Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen


A Caminho
Carregador avança por sua conta a caminho do sopé do vulcão Ijen.
Um Destino (nada) Celestial
Carregador caminha ao longo de uma aresta da cratera do vulcão Ijen com um manto de nuvens em fundo.
Puro Enxofre
Dois cestos carregados de enxofre depositados em frente a um aviso na casa dos carregadores.
Poucas perspectivas
Homem mais jovem perscruta o horizonte enquanto transporta muitos quilos de enxofre sólido para um armazém no sopé do monte Ijen
Uma Vida Enxofrada
Trabalhador da cratera do vulcão Ijen sumido entre dois cestos bem carregados de enxofre sólido.
Estação do Enxofre
Carregador espera por outros antes de iniciar a lenta e dolorosa descida para o armazém do enxofre.
Em Caravana
Fila de carregadores com os cestos repletos de enxofre avançam acima do nível das nuvens para a base da encosta do vulcão Ijen.
Cratera Venenosa do Ijen
Trabalhadores regam parte de uma fumarola da cratera do vulcão Ijen para controlarem os gases tóxicos e acelerarem a solidificação do enxofre.
Trabalhador entre colegas e grandes pedaços de enxofre sólido.
Pagamento
Carregador segura as rupias indonésias que acabou de receber em frente a um guichê instalado no armazém de depósito do enxofre.
Uma Vingança
Carregadores insultam o patrão chinês pelas suas costas e riem-se enquanto este verifica o registo do enxofre entregue pelos carregadores indonésios ao seu serviço.
Pesagem I
Outro trabalhador verifica o peso da sua carga previamente para não ser enganado pela pesagem do patrão chinês.
Pesagem II
Homem indonésio procede à pesagem da sua carga sulfurosa, antes de descer para o armazém onde o enxofre voltará a ser pesado por um patrão chinês.
A Folha de Pagamento
Trabalhador verifica a sua folha de pagamento junto a um armazém intermédio.
Sob o Peso da Vida
Carregador massacrado pelo peso excessivo e com os ombros já deformados pelos anos dedicados a esta profissão destrutiva.
Caravana do Tormento
Homens carregados com até 80kg de enxofre vencem o trilho pedregoso e íngreme que sobe da cratera do Ijen para o exterior do vulcão.
Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.

Os indonésios estão habituados aos seus vulcões.

Em Java existem mais de quarenta. Destes, vários são tão reverenciados como temidos. Desde a erupção recordista do Krakatoa, às mais recentes agruras causadas pelo Merapi, a actividade imprevisível dos gunungs tem causado enormes danos.

As populações que habitam em redor, também conhecem o outro lado desta realidade. Os campos são férteis na proximidade das montanhas de fogo. E os visitantes que procuram as mais místicas e impressionantes – em especial o vulcão Bromo – ajudam a desafogar as suas frágeis economias.

O vulcão Ijen é um caso à parte. Há muito que não entra em erupção e sustenta muitos dos homens das povoações em redor. Ao mesmo tempo, encurta as suas vidas.

A Lenta Ascensão à Cratera do Vulcão Ijen

A caminhada mal tinha começado quando o primeiro carregador surge no topo de uma rampa lamacenta subsumida na floresta. Apesar de prevista, a visão que dele temos confrange-nos.

Ao longe, sobressaem os cestos e os estranhos blocos amarelos, quase fluorescentes, que os preenchem.

Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia

Carregador espera por outros antes de iniciar a lenta e dolorosa descida para o armazém do enxofre.

À medida que a distância diminui, reparamos nas meias rotas que lhe desvendam os pés molhados e sujos sobre uns chinelos acabados. Na roupa rasgada e velha e no esgar de dor do homem, em apuros para suster o embalo que o declive e o peso geravam.

Ao longo do trilho, cruzamo-nos com dezenas de outros carregadores. Por estranho que pareça, em vez dos corpos e rostos violentados é um som que mais impressiona.

Ficou-nos para sempre nas mentes, como o símbolo derradeiro da sua condenação.

A Tortura das Cargas Atrozes de Enxofre

Cada homem carrega dois cestos de verga. Une-os um eixo que assenta sobre as costas e os ombros. Em movimento, o peso extremo faz os cestos oscilar. Produz um ranger repetitivo que o silêncio da montanha multiplica e torna perfurante.

Um dos trabalhadores mais idosos rende-se ao cansaço e detém-se para recuperar energias. Mostra-nos os ombros deformados e em ferida e sugere alguma caridade. Depois, segue encosta abaixo, entregue ao sofrimento que o destino lhe reservou e ao rangido que o irá massacrar vida fora.

Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia

Carregador massacrado pelo peso excessivo e com os ombros já deformados pelos anos dedicados a esta profissão destrutiva.

Até o despertar destes quase escravos é deprimente e miserável. O vulcão Ijen produz grandes quantidades de enxofre, quase sem interrupções mas são poucos os homens dispostos a trabalhar as noites.

Como tal, antes do nascer do sol, a substância abunda e pode ser retirada com relativa facilidade e – aquilo que conta para os que mais se sacrificam – permite ganhar algumas rupias extra.

O normal é, assim, os trabalhadores chegarem à base do vulcão por volta das 4h.30 da madrugada, na caixa de um camião que os recolhe das suas casas.

Espera-os uma caminhada de duas horas encosta acima. A que se seguem mais 200 metros de descida íngreme e sinuosa até à margem do lago ácido (PH inferior a 0,5) do vulcão, ao longo de um trilho acidentado que, como o lago, já causou algumas casualidades.

Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia

Carregador caminha ao longo de uma aresta da cratera do vulcão Ijen com um manto de nuvens em fundo.

A Cratera Sulfurosa e Traiçoeira do Vulcão Ijen

Ali, ao abrigo de uma cortina traiçoeira de fumo tóxico, o Ijen expele um enxofre avermelhado que, por reacção química, em contacto com o ar mais frio, solidifica e se torna amarelo.

Enquanto uma equipa de trabalhadores especializados tenta controlar a temperatura e a pressão das tubagens – quando possível, também a intensidade dos fumos – cabe a cada carregador partir e equilibrar nos cestos as pedras que pretende transportar.

Os mais experientes sabem que a ambição excessiva não compensa. Para aqueles, o peso de referência fica algures entre os 70 e os 100kg.

Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia

Trabalhador da cratera do vulcão Ijen sumido entre dois cestos bem carregados de enxofre sólido.

A carga pode depender de factores tão diversos como o porte físico, a idade, a saúde e a disposição das vítimas. Estas considerações são frequentemente inúteis. Não existe uma balança junto à matéria-prima.

O carregamento é feito por estimativa, debaixo de gases que queimam os pulmões e os olhos, já que as máscaras, quando as usam, são meros panos molhados.

É levado a cabo sob a pressão dos colegas de trabalho que disputam os melhores filões de enxofre para, também eles, deixarem aquele inferno.

Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia

Trabalhadores regam parte de uma fumarola da cratera do vulcão Ijen para controlarem os gases tóxicos e acelerarem a solidificação do enxofre.

Seja qual for a dor e o prejuízo, depois de enchidos os cestos, é raro algum dos homens deixar enxofre pelo caminho, particularmente árduo no regresso íngreme ao exterior da cratera.

A Pesagem no Depósito do Patrão Chinês

O motivo espera-os dois quilómetros abaixo, num depósito abarracado. Ali, aguarda-os um funcionário chinês austero. É responsável pela pesagem, pela contabilidade e por apurar o pagamento, entregue logo ao lado, em rupias, num guichê de madeira fechado por grades.

Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia

Carregadores insultam o patrão chinês pelas suas costas e riem-se enquanto este verifica o registo do enxofre entregue pelos carregadores indonésios ao seu serviço.

O quilo do enxofre vale cerca de cinco cêntimos. Em cada percurso, os homens descarregam uma média de 80kg que equivalem a menos de quatro euros. São raros os homens que suportam mais de três percursos.

E só em casos muito excepcionais, conseguem um rendimento diário superior a dez euros.

O enxofre é vendido pela companhia que explora os trabalhadores por valores incomparáveis, para ser usada na produção de medicamentos e produtos de estética mas também no processamento de açúcar.

Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia

Trabalhador verifica a sua folha de pagamento junto a um armazém intermédio.

A ironia das ironias é que a poucos quilómetros do vulcão Ijen, estendem-se as vastas plantações de café arábica de Java, considerado um dos melhores do mundo. Para qualquer um destes homens, o trabalho exaustivo da recolha dos grãos seria uma brincadeira mas o café não os estimula.

A maior parte tem famílias para sustentar. Nas plantações, não receberiam nem um terço do que ganham a carregar enxofre.

Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia

Homem mais jovem perscruta o horizonte enquanto transporta muitos quilos de enxofre sólido para um armazém no sopé do monte Ijen

Assim, dia após dia, o vulcão Ijen continua a corroer-lhes o corpo e a alma e a abreviar-lhe a dolorosa existência.

Sem alternativas, os escravos do enxofre agradecem o sacrifício.

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