Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier


Alasca do Ar
Vista das montanhas alasquenses a partir de um avião.
Anchor Inn
Um pequeno hotel de Whittier.
O Bunker Buckner
O edifício em forma de bunker de Buckner
Cemitério Ninilchik
Cemitério de Ninilchik, um povoação alasquense com origem russa.
Sucata
Sucata automóvel em frente ao Buckner Building,
Rio Kasilof abaixo
Navegação do rio Kasilof, em plena época do salmão.
Matrona Oskolkoff
Pormenor de sepultura no cemitério de Ninichik.
América com origem Russa
Bandeiras norte-americanas destacam-se no cemitério de Ninichik.
As Torres Begich
Os edifícios que abrigam quase toda a população de Whittier.
As Facas de Walt & Connie
Loja de facas Walt & Connie, à beira da estrada.
Igreja da Transfiguração do Senhor
Pequena Igreja ortodoxa de Ninilchik.
Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.

Despertamos tarde. Partimos a más horas decididos a parar sempre que o justificasse o caminho.

Passamos ao largo de Nikolaevsk. Interrompemos a viagem, pela primeira vez, em Ninilchik, uma povoação fundada por colonos russos, em 1820, quarenta e sete anos antes dos seus governantes terem vendido o Alasca aos Estados Unidos por 7.2 milhões de dólares num dos negócios mais desastrosos feitos pelo país dos Czares.

Pouco tempo depois da transacção, os exploradores norte-americanos descobriram ouro em várias partes do estado. Bastaram alguns anos para a riqueza extraída pelos americanos dos filões e rios do estado suplantar o valor despendido.

Após a passagem do vasto território para a posse dos americanos, nem todos os russos partiram. Os que ficaram, preservam boa parte da sua cultura.

Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Vista das montanhas alasquenses a partir de um avião.

Famílias inteiras partilham chá de grandes samovares seculares, guardam fatos tradicionais russos em que posam para fotografias memoráveis, junto de grandes matrioskas coloridas.

A sua fé cristã, é Ortodoxa, claro está. Como o são as suas várias igrejas de madeira com cruzes de oito braços, decoradas com painéis dourados-coloridos dos santos que a comunidade louva.

Transfiguration of Our Lord Church, Ninilchik, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Pequena Igreja ortodoxa de Ninilchik.

Desviamo-nos da Sterling Highway em busca da igreja russa local. Encontramo-la na imediação de uma falésia, virada para o mar e cercada por uma vedação branca, de madeira.

Mais que a religiosidade, impressiona o significado histórico da visão.

Cemitério de Ninilchik, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Cemitério de Ninilchik, um povoação alasquense com origem russa.

Malgrado a arquitectura eslava do edifício principal, num pequeno cemitério subsumido entre a vegetação, misturam-se cruzes ortodoxas com católicas, estas, acompanhadas de bandeiras dos Estados Unidos da América.

Como ali se provava, a convivência de habitantes das duas nações verificou-se durante bastante tempo.

E assim continua muito depois da retirada diplomática da Rússia. É, este, aliás, um dos aspectos mais fascinantes da vida do sul do Alasca.

Os Rios de Salmões que Irrigam o Alasca em Tempos Russo

Prosseguimos para norte. Passamos por outras localidades de origem russa como a pequena, quase imperceptível Kasilof, baptizada segundo o rio que por ali passa e desagua mais à frente.

Em Junho e Julho, um exército de pescadores oriundos das redondezas e de outras partes mais longínquas do Alasca reúnem-se de ambas as margens. Enquanto a migração dos cardumes o permite, competem entre eles e com as águias pesqueiras e pigarros pelos espécimes de salmão, mais acessíveis que nunca sobre os baixios em que o rio se espraia.

Ali, os salmões ainda vão no início de uma viagem fluvial que, a completar-se, os levaria bem mais a montante do Kasilof, quem sabe se até ao grandioso lago Tustumena.

Rio Kasilof, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Navegação do rio Kasilof, em plena época do salmão.

Por estes lados, a paisagem mais próxima da estrada é dominada por florestas de coníferas baixas e de aspecto frágil. Não chegam a atingir alturas mais dignas devido ao subsolo quase sempre gelado em que assentam.

Na distância, destacam-se os cumes da cordilheira Kenai, coroados de branco pelo gelo mais persistente.

Pela Sterling Highway Acima

Segue-se Soldotna. Logo, Sterling. Em Sterling, chama-nos a atenção um outdoor gráfico. Dele se destaca uma grande faca de punho amarelo e vermelho. Projecta-se da faca, uma bandeira americana star-splangled esvoaçante.

Um painel abaixo apresenta-nos o Walt & Connies Knives, o negócio de beira da estrada deste casal, bem posicionada para servir os pescadores, os caçadores e os alasquenses em geral com o que mais falta lhes faz: facas de caça, facas de filé, facas de cozinha, facas alasquenses unu e facas Campbell.

Walt & Connie Knives, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Loja de facas Walt & Connie, à beira da estrada.

Além destes tipos todos de facas, o casal anuncia ainda que as afia e que vende currais para renas. Por azar, à hora a que passámos à sua porta, o estabelecimento do casal estava fechado. Não podíamos esperar pela hora do seu regresso, sem sequer termos a certeza de que regressariam.

Após vários desvios que incluem pausas estratégicas em Soldotna, Cooper Landing e Moose Pass, deixamos por fim, a Sterling Hwy. Apontados a noroeste, ao fundo bem fundo do braço de mar de Turnagain, que se estende desde a ainda longínqua cidade de Anchorage.

Por Fim, a Revelação da Esquiva Whittier

Explorados todos os cantos da cidade e as redondezas, damos início a nova etapa. Antes do regresso a Anchorage impõe-se a visita a uma das povoações mais surreais de todo o estado: Whittier.

Só os interessados pela história bélica do mundo o sabem. Durante a 2a Guerra Mundial, além de Pearl Harbor, os Estados Unidos foram atacados pelos japoneses no seu 49º estado. 

O infortúnio calhou a Dutch Harbour e ao arquipélago aleuta, a longa cadeia de ilhas na extremidade da Península do Alasca, mais próxima do território nipónico que qualquer outra parte dos Estados Unidos.

Confrontados com a necessidade de construir uma base militar secreta, os responsáveis do exército acharam o lugar ideal, ali, de frente para o Canal Passage, cercado pelas montanhas íngremes em redor, cobertas por gelo e por nuvens densas na maior parte do ano.

Num ápice, tornaram-no um esconderijo bélico sofisticado, dotado de um porto e caminho-de-ferro. Durante a época alta turística, esse mesmo porto recebe agora os grandes navios cruzeiro que percorrem a costa ocidental do Alasca, de Anchorage até as diversas povoações do Cabo de Frigideira alasquense. Capital Juneau incluída.

Na altura chamaram-no de Camp Sullivan. Em 1943, Camp Sullivan já era usado como o porto de entrada das forças dos Estados Unidos da América no Alasca.

Por forma a assegurar o acesso por terra, foi aberto um longo túnel, que é, ainda hoje, uma das maravilhas da engenharia do Alasca.

A Génese Bélica da Povoação, em Plena 2ª Guerra Mundial

Malgrado o propósito da sua fundação e o visual de grande bunker que ostenta, Whittier tomou de empréstimo o nome de um glaciar imponente nas redondezas. Em 1915, esse glaciar, foi baptizado em honra do poeta americano John Greenleaf Whittier.

No fim de Março de 1964, ainda em plena ocupação militar, Whittier viu-se chocalhada pelo tremor de terra de Sexta Feira Santa, um dos eventos sísmicos mais poderosos e destrutivos verificados no Alasca, com uma magnitude de 9.2 graus, gerador de diversos maremotos ao longo da costa Oeste dos Estados Unidos mas que, apesar desta intensidade, só fez treze vítimas.

Os militares ocuparam Whittier até 1968, ano em que a abandonaram e aos seus estranhos edifícios.

Com a afirmação do turismo estival, mesmo entre cordilheiras e glaciares, a cidade fantasma – entretanto colonizada por indígenas – tornou-se numa atracção alasquense à parte, com importância reforçada por se ter tornado numa escala do Alasca Marine Highway.

Só quando chegamos à entrada do Anton Anderson Tunnel, descobrimos que não permite a viagem simultânea aos dois sentidos, que o acesso só é possível de hora a hora. Dedicamos os 40 minutos que faltam às rádios regionais e a apreciar a paisagem glaciar circundante.

Quando o sinal verde finalmente cai, prosseguimos pelo escuro. Levamos quinze minutos a atravessar o longo túnel. Até que, do outro lado da montanha, damos de caras com um refúgio de visual cimentado, em tudo idêntico a tantos outros que a Guerra Fria viria, mais tarde, a gerar.

Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Sucata automóvel em frente ao Buckner Building,

Os Inusitados Buckner Building e Torres Begich

Pela dimensão e peso arquitectónico, destaca-se do casario, o Buckner Building que não resistimos a explorar. A determinada altura, parecia aos moradores tão vasto e completo que o tratavam por “uma cidade debaixo de um telhado”.

Até 1968, habitaram ali mais de 1000 pessoas, na maioria ao serviço do exército dos EUA. Hoje, o edifício não é mais que um bunker habitacional abandonado ao tempo e à vegetação, com a companhia de diversos carros amolgados e enferrujados.

Destino diferente tiveram as Torres Begich. Com catorze andares e um aspecto civil de prédio suburbano, logo após a

Torres Begich, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Os edifícios que abrigam quase toda a população de Whittier.

desmobilização, foram ocupadas por indígenas da região e por alguns imigrantes que se instalaram nos cento e cinquenta apartamentos de dois e três quartos. Várias famílias dependentes do Alasca e funcionários civis foram também para lá deslocados.

As Torres Begich abrigam actualmente cerca de 80% dos duzentos e poucos habitantes de Whittier. No subsolo, um labirinto de túneis liga os edifícios a escolas e lojas.

Protegem os moradores das intempéries. Poupam-lhes o tempo perdido a retirar neve das entradas das suas casas e das estradas, durante os intermináveis meses frios.

Com o acumular das décadas, esta nova estrutura habitacional deu origem a uma sociedade única, semi-isolada do mundo exterior pela localização e pela distância, pelo menos enquanto o Verão e os turistas curiosos não chegam.

Um Abrigo Militar, em Plena Rota Indígena Chugach

A zona em que as autoridades americanas instalaram Whittier foi, em tempos, rota de viagem dos nativos Chugach, sempre que seguiam no caminho do imenso Prince William Sound.

Anos mais tarde, com a chegada dos exploradores e russos e americanos e de prospectores de ouro americanos durante a Febre do Ouro do Klondike, uma multidão de forasteiros metediços e desrespeitadores das origens dos Chugach, passaram também a usá-lo.

Conscientes de que Whittier se tratava de um exemplo derradeiro de uma cidade militar furtiva norte-americana, absorvemos até ao último minuto a sua estranha beleza ou, melhor dito, estranheza.

Buckner Building, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

O edifício em forma de bunker de Buckner

No tempo de que dispúnhamos foram poucos os moradores que encontrámos. “Por esta altura estão todos no trabalho no terminal petrolífero, os miúdos na escola e muita gente anda por Anchorage” afiança-nos John Kerry o proprietário de um loja que vendia de tudo um pouco.

Mil e duzentos quilómetros e nove dias depois, estávamos prestes a terminar o circuito planeado, rendidos à existência peculiar da Península Kenai, entusiasmamo-nos a projectar um regresso invernal.

Afinal, poucos lugares são mais recompensadores que lugares fora da caixa como Whittier onde a vida é extrema e continua por domar.

Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Cidades
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Em Viagem
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Cobá, viagem às Ruínas Maias, Pac Chen, Maias de agora
Étnico
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Uxmal, Iucatão, capital Maia, a Pirâmide do Adivinho
História
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Tambores e tatoos
Ilhas
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Las Cuevas, Mendoza, de um lado ao outro dos andes, argentina
Natureza
Mendoza, Argentina

De Um Lado ao Outro dos Andes

Saída da Mendoza cidade, a ruta N7 perde-se em vinhedos, eleva-se ao sopé do Monte Aconcágua e cruza os Andes até ao Chile. Poucos trechos transfronteiriços revelam a imponência desta ascensão forçada
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Parques Naturais
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Egipto Ptolomaico, Edfu a Kom Ombo, Nilo acima, guia explica hieróglifos
Património Mundial UNESCO
Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
La Digue, Seychelles, Anse d'Argent
Praias
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Promessa?
Religião
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Sociedade
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Vida Selvagem
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.