo de aproximação às margens do rio Mara sem guias qualificados.
Reciprocidade listada
Zebras coçam-se mutuamente sobre a savana de Masai Mara.
Pastorícia audaz
Masai conduz uma manada de vacas em território sondado por vários dos predadores de Masai Mara.
Fúria felina
Jovem leão exibe o seu desagrado pela aproximação não autorizada de um outro.
Abetarda-gigante
Um espécime da ave voadora mais pesada de África assume uma estranha pose gráfica subsumida na erva alta da savana.
À fogueira, dentro de casa
Chefe da aldeia masai de Mkama, Francis Ole Timan observa uma das suas várias esposas a preparar chá sobre uma fogueira no interior da sua cabana.
Corrida nas alturas
Girafas avançam em manada para um charco no sopé de uma encosta ressequida.
Guardiães do rio
Babuínos à entrada de uma das pontes que cruzam o rio Mara.
Dança Masai Adomu
Jovens masai levam a cabo uma dança de boas-vindas à entrada da aldeia de Mkama.
Num alerta total
Impalas alarmadas com a possível aproximação de predadores.
Novidades da savana
Guias quenianos encontram-se num determinado ponto da reserva nacional de Masai Mara.
Sem fim à vista
Veículo percorre a savana vasta de Masai Mara por uma das suas estradas de terra batida.
Flora africana
Pequenas acácias disseminadas na savana semi-seca no limiar sudoeste de Masai-Mara.
Fogo à moda antiga
Jovens masai exibem a facilidade com que geram fogo com recurso apenas a uma das técnicas pré-históricas.
Prosperidade bovina
Masais no meio da manada de vacas da aldeia de Mkama. As vacas ainda são a forma de riqueza mais apreciada pelo povo masai.
Hora de Crepúsculo em Mara
Topis pastam junto a uma acácia solitária em mais um fim de dia da savana de Mara.
A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.

Quase trezentos quilómetros e sete horas depois de deixarmos Nairobi, chegamos, por fim, ao portal de Sekenani, uma de várias entradas do Masai Mara.

John Mulei deixa o jipe. Leva os papéis para verificação dos rangers.

Nós, saímos para desentorpecer as pernas. Vêmo-nos vítimas de um primeiro ataque. Um bando de mulheres masai cerca-nos. Tenta impingir-nos jóias e artefactos.

“Olhe aqui, olhe aqui! Muito bonitas, para a sua senhora!” atiram com óbvia mestria em marketing tribal.

Assim que podem, puxam pelo truque do romance e do cavalheirismo. “E que tal isto?” Indagam como solução de recurso, a exibirem-nos rungus, os bastões de madeira maciços que os guerreiros das suas tribos usam.

Não tínhamos sequer aterrado da viagem. Stressarmo-nos com compras era a última coisa que desejávamos. Confrontadas com esta óbvia relutância, as vendedoras reparam nas nossas máquinas fotográficas. Sugerem-nos as suas imagens. “Tirem-nos fotos. São só cinco dólares!”.

Por esta altura, já sabíamos de cor e salteado que registar qualquer imagem não furtiva dos Masai sem pagar era impossível.

E foi-nos bem mais difícil resistir ao exotismo das suas figuras esguias, das cabeças rapadas, dos trajes garridos e da panóplia de jóias que as enfeitam.

Tínhamos acabado de entrar no seu domínio. Outras oportunidades apareceriam.

Veículo percorre a savana vasta de Masai Mara por uma das suas estradas de terra batida.

John volta ao jipe. As mulheres enfiam as mãos pelas janelas. Batem nos vidros.

Mais que habituado àquela pressão, o guia manda-lhes uma boca qualquer no dialecto masai que – à parte do seu nativo kamba, do swahili, do inglês e de outras línguas daquelas partes de África – também aprendeu a usar.

Um Lodge perdido no Masai Mara

Partimos na direcção do lodge.

Almoçamos atrasados e à pressa. Só após nos instalamos na tenda requintada e acolhedora mas algo distante que nos calhara.

“Mais um pouco, ficávamos na Tanzânia” atiramos na brincadeira a dois empregados que nos vêem chegar ao aposento. “Se lá chegassem vivos!” responde um deles, bem disposto, a apontar para a cerca electrificada que impedia os animais de frequentarem o hotel.

De novo de saída, cruzamo-nos com um casal de dik-diks, amostras fugidias de antílopes que mal conseguíamos perceber na penumbra da vegetação densa.

Seriam os primeiros de vários espécimes da família de antílopes que avistaríamos nos dias seguintes.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, impalas

Impalas alarmadas com a possível aproximação de predadores.

Nuvens escuras como breu cobrem o céu. Levanta-se um vento que augura tempestade.

A Chuva de Monção que Move a Grande Migração dos Gnus e das Zebras

Num ápice, cai a única chuva que, em mais de três semanas do término da época seca sentimos irrigar o Quénia e a Tanzânia.

Apesar de ainda distantes, nas terras mais baixas e meridionais do contíguo Serengeti, os gnus já tinham iniciado a sua migração anual para o Masai Mara.

Sem que o esperássemos, apenas uns dias depois, cruzámo-nos com as suas manadas hiperbólicas, poeirentas e atarantadas.

Conscientes de que a meteorologia mudava, os leões ansiavam pela captura dos bois-cavalos, mais fácil e garantida que a das outras espécies que predam. Que as letais zebras, por exemplo.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, zebras

Zebras coçam-se mutuamente sobre a savana de Masai Mara.

Por sua vez, os visitantes do Masai Mara ansiavam por localizar grupos de leões.

John tenta-o à sua maneira. Mete-se a descer uma vertente por rodados que a vegetação alta tornara quase imperceptíveis. Detemo-nos sem aviso.

O guia perscruta o prado em redor. “Ora, parece-me que os achámos”, diz-nos com calma inusitada. Olhem aqui mesmo ao nosso lado.” De facto, um casal dormitava subsumido na erva alta.

O leão macho levanta-se. Muda-se para o cimo de um montículo de termiteira.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, leão

Jovem leão descansa sobre uma pequena termiteira com vegetação no topo.

Dali, contempla manadas de búfalos, de girafas e de elefantes nas imediações, presas que, só por si, a dupla não tinha o poder de derrotar.

A luz não tarda a desvanecer-se. Os visitantes recolhem aos lodges. Os predadores entregam-se às suas caçadas nocturnas.

Visita à Aldeia Masai de Mkama

Despertamos ao nascer do sol, devoramos o pequeno-almoço e partimos em direcção a Mkama, uma das várias aldeias Masai em redor da reserva de Masai Mara.

Recebe-nos Francis Ole Timan – o seu jovem chefe – com um discurso eloquente em inglês.

A essa hora da manhã, anciãos agrupavam as vacas da aldeia – a sua riqueza obsessiva – para as conduzirem aos pastos. Acompanhamo-los por algumas centenas de metros, entre os animais.

De regresso ao núcleo vedado da aldeia, Francis convida-nos para um chá no interior escuro e espartano de uma palhota, feita de tojo e de fezes secas de vaca.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, fogueira Masai

Chefe da aldeia masai de Mkama, Francis Ole Timan observa uma das suas várias esposas a preparar chá sobre uma fogueira no interior da sua cabana.

Sentamo-nos na sua companhia, de uma das suas oito esposas e de dois bebés.

Francis ignora o choro de uma das crianças. Explica-nos o mais que pode do dia-a-dia naquelas cabanas construídas apenas pelas mulheres da aldeia.

Terminado o chá masala, retornamos ao exterior.

Adumu: a Deslumbrante Dança aos Saltos Masai

O chefe e os outros jovens agrupam-se. Prendam-nos com uma dança masai de boas-vindas.

Lado a lado, William, Moses, Ole Reya, Oloshurua, Moseka, Mancha, Luka e Francis inauguram um fascinante cântico gutural.

Embalados pela canção que se segue, sozinhos ou em pares, destacam-se à vez do alinhamento. Levam a cabo uma longa sequência de impressionantes saltos.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia

Jovens masai levam a cabo uma dança de boas-vindas à entrada da aldeia de Mkama.

Terminada a exibição, perguntamos-lhes qual deles saltava mais alto. “Ah, isso é sempre o Mancha”, confessam-nos quase em coro.

Analisamos o rapaz com mais atenção e reparamos no seu calçado singular. “Uhmm, vocês usam todos sandálias masai (com solas de pneu), o Mancha é o único a usar crocs. Isso não vos deixa desconfiados?“ provocamo-los.

Francis e William, que dominavam melhor o inglês, percebem a intriga e transmitem-na aos amigos. O repto gera uma gargalhada comunal de que todos desfrutamos.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai

Francis, o jovem chefe da aldeia de Mkama e amigos, conversam afavelmente.

Ainda damos a volta ao pequeno mercado artesanal da aldeia, incontornável fonte adicional de receita dos sempre mercantilistas masai.

Logo após, despedimo-nos e retomamos a exploração do Mara em redor.

De Volta à Vastidão Selvagem de Masai Mara

Pelo caminho, caravanas de girafas dirigem-se a um pequeno charco. Entregam-se a uma excêntrica ginástica para sorverem água.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, girafas

Girafas avançam em manada para um charco no sopé de uma encosta ressequida.

Impalas, gazelas e enormes elandes surgem disseminados na vastidão verdejante. também vasculhada por galinholas e avestruzes vorazes.

No imediato e à distância, zebras e um ou outro gnu tresmalhado salpicam a vasta savana até à linha do horizonte que, com o fim da tarde, se volta a avermelhar.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia

Topis pastam junto a uma acácia solitária em mais um fim de dia da savana de Mara.

E gera silhuetas graciosas das acácias espaçadas e de alguns animais mais volumosos, caso dos topis.

Detemo-nos a admirar uma chita que dormita, indiferente à nossa presença.

Alguns quilómetros para diante, pastores masai conduzem uma enorme manada de vacas.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, vacas

Masais no meio da manada de vacas da aldeia de Mkama. As vacas ainda são a forma de riqueza mais apreciada pelo povo masai.

Caminham embrulhados nos seus panos vermelhos e a empunharem lanças.

Mantêm-se atentos à ameaça dos predadores. Apesar de os masai conseguirem roubar presas recém-capturadas a bandos de leões, alguns masai, com tranquilas incursões pedestres.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Pastorícia audaz

Masai conduz uma manada de vacas em território sondado por vários dos predadores de Masai Mara.

Ainda antes da alvorada seguinte, inauguramos a viagem para o Serengeti.

Atravessamos grande parte do Mara e deslumbrámo-nos com a beleza dos cenários africanos por que passamos, atentos à fauna profusa.

Observamos bandos enormes de fuinhas moverem-se como tormentas rasteiras, hienas a emboscarem antílopes-d’água e abetardas-gigantes – as aves voadoras mais pesadas de África – em estranhas poses vectoriais.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Abetarda-gigante

Um espécime da ave voadora mais pesada de África assume uma estranha pose gráfica subsumida na erva alta da savana.

Pouco depois, ascendemos à colina de Loldopai.

Contemplamos a paisagem repleta das manchas formadas pela vegetação e pela sombra das nuvens, designada pelo termo masai “mara” que inspirou o nome da região.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, savana

Pequenas acácias disseminadas na savana semi-seca no limiar sudoeste de Masai-Mara.

Quando chegamos ao rio homónimo, um bando de leões patrulha o miradouro em que a estrada desemboca, pelo que não podemos sair para apreciar as vistas.

Dezenas de hipopótamos irascíveis disputam o meandro do rio em frente.

E, antes de cruzarmos a ponte sobre o Mara ainda nos deparamos com um bando de babuínos rufias.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, ponte

Babuínos à entrada de uma das pontes que cruzam o rio Mara.

Depois os afugentarmos, registamos a saída da reserva e migramos para o Serengeti.

Na mesma rota do vaivém interminável dos gnus e das zebras destas partes de África.

PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Sirocco, Arabia, Helsinquia
Arquitectura & Design
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Canal de Lazer
Cidades
Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
Cultura
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Twelve Apostles, Great Ocean Road, Victoria, Austrália
Em Viagem
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
Étnico
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Pequena súbdita
História

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Ilhas
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
ilha de Praslin, cocos do mar, Seychelles, Enseada do Éden
Natureza

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Parques Naturais
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Património Mundial UNESCO
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
Praias
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Motociclista no desfiladeiro de Sela, Arunachal Pradesh, Índia
Religião
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
Sociedade
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Vida Selvagem
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.