Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo


3 Guys Church
Placard promove a venda de artesanato ecológico nativo tlingit.
M/V Malaspina
Passageiros de um dos barcos do Alaska Marine Highway System, pouco depois de terem deixado Sitka.
Ursos à Vista
Aviso de avistamentos recentes de ursos à entrada do trilho principal do Sitka National Historical Park
Cabeça de Totem 2
Pormenor de um do muitos totens tlingit disseminados pelo Sitka National Historical Park.
Catedral de St. Michaels
A frente da catedral de Saint Michaels, de madeira e com a sua cruz ortodoxa de oito braços
Totem Camuflado
Totem tlingit dissimulado no meio dos troncos largos da floresta de coníferas em redor de Sitka
Ocaso sobre Sitka
Longo pôr-do-sol tardio ilumina a vasta floresta de coníferas num canal nas imediações de Sitka
Trilho Sombrio
Trilho da floresta do Sitka National Historical Park, frequentemente visitado por ursos que justificam sérios avisos e cuidados redobrados dos visitantes.
Cabeça Chapelada
Detalhe do topo de um dos totens da tribo tlingit disseminados pelo Sitka National Historical Park.
O Ranger
Jimmy Craig, o guarda-florestal tlingit ao serviço do Sitka National Historical Park.
Tlingits
Fotografia de fotografia histórica de um grupo de indígenas tlingit, a tribo feroz que fez a vida dificil aos colonos russos
Torre da Catedral
Torre da catedral de Saint Michaels, um dos símbolos da herança russa mais importantes de Sitka e todo o Alasca.
Totem Esculpido
Totem da tribo tlingit perdido no meio das coníferas do Sitka National Historical Park.
Vestidos Quaker
Os vestidos confeccionados à mão por Jillian, uma moradora de Sitka quaker que desprezava a tecnologia.
Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.

Quando chegamos ao coração da baixa de Sitka, um sacerdote ortodoxo conversa com fiéis à entrada da catedral de Saint Michaels, o assento do Bispo de Kamchatka, das ilhas Kuril e do arquipélago aleuta.

A sua batina negra, as barbas grisalhas fazem total sentido na proximidade da igreja azul e branca coroada por várias cruzes de oito braços douradas.

A quem não se inteirou da história, podem fazer menos num dos territórios da nação que foi tanto tempo a arqui-rival da pátria dos czares.

Catedral de St Michaels, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

A frente da catedral de Saint Michaels, de madeira e com a sua cruz ortodoxa de oito braços

Outras referências à América Russa aparecem diante de nós quando menos esperamos. Na vizinha Marine Street, surge a sepultura da Princesa Maksoutoff – a esposa do último governador. A princesa jaz numa espécie de extensão VIP do vasto e arrepiante cemitério russo de que o musgo encharcado e restante vegetação se continuam a apoderar.

Logo ao lado, impõe-se uma réplica da paliçada que os ex-colonos ergueram para se proteger dos ataques frequentes dos indígenas.

Os Tlingit, a Alma Nativa de Sitka e os Ursos que a Habitam

À chegada dos russos, a etnia Tlingit era dona e senhora da região. Depressa espalhou terror entre os invasores. A ameaça dos Tlingit obrigou-os a estabelecer uma aliança oportunista com os rivais Aleutas. Só assim, coligados, os russos conseguiram derrotar os nativos na Batalha de Sitka e erguer o entreposto de Novoarkangelsk.

Jimmy Craig conhece a história ao pormenor. Orgulha-se da resistência feroz dos seus antepassados.

Alasca Marine Highway, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Jimmy Craig, o guarda-florestal tlingit ao serviço do Sitka National Historical Park.

Encontramo-lo fardado de guarda-florestal à entrada do Sitka National Historical Park onde detecta o aroma de fumo de fogueira nas nossas roupas e não resiste a comentar: “Vocês cheiram ao nosso melhor perfume: colónia de lenha! São muitos pontos ganhos na consideração de qualquer Tlingit”.

Sejam bem-vindos. Divirtam-se no parque mas tenham atenção. Nos últimos dias foram avistados ursos. Falem alto um com o outro. Se derem de caras com algum, acima de tudo não virem as costas!”

Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Aviso de avistamentos recentes de ursos à entrada do trilho principal do Sitka National Historical Park

Seguimos o conselho à letra. Embrenhamo-nos na floresta escura. Divertimo-nos a alimentar diálogos tão fúteis quanto barulhentos.

Paramos apenas para admirar cada um dos 18 totens tlingits misteriosos e coloridos e para ler os placares explicativos dispostos ao longo dos trilhos.

Totem, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Totem tlingit dissimulado no meio dos troncos largos da floresta de coníferas em redor de Sitka

Os ursos também criaram problemas aos pioneiros russos.

Alasca. A Vasta Colónia Russa que Acabou Vendida ao Desbarato

Os Russos aventuraram-se no Alasca quase cem anos antes dos britânicos. Motivava-os a abundância de peles, um bem, à época, muito valioso que ali conseguiam em maior quantidade que do outro lado do Estreito de Bering.

Depois de os seus súbditos terem quase extinguido os animais alvo das ilhas Aleutas e de Kodiak, o primeiro governador da colónia, Alexander Andreyevich Baranov deslocou a capital para sul.

Ergueu Sitka com a ambição desmedida de estabelecer um império das peles que se estenderia da Baía de Bristol até ao norte da Califórnia.

O projecto esbarrou no avanço dos britânicos. Não chegou sequer a meio caminho. Ainda assim, os russos dominaram o Alasca até 1867. Nesse mesmo ano, fecharam um dos piores negócios da sua história.

À época, várias contendas domésticas e os conflitos com as tribos nativas, as elevadas despesas com a manutenção da colónia a que se vieram juntar aquelas decorrentes das guerras napoleónicas, esgotaram as finanças de São Petersburgo.

Como último recurso, os russos procuraram vender o território aos Estados Unidos. Os americanos acabaram por concordar com o preço de 7.2 milhões de dólares, um valor inferior a dois cêntimos por acre a que o Partido Republicano chamou “A Loucura de Seward” (o Secretário de Estado de Lincoln que assinou o negócio) que se revelaria surpreendentemente lucrativo.

O Ouro do Alasca Que Atraiu Novos Colonos de Todas as Partes

Treze anos mais tarde, os prospectores Richard Harris e Joseph Juneau, este que veio a dar o nome à capital actual do Alasca, descobriram ouro no Canal Gastineau. O filão que encontraram, em conjunto com outros, depressa rendeu mais de 150 milhões de dólares.

Parte do património e do modo de vida dos vendedores também passou para as mãos dos compradores. Nenhuma outra povoação do sudeste do Alasca herdou tanto como Sitka. Hoje, Sitka conta com 9 mil habitantes. É a única povoação do sudeste do Alasca que desafia o oceano Pacífico.

Como era de esperar, em termos étnicos e culturais, Sitka tornou-se na verdadeira salada-russa. Uma manta de retalhos histórica que nos continuou a intrigar.

Tlingits, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Fotografia de fotografia histórica de um grupo de indígenas tlingit, a tribo feroz que fez a vida dificil aos colonos russos

Passamos parte da noite em redor de uma segunda fogueira, na casa de um casal de jovens quakers que se ofereceu para nos acolher. Não éramos os únicos.

Uma Noite à Fogueira, com Quakers, S’mores e Um Músico Alasquense

Caleb tinha acabado de chegar da longínqua Fairbanks (cidade do norte alasquense) e também era convidado. “Trouxeram vinho? Que maravilha!” exclama quando detecta a garrafa nos nossos sacos de compras para o jantar.

Já Seth e Jillian, os excêntricos anfitriões, não se mostram tão entusiasmados. “Bom, o álcool vai contra os nossos princípios mas não vos vamos impor nada. Bebam mas portem-se bem a seguir! Sabem o que são s’mores?” perguntam-nos ainda. Estamos com muita vontade de voltar a fazer uma noite de s’mores. Mas vamo-nos instalando em volta da fogueira. Já vêem o que é.”

Por via das dúvidas, antes, mostram-nos onde era suposto dormirmos. Nesse mesmo pequeno quarto, divertimo-nos a observar dezenas de trajes folclóricos pendurados que nos parecem adequados a um longo Carnaval.

Vestidos Quaker, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Os vestidos confeccionados à mão por Jillian, uma moradora de Sitka quaker que desprezava a tecnologia.

Jillian repara no nosso fascínio: “Gostam? Sou eu que os costuro à mão. Nós, quakers não somos grandes fãs de tecnologia, como já devem ter reparado”.

O Fenómeno Então Emergente do grupo Portugal. The Man

Saímos para o quintal e para a noite fria daquele Alasca litoral. Caleb já se servira do vinho.

Enquanto se aquecia junto às chamas lembra-se de algo que o intrigava. “Vocês conhecem os Portugal. The Man ? São uma banda alternativa de Portland já bastante famosa cá pelo norte dos States. Eu até apostava que vão ficar famosos também na Europa. (n.d.A.: foi mais ou menos o que aconteceu e já vieram tocar a Portugal). Porque é que têm este nome? Pois, gostava muito de vos explicar mas a verdade é que não sei. “

Para compensar, fez-nos um verdadeiro interrogatório acerca de Portugal. Garantiu-nos que seria uma das suas viagens prioritárias no Velho Mundo.

Entretanto, Jillian distribuí-nos galhos apanhados ali em redor e abre as hostilidades s’morescas. Faz uma mini-sanduíche de malvaísco entre bolachas. Coloca-a na extremidade do seu galho e tosta-a sobre o fogo. Nós e Caleb, imitamo-la e a Seth. Tímido, este, ria-se de tudo um pouco enquanto se protegia do fumo denso que nos fazia engasgar.

As chamas e o fumo não tardam a apaziguar-se.

Jillian aproveita para nos confessar: “Ah, como isto nos está a saber bem.”. Ainda estamos bastante moídos da aventura da manhã. Fomos minerar ouro para o rio. Nunca pensámos que aquilo cansasse tanto. Ainda por cima não encontrámos nem sinal dele. Nem sequer pó.”

Congeminações Sobre o Passado e o Presente Russo de Sitka

Por essa altura, assalta-nos a mente um paralelismo que expomos à fogueira: “Já repararam que se tivessem sido os russos a achar o primeiro ouro cá por estes lados, podíamos aqui estar a falar russo e a beber vodka acompanhado com pepinos em pickle ?”

Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Torre da catedral de Saint Michaels, um dos símbolos da herança russa mais importantes de Sitka e todo o Alasca.

Ao que Seth contrapõe. “É verdade, rapazes. Mas não tenho bem a certeza se isso não acontece ainda de vez em quando aqui pelas redondezas. Podia ser mais visível, mas esta cidade ainda guarda muito de russo.

Tiveram azar com o calendário dos cruzeiros mas, quase sempre que cá atraca algum, há um espectáculo de danças tradicionais russas.”

Canal em Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Longo pôr-do-sol tardio ilumina a vasta floresta de coníferas num canal nas imediações de Sitka

O próximo cruzeiro só chegava passado demasiado tempo.

Dois dias depois, embarcámos no M/V Malaspina e continuámos a explorar o Alasca pela rota do seu longo Marine Highway.

Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier

Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.
Glaciar Mendenhall, Juneau, Alasca

O Glaciar por detrás de Juneau

Os nativos Tlingit denominavam assim este que é um dos mais de 140 glaciares do campo de gelo de Juneau. Mais conhecido por Mendenhall, nos últimos três séculos, o aquecimento global fez a sua distância para a capital diminuta do Alasca aumentar mais de quatro quilómetros.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Escadaria Palácio Itamaraty, Brasilia, Utopia, Brasil
Arquitectura & Design
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
auto flagelacao, paixao de cristo, filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Península Iucatão, Cidade Mérida, México, Cabildo
Cidades
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Jingkieng Wahsurah, ponte de raízes da aldeia de Nongblai, Meghalaya, Índia
Cultura
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Em Viagem
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Étnico
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
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Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
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Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
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Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
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Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Preikestolen, Rocha do Púlpito, trono arriscado
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Peregrinação ao Púlpito de Rocha da Noruega

Não faltam cenários grandiosos à Noruega dos fiordes sem fim. Em pleno fiorde de Lyse, o cimo destacado, alisado e quase quadrado de uma falésia com mais de 600 metros forma um inesperado púlpito rochoso. Subir às suas alturas, espreitar os precipícios e apreciar os panoramas em redor tem muito de revelação.
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Outono
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Lago Tinquilco no PN Huerquehue, Pucón, La Araucania, Chile
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Entre as Araucárias de La Araucania

A determinada latitude do longilíneo Chile, entramos em La Araucanía. Este é um Chile rude, repleto de vulcões, lagos, rios, quedas d’água e das florestas de coníferas de que brotou o nome da região. E é o coração de pinhão da maior etnia indígena do país: a Mapuche.
agua grande plataforma, cataratas iguacu, brasil, argentina
Património Mundial UNESCO
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
Verificação da correspondência
Personagens
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Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Santa Marta, Tayrona, Simón Bolivar, Ecohabs do Parque Nacional Tayrona
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Às portas do PN Tayrona, Santa Marta é a cidade hispânica habitada em contínuo mais antiga da Colômbia.  Nela, Simón Bolívar, começou a tornar-se a única figura do continente quase tão reverenciada como Jesus Cristo e a Virgem Maria.
Camponesa, Majuli, Assam, India
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Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
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Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
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São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
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Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
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Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

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