Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais


Visita Silenciosa e Solene
Visitantes admiram o painel em honra aos falecidos aquando do bombardeamento do USS Arizona.
A Bordo do Memorial
Público explora o corredor aberto do memorial, com vista para o canal marinho do sul, em Pearl Harbour.
Memorial USS Arizona
Memorial-museu do couraçado USS Arizona, um dos navios afundados pela força aérea japonesa
De saída
Visitantes deixam o edifício do memorial-museu do USS Arizona prestes a fazer a viagem de regresso à costa.
Lista de Casualidades
Casal resiste junto à parede que homenageia as vítimas do USS Arizona.
Militar de Serviço
Militar desce as escadas para receber nova leva de visitantes ao memorial-museu do USS Arizona.
USS Arizona afundado
Chaminé do couraçado USS Arizona, ligeiramente fora de água devido à pouca profundidade do leito marinho em que assentou.
Esquina do Byodo in
Esquina do templo budista Byodo In, um de inúmeros testemunhos da presencia nipónica no Havai encontrados na ilha de Oahu.
Stars n’ Stripes
Bandeira dos E.U.A. ondula sobre o memorial do USS Arizona.
Pose de Kendo
Praticantes de kendo levam a cabo uma exibição no jardim do templo budista de Byodo In.
Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.

Na mais famosa avenida havaiana, grande parte dos transeuntes, clientes e até moradores tem origem nipónica, são súbditos do Imperador, de férias, ou trabalhadores emigrados que servem os primeiros.

Muitos dos edifícios altos ao longo da linha de água, pertencem a corporações multimilionárias japonesas financeiramente solidárias com a presença histórica dos compatriotas e a sua mais recente paixão balnear: Waikiki.

Os primeiros japoneses chegaram a bordo do Inawaka-maru, uma embarcação de carga que foi apanhada por uma tempestade de neve e de chuva, se extraviou da rota entre Kanagawa e Shimoda e acabou, sem mastro,  encalhada no extremo oeste do arquipélago havaiano.

Entre 1869 e 1885, as autoridades imperiais barraram a imigração para o Havai. Mas, daí em diante, milhares de japoneses na miséria não resistiram ao apelo das plantações de cana-de-açúcar e de ananases.

A monarquia havaiana recusava-se a considera-los cidadãos e as autoridades nipónicas actuaram para restaurar o respeito social para com os seus. A determinada altura, a marinha nipónica marcava uma presença contínua e os japoneses começaram a influir na política havaiana.

Os norte-americanos receavam que os rivais travassem a sua anexação do arquipélago e cultivaram um forte sentimento anti-nipónico.

No auge da emigração, em 1920, os Local Japanese ou Kepani – como são por vezes chamados – constituíam 43% da população havaiana.

Preocupava-os havia algum tempo a crescente americanização dos seus descendentes e, nesse ano, já tinham construído mais de 150 escolas nipónicas frequentadas por 98% das crianças japonesas. Como pudemos comprovar, o cuidado com a identidade-mãe continua a fazer sentido.

Numa incursão de fim de semana ao interior de Oahu, acabamos por dar com o Valley of the Temples e o seu templo Byodo-In, a réplica local do santuário quase milenar de Uji, situado na prefeitura de Quioto.

Exibição de Kendo, Byodo-in, Oahu, Havai

Praticantes de kendo levam a cabo uma exibição no jardim do templo budista de Byodo In.

Ali, nos jardins à beira do lago repleto de carpas (koi), tem lugar um evento comemorativo da cultura nipónica e uma anfitriã introduz, em japonês e inglês, diversas exibições: “segue-se a simulação de um combate de kendo, uma arte marcial que evoluiu da perícia dos samurais no uso da katana no Japão mas que se torna cada vez mais popular no Havai”.

Após o kendo, são apresentadas outras expressões nipónicas e o público maioritariamente nikkei rejubila com a elegância e o refinamento civilizacional dos antepassados.

Em Dezembro de 1941, o Imperador Hirohito e o seu séquito de comandantes militares inauguraram um longo período bélico em que os viriam a desonrar.  Embalados pelo exemplo expansionista nazi, decidiram alargar o território nipónico sobrelotado ao vasto Pacífico.

Começaram pela conquista da Malásia e das Índias Orientais Holandesas em que contavam fornecer-se de borracha, petróleo e outras matérias-primas. Para isso, precisavam de anular a força naval norte-americana encarregue de patrulhar aquela zona do mundo. Os milhares de habitantes com sangue japonês a residir no Havai não lhes mereceram qualquer consideração.

Na manhã de dia 7, seis porta-aviões lançaram 353 caças, bombardeiros e torpedeiros em direcção à ilha de Oahu. Os americanos identificaram-na a 252 km e emitiram o aviso mas um oficial recentemente indigitado para o cargo assumiu que se tratava da chegada prevista de 6 bombardeiros B-17 norte-americanos e optou por não validar o alarme.

Os primeiros aviões chegaram a Oahu às 7:48 da manhã. Os tripulantes dos navios americanos acordaram com os sons de alarmes, bombas e disparos.

Vestiram-se à pressa e correram para os seus postos de combate enquanto uma mensagem de altifalante ecoava “Air raid Pearl Harbor. This is not a drill” (Raide Aéreo sobre Pearl Harbor, isto não é um exercício) enquanto o líder do esquadrão emitia pela rádio o famoso código “Tora, Tora, Tora” comunicando que a missão estava a ser conseguida na perfeição.

Bandeira americana-USS Arizona, Pearl Harbour, Havai

Bandeira dos E.U.A. ondula sobre o memorial do USS Arizona.

Apesar da surpresa, alguns militares ianques conseguiram responder à 2ª e 3ª vaga em vão. Noventa minutos de ataque depois, 18 embarcações tinham sido destruídas, como 188 dos 402 aviões ali estacionados. Dois mil trezentos e oitenta e seis americanos perderam a vida e 1139 ficaram feridos.

No dia a seguir ao ataque, Roosevelt proferiu, no Congresso, o discurso que começou com a famosa frase “Yesterday, December, 7 1941 – a date which will live in infamy – the United States of America was suddenly and deliberately attacked by naval and air forces of the Empire of Japan.”.

Os americanos declararam formalmente guerra ao Japão. A 11 de Dezembro, a Alemanha e a Itália honraram os compromissos assumidos no Pacto Tripartido e declararam guerra aos Estados Unidos. O conflito tornou-se, assim, efectivamente mundial e só viria a ter fim 4 anos depois.

Os E.U.A. triunfaram, prosperaram e confirmaram-se como a grande potência do Mundo mas nunca mais esqueceram Pearl Harbor.

São apenas 17 os quilómetros de asfalto que separam Waikiki da enseada, passados com vista para os prédios altos de Honolulu e arredores ou em vales limitados por  encostas verdejantes. No parque de estacionamento, há uma placa que avisa que os pertences deixados nas viaturas podem ser roubados mas as autoridades protegem acima de tudo a segurança da Base Militar.

Nenhuma mochila ou bolsa pode ser levada para o interior do complexo. As câmaras, essas, têm que ser inferiores a 30.5 cm e são filtradas ao pormenor por raios-X, o que justifica a fila enorme com que faz sofrer os visitantes sob o sol tropical.

Quase todas as atracções surgem concentradas numa área de doca mais próxima onde – já não nos espantamos – é proibido fotografar. Destacam-se, ali, o Submarino-Museu USS Bowfin e o Battleship Missouri, em que, mais tarde, o General Douglas MacArthur  aceitou a rendição japonesa que pôs cobro à 2ª Guerra Mundial.

Em conjunto, estas três embarcações representam o início, o meio e o fim do conflito e os americanos trataram de que nos seus interiores fossem narrados e explicados os seus principais acontecimentos.

USS Arizona, Pearl Harbour, Havai

Memorial-museu do couraçado USS Arizona, um dos navios afundados pela força aérea japonesa

Mas o testemunho histórico mais marcante do complexo, o USS Arizona, jaz ao largo, no fundo da enseada e os militares de serviço fazem questão de o proteger como o monumento dogmatizado em que, com o tempo, o transformaram.

Uma balsa coberta transporta os visitantes até ao memorial. Durante a curta navegação, as ordens e reprimendas militares prepotentes e exageradas repetem-se até ao ridículo: “O senhor, ponha o braço para dentro do barco”, “jovens, sentem-se nas cadeiras se não se importam”.

Militar USS Arizona, Pearl Harbour, Havai

Militar desce as escadas para receber nova leva de visitantes ao memorial-museu do USS Arizona.

Durante o desembarque, mais do que uma pessoa é advertida simplesmente porque passou a que estava atrás ou ao lado mas a castração não se fica por aí.

Muito graças aos esforços de Elvis Presley – que deu um concerto benemérito e reuniu 50.000 dólares, mais de 10% do valor total – a estrutura branca do santuário seria construída sobre a secção central da embarcação, com uma geometria que se diz simbolizar a derrota inicial, a derradeira vitória e a serenidade eterna.

O USS Arizona foi directamente atingido por várias bombas e afundou em menos de 9 minutos. Aprisionou a sua tripulação debaixo de água e mais de 80% dos homens a bordo (1177) morreram. Uma das 3 câmaras do santuário funciona como o seu sepulcro.

Os nomes das vítimas surgem gravados numa parede de mármore e, de quando em quando, familiares ou amigos vêm rezar por eles ou prestar-lhes homenagem. É a única razão admissível para os militares de guarda se mostrarem tão ofendidos e furibundos de cada vez que alguém embarca em diálogos, comentários ou sequer cochichos algo mais perceptíveis.

Pearl Harbor é uma das maiores feridas da história da nação americana e o USS Arizona ainda sangra. Admiramos o topo da sua grande chaminé à tona, pela qual entrou supostamente uma bomba e, através da água azulada da lagoa, parte da restante estrutura ferrugenta.

Chamine USS Arizona, Pearl Harbour, Havai

Chaminé do couraçado USS Arizona, ligeiramente fora de água devido à pouca profundidade do leito marinho em que assentou.

O grande cruzador continha cerca de 5.5 milhões de litros de óleo “Bunker C”. Após o ataque, este combustível  alimentou um incêndio que durou dois dias e meio mas nem assim se esgotou. Submerge aos poucos e renova manchas coloridas que ficaram conhecidas como as lágrimas da embarcação.

Os ambientalistas já avisaram que, caso se solte, o óleo que resta nos depósitos do barco é suficiente para causar um desastre ambiental e impedir a actividade normal da marinha norte-americana na área.

Ponte USS Arizona, Pearl Harbour, Havai

Visitantes deixam o edifício do memorial-museu do USS Arizona prestes a fazer a viagem de regresso à costa.

Mas, desde 1982, as autoridades permitiram que as cinzas de 30 sobreviventes do USS Arizona fossem depositadas por mergulhadores sob um dos torreões dos seus canhões. Aos tripulantes nele serviram antes do afundamento foi e é permitido que as suas sejam lançadas sobre a área dos destroços.

Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Maui, Havai

Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo

Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
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As Rugas Deslumbrantes do Havai

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Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
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Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Waikiki, OahuHavai

A Invasão Nipónica do Havai

Décadas após o ataque a Pearl Harbor e da capitulação na 2ª Guerra Mundial, os japoneses voltaram ao Havai armados com milhões de dólares. Waikiki, o seu alvo predilecto, faz questão de se render.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
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Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
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savuti, botswana, leões comedores de elefantes
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No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
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Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
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Um Japão Histórico-Virtual

Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.
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Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
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Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
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Pontes de Povos que Criam Raízes

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Portfólio Got2Globe

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Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
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Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
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Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
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De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
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