Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso


Selva de Glória-da-Manhã
Floresta de glória-da-manhã da da aldeia de Botko.
Praínha Negra de Malekula
Mar tranquilo invade um dos inúmeros areais semi-vulcânicos da ilha de Malekula.
A Prova de Osso
Chefe Gilbert mostra uma caveira guardada no cimo cerimonial-canibal nas imediações da aldeia de Botko.
Benvindo a Botko
Palhotas da aldeia ex-canibal de Botko. Situada no cimo da ilha de Malekula
Taro & Leite de coco
Nativa da aldeia de Botko prepara um petisco feito de taro e leite de coco.
Pausa para cacau
Jovem da aldeia de Botko corta cacau para oferecer aos visitantes.
Por uma selva densa
Guia George e um auxiliar prestes a sumirem-se num trilho de selva que conduz à aldeia ex-canibal Botko.
Trio de Totens
Totens cerimoniais e territoriais à entrada da aldeia de Botko.
Um Curto Descanso
Chefe Gilbert nas suas melhores roupas repousa junto ao guia George após uma caminhada íngreme de Botko até; ao lugar em que se processavam os rituais canibais da aldeia.
Um rio sinuoso
Rio lamacento desce das terras mais altas de Malekula para o mar em repetidos meandros e ao longo da selva cerrada de Malekula.
Floresta de Glória-da-manhã
Mata densa de glória da manhã;, predominante em várias zonas de várias ilhas de Vanuatu
A Natureza do Chefe Gilbert
Chefe de Botko, Gilbert, semi-sumido na vegetação densa em redor da aldeia.
Gado tribal
Vaca da aldeia Botko, na base de um coqueiro.
Pacífico do Sul vs Selva
Litoral selvagem de Malekula, uma das mais de 80 ilhas do arquipélago melanésio de Vanuatu.
Uma Antiga Prática Canibal
Chefe Gilbert exemplifica a antiga técnica de esquartejar os corpos, num local antes usado pelos seus antecedentes para rituais canibais.
A Caminho de Botko
Guia George e auxiliares caminham por uma praia de Malekula, em direcção a Botko.
Grande Chefe contra Figueira-das-Índias
O grande chefe Gilbert diminuto contra os troncos tentaculares de um enorme figueira-das-índias projectada do local em que eram realizados os rituais canibais da aldeia de Botko.
Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.

Ainda faltam alguns quilómetros mas George, o guia que tínhamos para aquelas paragens de Vanuatu já vem a tentar comunicar com a aldeia faz tempo.

De quando em quando, ouvem-se respostas difusas aos seus chamamentos guturais que se confundem com um eco longínquo mas o nativo ni-vanuatu assegura-nos que, em Botko, já todos nos esperam.

Mais meia-hora de caminhada e damos com três troncos com cabeças humanas esculpidas. George puxa de um bastão e bate numa delas produzindo um som que percebemos funcionar como uma espécie de campainha tribal.

Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu

Totens cerimoniais e territoriais à entrada da aldeia de Botko.

”Não podemos entrar no território deles sem antes nos anunciarmos à entrada, explica.” E continua a liderar-nos caminho acima.

O Acolhimento Francófono na Aldeia de Botko

O chefe da aldeia aguarda, curioso, no cimo da última rampa enfiado numa camisa florida e fluorescente que nos espanta de tão surreal. “Soyez bienvenus” profere num francês de sotaque crioulo, assim que chegamos ao pé de si, enquanto outros indígenas nos examinam da cabeça aos pés.

George completa as apresentações em bislama, o estranho dialecto anglófono desta nação melanésia. Quando o protocolo inicial termina, Gilbert retoma a palavra e deixa perceber uma enorme preocupação em explicar que a sua tribo evoluiu, foi convertida pelos missionários e que mantém tanto a crença em Jesus como orgulho na fé.

Chefe Gilbert, Botko, Malekula, Vanuatu

Chefe de Botko, Gilbert, semi-sumido na vegetação densa em redor da aldeia.

“De onde são? Portugal? Europa não é? Creio que esses também por cá andaram. Então devem ser um povo cristão, certo? Connosco, os missionários franceses fizeram um bom trabalho, não se preocupem que estão em boas mãos.”

Mesmo assim, como é essa a vossa vontade, vamos mostrar-vos os costumes terríveis dos nossos antepassados. Descansem agora. Já caminharam muito, mas olhem que ainda têm um bom bocado para andar.”

A Caminho do Cume Cerimonial e Canibal de Botko

Concordamos sem reservas. Durante mais de seis horas e sob um calor húmido atroz, subimos da beira-mar de Malekula até àquele domínio elevado e big namba, assim considerado por pertencer a tribos que usam cápsulas vegetais a cobrir o pénis maiores que as de tribos de outras partes, estas logicamente chamadas de small nambas.

Nativos em trilho, Malekula, Vanuatu

Guia George e um auxiliar prestes a sumirem-se num trilho de selva que conduz à aldeia ex-canibal Botko.

Faltava uma hora para chegarmos ao lugar que mais interessava. Para preparar os derradeiros quilómetros, sentamo-nos sobre uma esteira que os anfitriões tinham colocado de frente para um vale luxuriante. Refrescamo-nos e devoramos alguma fruta tropical.

Nativo corta cacau, aldeia de Botko, Malekula, Vanuatu

Jovem da aldeia de Botko corta cacau para oferecer aos visitantes.

Algum tempo depois, o chefe Gilbert volta a aparecer e tomamos um novo trilho. Um jovem segue na frente enquanto outro protege a rectaguarda do grupo. Estão ambos munidos de catanas que usam a toda a hora para cortar a vegetação invasiva ou simplesmente para se entreterem.

O uso repetido daquela arma, no contexto histórico porque nos tínhamos aventurado e no ambiente selvagem envolvente parecia activar-nos o lado mórbido da imaginação. Renovavam-se, assim, receios primários que nem a mais pura racionalidade conseguia afastar e risadas nervosas intermitentes que partilhávamos para os eliminar.

Atravessamos riachos infestados de mosquitos potencialmente portadores de malária e trepamos sobre troncos massivos, tombados durante as piores tempestades da época das chuvas.

A determinada altura, o trilho atinge um cume destacado em que, começamos por ter uma vista longínqua do oceano Pacífico circundante para logo regressarmos à habitual atmosfera sombria.

Selva, Malekula, Vanuatu

Floresta de Glória-da-manhã da da aldeia de Botko.

Caveiras, ossadas, Pedras de Arranjo: uma Espécie de Matadouro Canibal

Gilbert conduz-nos aos diversos locais e artefactos a que os seus antepassados recorriam para realizar os rituais antropófagos. Começa por mostrar uma pedra com um buraco maior cheio de água e outros mais pequenos, vazios.

Explica que os nativos ali se pintavam para o sacrifício final dos inimigos, usando os orifícios menores como palete de cores naturais e a água no maior, como espelho e para corrigir imperfeições.

Passa, em seguida, para uma outra grande rocha abrasiva em que demonstra como faziam fogo e o aumentavam, de imediato, incendiando folhas secas. Logo após, leva-nos a uma enorme pilha de pedras usadas para lavar, cortar e cozinhar os cadáveres das tribos inimigas.

Chefe Gilbert, aldeia de Botko, Malekula, Vanuatu

Chefe Gilbert exemplifica a antiga técnica de esquartejar os corpos, num local antes usado pelos seus antecedentes para rituais canibais.

Acrescenta que a forma tradicional de confeccionar as refeições era cortar os corpos aos bocados, metê-los num buraco que funcionava como forno natural, junto com inhames e taro, tudo sob uma cobertura de folhas de bananeira que aprisionava o vapor.

Ficamos ainda a saber que o tempo de confecção normal se situava entre as três e as cinco horas e “que os chefe das aldeias tinham o privilégio de comer as cabeças das vítimas, algo que faziam por então se acreditar que, dessa forma, conquistavam mais força”.

Pormenores Mórbidos do Canibalismo de Botko, de Malekula e de Vanuatu

Meio a brincar, meio a sério, alguns ni-vanuatus idosos acabam por tocar no tema agora tabu do gosto da carne humana e comparam-no com o de outros animais.

O chefe de Botko sublinha que não pode falar por si mas confessa: “os meus avós consideravam-na mais doce que a de vaca ou de porco.”

Chefe Gilbert segura caveira, aldeia de Botko, Malekula, Vanuatu

Chefe Gilbert mostra uma caveira guardada no cimo cerimonial-canibal nas imediações da aldeia de Botko.

Gilbert acaba de descrever o processo prático. E para que não restem quaisquer dúvidas, mostra-nos dezenas de caveiras conservadas antes de prosseguir para a base de uma enorme figueira-da-índia usada para os mesmos propósitos antropófagos.

Chefe Gilbert e figueira das índias, Botko, Malekula, Vanuatu

O grande chefe Gilbert diminuto contra os troncos tentaculares de um enorme figueira-das-índias projectada do local em que eram realizados os rituais canibais da aldeia de Botko.

Ali, faz questão de nos voltar a tranquilizar: “costumávamos matar e comer os inimigos que vinham roubar as nossas mulheres mas já há muito que as tribos de Vanuatu o deixaram de fazer”.

Os Últimos Casos de Canibalismo Não Tão Remotos como Isso de Vanuatu

Leituras e investigações prévias pareciam provar que não tinha passado assim tanto tempo. A maior parte dos antropólogos parece concordar em que o último caso conhecido de canibalismo de Vanuatu teve lugar em 1969, mais precisamente numa baía do sudoeste de Malekula.

Aldeia de Botko, Malekula, Vanuatu

Palhotas da aldeia ex-canibal de Botko. Situada no cimo da ilha de Malekula

No entanto, os nativos desta ilha falam de outro evento macabro mais recente que se transformou numa espécie de mito selvagem, um caso em que um ancião matou e comeu uma criança da sua tribo.

É algo em que os descobridores e aventureiros pioneiros deste arquipélago de 83 ilhas luxuriantes, não teriam dificuldade em acreditar.

Até 1980, Vanuatu foi colonizado em regime de condomínio – a meias pela Grã-Bretanha e França. Apesar ou devido à independência, mantém-se profundamente tradicional, com mais de 80 por cento da população a viver em palhotas e em pequenas aldeias cercadas de selva cerrada, perdidas entre montanhas e no sopé de vulcões imponentes.

Rio, Malekula, Vanuatu

Rio lamacento desce das terras mais altas de Malekula para o mar em repetidos meandros e ao longo da selva cerrada de Malekula.

Os ni-vanuatu creem em diversas formas de magia negra e em mitos quase espontâneos. Muitos, continuam a vestir apenas saiotes feitos de ervas e nambas,  grandes ou pequenas, consoante a tribo em questão.

A Temida História de Canibalismo das ilhas de Vanuatu

Mas se as coisas se revelam assim no presente, saiba que eram bem mais primitivas nos tempos em que os navegadores ocidentais esquadrinhavam esta parte do mundo.

Praia areia negra, Malekula, Vanuatu

Mar tranquilo invade um dos inúmeros areais semi-vulcânicos da ilha de Malekula.

Os dois primeiros missionários britânicos enviados para o arquipélago foram de imediato capturados e comidos na que ficou conhecida por ilha dos Mártires, hoje chamada Erromango.

O nome de Malekula – a mesma ilha que continuamos a explorar – teve origem em desgraças semelhantes. Louis Antoine de Bougainville e outros marinheiros franceses navegaram vezes sem conta junto ao seu litoral recortado e depressa se ressentiram com a ameaça permanente do canibalismo.

De tal maneira, que a começaram a tratar por mal au cul (literalmente dor no cu). O capitão James Cook, um contemporâneo de Bouganville, terá registado a expressão no seu diário. E o tempo encarregou-se de a transformar e eternizar.

Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a "Survivor"

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
Espiritu Santo, Vanuatu

Os Blue Holes Misteriosos de Espiritu Santo

A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Sombra de sucesso
Cerimónias e Festividades
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
La Paz, Baja California, esquina da capital, com El Quinto Sol
Cidades
La Paz, Baja Califórnia Sur, México

Na Paz do Golfo da Califórnia

Los Cabos e o fundo da longa península acolhem a maior parte dos resorts e dos gringos. La Paz, recebe os seus, mas mantem-se a grande urbe genuína da Baja Califórnia, com um entorno desértico e marinho dos mais exuberantes do México.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Cultura
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Em Viagem
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Étnico
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Teleférico de Sanahin, Arménia
História
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Bonaire, ilha, Antilhas Holandesas, ABC, Caraíbas, Rincon
Ilhas
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Manada de búfalos asiáticos, Maguri Beel, Assam, Índia
Natureza
Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

O Maguri Bill ocupa uma área anfíbia nas imediações assamesas do rio Bramaputra. É louvado como um habitat incrível sobretudo de aves. Quando o navegamos em modo de gôndola, deparamo-nos com muito (mas muito) mais vida que apenas a asada.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Sal Muito Grosso
Parques Naturais
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Ilha de Miyajima, Xintoismo e Budismo, Japão, Portal para uma ilha sagrada
Património Mundial UNESCO
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Sesimbra, Vila, Portugal, Vista do alto
Praias
Sesimbra, Portugal

Uma Vila Tocada por Midas

Não são só a Praia da Califórnia e a do Ouro que a encerram a sul. Abrigada das fúrias do ocidente atlântico, prendada com outras enseadas imaculadas e dotada de fortificações seculares, Sesimbra é, hoje, um porto de abrigo piscatório e balnear precioso.
Páscoa Seurassari, Helsínquia, Finlândia, Marita Nordman
Religião
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Uma espécie de portal
Sociedade
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Vida Selvagem
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.