Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!


Alturas Tibetanas
A não ser que chegue lentamente, por terra, o Planalto Tibetano é um exemplo típico de um mais que provável mal de altitude.
Caminhada solitária
Caminhante aproxima-se do monte Swargadwari Danda (4800m) e de Dhukurpokhari, a meio caminho para Pisang.
Lares entre Montanhas
O casario de Lhasa, capital do Tibete, no sopé de montanhas áridas.
O Apogeu da América do Norte
Vista aérea do cume mais elevado do monte McKinley ou Denali, a montanha suprema da América do Norte com 6194 metros de altitude.
Neon Versão Yak Kharka
Colecção de tabuletas promocionais à chegada de Yak Kharka.
Gado nepalês
Iaque repousa com o fundo grandioso de um dos cumes aguçados dos Annapurnas.
Um curto passeio
Wayne McMillan junto ao Pegasus da Mount Cook Ski Planes que acabou de aterrar nas alturas dos Alpes do Sul.
Torres del Paine I
Estrada de terra batida conduz a um dos lagos que cercam as Torres del Paine.
O Grande Nada
Cabos do teleférico somem-se nas nuvens que invadem a Sierra Nevada de Mérida
Cowboys basotho
Cavaleiros basotho a cavalo dos resistentes cavalos basuto com os chapéus e cobertores tradicionais da nação.
Caminhada solitária
Caminhante aproxima-se do monte Swargadwari Danda (4800m) e de Dhukurpokhari, a meio caminho para Pisang.
Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.

À medida que a altitude aumenta, a pressão atmosférica diminui e o mesmo acontece à quantidade de oxigénio no ar.

Como já todos tivemos oportunidade de reparar, o oxigénio faz-nos muita falta. A sua ausência provoca uma alteração drástica no ritmo e na intensidade da respiração.

Ao mesmo tempo, origina uma disrupção do equilíbrio da água corporal no sangue face aos tecidos. O organismo sofre com a presença em grandes altitudes tenham ou não havido a habituação necessária.

Sem esta habituação, o mal de altitude pode ter consequências apenas incomodativas ou até mesmo drásticas.

Sintomas que se Podem Agravar num Ápice

Os efeitos sentem-se mais ou menos em função da altitude, da velocidade com que lá se chega.

Também dependem da altitude a que a pessoa normalmente vive e de outras variáveis como a capacidade pulmonar (a alteração do ritmo e intensidade seria sempre mais bem suportada, por exemplo, por nadadores olímpicos) e outras “forças” ou fraquezas de cada organismo.

Por norma, os sintomas do mal de altitude começam a ser óbvios acima dos 2000 m e intensificam-se substancialmente acima dos 2800 m.

Um viajante em boa forma física consegue habituar-se a altitudes na ordem dos 3000 m em alguns dias.

Altitudes de 5000, 6000 m e superiores requerem uma aclimatização mais longa, possivelmente de semanas.

Doenças e Sintomas

Com mudanças de altitude médias – por exemplo de 3000 m – a consequência mais normal será apenas Mal da Montanha Agudo : uma dor de cabeça bastante persistente e perturbadora, com algum azar, também náuseas e até vómitos.

O outro sintoma que salta à vista é a intensificação do cansaço que se torna exasperante com meros exercícios como subir uma escadaria ou um trilho de uma encosta.

O exercício também faz piorar a dor de cabeça e restantes sintomas.

Curiosamente, estes sintomas costumam fazer-se sentir mais nas pessoas jovens do que nas com mais idade.

Edema Pulmonar das Alturas

Ocorre em casos mais extremos – quase apenas acima dos 2800 m – e com maior frequência nos homens que nas mulheres.

É provocado pela acumulação de água nos pulmões e tem maior probabilidade de acontecer com o antecedente de uma constipação ou de uma simples infecção pulmonar.

Pode revelar-se entre o primeiro e o quarto dia após a ascensão.

Passa por uma falta de ar mais intensa que a do mal da montanha agudo, comichão nos pulmões, tosse seca e, pouco depois, a formação de grande quantidade de expectoração que pode ser rosada e até conter sangue.

Em pouco tempo, o Edema Pulmonar das Alturas pode evoluir para uma condição que coloca a vítima entre a vida e a morte.

O descalabro do mal de altitude e a causa de muitas mortes entre os montanhistas é a pior das suas consequências:

 o Edema Cerebral das Alturas.

Pode formar-se de uma forma directa ou na sequência de mal da montanha agudo e/ou de um edema pulmonar das alturas, 1 a 4 dias após a ascensão.

Gera dores de cabeça mais intensas, seguidas de alucinações e uma perda de discernimento e até dos sentidos.

Estes sintomas acentuam-se com a altitude.

Perante a suspeita de edema cerebral das alturas, qualquer montanhista deve ser imediatamente transferido para menor altitude e para um hospital.

A prática de mergulho pouco antes de qualquer ascensão agrava muito qualquer um dos males acima e os seus sintomas.

Para que não seja tão mau

1 – Aclimatize o tempo necessário. Alguns equipamentos simulam o ambiente hipóxico. Permitem uma habituação mais antecipada.

2 – Beba muita água, evite café, álcool e qualquer outro tipo de diurético

3 – Caminhe sempre com calma e repouse sem pressas

4 – Perante a mais que provável falta de folhas de coca para mascar (são raras e ilegais) excepto para algumas comunidades de nativos dos Andes, consuma gingko biloba.

Crê-se que este suplemento acelera o processo de aclimatização e reduz os sintomas do mal de altitude.

5 – Pode ainda recorrer à acetazolamida, uma substância comercializada como Diamox que tem o mesmo efeito do gingko mas, provavelmente bastante mais eficaz.

Se tomar acetazolamida, beba muita água. Trata-se de um diurético.

Casos Pessoais, pouco extremos e sem Consequências Graves:

Subida Gradual na cordilheira Andina, Argentina

Durante uma viagem pela América do Sul, eu e a Sara alugámos carro em Salta, a 1187 m de altitude, no norte da Argentina, e explorámos grande parte da cordilheira andina.

Na primeira dessas ocasiões, fomos subindo gradualmente e pernoitámos numa ou outra pousada enquanto percorríamos a famosa Ruta 40.

A determinada altura, demos por nós em estradas da Puna Andina a mais de 4500 m de altitude.

Uma vez que a ascensão até esta altitude foi gradual e demorou cerca de dois dias, os únicos sintomas de desconforto que sentimos foram um enorme cansaço e respiração ofegante que demorávamos uma eternidade a regularizar de cada vez que precisávamos subir a um qualquer morro para conseguir cenários mais abertos.

Subida Rápida ao cume do Monte Mauna Kea, Big Island, Havai

Por uma questão de calendário, tínhamos o tempo contado para explorar a Big Island.

Com carro alugado, conduzimos em pouco tempo de Hilo, no litoral leste da ilha (17 metros acima do nível do mar) ao desvio da Sadlle Road – Route 200 – para a derradeira estrada de acesso ao cume do monte Mauna Kea.

Este desvio está a uns “meros” 2021 metros de altitude. Já o Mauna Kea é o monte mais elevado à face da Terra, apenas e só se a altitude for contada desde o fundo do mar.

Como a sua base submarina se situa a 6000 m de profundidade e o cume se situa a 4203 m acima do nível do mar. A altitude “total” do Mauna Kea é, assim, de 10.203 m.

Mas, regressemos à estrada. Só nos sobrava essa tarde na Big Island para subir ao cume do Mauna Kea.

As autoridades e o bom senso aconselham que nenhum visitante o faça directamente do nível do mar e, se o fizerem, para aclimatizarem o maior tempo possível a meio caminho no Onizuka Visitor Center.

Quando lá chegámos, o sol tinha já descido muito mais no horizonte do que estávamos a contar.

Como não estávamos dispostos a deixar o Havai sem a experiência de ascender ao cume do Mauna Kea para apreciar as vistas e a sua vasta estação astronómica, decidimos prosseguir quinze minutos depois e arcar com as consequências.

Já no cimo, a Sara não sentiu nada de especial. Eu Marco, comecei a padecer, de imediato, de uma dor de cabeça forte, tonturas e um cansaço realmente incomum. Esses sintomas duraram cerca de 40 minutos.

Ou porque o meu organismo se foi adaptando rapidamente, ou, quem sabe também um pouco, porque os cenários incríveis do topo ao pôr-do-sol e crepúsculo me ajudaram a abstrair, pouco depois já só sentia cansaço.

Descemos aparentemente incólumes, mas tenho que confessar que comecei a ficar seriamente preocupado com a combinação das tonturas com a dor de cabeça.

Viagem para Lhasa, Tibete

Andávamos por Chengdu, na província chinesa de Sichuan, um dos lugares de onde é hoje mais fácil chegar ao Tibete. As viagens para o Tibete estão controladas pelo governo chinês e nem sempre são possíveis.

Nessa altura, eram possíveis e não sabíamos se tão cedo teríamos outra oportunidade de estar tão próximo.

Alojados num tal de Mix Hotel, percebemos que lá organizavam viagens de exploração do Tibete. Durante alguns dias, esperámos por mais hóspedes interessados em formar um pequeno grupo e isso veio a acontecer.

Juntaram-se a nós Jacob, um sueco e Ryan, americano. Nós e o Jacob comprámos voo de Chengdu, situada a uma altitude média de 500 m) para Lhasa, a 3650 metros.

O Ryan estava com orçamento ainda mais apertado que o nosso. Decidiu que ia de comboio e saiu de Chengdu bem antes de nós. A viagem de comboio demorava três dias (44 horas, 3360 km).

O Ryan tinha lido algures que, de comboio, os problemas com a altitude ou não se passavam ou eram mais ténues. Chegou a brincar connosco por achar que íamos gastar mais dinheiro e sofrer mais que ele.

O voo durou duas horas. Pouco depois de aterrarmos em Lhasa, enquanto procurávamos hotel com o guia que nos recebeu, já eu e o Jacob andávamos com a cabeça “feita em água”.

A Sara pensava que tinha mais uma vez evitado o famoso Mal de Altitude. Na manhã seguinte, estava como nós.

Dor de Cabeça Tormentosa na Capital Tibetana

Trocámos queixas atrás de queixas e maldições por não termos preferido o comboio. Entretanto chegou o Ryan.

Pelo que descreveu, apesar da subida progressiva de comboio, ainda estava pior que nós e, no comboio, até teve que recorrer ao oxigénio.

Pelos vistos, nem a viagem ferroviária foi suficientemente lenta. É claro que não desperdiçámos a oportunidade de sermos agora nós a gozarmos com ele. 

Sempre que parávamos num bar ou restaurante de Lhasa, pedíamos invariavelmente chá de gengibre com mel. Se ajudou substancialmente ou não, é difícil de dizer.

Sabemos que o Mal de Altitude só nos passou completamente ao fim de dois dias de sofrimento decrescente.

Ainda percorremos uma boa parte do Tibete e chegámos ao acampamento base tibetano do monte Evereste, a 5.300 metros.

Entretanto, tínhamos comprado latas de oxigénio mas os nossos organismos já se haviam habituado e só as usávamos, dentro do jipe, a simularmos emergências, na brincadeira.

Visita às obras de renovação do teleférico de Mérida, o mais elevado do Mundo, Venezuela

Aqui, em pouco mais de duas horas, subimos numa mini-cabine de transporte de carga e trabalhadores, dos 1630 metros de Mérida, para os 4.765 metros do Pico Espejo, o segundo mais elevado do país.

Tivemos paragens curtas pelo meio, uma delas no refeitório dos trabalhadores, para um briefing e um pequeno snack. Algumas das pessoas da comitiva começaram logo ali a sentir sintomas do Mal de Altitude. Já não saíram do refeitório.

No que nos disse respeito, os problemas só começaram no último trajecto, entre a estação de Loma Redonda (4045 m) e a derradeira, já em Pico Espejo.

Desta vez, eu, Marco, só senti algum cansaço e uma ligeira tontura. A Sara e várias outras pessoas tiveram que descer numa semi-emergência para receber oxigénio.

Quando mediram o oxigénio no sangue da Sara, o aparelho indicava 72. Temos um medidor desses em casa e, quando o usamos, dá-nos sempre 98 ou 99.

Estava a tornar-se grave mas ela recuperou pouco depois.

Nota: se quiser ler sobre situações realmente extremas de Mal de altitude, espreite a página respectiva da Wikipedia recomendamos-lhe blogs de alpinistas a sério.

Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Jet Lag (Parte 1)

Evite a Turbulência do Pós Voo

Quando voamos através de mais que 3 fusos horários, o relógio interno que regula o nosso organismo confunde-se. O máximo que podemos fazer é aliviar o mal-estar que sentimos até se voltar a acertar.
Viajar Não Custa

Na próxima viagem, não deixe o seu dinheiro voar

Nem só a altura do ano e antecedência com que reservamos voos, estadias etc têm influência no custo de uma viagem. As formas de pagamento que usamo nos destinos pode representar uma grande diferença.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Mérida, Venezuela

Mérida a Los Nevados: nos Confins Andinos da Venezuela

Nos anos 40 e 50, a Venezuela atraiu 400 mil portugueses mas só metade ficou em Caracas. Em Mérida, encontramos lugares mais semelhantes às origens e a geladaria excêntrica dum portista imigrado.
Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Mendoza, Argentina

De Um Lado ao Outro dos Andes

Saída da Mendoza cidade, a ruta N7 perde-se em vinhedos, eleva-se ao sopé do Monte Aconcágua e cruza os Andes até ao Chile. Poucos trechos transfronteiriços revelam a imponência desta ascensão forçada
Mount Cook, Nova Zelândia

O Monte Fura Nuvens

O Aoraki/Monte Cook até pode ficar muito aquém do tecto do Mundo mas é a montanha mais imponente e elevada da Nova Zelândia.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Família em Hobart, Tasmânia, Austrália
Cidades
À Descoberta de Tassie, Parte 1 - Hobart, Austrália

A Porta dos Fundos da Austrália

Hobart, a capital da Tasmânia e a mais meridional da Austrália foi colonizada por milhares de degredados de Inglaterra. Sem surpresa, a sua população preserva uma forte admiração pelos modos de vida marginais.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Cultura
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Étnico
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe, equador, enseada
História
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
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Ilhas
Ilhas Gili, Indonésia

Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por “Ilhas”

São tão humildes que ficaram conhecidas pelo termo bahasa que significa apenas ilhas. Apesar de discretas, as Gili tornaram-se o refúgio predilecto dos viajantes que passam por Lombok ou Bali.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Ponte Suspensa, Cabro Muco, vulcão Miravalles
Natureza
Miravalles, Costa Rica

O Vulcão que Miravalles

Com 2023 metros, o Miravalles destaca-se no norte da Costa Rica, bem acima de uma cordilheira de pares que inclui o La Giganta, o Tenório, Espiritu Santo, o Santa Maria, o Rincón de La Vieja e o Orosi. Inactivo no que diz respeito a erupções, alimenta um campo geotermal prolífico que amorna as vidas dos costarriquenhos à sua sombra.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Fuga de Seljalandsfoss
Património Mundial UNESCO
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
vista monte Teurafaatiu, Maupiti, Ilhas sociedade, Polinesia Francesa
Praias
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Acolhedora Vegas
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
PN Tortuguero, Costa Rica, barco público
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.