PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java


Anéis de Fogo
Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em plena actividade.
Degraus para os infernos
Escadaria de madeira conduz à cratera do vulcão Bromo.
Nativos de Tengger
Dono de um dos cavalos que transporta visitantes no Mar de Areia de Tengger.
Em erupção
Cinza e gases fluem da cratera do vulcão Semeru para os céus de Java.
Monte enxofrado
A cratera fumarenta e tóxica do vulcão Bromo, um dos mais baixos mas mais activos do Mar de Areia de Tengger.
Um perfil de Java
Visitante javanês sobre o cume do monte Penanjakan (2770 m), que oferece uma vista privilegiada sobre os restante vulcões.
Noite pouco escura
Lua cheia espreita sobre a orla da caldeira de Tennger.
Para mais tarde recordar
Viajante europeia fotografa o conjunto de vulcões da caldeira de Tengger
Fé na clemência
O templo hindu Luhur Poten, erguido pelo povo Tengger em reverência aos seus deuses e aos vulcões.
A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.

Sempre fiel para com os seus postos em Surabaya e zelosa com aquela missão em particular, a dupla de oficiais do Ministério do Turismo indonésio Widarto e Bambang afiança-nos que o despertar tem que ser às três da madrugada.

Franzimos os sobrolhos mas, somos meros forasteiros naquelas terras distantes de Bromo Tengger Semeru.

Mesmo renitentes, acatamos a indicação e regressamos ao quarto conformados com a certeza de que, uma vez mais, pouco ou nada iríamos dormir.

À hora em ponto, batem-nos à porta. Já enfiado no seu semi-uniforme verde-azeitona, Mr. Bambang certifica-se do nosso despertar com um sorriso estampado que nos sabe a sadismo. “Estão prontos? Esperamos por vocês dentro do jipe.” Saíamos preparados para tudo menos para a temperatura exterior.

Há meses que viajávamos. Por certo a roçar os 4 ou 5 graus, aquele era o único frio digno desse nome com que o Sudeste Asiático nos brindava. Metemo-nos no jipe.

Esgotadas algumas palavras de cerimónia, o condutor local acende as luzes e, devagar devagarinho, fá-lo sulcar o breu de quase lua-cheia sobre o solo arenoso da caldeira de 50km2 que nos admitira.

Noite sobre a orla da caldeira de Tennger em Java, Indonésia

Lua cheia espreita sobre a orla da caldeira de Tennger.

A Subida Nocturna ao Monte Penanjakan

Mais jipes surgem do nada. Alguns ultrapassam-nos.

Outros, mantêm-se na rectaguarda. Esta dança motorizada termina numa caravana de seis ou sete veículos que logo se fazem ao caminho íngreme e pior que de cabras que nos levaria ao cimo de um tal de monte Penanjakan.

Quando atingimos os 2770 metros do seu cume, mesmo sem grande vento, a frigidez intensifica-se, estimamos que a roçar os 0 graus. Um batalhão de vendedores residentes lucra do sofrimento dos visitantes mais incautos.

Minuto após minuto, alugam casacões, vendem luvas, gorros e cachecóis e servem chás, cafés e chocolates quentes a preços inflacionados de acordo com a hora precoce e a necessidade imperiosa dos seus serviços.

As luzes que iluminam a operação tornam mais difícil reconhecer a configuração da paisagem que nos cerca. Em simultâneo, sarapintam o negrume focos de distintos espectros gerados pelas lanternas e frontais de caminhantes nos seus percursos através do Mar de Areia nas profundezas.

Podíamos estar às escuras quanto à paisagem mas uma coisa sabíamos: dentro em pouco, aquela secção do cume ficaria repleta de gente e, assim nos tinham contado Sílvia e Rafael, um casal espanhol de viajantes, seria feroz a disputa pela contemplação ideal da alvorada a devolver as cores ao céu e à reputada constelação de vulcões do Parque Nacional Bromo Tengger Semeru.

A Visão Resplandecente dos Grandes Vulcões de Java

Inauguramos uma volta de reconhecimento. Fazemos os nossos estudos. Inquirimos o suficiente para não incorrermos em erros danosos.

Na sequência do processo, mesmo ainda sem concorrência, montamos o tripé na extremidade de uma laje de cimento virada para onde havíamos concluído estarem os vulcões, em detrimento da direcção de que surgiria a aurora.

Durante meia-hora, suportamos o frio praticamente sós.

Logo, mais e maiores caravanas compostas noutros hotéis e pousadas intersectam-se junto à base da montanha e completam a sua ascensão.

Visitantes no cimo do monte Penanjakan em Java, Indonésia

Visitante javanês sobre o cume do monte Penanjakan (2770 m), que oferece uma vista privilegiada sobre os restante vulcões.

Aos poucos, a claridade aumenta. Os passageiros recém-chegados depressa formam a multidão e a animosidade que nos haviam sido auguradas.

O sol re-emerge detrás de montanhas opostas. Boa parte do público prefere acompanhá-lo. Nós, apreciamos a evolução de tons do conjunto vulcânico por diante: o monte Batok logo abaixo. Atrás, ligeiramente à esquerda, cinzento em vez de ocre, com as suas vertentes também listadas, o fumegante vulcão Bromo.

Por último, na aparente projecção do monte Batok mas a grande distância para sul e bem mais elevada, a montanha superior da ilha de Java, o vulcão Semeru, com os seus majestosos 3.676 metros, bastante acima da cratera venenosa do Ijen onde tínhamos recentemente estado.

Semeru: um Gigante do Anel de Fogo

O grande astro revela-se em todo o seu esplendor e amorna a atmosfera acima da caldeira. Por essa altura, dá-se a primeira erupção iluminada – e visível – do Semeru que as gera com intervalos regulares.

Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em Java, Indonésia

Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em plena actividade.

Atordoada pelo espectáculo do cone invertido esvoaçante de cinzas e gazes, a multidão corre do lado virado à aurora para o orientado para os vulcões e disputa cada recanto vago.

Com a luminosidade mais forte, aquele excêntrico sortido vulcânico revelava-nos as suas formas e linhas ao pormenor. Informados de que as mini-erupções do Semeru se repetiam a cada vinte minutos, esperámos por três mais.

Todas se provaram espectaculares. Todas tiveram as suas nuvens ardentes arrastadas para oeste pelo vento que soprava constante naquela direcção.

Sumida a derradeira nuvem, por volta das sete da manhã, regressamos ao jipe, descemos para a planura borbulhenta do Mar de Areia de Tengger, o único ecossistema protegido com visual algo desértico de Java.

Erupção do vulcão Semeru, Java, Indonésia

Cinza e gases fluem da cratera do vulcão Semeru para os céus de Java.

O complexo de Tengger é tão excêntrico quanto possível. Produto da actividade vulcânica incessante característica do Anel de Fogo, cinco vulcões partilham o interior das paredes de 200 a 600 metros da sua caldeira.

São eles o Batok e o Bromo, o Kursi (2.581 m), o Watangan (2.661 m) e o Widodaren (2.650 m). Do quinteto, o Batok é o único inactivo.

Várias outras montanhas acima dos 2000 metros surgem em volta da caldeira de Tengger. O vulcão Semeru, que nos tinha mantido ocupados toda a madrugada, – também tratado por Mahameru (A Grande Montanha) – polariza o seu próprio complexo.

Naquele momento, era o Bromo que nos interessava. É para lá que apontamos.

À Conquista do Sagrado Bromo

De tanta reverência pelo Semeru, quando chegamos à base do Bromo, já o fluxo de visitantes vinha encosta abaixo, a caminho dos veículos. Alguns desciam a pé, outros faziam-no a cavalo.

Vertente do vulcão Bromo, Java, Indonésia

Escadaria de madeira conduz à cratera do vulcão Bromo.

Dezenas de indígenas da aldeia de Cemoro Lawang e de outras paragens, tinham tratado de lhes alugar os seus pequenos equídeos e de assim poupar os forasteiros mais indolentes ou impreparados à maçada da ascensão.

Subimos pela longa escadaria de madeira. Já sobre a aresta do cume, contemplamos as entranhas fumarentas e sulfurosas do vulcão. Por norma, o Bromo limita-se a expelir gases. De tempos a tempos, torna-se caprichoso e entra em erupção.

Em 2004, duas pessoas sucumbiram a rochas projectadas por uma sua explosão. Em 2010 e 2011, a perspectiva prolongada de uma erupção realmente catastrófica preocupou mais que nunca as autoridades e as gentes.

O estabelecimento de uma zona de exclusão que oscilou entre dois e três quilómetros arruinou o turismo.

Erupções que libertaram enormes quantidades de cinza a grandes altitudes obrigaram ao cancelamento de dezenas de voos para Bali, Lombok e outros destinos com rotas próximas.

As autoridades alertaram ainda os nativos para o risco de colapso dos telhados das suas casas devido à acumulação de cinzas, de tempos a tempos molhadas pela chuva.

O Legado de Hinduísmo Balinês do Império Majapahit

Mas as ameaças dos vulcões não são novidade para este povo que habita povoações das montanhas de Tengger desde o século XVI. Crê-se que os Tengger têm origem no Império hinduísta Majapahit (1293 – 1500) que, no seu auge, conquistou ou submeteu boa parte do Sudeste Asiático.

No século XVI, num contexto em que já os navegadores e conquistadores portugueses tinham o seu papel com base na recém-tomada Malaca, o Sultanato muçulmano de Demak conseguiu supremacia político-militar na ilha de Java. Derrotou os descendentes do Império Majapahit que guerreavam entre si,

De fé hindu, estes, viram-se obrigados a procurar refúgio. Cortesãos, artesãos, sacerdotes e membros da realeza mudaram-se para Bali onde a sua linhagem e religião são, hoje, predominantes.

Com o reforço do domínio muçulmano em Java, os reinos Hindus cederam onde antes ainda lá resistiam. Só os refúgios de Bali, Lombok e das cordilheiras do leste de Java os salvou de uma mais que provável aniquilação.

Os Tengger, hoje agricultores e criadores de gado, incluindo dos cavalos que carregam os visitantes, “guardiães” vulneráveis aos caprichos do Bromo e restantes vulcões mas crentes na sua clemência e na dos deuses, vêm desses tempos conflituosos.

Dono de um cavalo no Mar de Areia de Tengger em Java, Indonésia

Dono de um dos cavalos que transporta visitantes no Mar de Areia de Tengger

Com o posterior sobrepovoamento da ilha de Madura, os seus poderosos muçulmanos começaram a instalara-se em terras férteis e sagradas dos Tengger. Muitos Tengger acabaram por se converter ao Islão.

Esta cedência desgostou os seus líderes. Estes, recorreram aos Hindus Balineses para que os ajudassem a reformar a sua cultura e a aproximá-la do Hinduísmo mais puro de Bali.

O Reduto Divinal e agora Protegido de Bromo-Tengger-Semeru

Em anos bem mais recentes, as autoridades da Indonésia optaram por respeitar as exigências dos Tengger. Declararam as “suas” montanhas e vulcões reserva natural e cultural. Proibiram várias das máculas anteriores.

Do cimo do Bromo, enquanto Widarto e Bambang esperam e desesperam no parque de estacionamento, detectamos a silhueta rectangular do templo Luhur Poten.

Este templo materializa a fé dos Tengger na bênção e clemência de Ida Sang Hyang Widi Wasa e do deus de Mahameru (do vulcão Semeru). Mas, o templo, só por si, não parece satisfazer alguns deles.

Templo hindu Luhur Poten, Java, Indonésia

O templo hindu Luhur Poten, erguido pelo povo Tengger em reverência aos seus deuses e aos vulcões

No décimo quarto dia do festival Yadnya Kasada, após se reunirem e rezarem, os Tengger de uma povoação chamada Prolinggo sobem ao cume do Bromo.

Sobre a borda estreita do vulcão, com vista para o abismo efervescente e para uma morte certa, centenas de fiéis atiram fruta, arroz, vegetais, flores e gado de pequeno porte para o interior da cratera, em jeito de oferendas ou de sacrifícios.

A cerimónia terá sido concebida com a dignidade e elegância tão próprias do Hinduísmo Balinês. E, no entanto, com o tempo, essa própria dupla característica contribuiu para admitir que vários nativos necessitados passassem a arriscar as vidas munidos de redes e outros utensílios mais abaixo, preparados para recolherem o máximo possível do que fosse atirado para perto de si.

Alguns creem que, mais do que víveres preciosos, as oferendas lhes trarão boa sorte. Verdade seja dita que ainda está para vir o dia em que os vulcões expulsam ou destroem os Tengger.

Até lá, este povo em tempos marginalizado, continuará a prosperar da fertilidade e exuberância geológica das suas montanhas de fogo.

Mais informações sobre o PN Bromo-Tengger-Semeru na página respectiva da UNESCO.

Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Ilha Moyo, Indonésia

Moyo: Uma Ilha Indonésia Só Para Alguns

Poucas pessoas conhecem ou tiveram o privilégio de explorar a reserva natural de Moyo. Uma delas foi a princesa Diana que, em 1993, nela se refugiou da opressão mediática que a viria a vitimar.
La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Big Island, Havai

Grande Ilha do Havai: À Procura de Rios de Lava

São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
Lombok, Indonésia

Lombok. O Mar de Bali Merece uma Sonda Assim

Há muito encobertos pela fama da ilha vizinha, os cenários exóticos de Lombok continuam por revelar, sob a protecção sagrada do guardião Gunung Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia.
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Vulcão Villarrica, Chile

Ascensão à Cratera do Vulcão Villarrica, Sempre em Actividade

Pucón abusa da confiança da natureza e prospera no sopé da montanha Villarrica.Seguimos este mau exemplo por trilhos gelados e conquistamos a cratera de um dos vulcões mais activos da América do Sul.
Ilhas Gili, Indonésia

Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por "Ilhas"

São tão humildes que ficaram conhecidas pelo termo bahasa que significa apenas ilhas. Apesar de discretas, as Gili tornaram-se o refúgio predilecto dos viajantes que passam por Lombok ou Bali.
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cerimónias e Festividades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Cidades
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Em Viagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
António do Remanso, Comunidade Quilombola Marimbus, Lençóis, Chapada Diamantina
Étnico
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Fortaleza de Massada, Israel
História
Massada, Israel

Massada: a Derradeira Fortaleza Judaica

Em 73 d.C, após meses de cerco, uma legião romana constatou que os resistentes no topo de Massada se tinham suicidado. De novo judaica, esta fortaleza é agora o símbolo supremo da determinação sionista
Zanzibar, ilhas africanas, especiarias, Tanzania, dhow
Ilhas
Zanzibar, Tanzânia

As Ilhas Africanas das Especiarias

Vasco da Gama abriu o Índico ao império luso. No século XVIII, o arquipélago de Zanzibar tornou-se o maior produtor de cravinho e as especiarias disponíveis diversificaram-se, tal como os povos que as disputaram.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Natureza
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Património Mundial UNESCO
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Praias
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao
Religião
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Sociedade
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Vida Selvagem
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.