Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana


Parque Independência de Puerto Plata
Estátuas e bandeira da República Dominicana no Parque Independência de Puerto Plata.
Teleférico Puerto Plata – PN ISabel de Torres
Cabine do teleférico de Puerto Plata com a cidade em fundo
Visitante exuberante
Visitante exuberante do Callejón de Doña Blanca, em Puerto Plata.
Dari Reinoso e Cia
Campeão do "Masters of the Ocean 2019" Dauri Reinoso (de azul) e compinchas na banca da Take Off, na Playa El Encuentro.
Uma doce reprimenda
Charlotte reprime a irmã aniversariante Anabela por esta destruir o bolo de anos, na Plaza Independência, em Puerto Plata.
Anabela, a aniversariante
Aniversariante Anabela ao colo da avó no Parque Independência de Puerto Plata.
Passeio abençoado
Visitante caminha sobre um passadiço elevado junto à estátua do Cristo Redentor do PN Isabel de Torres, em Puerto Plata.
Frankenstein exibe preciosidades Brugal
Frank Vázquez exibe uma das garrafas mais conceituadas do rum dominicano Brugal.
Brincadeira doce e colorida
Josefina Martinez, de Tortuga, brinca com algodão-doce, em Puerto Plata
SSSSS aquáticos
Surfista desliza ao longo de uma das ondas da Playa El Encuentro, nas imediações de Cabarete.
Descontração de Campeão
Dauri Reinoso, Campeão do "Masters of the Ocean 2019", instrutor de desportos náuticos na Playa El Encuentro, Cabarete.
Pausa no surf
Surfista deixa o mar da Playa El Encuentro, nas imediações de Cabarete.
Caribe azul e verde
Vista do litorla nas imediações de Puerto Plata, na costa norte da República Dominicana.
Desalinização a dois
Amigos surfistas Gabriel e Huba tomam duche após algum surf na Playa El Encuentro, nas imediações de Cabarete
Passeio abençoado
Visitante caminha sobre um passadiço elevado junto à estátua do Cristo Redentor do PN Isabel de Torres, em Puerto Plata.
Experiências fotográficas em côr-de-rosa
Namorados tentam chegar a uma foto-reflexo perfeita no Callejon de Doña Blanca, em Puerto Plata
Vendedores na base do Cristo Redentor, em Puerto Plata
Vendedores na entrada do mercado no interior da estátua do Cristo Redentor no cimo do PN Isabel de Torres, em Puerto Plata, Rep. Dominicana.
Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.

Sosua, Cabarete e Puerto Plata têm o destaque no mapa e a fama mas é numa tal de Playa El Encuentro que nos detemos.

Ditaram o destino e uma série de factores que o Atlântico se desenrole sobre o norte da República Dominicana em vagas de ondas que surfistas de todas as partes se habituaram a admirar.

Uma floresta de árvores densas abriga uma área inicial do areal.

Uma comunidade de escolas de desportos náuticos partilha a sombra dessa orla, o mar cálido e delicioso em frente, os clientes que por ali dão à costa e, tão ou mais importante, a oportunidade de viver um dia-a-dia natural e evasivo, sem o stress e o aborrecimento de tantas outras formas de vida.

Lá encontramos em plenos duches pós-surf, os amigos Gabriel, (da Ilha Margarita) e Huba, também venezuelano, de ascendência húngara, membros do projecto Frescollective e com algumas ideias na manga para os entornos da Playa El Encuentro.

Gabriel e Huba no duche, Playa El Encuentro, Cabarete

Amigos surfistas do colectivo Frescollective Gabriel e Huba tomam duche após algum surf na Playa El Encuentro.

Logo ao lado, damos entrada na escola de surf 321Take Off, então representada pelo argentino Juan, mas fundada pelo Yahman Markus Bohm, também criador da competição Masters of the Ocean que combina provas de surf, kitesurf, windsurf e paddleboard.

Parte da comitiva em que seguimos entrega-se a aulas de surf. Nós, deambulamos pela praia, em busca de outros tesouros.

Aula de surf, Playa El Encuentro, Puerto Plata, República Dominicana

Grupo de amigos aprende surf na beira-mar da Playa El Encuentro.

Surfistas de distintas gerações tentam as manobras mais adequadas ao swell do momento. Uns, atiram-se para a água esmeralda caribenha, outros, deixam-na e somem-se na negrura da floresta.

Também Dauri Reinoso vai e vem. Dauri treina nas ondas Del Encuentro e trabalha como professor de surf para a 321Take Off. Venceu o Masters of the Ocean 2019 realizado em Cabarete mas, à boa maneira surfista, posa para nós com uma leveza de alma que só muitas horas etéreas entre as ondas concedem.

Dauri Reinoso, Dauri Reinoso, Campeão do Masters of the Ocean 2019, na Playa El Encuentro, Cabarete

Dauri Reinoso, Campeão do “Masters of the Ocean 2019”, instrutor de desportos náuticos na Playa El Encuentro, Cabarete.

Brugal. Um Rum Nada Frugal

Frank Vázquez recebe-nos à entrada da fábrica de Puerto Plata do famoso rum dominicano Brugal. Inteirado de que predominavam portugueses no grupo, informa-nos que nos guiaria em português. A versão é a brasileira mas mesmo assim a sua competência espanta-nos.

“Mas já trabalhaste no Brasil?” Não! Tenho é muita curiosidade. Gosto de aprender, não paro quieto! Posso guiar este tour em dez línguas diferentes. Além disso, sou bombeiro, socorrista, paramédico, nadador-salvador. Sou feito de tudo um pouco, sabem? Por ser Frank e por isso, chamam-me de Frankenstein…

Não tínhamos ainda tocado no rum. A conversa já nos soava a surreal. Frank interrompe-a para nos salvar do sol monstruoso do Caribe. Lá dentro, como fazia vezes sem conta, descreve-nos a história da marca, mostra-nos as suas garrafas mais valiosas e dá-nos a provar distintas produções.

Dos vários runs Brugal em exibição destacava-se um tal de Papa Andrés de que só subsistiam mil garrafas, cada qual avaliada em pelo menos 1500 dólares.

Por essa altura, todo o grupo tinha provado algum rum, do mais modesto, claro está.

Prova de rum na fábrica Brugal, Puerto Plata, República Dominicana

Frank Vázquez serve rum durante uma apresentação da fábrica de rum Brugal.

Pediam-se fotos da estrela papal da marca de todas as maneiras e feitios. Receoso de a quebrar e de ser banido da congregação do espírito que o empregava, Frank abraçava a caixa de museu que protegia a Edición Limitada de 2015 com um cuidado beato.

Em tempos de intensa espionagem industrial, só tivemos direito a espreitar a unidade de produção da Brugal. Nada de fotos, nada de vídeos. Supôs-se que nada de atrevimentos.

Frank Vázquez exibe garrafas de Brugal, Puerto Plata

Frank Vázquez exibe uma das garrafas mais conceituadas do rum dominicano Brugal.

Ascensão ao Pico Tropical Isabel de Torres

O calor tropical de panela de pressão que nos continua a fazer suar as estopinhas só para nos refrescarmos pouco ou nada dera de si desde o zénite solar.

Adiantamo-nos ao trânsito de San Felipe de Puerto Plata, a cidade. Ultrapassamos guáguas – carrinhas para quase vinte passageiros, carritos – carros privados que fazem de táxi e vemos a circular com quase metade da lotação das guáguas.

E motoconchos, mototaxis que acompanhamos na sua lotação, já não sabemos bem se a máxima: quatro passageiros bem agarrados ao condutor. E uns aos outros.

Angel, o dominicano que nos conduzia com suavidade celestial e embalava ao som das bachatas populares do país, completa uma última subida em curva.

Por fim, chegamos ao sopé do Pico Isabel de Torres, assim baptizado diz-se que por homenagem à rainha Isabel de Castela, nascida em Madrigal de Las Altas Torres (Valladolid) e vigente nos anos em que Cristovão Colombo desvendou estas Índias do Ocidente ao Velho Mundo.

Com 793m, a montanha de Puerto Plata fica-se por um ¼ da altitude do Pico Duarte (3.098m), o tecto das ilhas caribenhas mas, como ascende da beira-mar iminente, preserva um impressionante dramatismo costeiro.

É quinta-feira. Sem os visitantes dominicanos de fim-de-semana ao largo, são esparsos os passageiros do teleférico.

O cume a que íamos ascender ficava muitos metros aquém do cimo recordista do Pico Duarte. Em jeito de compensação, as autoridades de Puerto Plata sublinham o facto de o teleférico que liga a cidade à sua montanha ser pioneiro.

A linha foi inaugurada em 1975. Por essa altura, não tinha idêntica no mar e arquipélagos em redor.

Daí para cá, decorreu não tarda um século. A cabine em que seguimos, essa, leva meros oito minutos a conquistar a encosta luxuriante.

À janela virada para o Atlântico, passamos sobre lares humildes e um campo de basebol terroso e deserto. Aos poucos, vemos o casario branco de Puerto Plata encolher no verde que salpica.

Quando inspeccionamos a vista já da plataforma de desembarque, a floresta suplanta com desafogo a área urbana abaixo.

Apreciamos uma espécie de sub-pico forrado de um manto intrincado de pequenas palmeiras e outras espécies vegetais viçosas.

Para oeste, a vista tornava evidente que San Felipe de Puerto Plata extrapolara a mais apertada de sucessivas enseadas recortadas na Costa de Ambar, onde essa resina fossilizada preciosa mais abunda na República Dominicana.

Vista do cimo do teleférico do PN Isabel de Torres, sobre o litoral de Puerto Plata

Vista do litoral nas imediações de Puerto Plata, na costa norte da República Dominicana.

Admiramo-la por uns momentos extra. Até que o apelo de braços abertos de um inesperado Cristo Redentor nos faz virar costas ao litoral.

Uma primeira escadaria leva-nos aos pés do monumento, assente numa meia-esfera dotada de janelas. Uma segunda, passa entre uma bandeira ondulante da República Dominicana e outra de Puerto Plata.

Conduz os visitantes ao interior lúgubre da meia-bola branca onde uma comunidade de vendedores de artesananias y recuerdos os atraem aos seus negócios.

Em redor, um jardim botânico com flora endémica e a vastidão natural a sério do PN Isabel de Torres, pareciam-nos atractivos mais meritórios.

Vendedores na base da estátua Cristo Redentor, Puerto Plata, Rep. Dominicana

Vendedores na entrada do mercado no interior da estátua do Cristo Redentor no cimo do PN Isabel de Torres

Contornamos a esfera abaixo dos pés do Cristo, sobrevoados por bandos de maritacas estridentes, as mesmas aves que Cristovão Colombo terá observado, então, provavelmente bem mais abundantes e ruidosas.

Colombo navegou ao largo da Costa de Ambar dos nossos dias, em 1492, logo na primeira das suas quatro viagens às Américas. Atingiu estas partes do Caribe depois de ter atravessado as Bahamas e de percorrido a metade oriental de Cuba, com o litoral sempre à vista.

Depois dos falhanços de La Navidad e La Isabela, o norte de Hispaniola só viria a receber uma colónia com sucesso, num ano ainda em debate, entre 1502 e 1506.

Seja qual for a data, a povoação terá sido planeada por Cristovão Colombo e pelo seu irmão mais novo, Bartolomeu.

À altura, uma anotação de Cristovão sobre o visual argento da névoa persistente naquela montanha que nos acolhia terá servido de inspiração para o seu nome: San Felipe de Puerto Plata. Para onde entretanto regressamos.

 As Vidas que Dão Mais Vida a Puerto Plata

Desembarcamos da carrinha directos para o seu Parque Independência, desenhado com geometria criativa a partir do âmago de La Glorieta, um coreto octogonal victoriano de dois pisos.

O estilo arquitectónico do coreto não é coincidência. Em redor, abundam outros edifícios victorianos erguidos a partir de 1857, por influência dos barcos europeus e imigrantes que começaram a chegar ao porto com os fins do século XIX.

Diz-se, aliás, que a moda se alastrou à medida que os navios fizeram desembarcar brochuras e folhetos com imagens de edifícios victorianos.

Esses edifícios continuam de pé, cada qual com as suas linhas e cores que destoam das construções mais modernas e das linhas austeras da Catedral de São Filipe, o Apóstolo.

Dirigimo-nos para a entrada tripartida do templo quando, uma celebração profana humilde nos capta a atenção.

Sentada num banco de jardim, uma menina segura um bolo de aniversário. Atrás dela, uma jovem dominicana ata um arranjo de balões a um canto do banco.

Avó e mãe das irmãs aniversariantes Charlote e Anabela fotografam Anabela no Parque Independência de Puerto Plata.

Avó e mãe das irmãs aniversariantes Charlote e Anabela fotografam Anabela no Parque Independência de Puerto Plata.

Charlotte faz três anos. A mãe trata dos ajustes para uma sessão fotográfica que eternize o momento. “Não é só a Charlotte.” diz-nos a senhora. “A Anabela, a mais pequenita, também fez há pouco o primeiro!” Com as ajudas babadas da avó e de uma amiga, a mãe senta as duas filhas no banco com o bolo pelo meio.

A angelical Anabela ignora as fotos. Pouco dada a cerimónias, tira uma grande dedada de cobertura do bolo e suja a boca toda de natas. Charlotte leva as mãos à cabeça. A irmã não pára.

Ataca os sectores coloridos do bolo. Charlotte pede socorro à mãe e à avó mas, divertidas com as diabruras fotogénicas da caçula, as adultas ignoram-na. Charlotte perde a paciência. Grita à irmã lambuzona e tenta impedir o seu terrorismo açucarado. Tarde demais e em vão.

Irmãs aniversariantes no Parque Independência, Puerto Plata, Rep. Dominicana

Charlotte reprime a irmã aniversariante Anabela por esta destruir o bolo de anos.

Já não entramos na catedral. Em vez, invertemos caminho para o fundo do Parque Independência e, logo, para uma nova rua da cidade, o beco de Doña Blanca Franceschini, recém-inaugurado pela família do grupo turístico Punta Cana, a Rainieri Kuret.

A viela foi reparada pelo grupo e pela família em homenagem aos 110 anos da chegada da sua avó Blanca a Puerto Plata, em 1898. Bianca (nome italiano original) Franceschini e o marido aperceberem-se que fazia falta um hotel em Puerto Plata.

Decidiram, assim, fundar o Hotel del Comercio, mais tarde Hotel Europa e lançaram uma base sólida do turismo dominicano.

Encontramos o callejon magenta de uma ponta à outra. Decorado com bancos, janelas e espelhos que desafiam os casais de namorados instagramers. Vemos Marielys e a sua cara-metade lutarem para chegarem a uma foto criativa que chegasse.

Namorados fotografam-se no Callejón de Doña Blanca, Puerto Plata

Namorados tentam chegar a uma foto-reflexo perfeita no Callejon de Doña Blanca, em Puerto Plata

Passados quinze minutos, ao constatarem a hiperactividade de um bando de fotógrafos com câmaras que lhes pareciam profissionais, não resistem: “vocês não nos podem ajudar aqui? Esta história dos reflexos é complicada… e vocês estão habituados.”

Fazemos a vontade à rapariga. Ela espreita a foto e olha para o namorado com um ar recriminatório de: “vês? Era assim tão difícil?”

Logo abaixo, no paseo das sombrillas, encontramos Josefina Martinez, de Tortuga, uma ilha a norte do Haiti.

Bastante mais à vontade como modelo, divertimo-nos os três num curto improviso em redor do algodão-doce que saboreava.

Doce brincadeira, Puerto Plata, República Dominicana

Josefina Martinez, de Tortuga, brinca com algodão-doce, em Puerto Plata

Descemos um pouco mais, para a beira-mar. Lá encontramos o Forte de São Filipe. Até meio do século XVI, Puerto Plata continuou a desenvolver-se em redor deste forte.

Até que, por volta de 1555, entrou em decadência e passou a ser frequentado sobretudo por piratas, de tal maneira que em 1605 para evitar a expansão da pirataria que prejudicava os Espanhóis, Felipe III, ordenou a destruição da cidade, que só viria a ser repopulada decorrido um século.

Encontramos o forte já fechado mas, como sempre acontece nas cidades portuárias caribenhas, cercado de vida. Tomás Nuñez tinha voltado ao seu velho hábito de patinar em linha e, pelo que víamos, mantinha-se em forma.

A determinada altura, sentou-se a apertar os patins ao lado de Lourdes e de Darwin, ambos deitados a ver as ondas bater na extensão das muralhas.

Moradores de Puerto Plata, Tomás Nuñez, Lourdes e Darwin nas imediações do Forte de São Filipe.

Tomás Nuñez, Lourdes e Darwin nas imediações do forte de San Felipe de Puerto Plata.

Chegámos a pensar que os dois família de Tomás mas não, não se conheciam. Dan, o marido de Lourdes e pai de Darwin pescava mais abaixo, fora do alcance da nossa vista.

Confuso? Talvez. Nada de mais se tivermos em conta a riqueza do que tínhamos vivido num só dia de Puerto Plata. Seguir-se-ia a Península de Samaná e os seus Haitises.

Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

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Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
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26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
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Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
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São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
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Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
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A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
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O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
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Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
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Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
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De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau, atracagem
Ilhas
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
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Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
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Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
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Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
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Outono
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Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Os Braços Virados ao Céu do PN Joshua Tree

Chegados ao extremo sul da Califórnia, espantamo-nos com as incontáveis árvores de Josué que despontam dos desertos de Mojave e Colorado. Tal como os colonos mórmons que as terão baptizado, cruzamos e louvamos estes cenários inóspitos do Faroeste norte-americano.
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Património Mundial UNESCO
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Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
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O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
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Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
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Religião
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Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
A Toy Train story
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Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Salão de Pachinko, video vício, Japão
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Pachinko: o Vídeo – Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Vida Selvagem
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.