Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro


Entrada de Thorong Phedi
O Pórtico de acesso à zona baixa de Thorong Phedi.
Iaques ao Sol
Os bovinos dos Himalaias descongelam sob o sol da manhã.
SDWS
Trabalhadora no seu posto no guichet da Safe Drinking Water Station entre Yak Kharka e Thorong Phedi.
Termologia
Termos usados pela Safe Drinking Water Station para fornecer água quente aos caminhantes.
Meandros do Trilho e do Rio
Vale do rio Jharsong Khola, com os Annapurnas em fundo.
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Casal na Tea House Deaurli, já a pouca distância de Thorong Phedi.
Dona do Chá
Dona de uma tea house entre Yak Kharka e Thorong Phedi, junto a fotos da família.
Posts à Moda Antiga
Recados e Informações postadas à entrada do New Phedi Hotel.
Perigo de Derrocadas
Sinal avisa o risco de uma das áreas mais perigosas do trilho entre Yak Kharka e Thorong Phedi.
Anciã ao Sol
Moradora de um lugarejo à saída de Yak Kharka.
Destino Iaque
Cabeça de iaque serve de amuleto sobre uma casa recém-construída.
Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.

Tínhamo-nos deitado às oito da noite. Acordamos por volta das sete da manhã.

Foram onze horas de sono revigorante mais que merecido e que vieram com uma outra benesse. Malgrado o seu desvario alcoolizado da noite anterior, Don já estava a pé. Tudo indicava que em condições de seguir.

Durante o pequeno-almoço, percebemos que iríamos continuar sozinhos. Tatiana, uma das duas miúdas alemãs e Cris, um dos dois rapazes brasileiros, não se sentiam bem.

O resto do grupo decidiu ficar mais um dia em Yak Karkha, a verem se os sintomas do Mal de Montanha se atenuavam.

Ainda contemplámos ficarmos, por solidariedade e amor ao grupo mas, já nos tínhamos arrastado um tempo exagerado em Pokhara, a prepararmos a caminhada.

Além de que nos sentíamos em perfeitas condições, ansiosos por vencermos o desfiladeiro de Thorong La, de continuarmos, em tranquilidade, do lado de lá.

De acordo, findo o pequeno-almoço, quando percebemos a deliberação ao sol do grupo, despedimo-nos.

Sem grandes dramas ou cerimónias, preocupados em transmitirmos confiança em que todos retomariam a caminhada na manhã seguinte e que, como já acontecera antes, nos reencontraríamos mais à frente.

Em seguida, inauguramos o percurso de quase 7km, com uma elevação de 400m.

A Caminho de Thorong Phedi

Passamos por uma pequena manada dos iaques que contribuem para o sentido de Yak Karkha, termo traduzível como curral dos iaques.

Vemos as suas silhuetas bem definidas contra as montanhas nevadas dos Annapurnas.

À nossa direita, o grande Chulu West (6419m), uma das montanhas elevadas, mas conquistável sem grandes exigências técnicas.

Alcançamos Churi Ledar (4200m) e as suas casas de chá.

Ao entrarmos na primeira, damos com Don numa amena cavaqueira com a proprietária, familiar com quem não contactava havia bom tempo.

Paramos. Bebemos um milktea. Conversamos um pouco com os dois, fazemos umas fotos de ambos e com ambos.

Continuamos, só nós. Don diz-nos que ficaria à conversa com a senhora, que nos apanharia. Por essa altura, não tínhamos razões para duvidar.

Mais uma Estação da Água Segura

Pouco depois, chegamos a uma das “Safe Drinking Water Station” do circuito.

Uma jovem nepalesa dá-nos as boas-vindas.

Pelo que víamos através do guichê que a enquadrava, o interior do estabelecimento tinha um inesperado encanto nepalês.

Era feito de madeira amarelada, repleto de prateleiras forradas a acrílicos ou papéis coloridos onde era guardada uma panóplia de termos e de utensílios de cozinha.

Convivemos um pouco com as senhoras, já habituadas à passagem e curiosidade dos estrangeiros, mesmo aos, como nós, mais metediços.

Despedimo-nos, reabastecidos de água fresca, preparados para os sobes e desces e meandros abruptos, aprofundados pelo rio Jharsong Kola, que estavam por chegar.

Duas Pontes sobre o Jharsong Kola. Uma Indecisão

A certo ponto, a partir de um alto, vemos o trilho bifurcar-se. Continua em direcção a uma ponte suspensa acima do caudal. E por outra ramificação, mais sinuosa e profunda, que atravessava o rio por uma ponte de madeira.

Sem sinais que nos aconselhassem, optamos pela última que nos permitiria, fotografarmos caminhantes a cruzarem a ponte suspensa, com as montanhas em fundo.

Quase nos arrependemos. O trilho inferior revela uma superfície de pedrinhas soltas e escorregadias.

O cuidado que nos exige depressa nos irrita, à parte de que, por alguma razão ainda desconhecida ou talvez apenas porque os recém-chegados imitavam a opção dos caminhantes anteriores, ninguém queria cruzar a ponte suspensa.

Por sorte, por boa condição física, eram quase só esses os nossos problemas.

Os Primeiros e Inesperados Sintomas de Indisposição

Após atravessarmos o rio, começamos a sentir uma ligeira tontura, que nunca tínhamos sentido. Também ainda tínhamos as barrigas mais cheias do que era habitual e suposto, de papa de aveia e fruta, um erro que, de manhã, nos esquecemos de evitar.

Com a altitude a aumentar, o oxigénio que o sangue nos levava ao cérebro, diminuía. As digestões por terminar agravavam a zonzeira.

Fazemos fé no motivo menos danoso, atentos às agruras de outros caminhantes por que passávamos.

O mal de montanha já os tinha derrubado, retinha os companheiros de volta deles, frustrados, submissos ao dever de os levar de volta a terras mais baixas.

Não era o primeiro caso. Nem seria o último.

Como temíamos, vitima-nos uma inquietude distinta. Chegamos ao alto do lado de lá do rio, à entrada de uma outra tea house.

Além de chá e de uma série de petiscos e produtos, a “Deaurli” oferecia aos caminhantes uma estrutura de bancos de pedra com vista panorâmica sobre os ziguezagues do Jharsong Kola, o trilho que tínhamos percorrido para ali chegar e a vastidão em redor.

Víamos tudo isso e os Annapurnas acima.

O que não víamos era sinal de Don em parte nenhuma do trilho. O “já vos apanho” que nos respondera quando o deixámos estava longe de cumprir.

O Sumiço Exagerado de Don

Enquanto nos servem novo milktea, os donos da Deaurli percebem que estamos apoquentados, mas pensam que por causa de um qualquer amigo que se tivesse sentido mal.

Quando lhes indicamos a razão, inauguram uma estranha explicação que nos revela a rivalidade étnica em que vive o Nepal e aquela zona alta dos Annapurnas, em particular.

Dizem-nos que Don deveria ser de uma determinada etnia que não era nativa da zona mas que cada vez mais para lá se mudava, em busca do dinheiro dos trekkers.

Acrescentam que faltava a essa etnia o sentido da responsabilidade e que, quase sempre que havia problemas com nepaleses, era por culpa deles.

Não fazíamos ideia a que etnia pertencia Don. A bebedeira da noite anterior tinha-nos deixado a ideia de que nos poderia gerar problemas a qualquer momento.

Esperamos quase uma hora no ponto panorâmico, muito mais do que necessitávamos para recuperar da subida e beber o chá.

Ao fim desse tempo, por fim, vemos um ponto vermelho, ao longe, a aproximar-se. Minutos depois, identificamos o casaco de Don.

Percebemos que o carregador vinha quase a correr.

Quando sobe a ladeira e a nós chega, os donos da Deaurli, figuras carismáticas daquelas partes, dão-lhe uma descompostura que dispensa qualquer complemento da nossa parte.

Don pede-nos desculpa. Promete que não voltava a atrasar-se daquela maneira.

Limita-se a beber água. Adianta-se-nos.

A Derradeira e Traiçoeira Ladeira

Um cavaleiro nepalês com quem já tínhamos falado em Yak Karkha, de gorro de pele e óculos escuros, aparece, saúda-nos e dá-nos alguns conselhos. “o trilho, daqui até Pedi, é o mais perigoso.

Há risco de derrocadas e, se estiver gado a pastar no cimo, podem levar com pedras mais pequenas”.

Agradecemos-lhe os avisos. Sem alternativa, enfrentamos o risco. No encalço de Don.

Umas dezenas de metros para diante, uma placa com a inscrição “Landslide Area, Step Gently”, confirma o aviso.

O trilho sulca a encosta acima do rio, num vale em V apertado, de terra solta, em ambos os lados, pejado de rochedos que já tinham deslizado e, ao longo dos tempos, causado vítimas.

Seguimos num modo de rapidez silenciosa, sem nunca nos determos. Levamos quase vinte minutos a nos livrarmos da zona de risco, à esquerda do Jharsong Kola.

Quando o conseguimos, damos de caras com a recompensa de Thorong Pedi.

A Entrada Solarenga em Thorong Pedi

O lugarejo surge-nos murado, com um pórtico de entrada que identificava o Thorong Base Camp.

Por oposição ao High Camp, complementado com outras placas promocionais, de “Fresh Bakery”, “Real Coffee” e, claro está de “Apple Pie”.

Caminhantes apressados optavam por esticar a corda.

Progrediam directos até ao High Camp. A subida só tinha 1km. Nessa distância, ascendia 400 metros.

Era das mais íngremes do Circuito.

Ainda à espera de nos assegurarmos que a tontura e dor de cabeça se deviam ao pequeno-almoço pesado, ficamos na dúvida.

De maneira a evitarmos os hotéis sobrelotados, subimos até ao 4540m, o topo da povoação.

Entramos num tal de New Phedi. Espreitamos as instalações e sentamo-nos na sala aquecida, desejosos de descanso e de uma refeição a sério.

Escolhíamos a mesa quando encontramos a Sara e o Manel, um casal do Porto que, sem sabermos quem eram ou de onde vinham, já tínhamos visto à saída de Manang.

Sentamo-nos com eles, tagarelamos. Falamos de tudo um pouco, a tarde toda.

Nesse tempo, a sala ficou à pinha de caminhantes recém-chegados.

O Nevão de Fim de Dia que Branqueia as Montanhas

A meteorologia tinha mudado.

Um nevão ventoso cobria o vale do Jharsong Kola de branco. Quem chegava, entrava cansado e enregelado. Procurava uma vaga junto das salamandras que aqueciam a sala, a partir de determinada altura, em vão.

Se, de início, tanto nós como a Sara e o Manel, hesitávamos quanto a se deveríamos subir logo para o High Camp, o súbito mau tempo, decidiu por nós.

Às 20h, com os empregados nepaleses do New Phedi a desligar as salamandras, vamo-nos deitar.

O plano era despertarmos às três da manhã e ver como estava o tempo. Se o nevão tivesse parado, se o céu estivesse limpo, iríamos subir.

Pelo menos até ao High Camp.

Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna - A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
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A Última Morada

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