Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo


3 Guys Church
Placard promove a venda de artesanato ecológico nativo tlingit.
M/V Malaspina
Passageiros de um dos barcos do Alaska Marine Highway System, pouco depois de terem deixado Sitka.
Ursos à Vista
Aviso de avistamentos recentes de ursos à entrada do trilho principal do Sitka National Historical Park
Cabeça de Totem 2
Pormenor de um do muitos totens tlingit disseminados pelo Sitka National Historical Park.
Catedral de St. Michaels
A frente da catedral de Saint Michaels, de madeira e com a sua cruz ortodoxa de oito braços
Totem Camuflado
Totem tlingit dissimulado no meio dos troncos largos da floresta de coníferas em redor de Sitka
Ocaso sobre Sitka
Longo pôr-do-sol tardio ilumina a vasta floresta de coníferas num canal nas imediações de Sitka
Trilho Sombrio
Trilho da floresta do Sitka National Historical Park, frequentemente visitado por ursos que justificam sérios avisos e cuidados redobrados dos visitantes.
Cabeça Chapelada
Detalhe do topo de um dos totens da tribo tlingit disseminados pelo Sitka National Historical Park.
O Ranger
Jimmy Craig, o guarda-florestal tlingit ao serviço do Sitka National Historical Park.
Tlingits
Fotografia de fotografia histórica de um grupo de indígenas tlingit, a tribo feroz que fez a vida dificil aos colonos russos
Torre da Catedral
Torre da catedral de Saint Michaels, um dos símbolos da herança russa mais importantes de Sitka e todo o Alasca.
Totem Esculpido
Totem da tribo tlingit perdido no meio das coníferas do Sitka National Historical Park.
Vestidos Quaker
Os vestidos confeccionados à mão por Jillian, uma moradora de Sitka quaker que desprezava a tecnologia.
Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.

Quando chegamos ao coração da baixa de Sitka, um sacerdote ortodoxo conversa com fiéis à entrada da catedral de Saint Michaels, o assento do Bispo de Kamchatka, das ilhas Kuril e do arquipélago aleuta.

A sua batina negra, as barbas grisalhas fazem total sentido na proximidade da igreja azul e branca coroada por várias cruzes de oito braços douradas.

A quem não se inteirou da história, podem fazer menos num dos territórios da nação que foi tanto tempo a arqui-rival da pátria dos czares.

Catedral de St Michaels, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

A frente da catedral de Saint Michaels, de madeira e com a sua cruz ortodoxa de oito braços

Outras referências à América Russa aparecem diante de nós quando menos esperamos. Na vizinha Marine Street, surge a sepultura da Princesa Maksoutoff – a esposa do último governador. A princesa jaz numa espécie de extensão VIP do vasto e arrepiante cemitério russo de que o musgo encharcado e restante vegetação se continuam a apoderar.

Logo ao lado, impõe-se uma réplica da paliçada que os ex-colonos ergueram para se proteger dos ataques frequentes dos indígenas.

Os Tlingit, a Alma Nativa de Sitka e os Ursos que a Habitam

À chegada dos russos, a etnia Tlingit era dona e senhora da região. Depressa espalhou terror entre os invasores. A ameaça dos Tlingit obrigou-os a estabelecer uma aliança oportunista com os rivais Aleutas. Só assim, coligados, os russos conseguiram derrotar os nativos na Batalha de Sitka e erguer o entreposto de Novoarkangelsk.

Jimmy Craig conhece a história ao pormenor. Orgulha-se da resistência feroz dos seus antepassados.

Alasca Marine Highway, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Jimmy Craig, o guarda-florestal tlingit ao serviço do Sitka National Historical Park.

Encontramo-lo fardado de guarda-florestal à entrada do Sitka National Historical Park onde detecta o aroma de fumo de fogueira nas nossas roupas e não resiste a comentar: “Vocês cheiram ao nosso melhor perfume: colónia de lenha! São muitos pontos ganhos na consideração de qualquer Tlingit”.

Sejam bem-vindos. Divirtam-se no parque mas tenham atenção. Nos últimos dias foram avistados ursos. Falem alto um com o outro. Se derem de caras com algum, acima de tudo não virem as costas!”

Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Aviso de avistamentos recentes de ursos à entrada do trilho principal do Sitka National Historical Park

Seguimos o conselho à letra. Embrenhamo-nos na floresta escura. Divertimo-nos a alimentar diálogos tão fúteis quanto barulhentos.

Paramos apenas para admirar cada um dos 18 totens tlingits misteriosos e coloridos e para ler os placares explicativos dispostos ao longo dos trilhos.

Totem, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Totem tlingit dissimulado no meio dos troncos largos da floresta de coníferas em redor de Sitka

Os ursos também criaram problemas aos pioneiros russos.

Alasca. A Vasta Colónia Russa que Acabou Vendida ao Desbarato

Os Russos aventuraram-se no Alasca quase cem anos antes dos britânicos. Motivava-os a abundância de peles, um bem, à época, muito valioso que ali conseguiam em maior quantidade que do outro lado do Estreito de Bering.

Depois de os seus súbditos terem quase extinguido os animais alvo das ilhas Aleutas e de Kodiak, o primeiro governador da colónia, Alexander Andreyevich Baranov deslocou a capital para sul.

Ergueu Sitka com a ambição desmedida de estabelecer um império das peles que se estenderia da Baía de Bristol até ao norte da Califórnia.

O projecto esbarrou no avanço dos britânicos. Não chegou sequer a meio caminho. Ainda assim, os russos dominaram o Alasca até 1867. Nesse mesmo ano, fecharam um dos piores negócios da sua história.

À época, várias contendas domésticas e os conflitos com as tribos nativas, as elevadas despesas com a manutenção da colónia a que se vieram juntar aquelas decorrentes das guerras napoleónicas, esgotaram as finanças de São Petersburgo.

Como último recurso, os russos procuraram vender o território aos Estados Unidos. Os americanos acabaram por concordar com o preço de 7.2 milhões de dólares, um valor inferior a dois cêntimos por acre a que o Partido Republicano chamou “A Loucura de Seward” (o Secretário de Estado de Lincoln que assinou o negócio) que se revelaria surpreendentemente lucrativo.

O Ouro do Alasca Que Atraiu Novos Colonos de Todas as Partes

Treze anos mais tarde, os prospectores Richard Harris e Joseph Juneau, este que veio a dar o nome à capital actual do Alasca, descobriram ouro no Canal Gastineau. O filão que encontraram, em conjunto com outros, depressa rendeu mais de 150 milhões de dólares.

Parte do património e do modo de vida dos vendedores também passou para as mãos dos compradores. Nenhuma outra povoação do sudeste do Alasca herdou tanto como Sitka. Hoje, Sitka conta com 9 mil habitantes. É a única povoação do sudeste do Alasca que desafia o oceano Pacífico.

Como era de esperar, em termos étnicos e culturais, Sitka tornou-se na verdadeira salada-russa. Uma manta de retalhos histórica que nos continuou a intrigar.

Tlingits, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Fotografia de fotografia histórica de um grupo de indígenas tlingit, a tribo feroz que fez a vida dificil aos colonos russos

Passamos parte da noite em redor de uma segunda fogueira, na casa de um casal de jovens quakers que se ofereceu para nos acolher. Não éramos os únicos.

Uma Noite à Fogueira, com Quakers, S’mores e Um Músico Alasquense

Caleb tinha acabado de chegar da longínqua Fairbanks (cidade do norte alasquense) e também era convidado. “Trouxeram vinho? Que maravilha!” exclama quando detecta a garrafa nos nossos sacos de compras para o jantar.

Já Seth e Jillian, os excêntricos anfitriões, não se mostram tão entusiasmados. “Bom, o álcool vai contra os nossos princípios mas não vos vamos impor nada. Bebam mas portem-se bem a seguir! Sabem o que são s’mores?” perguntam-nos ainda. Estamos com muita vontade de voltar a fazer uma noite de s’mores. Mas vamo-nos instalando em volta da fogueira. Já vêem o que é.”

Por via das dúvidas, antes, mostram-nos onde era suposto dormirmos. Nesse mesmo pequeno quarto, divertimo-nos a observar dezenas de trajes folclóricos pendurados que nos parecem adequados a um longo Carnaval.

Vestidos Quaker, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Os vestidos confeccionados à mão por Jillian, uma moradora de Sitka quaker que desprezava a tecnologia.

Jillian repara no nosso fascínio: “Gostam? Sou eu que os costuro à mão. Nós, quakers não somos grandes fãs de tecnologia, como já devem ter reparado”.

O Fenómeno Então Emergente do grupo Portugal. The Man

Saímos para o quintal e para a noite fria daquele Alasca litoral. Caleb já se servira do vinho.

Enquanto se aquecia junto às chamas lembra-se de algo que o intrigava. “Vocês conhecem os Portugal. The Man ? São uma banda alternativa de Portland já bastante famosa cá pelo norte dos States. Eu até apostava que vão ficar famosos também na Europa. (n.d.A.: foi mais ou menos o que aconteceu e já vieram tocar a Portugal). Porque é que têm este nome? Pois, gostava muito de vos explicar mas a verdade é que não sei. “

Para compensar, fez-nos um verdadeiro interrogatório acerca de Portugal. Garantiu-nos que seria uma das suas viagens prioritárias no Velho Mundo.

Entretanto, Jillian distribuí-nos galhos apanhados ali em redor e abre as hostilidades s’morescas. Faz uma mini-sanduíche de malvaísco entre bolachas. Coloca-a na extremidade do seu galho e tosta-a sobre o fogo. Nós e Caleb, imitamo-la e a Seth. Tímido, este, ria-se de tudo um pouco enquanto se protegia do fumo denso que nos fazia engasgar.

As chamas e o fumo não tardam a apaziguar-se.

Jillian aproveita para nos confessar: “Ah, como isto nos está a saber bem.”. Ainda estamos bastante moídos da aventura da manhã. Fomos minerar ouro para o rio. Nunca pensámos que aquilo cansasse tanto. Ainda por cima não encontrámos nem sinal dele. Nem sequer pó.”

Congeminações Sobre o Passado e o Presente Russo de Sitka

Por essa altura, assalta-nos a mente um paralelismo que expomos à fogueira: “Já repararam que se tivessem sido os russos a achar o primeiro ouro cá por estes lados, podíamos aqui estar a falar russo e a beber vodka acompanhado com pepinos em pickle ?”

Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Torre da catedral de Saint Michaels, um dos símbolos da herança russa mais importantes de Sitka e todo o Alasca.

Ao que Seth contrapõe. “É verdade, rapazes. Mas não tenho bem a certeza se isso não acontece ainda de vez em quando aqui pelas redondezas. Podia ser mais visível, mas esta cidade ainda guarda muito de russo.

Tiveram azar com o calendário dos cruzeiros mas, quase sempre que cá atraca algum, há um espectáculo de danças tradicionais russas.”

Canal em Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Longo pôr-do-sol tardio ilumina a vasta floresta de coníferas num canal nas imediações de Sitka

O próximo cruzeiro só chegava passado demasiado tempo.

Dois dias depois, embarcámos no M/V Malaspina e continuámos a explorar o Alasca pela rota do seu longo Marine Highway.

Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier

Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.
Glaciar Mendenhall, Juneau, Alasca

O Glaciar por detrás de Juneau

Os nativos Tlingit denominavam assim este que é um dos mais de 140 glaciares do campo de gelo de Juneau. Mais conhecido por Mendenhall, nos últimos três séculos, o aquecimento global fez a sua distância para a capital diminuta do Alasca aumentar mais de quatro quilómetros.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

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Aventura
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Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
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Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
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Chania: pelo Poente da História de Creta

Chania foi minóica, romana, bizantina, árabe, veneziana e otomana. Chegou à actual nação helénica como a cidade mais sedutora de Creta.
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Cultura
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Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
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Desporto
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A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Em Viagem
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Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Étnico
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Barco navega ao largo do litoral ocidental de Spinalonga
História

Spinalonga, Creta, Grécia

Uma Ilha Fortaleza Rendida a Colónia de Leprosos

Desde sempre disputada, ocupada por cristãos e sarracenos, venezianos, otomanos e, mais tarde, cretenses e gregos, entre 1903 e 1957, a árida Spinalonga acolheu um lazareto. Quando lá desembarcamos, estava desabitada, graças ao dramatismo do seu passado, era um dos lugares mais visitados da Grécia.

Castelo de Shuri em Naha, Okinawa o Império do Sol, Japão
Ilhas
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
barco enferrujado, Mar de Aral, Usbequistão
Natureza
Mar de Aral, Uzbequistão

O Lago que o Algodão Absorveu

Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Património Mundial UNESCO
Cascatas e Quedas de Água

Cascatas do Mundo: Impressionantes Rios Verticais

Dos quase 1000 metros de altura do salto dançante de Angel à potência fulminante de Iguaçu ou Victoria após chuvas torrenciais, abatem-se sobre a Terra cascatas de todos os tipos.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

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Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
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A Maior das Lealdades

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