Spinalonga, Creta, Grécia

Uma Ilha Fortaleza Rendida a Colónia de Leprosos


Barcos em Espera
Barcos à espera de regressarem à costa de Creta
O Pequeno Porto
Barcos no pequeno porto de Spinalonga, abaixo da meia-lua de Barbariga
Meia-Lua Barbariga
Nuvens acima da Meia-lua Barbariga da fortaleza de Spinalonga
Esquina da Fortaleza
Visitante espreita a vista de uma das várias guaridas da ilha
Uma Moldura Miitar
Vista de um barco e do mar em redor através de uma porta da fortaleza de Spinalonga
Navegação à Vista
Barco navega ao largo do litoral ocidental de Spinalonga
Num Mar em V
Barco navega ao largo do litoral ocidental de Spinalonga
Porta del Piano
Vigia e visitantes de ambos os lados do Portal da Planura
Vegetação Verde-Espinhosa
Um dos muitos cactos da ilha, não nativos, introduzidos por colonos europeus
Edifícios (quase) Geminados
Edifícios otomanos na costa oeste da ilha
Visitantes na Meia-Lua Barbarriga
Visitantes no adarve da Meia-lua Barbariga, fortaleza de Spinalonga
Arqui
Edifícios otomanos junto à rua principal de Spinalonga
Entre Muros e Cactos
Visitante fotografa num caminho murado e repleto de cactos de Spinalonga.
Vista Egeica
Vista a. partir da Meia-lua Barbarriga
A Praia Local
Praia diminuta e pedregosa, à entrada da ilha

Desde sempre disputada, ocupada por cristãos e sarracenos, venezianos, otomanos e, mais tarde, cretenses e gregos, entre 1903 e 1957, a árida Spinalonga acolheu um lazareto. Quando lá desembarcamos, estava desabitada, graças ao dramatismo do seu passado, era um dos lugares mais visitados da Grécia.

A travessia a partir de Placa dura meros 10 minutos.

É o suficiente para vermos renovada a sumptuosidade egeia de Creta. Com a aproximação, a pequena Spinalonga define-se contra as encostas ainda mais secas da sua “irmã” maior a sul, a península de Calidão.

O barco ruma ao canto sudoeste da ilha menor, a que tínhamos como destino. Revela o pedregal da praia homónima e parte das muralhas da fortaleza imposta à ilha.

Ancoramos no porto, em águas esmeraldas e cristalinas, ao lado de dois navios semelhantes que se preparavam para zarpar. Já desembarcados, encontramos o portal da fortificação, dissimulado entre pinheiros mediterrânicos.

Cruzamos essa que se revela a única entrada viável e, num aturado contexto bélico, temida.

Barcos no pequeno porto de Spinalonga, abaixo da meia-lua de Barbariga

Barcos no pequeno porto de Spinalonga, abaixo da meia-lua de Barbariga

À Conquista de Spinalonga

Por escadarias e, acima, trilhos abertos no solo áspero, ascendemos a secções elevadas.

Uma guarida no limiar do bastião Tiepolo concede um panorama inaugural sobre o norte da Baía de Mirabelo.

Quanto mais ascendemos, mais se sucedem as vistas desafogadas.

A elevação reforçava o tom ciano do mar em volta, salpicado por cristas alvas que os ventos Etésios produziam sem descanso.

Atingimos o cimo da estrutura, já quase o da ilha.

Coroa-a uma meia-lua fortificada.

Visitantes no adarve da Meia-lua Barbariga, fortaleza de Spinalonga

Visitantes no adarve da Meia-lua Barbariga, fortaleza de Spinalonga

Os Venezianos tratavam-na por Barbariga ou Moceniga, consoante as preferências, como homenagem a dois dos generais para ali destacados.

Um outro, de seu nome Michiel, foi homenageado pelo baptismo da meia-lua contrária, a que protege a ponta setentrional da ilha e a passagem principal para o que se tornou o seu porto.

Sobre o adarve arredondado da meia-lua Barbariga, apreciamos o estreito entre Spinalonga e a península de Calidão e, mais distante, a entrada do braço de mar que se estende até á pequena cidade de Elunda.

De quando em quando, vestígios de nuvens em óbvio final de ciclo fluem acima, empurradas pelo vendaval.

Vista a. partir da Meia-lua Barbarriga

Vista a. partir da Meia-lua Barbarriga

Atingimos a cumeeira também muralhada da ilha. Enquanto a calcorreamos, os cenários multiplicam-se.

Seduzem-nos de todas as direcções. Mesmo por ali, a fortaleza esconde estruturas que rivalizam em interesse.

Passamos pelo paiol da pólvora.

As Sucessivas Eras de Spinalonga: da Minoica à Grega

Nas imediações, útil para abençoar quem tinha que o manusear, identificamos as ruínas da igreja de São Nicolau,  erguida no princípio da era veneziana da ilha e, na realidade, anterior à fortaleza.

No sopé ocidental de Spinalonga, abaixo de muros de pedras e de uma floresta verdejante de cactos, sucedem-se edifícios mais recentes, sem o perfil e o propósito militar em que nos víamos desde os passos inaugurais.

Visitante fotografa num caminho murado e repleto de cactos de Spinalonga.

Visitante fotografa num caminho murado e repleto de cactos de Spinalonga.

Acomodaram o derradeiro período habitado da ilha, por caprichos do destino, bem diferentes dos anteriores. Ao longo de caminhos íngremes, ladeados por incontáveis cactos, percorremo-la e à sua história, até essa outra realidade.

Sabe-se que, durante a vigência bizantina, séculos VIII e IX, os Cristãos de Creta refugiaram-se com frequência, em Spinalonga na ilha maior a , das investidas dos sarracenos provenientes do Norte de África.

Dessa presença, resultaram estruturas de abrigo e defesa que, a partir do meio do século XV, os Venezianos, em expansão em redor do Mediterrâneo, encontraram adicionadas às ruínas de uma acrópole que se estima dos tempos minóicos de Creta.

A Longa Era Veneziana

Os Venezianos dominavam Creta desde pelo menos 1210. O seu interesse em Spinalonga adveio da possibilidade de gerarem salinas nas águas superficiais que por ali encontraram.

O sal atraiu trabalhadores.

À medida que a zona acolhia mais habitantes, desenvolveram-se outras actividades e produções. Spinalonga e a actual península de Calidão começavam a ser reputadas entre os colonos quando, após se terem apoderado de Constantinopla, os Otomanos visaram Creta.

Também eles precisavam de sal para as suas vidas de ocupantes. De acordo, Spinalonga foi visada.

Ameaçados, os Venezianos viram-se obrigados a fortificarem-nas.

A construção da grande fortaleza que nos continha teve início em 1574, da responsabilidade de agrimensores e de um engenheiro especialista.

Nuvens acima da Meia-lua Barbariga da fortaleza de Spinalonga

Nuvens acima da Meia-lua Barbarriga da fortaleza de Spinalonga

Após uma década de esforçadas construções das muralhas, bastiões e afins que continuávamos a desvendar, as autoridades aperceberam-se que pouco ou nada tinham solucionado.

Incursões inimigas provaram que Spinalonga continuava vulnerável a ataques vindos de colinas e encostas bem mais elevadas que os 53 metros do zénite da ilha.

De acordo, os Venezianos dotaram as muralhas da encumeada de uma bateria de 35 canhões de longo alcance. Com esse reforço, impediram que os inimigos se aproximassem de pontos sobranceiros em redor.

Durante algum tempo.

Prestes a chegarmos às edificações mais recentes da costa ocidental, damos com um outro portal, este, interno e, ainda mais complexo que os que tínhamos antes cruzado.

Foi terminado em 1586. Recebeu o nome de Carbonara, um comandante decisivo da guarnição.

Por se situar num sopé aplanado da ilha, era tratado com frequência por Portello del Piano, traduzível como Porta da Planura.

Vigia e visitantes de ambos os lados do Portal da Planura

Vigia e visitantes de ambos os lados do Portal da Planura

Este pórtico assumiu funções fulcrais. Concedia ou barrava acesso ao bastião Tipolo, no extremo sul, e à meia-lua Michiel, no oposto. Foi decorado com o brasão de armas Veneziano.

Ainda assim, como há muito temiam, os Venezianos só sustiveram Spinalonga algum tempo mais.

E a Otomana que se Seguiu

Em 1645, os Otomanos atacaram de forma sustentada. Espoletaram a Guerra de Creta conta os Venezianos que se arrastou até 1669. Os Otomanos tomaram Creta.

Com excepção para três ilhas em que os Venezianos centraram a defesa das rotas comerciais mediterrânicas que há muito controlavam: Gramvousa, Souda e Spinalonga.

Barco navega ao largo do litoral ocidental de Spinalonga

Barco navega ao largo do litoral ocidental de Spinalonga

Uma multidão de Cristãos, receosos da crueldade otomana, também lá se refugiou.

Em 1715, na senda da expansão que deu origem ao Império Otomano, os Venezianos viram-se forçados a entregar Spinalonga, a última ilha que controlavam do trio.

Fizeram-no com a salvaguarda que os Cristãos lá refugiados pudessem passar, em segurança para Corfu.

Os Otomanos instalaram-se e multiplicaram-se.

Até à revolta cretense de 1878, que levou à sua expulsão definitiva de Creta, de 1898.

Vista de um barco e do mar em redor através de uma porta da fortaleza de Spinalonga

Vista de um barco e do mar em redor através de uma porta da fortaleza de Spinalonga

Como consequência desta dinâmica bélica, decorrida meia década, a ilha estava praticamente desabitada.

Incluindo os vários edifícios e estabelecimentos comerciais que os otomanos ergueram, em função da sua subsistência em Spinalonga, vários, com arquitectura inspirada na que se tinha popularizado nos Balcãs.

Examinamo-los, já à sombra, de uma ponta à outra daquela que se tornou a rua principal de Spinalonga, para lá de um dos arcos da porta da Planura e de uma guardiã que cobre a face com um lenço de cada vez que um visitante fotografa o arco que vigia.

Um bloco principal de prédios de dois pisos, preenche boa parte da rua. O seu amarelo-pastel, foi avivado por tons mais fortes das janelas, portas e molduras: amarelos, vermelhos, azuis, verdes.

Edifícios otomanos na costa oeste da ilha

Edifícios otomanos na costa oeste da ilha

Prédios situados à direita e acima, contrastam pela sua crueza decorativa. Preservam estruturas e fachadas todas feitas de pedra da ilha. Uns poucos pinheiros e ciprestes refrescam o conjunto.

Alguns destes edifícios acolhiam mercearias, cafés e outros negócios de um dia-a-dia viabilizado por depósitos particulares e cisternas comunitárias de armazenamento de água das chuvas.

Como seria de esperar nesses tempos, a fé tinha importância comparável à da água. Os Venezianos e Otomanos também se confrontaram na imposição dos seus templos. Um dos maiores edifícios da ilha é a sua mesquita.

Ora, a mesquita foi edificada no exacto lugar onde antes existiu a igreja católica de Santa Bárbara. Nas imediações, encontramos uma outra igreja, com a fachada virada para a rua principal. Denominada de São Pantaleão, é Ortodoxa.

Estava pronta para culto dos Venezianos, em 1709. Contados meros seis anos, os Otomanos tomaram a ilha. Vetaram o Cristianismo.

Consumada a Expulsão dos Otomanos, a Conversão num Leprosário Insular

Malgrado a sua desertificação da viragem para o século XX, Spinalonga viria a ter um novo e inesperado capítulo, uma função que impactaria quase todos os seus edifícios.

Edifícios otomanos junto à rua principal de Spinalonga

Edifícios otomanos junto à rua principal de Spinalonga

Em 1903, o estado cretense debatia-se com crescentes casos de lepra.

Um médico dinamarquês que colaborava para erradicar a doença, determinou que os leprosos existentes deveriam ser isolados em Spinalonga. Esta decisão forçou a expulsão de uns poucos Otomanos que lá permaneciam.

Ao mesmo tempo, obrigou a uma série de adaptações e destruição dos edifícios existentes – em especial dos lares otomanos – e à adição de alguns outros.

Uma adequação crucial foi a transformação da mesquita no hospital, de tal forma necessário, que requereu o acrescento de novas alas e a construção de dormitórios amplos que ocuparam as poucas áreas suficientemente lisas do lado oeste da ilha.

Já o edifício da guarnição a sul da Porta Maestra, de origem veneziana (1579-80), foi transformado em câmara de desinfecção das roupas e bens pessoais dos pacientes que davam entrada em Spinalonga, bem como as cartas que de lá enviavam.

Entre 1904 e 1957, os pacientes que pereceram na ilha foram sepultados num cemitério que se expandiu no bastião Donato, complementado com um ossuário, também oposto ao norte da península de Calidão.

Visitante espreita a vista de uma das várias guaridas da ilha

Visitante espreita a vista de uma das várias guaridas da ilha

Vários, faleceram durante a 2ª Guerra Mundial, por falta de alimento e cuidados, quando as forças do Eixo ocuparam a Grécia.

Findo o conflito, expulsos os invasores, com ajuda das contribuições feitas à “Irmandade dos Doentes de Spinalonga” criada em 1936, as autoridades retomaram os melhoramentos do lazareto, incluindo abastecimento eléctrico e até um cinema.

Avancemos até 1952. O governo grego decidiu suspender os leprosários disseminados no arquipélago helénico por instalações concentradas em Atenas.

Quando, cinco anos depois, esta mudança radical se deu, os leprosos deixaram a ilha. Resistiu apenas um padre ortodoxo que acabou por partir em 1962.

Um dos muitos cactos da ilha, não nativos, introduzidos por colonos europeus

Um dos muitos cactos da ilha, não nativos, introduzidos por colonos europeus

Spinalonga voltou a ficar deserta.

Não o parecia, quando a descobrimos, mas os poucos funcionários que lá trabalham habitam noutras partes de Creta.

Spinalonga ganhou enorme popularidade quando, em 2005, a inglesa Victoria Hislop publicou o seu romance, A Ilha, sobre a relação dramática dos seus ascendentes com Spinalonga.

Barcos à espera de regressarem à costa de Creta

Barcos à espera de regressarem à costa de Creta

Outros livros e documentários continuam a revelar a história peculiar deste que é um dos lugares mais surreais da Grécia.

 

Como Ir

Voe de Lisboa para Heraclion, Creta com a Aegian Airlines por a partir de 480€ ida-e-volta. Em Heraclion poderá alugar uma viatura que lhe permitirá conduzir até Placa ou Elunda (1h10) e apanhar um barco para Spinalonga (10 minutos).

Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Míconos, Grécia

A Ilha Grega em Que o Mundo Celebra o Verão

Durante o século XX, Míconos chegou a ser apenas uma ilha pobre mas, por volta de 1960, ventos cicládicos de mudança transformaram-na. Primeiro, no principal abrigo gay do Mediterrâneo. Logo, na feira de vaidades apinhada, cosmopolita e boémia que encontramos quando a visitamos.
Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Fira, Santorini, Grécia

Fira: Entre as Alturas e as Profundezas da Atlântida

Por volta de 1500 a.C. uma erupção devastadora fez afundar no Mar Egeu boa parte do vulcão-ilha Fira e levou ao colapso a civilização minóica, apontada vezes sem conta como a Atlântida. Seja qual for o passado, 3500 anos volvidos, Thira, a cidade homónima, tem tanto de real como de mítico.
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Chania a Elafonisi, Creta, Grécia

Ida à Praia à Moda de Creta

À descoberta do ocidente cretense, deixamos Chania, percorremos a garganta de Topolia e desfiladeiros menos marcados. Alguns quilómetros depois, chegamos a um recanto mediterrânico de aguarela e de sonho, o da ilha de Elafonisi e sua lagoa.
Chania, Creta, Grécia

Chania: pelo Poente da História de Creta

Chania foi minóica, romana, bizantina, árabe, veneziana e otomana. Chegou à actual nação helénica como a cidade mais sedutora de Creta.
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Cerimónias e Festividades
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
A Casa Oswald Hoffman, património arquitectónico de Inhambane.
Cidades
Inhambane, Moçambique

A Capital Vigente de uma Terra de Boa Gente

Ficou para a história que um acolhimento generoso assim fez Vasco da Gama elogiar a região. De 1731 em diante, os portugueses desenvolveram Inhambane, até 1975, ano em que a legaram aos moçambicanos. A cidade mantém-se o cerne urbano e histórico de uma das províncias mais reverenciadas de Moçambique.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Cultura
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Étnico
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Bangkas na ilha de Coron, Filipinas
História
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Orangozinho, Rio Canecapane, Parque Naciona Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Ilhas
Cruzeiro Africa Princess, 2º Orangozinho, Bijagós, Guiné Bissau

Orangozinho e os Confins do PN Orango

Após uma primeira incursão à ilha Roxa, zarpamos de Canhambaque para um fim de dia à descoberta do litoral no fundo vasto e inabitado de Orangozinho. Na manhã seguinte, navegamos rio Canecapane acima, em busca da grande tabanca da ilha, Uite.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Natureza
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Namibe, Angola, Gruta, Parque Iona
Parques Naturais
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Chichen Itza, Iucatão, História Maia, cabeças de Kukulkan, El Castillo
Património Mundial UNESCO
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Praias
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Morione romano em tricycle, festival moriones, Marinduque, Filipinas
Religião
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Sociedade
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Vida Selvagem
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.