Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas


Lugar do Embarque
Guia local prepara o embarque para uma volta à descoberta do lago Enriquillo.
Contemplação II
Guia Ináci na proa de um barco protegido do calor abrasador que cozinha o Lago Enriquillo.
As Caritas dos Taínos
Gravuras na rocha legadas pelos indígenas Taínos.
Jovem Croq
Um crocodilo juvenil recarrega-se ao sol.
Vista Emoldurada
Vista do lago Enriquillo a partir de dentro de uma das Cueva de Las Caritas Taínas.
Monumento a Enriquillo
Motocicilista e passageiro passam em frente à estátua do cacique taíno Enriquillo.
Enchente
Árvores mortas pela subidas das águas hipersalinas do Lago Enriquillo.
Fóssilização
O primeiro estágio de um fóssil preservado pelo sal do Lago Enriquillo.
Voo da Garça para as Nuvens
Garça deixa o seu pouso sobre uma árvore morta para um céu repleto de nuvens.
Voo Rasante da Garça
Garça voa baixo sobre as águas mornas do Lago Enriquillo.
Voo da Garça
Garça descola de um tronco seco.
Contemplação
Garça descola de um tronco seco.
Cerco das Iguanas
Visitante do Lago Enriquillo cercada por iguanas.
Os Répteis
Duas das muitas iguanas que proliferam em redor do lago Enriquillo.
Jovens Nativos
Miúdos observam a navegação dos visitantes-fotógrafos ao Lago Enriquillo.
Árvores anfíbias
Árvores mortas e quase submersas pelas águas subidas do lago.
O Pouso Possível
Guia perscruta a vegetação morta do Lago Enriquillo do cimo de um tronco tombado.
Lago Azul, entorno Verde-seco
Cenário do Lago Enriquillo como visto do sopé da colina das Caritas dos Taínos.
Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.

Nessa manhã, voltamos a descer do alto da Casa Bonita para a beira do Mar das Caraíbas.

Tomamos a estrada marginal 4 no sentido norte, em vez do habitual sul. Atravessamos Santa Cruz de Barahona, a grande cidade destas partes. De Barahona, seguimos para o interior de Hispaniola.

“Vamos tentar parar o menos possível na ida, pode ser?” sugere-nos o guia e condutor Carlos. Se virem alguma coisa que vos interesse fotografar, digam-me e memorizamos para o regresso.

O Lago Enriquillo é um lugar à parte. Se acham que tiveram calor desde que aterraram em São Domingo, esperem só mais umas horas que vão ver!”, e ri-se em jeito de guardião orgulhoso de um mistério. Da experiência e do convívio dos dias anteriores –  incluindo uma incursão a outra lagoa salina, a de Oviedo – só podíamos confiar no señor Carlos.

Continuamos a viagem, primeiro na direcção da Laguna del Rincón, em que passamos da província de Barahona para a de Independencia. E, já nas imediações do grande lago que nos movia, por altura de um tal de Caño del Muerto, outra vez da de Independencia para a de Baoruco, a que pertencia um vasto sector nordeste do Enriquillo.

Cruzamos Neiba. Pouco depois, Villa Jaragua. Num sábado de manhã, estavam ambas entregues a um delicioso frenesim ora mercantil ora de práticas desportivas.

Prazerosa e genuína, a vida dominicana porque passávamos, deixava-nos frustrados por não podermos interromper a viagem. “Daqui a uns vinte minutos, vamos mesmo parar, mas esqueçam os mercados de rua. De Jarágua em diante, estes magotes de gente deixam de aparecer.”

Prosseguimos pela estrada 48, às tantas, transformada em Avenida Joaquín Aybar, uma longa marginal que se ajustava à linha do cimo do lago. Ainda trespassamos Las Clavellinas, Los Rios e Postrer Rio, qualquer uma das povoações, bem menor que Jarágua.

Por caprichos da demarcação das províncias dominicanas, em Postrer Rio, o caminho devolveu-nos à província de Independencia.

A Cueva de las Caritas de Los Indios e a Vista sobre o Lago Enriquillo

“Estão a ver aqueles corrimões lá em cima. É ali mesmo. Sigam o trilho com cuidado que o piso está seco e, aqui e ali, resvala. Se caem, vai ser um drama.” Demoramos pouco a perceber porquê. Ladeava o trilho uma vegetação de encosta tão verdejante como espinhosa.

Chegamos, sem sobressaltos, a uma plataforma de observação. Essa plataforma, por sua vez, facilitava o acesso a uma gruta cravada na encosta, mais um buraco amplo que propriamente uma caverna, mesmo se os dominicanos a tratavam por cueva.

Ascendemos ao interior lúgubre. Dali, contemplamos o grande Lago Enriquillo emoldurado pela sombra, estendido entre a floresta repleta de cactos no sopé e uma caravana de nuvens brancas acima da margem oposta.

Aquela que nos acolhia era uma de várias cuevas da vertente e dos cumes que os nativos tratam por “cerros de las Caritas de los Indios”.

Ternurento, o nome adveio da abundância de faces arredondadas gravadas na rocha porosa.

Os autores de tais obras foram os Taínos, indígenas que, aquando da chegada de Cristóvão Colombo, em 1492, dominavam boa parte das Caraíbas: as ilhas de Cuba, Hispaniola, Jamaica, Porto Rico, as Bahamas e outras do norte das Pequenas Antilhas, pelo menos estas.

Os Taínos são um dos ascendentes genéticos mais relevantes das populações actuais das Caraíbas.

No início do século XVI, Enriquillo, um seu cacique proeminente, liderou uma revolta e espécie de guerrilha contra os invasores espanhóis, a partir das montanhas a sul do lago.

A revolta durou o que durou. A sua coragem e determinação vieram a granjear-lhe o baptismo do maior lago das Antilhas e uma estátua destacada acima do entroncamento Duvergê – Barahona – Neyba.

Lá nos detemos, no caminho de regresso, decididos a prestar-lhe uma devida homenagem fotográfica.

Admiradas a vista e as gravuras caritas indígenas, regressamos à carrinha e a Carlos.

O guia conduz-nos à entrada do Parque Nacional Lago Enriquillo y Isla Cabritos, onde era suposto embarcarmos para uma navegação à descoberta.

Enfim, à Descoberta do Enigmático Lago Enriquillo

Encontramos as instalações do parque à sombra de uma floresta ainda mais frondosa que a que havíamos visto do cimo da cueva.

Quando saímos do carro, acercam-se de nós dezenas de iguanas, estimámos que por se terem habituado às ofertas de petiscos dos visitantes.

Uma senhorita dominicana esforça-se para que o namorado a fotografasse na companhia dos bichos. Aos poucos, estes, aumentam de número e cercam-na, cada vez mais próximo das suas pernas.

De início divertida, a moça entra em pânico.

De tal maneira histérica, que obriga o namorado a trazer-lhe uma cadeira, sobre a qual se refugia, até que o ranger do parque, incrédulo, se anima a enfrentar o calor e a afugentar os répteis.

Nesse hilariante entretanto, Carlos saúda e apresenta-nos os rapazes responsáveis por nos mostrar o lago. Subimos a bordo de um barco a motor sem capota.

“Era melhor que começássemos mais tarde”, diz-nos um deles, enquanto se enfiavam em roupa de manga comprida, com gorros. “Mas como querem dar uma volta grande, bom…vamos torrar… temos que sair já.”

Mal deixamos a protecção da floresta, a 46 metros abaixo do nível do mar, sentimos na pele aquilo a que Carlos e os barqueiros se referiam.

O Braseiro Salgado e Atroz do Lago Enriquillo

Assolou-nos, de pronto, um calor húmido, entre o hipersalino (até três vezes mais salgado que o mar) e o insalubre. Demoramos algum tempo a perceber o mal que nos fazia até porque o movimento do barco nos arejava.

Ainda assim, aos poucos, cozinhava-nos e a desidratava-nos sem apelo.

O duo do lago manobra o barco, entre troncos de árvores que a subida das águas salgadas tinha deixado mortas, nalgumas zonas, quase só com os ramos das copas expostos, pousos providenciais de dezenas de garças brancas pouco fugidias.

Amaramos noutras áreas superficiais, quase a seco. Nestas, desembarcamos e examinamos a profusão de grandes troncos colapsados, na horizontal.

Por ali, os anfitriões do lago mantêm-se alerta.

Conseguem localizar uns poucos espécimes juvenis de crocodilos que se recarregavam, junto a cepos humedecidos. “Antes víamos imensos e por toda a parte” informa-nos Ináci, ciente de que a escassez e o tamanho dos répteis nos desiludia.

O Aumentar Desmedido do Lago Enriquillo

“Mas é que este lago não pára de aumentar, de um modo que até os crocodilos afecta. Eles perceberam que já não podem pôr os ovos nos lugares habituais porque as margens mudam de dia para dia.

Em vez, sobem mais alto nas encostas rochosas em redor do lago, onde os ninhos ficam à mercê de tudo um pouco. Também por isso, agora, os crocodilos estão dispersos por uma área muito mais vasta.”

Todas as espécies que compunham o ecossistema do lago se viram em apuros. Os corvos da palmeira e várias outras aves perderam o habitat que tinham nas árvores agora mortas.

Uma vasta comunidade de iguanas cyclura e rinoceronte de Hispaniola viram-se forçadas a migrar da Ilha Cabritos (quase submersa) e a disputar com espécies rivais, zonas mais altas das margens.

Também os habitantes humanos sofreram.

Sobre o final do século XX, o lago tinha mirrado tanto que as suas gentes estavam certas que em breve, desapareceria. Ao invés, uns anos depois, aumentava a olhos vistos.

Ao ponto de dezenas de milhares de famílias terem sido forçadas a abandonar as suas casas ribeirinhas, apoiadas por diversas instituições – entre a quais a União Europeia – que lhes concederam fundos de emergência.

Um Subida das Águas de Dez Metros apenas numa Década

A questão nunca esteve em se o Lago Enriquillo aumentava. Só entre 2006 e 2016, as suas águas subiram mais de onze metros, duplicou de tamanho e submergiu mais de 160km2 de terra antes arável, habitada por camponeses em modo de subsistência.

O que há muito intriga os cientistas é o porquê deste crescimento, que tem paralelo, e gerou um drama ainda pior, no lago de Azuéi, situado no vizinho Haiti.

A comunidade científica permanece em desacordo. Parte, defende que a responsabilidade está no aquecimento global e nas chuvas mais frequentes e intensas.

Num sector discordante, encontram-se os apologistas de que o fenómeno se deve a alterações no fluxo do rio Yaque del Sur.

Os que afiançam que passou a conduzir ao Lago Enriquillo muito mais água e assim validaram os planos do governo dominicano de construir uma barragem a montante.

Por essa altura, mais que a realidade hídrica da região, apoquentava-nos a crescente desidratação e uma indisposição que nem com goles frequentes de água conseguíamos evitar.

Ináci faz o barco acelerar e serpentear entre as fozes dos rios La Descoberta e de Amada, cujas águas frescas e doces sustêm a vida de uma pequena selva bem viva, pejada de palmeiras e que contrasta com os cadáveres vegetais mais próximos do lago.

Dali, saúdam-nos alguns adolescentes nativos, intrigados pela demanda embarcada masoquista em que andávamos.

O Fim Antecipado da Navegação pelo Lago Enriquillo

“Bom, rapazes, assim ao alcance deste barco, já vos mostrámos as zonas mais cheias de troncos e interessantes.

Os crocodilos, podemos andar a tarde toda às voltas e não encontrar mais nenhum. Digam-nos o que querem fazer.”

O calor de fornalha e o sal em evaporação continuavam a arruinar-nos os organismos a forte ritmo, pelo que nos vimos forçados a antecipar o regresso ao parque.

O revês provou-se irrisório, se tivermos em conta os danos provocados pelo descontrolado Lago Enriquillo nas últimas décadas.

Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Mar Morto, Israel

À Tona d'água, nas Profundezas da Terra

É o lugar mais baixo à superfície do planeta e palco de várias narrativas bíblicas. Mas o Mar Morto também é especial pela concentração de sal que inviabiliza a vida mas sustém quem nele se banha.
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Mar de Aral, Uzbequistão

O Lago que o Algodão Absorveu

Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.

Lago Cocibolca, Nicarágua

Mar, Doce Mar

Os indígenas nicaraos tratavam o maior lago da América Central por Cocibolca. Na ilha vulcânica de Ometepe, percebemos porque o termo que os espanhóis converteram para Mar Dulce fazia todo o sentido.

Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Nzulezu, Gana

Uma Aldeia à Tona do Gana

Partimos da estância balnear de Busua, para o extremo ocidente da costa atlântica do Gana. Em Beyin, desviamos para norte, rumo ao lago Amansuri. Lá encontramos Nzulezu, uma das mais antigas e genuínas povoações lacustres da África Ocidental.
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua

À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Escadaria Palácio Itamaraty, Brasilia, Utopia, Brasil
Arquitectura & Design
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Cerimónias e Festividades
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
Cidades
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Sombra de sucesso
Cultura
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Em Viagem
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Étnico
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Cidade do Cabo, África do Sul, Nelson Mandela
História
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
Ilhas
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Natureza
Cascatas e Quedas de Água

Cascatas do Mundo: Impressionantes Rios Verticais

Dos quase 1000 metros de altura do salto dançante de Angel à potência fulminante de Iguaçu ou Victoria após chuvas torrenciais, abatem-se sobre a Terra cascatas de todos os tipos.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Parques Naturais
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Cobá, viagem às Ruínas Maias, Pac Chen, Maias de agora
Património Mundial UNESCO
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Nova Gales do Sul Austrália, Caminhada na praia
Praias
Batemans Bay a Jervis Bay, Austrália

Nova Gales do Sul, de Baía em Baía

Com Sydney para trás, entregamo-nos à “South Coast” australiana. Ao longo de 150km, na companhia de pelicanos, cangurus e outras peculiares criaturas aussie, deixamo-nos perder num litoral recortado entre praias deslumbrantes e eucaliptais sem fim.
Solovestsky Outonal
Religião
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Salão de Pachinko, video vício, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo – Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Vida Selvagem
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.