Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa


Biblioteca Roykstovan
Biblioteca da casa mais antiga das Faroé, a Roykstovan.
Lote de Kirkjubour
Lote de casas mais modernas, à entrada de Kirkjubour.
Crinas ao Vento
Cavalos sobre um pasto que o curto Verão tornou frondoso.
Crinas ao Vento II
Cavalos sobre um pasto que o curto Verão tornou frondoso.
Descanso ao Sol
Visitante descansa ao sol, chegado de uma longa caminhada.
Escultura de Chefe
Escultura legado das origens da povoação pioneira de Kirkjubour.
Hestfjordur
O fiorde que acolheu a primeira povoação das Ilhas Faroé, Kirkjobour.
Igreja de St. Olav
A igreja que sucedeu à catedral de Saint Magnus, a velha catedral que permanece incompleta.
Casa com Pórtico
Um pórtico de madeira antecede a entrada no complexo histórico de Roykstovan.
Edifício de Roykstovan
Edifícios históricos com telhados de turfa de Roykstovan a propriedade mais antiga das ilhas Faroé.
Kirkjubour & Hestfjordur
Perspectiva geral de Kirkjubour com o fiorde de Hestfjordur em fundo.
Foto em Roykstovan
Visitantes fotografam-se no interior do salão de fumo de Roykstovan.
Frente de St. Olav
A igreja de Saint Olav baptizada em honra ao rei viquingue que aceitou e promoveu a conversão dos seus súbditos ao Cristianismo.
A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.

Nenhum ponto das longilíneas e dezoito ilhas Faroé dista mais de cinco quilómetros do mar.

Pois, aquando da sua fundação, os viquingues conformaram-se com a localização de Kirkjubour, quase no fundo de Streymoy, a maior das ilhas.

Kirkjubour dista apenas 11km de Torshavn. Cumpri-los passa por ascender a grande encosta do leste que abriga a capital faroesa. Avançar por um vasto planalto ervado e, logo, pela meia-encosta de um dos vários fiordes profundos que sulcam o mapa e a paisagem da nação.

Aventurosa, a estrada acompanha a linha de água sinuosa do rio Sanda. A determinada altura, flecte para sul, torna-se esguia e tangente ao limiar de outro grande fiorde, o Hestfjordur. Aos poucos, desce para o sopé de Streymoy, o oposto ao da capital em que tínhamos iniciado o percurso.

Era a terceira vez que abordávamos Kirkjubour. As duas primeiras vimo-las inviabilizadas por meteorologias demasiado desfavoráveis, de ventos poderosos e nebulosidade baixa e escura que descarregava chuva sem fim.

Nessa derradeira ocasião, damos entrada na povoação numa manhã de céu quase limpo e sol radioso, uma benesse boreal, mesmo que estivéssemos no início de Julho, em pleno Verão destas latitudes nórdicas.

A via Gamlivegur deixa-nos frente a um mar escuro e alisado e junto ao âmago histórico da povoação, paredes meias com a igreja de Olav, com a quinta quase milenar de Kirkjuboargardur (a Quinta do Rei), há muito considerada a maior e mais antiga das Faroé. Deixa-nos ainda nas imediações das ruínas da catedral de Saint Magnus.

Hoje, Kirkjubour está reduzida a um testemunho histórico, um legado habitado e vivo da sua era de esplendor medieval.

Estima-se que as ilhas Faroé tenham tido como habitantes pioneiros eremitas celtas, chegados, com animais de criação, de ilhas ao largo da actual Escócia, as Shetland, as Orcadas ou as Hébridas, desconhece-se ao certo qual a exacta procedência.

Sabe-se que, nesse lapso de tempo, as Faroé ficaram conhecidas como Na Scigirí ou Skeggjar, que se traduziriam como as ilhas dos Barbudos, de acordo com as longas pilosidades dos cenobitas que as partilhavam.

Outros visitantes frequentavam as ilhas do arquipélago faroes de quando em quando. Terá sido o caso de Saint Brendan, um monge originário da actual Irlanda.

Uma conclusão hoje mais ou menos consensual é a de que, a certo ponto, o arquipélago foi ocupado por colónias de viquingues em busca de refúgio.

A saga Faerayinga (das ilhas Faroé) narra que os primeiros a desembarcarem chegaram de terras norueguesas no final do século IX, início do X, em debandada das suas aldeias que o governo tirânico e centralizador do rei Harold I – também conhecido por Harold dos Cabelos Belos – havia tornado demasiado arriscadas.

Como há muito acontecia, esses recém-chegados organizaram-se em clãs. E, como era também hábito, os clãs entraram em conflito. Os habitantes das Ilhas do Norte quase aniquilaram os do sul. Obrigaram-nos a medidas de sobrevivência extremas. Kirkjubour surgiu, de forma inesperada, dessas medidas.

Deixamos o carro. Cruzamos o convívio de um grupo de caminhantes regressados de uma expedição pelo litoral em redor que, tendo em conta os seus ares de cansaço, teria sido longa.

Descanso em Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Visitantes descansam ao sol, chegados de uma longa caminhada.

Logo ao lado, deslumbra-nos num ápice, a beleza e grandiosidade do Roykstovan, um dos edifícios de madeira ainda habitados mais antigos à face da Terra (século XII, provavelmente o mais antigo) de madeira escura, com molduras vermelhas e telhados de turfa frondosa.

Qualquer estrutura de madeira é prodigiosa nas Faroé, onde as árvores são raras, nos tempos ancestrais da colonização, inexistentes. A da quinta de Kirkjuboargardur terá sido trazida da Noruega a reboque de embarcações, possivelmente de drakkars.

Circundamos a grande casa, atentos a pormenores arquitectónicos que qualquer forasteiro do sul europeu, classificaria como excêntricos.

Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Brasão de clã colorido bem destacado na quinta de Roykstovan.

Colunas com cabeças de dragões de língua de fora, escudos com leões de machado em riste, outras criaturas asadas que temos dificuldade em definir.

Uma escultura de madeira do que nos parece um chefe tribal de elmo. E um estranho disco-símbolo moldado em volta de um outro felino.

Cada vez mais deslumbrados, passamos para o interior, toda uma casa-museu de madeira amarelada e encarniçada pelo tempo, com divisões acessíveis por portas ínfimas se tivermos em conta o imaginário viquingue e a estatura e altura das gentes nórdicas, aquecidas por peles sob grandes elmos cornudos.

A sala imediata, vimo-la dotada de longas mesas de repasto e de fumo, com bancos corridos a condizer, equipada com um fogão secular, repleta de cordas, instrumentos agrícolas e peças decorativas, sob a supervisão de um crânio de vaca sobranceiro.

Num piso superior, fechada, mas visível através de um orifício amplo, em jeito de provocação, damos ainda com um escritório biblioteca presidido por fotografias históricas da família, descendente dos primeiros moradores da quinta, que já abrigou dezoito das suas gerações.

Esta linearidade leva-nos de volta à contenda do clã das ilhas do norte vs clã das ilhas do sul.

Ainda de acordo com a saga Faerayinga, Sigmundur Brestisson, um dos líderes do sul, navegou em fuga até à Noruega. Na pátria-mãe, recebeu a ordem real de conquistar todo o arquipélago em nome de Olav I, o rei responsável pela cristianização do povo norueguês.

Sigmundur Brestisson, não só o conseguiu como estendeu essa cristianização aos habitantes ainda pagãos do arquipélago faroês sob domínio norueguês, até 1380, quando a Noruega se uniu a Dinamarca.

Nesse processo, Sigmundur Brestisson estabeleceu que a residência episcopal da diocese das ilhas Faroé, se situaria em Kirkjubour.

Enquanto polo religioso da colónia, a povoação depressa se expandiu até um limite de 50 lares. Aumentava de ano para ano quando, já em pleno século XVI, uma enxurrada gerada pela pior das tempestades sofridas pelo arquipélago, arrastou para o mar a maioria dessas casas.

Lá se manteve, até aos nossos dias, a base da catedral de Saint Magnus, projectada como o maior templo cristão das Faroé e que, mesmo incompleta, subsiste como o maior edifício medieval da nação.

Catedral de Saint Magnus, Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

A velha catedral de Saint Magnus, em ruínas e que se disse, durante muito tempo, nunca ter sido acabada.

Durante algum tempo, acreditou-se que a catedral mandada erguer por um tal de bispo Erlendur nunca tinha sido finalizada. Dados arqueológicos recentes contradisseram essa teoria. Após a Reforma de 1537, a Diocese das Ilhas Faroé foi abolida e a catedral de Saint Magnus deixada ao abandono. Em 1832, foi lá achada uma pedra runa deixada pelos colonos viquingues.

A partir de 1997, as autoridades decidiram levar a cabo restaurações faseadas. Estes trabalhos evitaram o colapso da estrutura. Concederam-nos o privilégio de a vermos por dentro, de admiramos o firmamento enquadrado na pedra da grande nave e, no seu fundo, o “Golden Locker” que guarda a relíquia do Santo Patrono da Islândia, Thorlak, junto de relíquias de outras santidades nórdicas.

As mesmas autoridades, anseiam, com reticências, que a UNESCO venha a classificar a catedral como Património Mundial.

Igreja de St. Olav, Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

A igreja que sucedeu à catedral de Saint Magnus, a velha catedral que permanece incompleta.

Enquanto isso, logo ao lado, quase sobre o mar e cercada pelo cemitério murado de Kirkjubour, resiste, imaculada a predecessora igreja de Saint Olav, concluída antes de 1200 e, assim, a igreja mais antiga das Faroé, até à dita Reforma de 1537, o assento do Bispo Católico do arquipélago.

Os descendentes das gentes mais antigas de Kirkjubour estimam o seu passado como algo quase sagrado. Alguns dos setenta moradores de agora da povoação, muitos, donos do apelido Patursson levam essa herança a extremos incríveis.

Tróndur Patursson, pintor, vidreiro, escultor e aventureiro é um dos mais reputados artistas faroeses. Quando não ocupado com a sua produção e com exposições, a espaços, Tróndur, entrega-se, inclusive, a expedições de reconstituição da história primordial das ilhas Faroé.

Em 1976, em parceria com Tim Severin, levou a cabo uma travessia transatlântica numa réplica de uma embarcação de casco de couro baptizada de “Brendan” em homenagem ao monge irlandês que se crê ter realizado a mesma viagem séculos antes dos viquingues ou de Cristóvão Colombo.

De maneira a gerarmos um melhor imaginário desses tempos de navegações agrestes, percorremos o pontão de rocha que se prolonga da ala sudeste da igreja de Saint Olav, Hestfjordur adentro.

Dali, admiramos a povoação actual num formato panorâmico condigno, dispersa no sopé de uma falésia pedregosa que o curto Estio já tinha tido tempo de ervar e salpicar de flores amarelas. Percorrida por cavalos de crinas lustrosas ao vento.

Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Cavalos sobre um pasto que o curto Verão tornou frondoso.

No regresso ao arredor também ele ervado da igreja de Saint Olav, passeamo-nos entre as sepulturas e lápides da velha povoação, de olho nos registos das suas vidas idas.

Desde os nossos dias, aos que viram nascer a quase milenar Kirkjubour.

Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Visitantes nos Jameos del Água
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Cidades
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Casa Menezes Bragança, Chandor, Goa, India
Cultura
Chandor, Goa, Índia

Uma Casa Goesa-Portuguesa, Com Certeza

Um palacete com influência arquitectónica lusa, a Casa Menezes Bragança, destaca-se do casario de Chandor, em Goa. Forma um legado de uma das famílias mais poderosas da antiga província. Tanto da sua ascensão em aliança estratégica com a administração portuguesa como do posterior nacionalismo goês.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Em Viagem
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Tulum, Ruínas Maias da Riviera Maia, México
Étnico
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Cataratas Victória, Zâmbia, Zimbabué, Zambeze
História
Victoria Falls, Zimbabwe

O Presente Trovejante de Livingstone

O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Ilhas
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Visitante, Michaelmas Cay, Grande Barreira de Recife, Australia
Natureza
Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
PN Timanfaya, Montanhas de Fogo, Lanzarote, Caldera del Corazoncillo
Parques Naturais
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
ilha de Praslin, cocos do mar, Seychelles, Enseada do Éden
Património Mundial UNESCO

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Vista da Casa Iguana, Corn islands, puro caribe, nicaragua
Praias
Corn Islands-Ilhas do Milho, Nicarágua

Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
Jerusalém deus, Israel, cidade dourada
Religião
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
Sociedade
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Vida Selvagem
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.