Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor


Vestaravág a Dobrar
Lado do porto de Tórshavmn de Vestaravág. Em duplicado.
Arquitectura nórdica, a cores
Telhados e fachadas dão mais cor à capital das ilhas Faroe.
Península sem Saída
Adolescentes chegam ao um extremo da Península de Skansapakkhusid.
Pasto como telhados
Casas tradicionais com telhado de turfa e relva.
Penama
Boneco desagasalhado à entrada do restaurante Penama.
Vestaravág à Pinha
Embarcações arrumadas no sector do porto de Vestaravág.
Tagarelice em Tinganes
Duas amigas conversam na base dos edifícios históricos e governamentais de Tinganes.
Ao Balcão
Empregada do restaurante Katrina Christiansen.
Tórshavn Panorâmica
Tórshavn e Nólsoy vistas da encosta da montanha de Húsareyn.
A Catedral de Tórshavn
A velha catedral da capital das ilhas Faroe.
Da Luz para a Sombra
Passageira de um veleiro dirige-se à rua Undir Bryggjubakka.
A Ilha Vizinha
Sol ilumina um istmo da ilha de Nólsoy, em frente de Tórshavn.
O campo em casa
Uma de várias casas tradicionais com telhado de turfa, de Tórshavn.
Barbara Fish House
Empregado trabalha no restaurante Barbara Fish House.
A Remos, pela História das Faroé
Grupo de adolescentes zarpam para um passeio de barco a remos em redor da zona histórica e governamental de Tinganes.
Undir Bryggjubakka
Pedestre entra na rua marginal Undir Bryggjubakka.
Undir Bryggjubakka Iluminada
Edifícios históricos e coloridos que delimitam a rua marginal Undir Bryggjubakka.
Casa Tradicional
Moradora no exterior do seu lar de turfa e erva.
É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.

É sábado. No final boreal de Junho, a tarde passeia-se com a noite, ambas borrifadas por uma chuva miúda que, caída de nuvens baixas e escuras, nos deixam confusos quanto a quantas vai o dia.

Vínhamos de uma boa meia-hora a apreciar e a fotografar o casario, o porto e o cenário que envolve Tórshavn, de uma meia encosta da montanha que a encerra a noroeste, a Húsareyn.

Dali, das imediações do hotel Foroyar que nos acolhia, a cidade estendia-se pela encosta verdejante abaixo, num salpicado de telhados negros e fachadas de todas as cores em que se encaixava o reduto murado do porto.

O canal de mar azulão de Nólsoyarfjordur separava a capital de Nólsoy, uma ilha alongada que em tempos, se terá libertado de Streymoy, aquela que explorávamos, a maior das dezoito que formam o arquipélago das Faroé.

Torshavn, Ilhas Faroe, panorâmica

Tórshavn e Nólsoy vistas da encosta da montanha de Húsareyn.

Fartamo-nos da contemplação das alturas. Ladeira após ladeira, Descemos apontados ao coração urbano de Tórshavn. Assim que chegamos à entrada da rua pedestre Niels Finsens Gota, a urbe que, de longe, nos parecia um cenário subárctico anestesiante, estremecia de vida.

O Festival de Música Ébrio e Escuro de Voxbotn

O Voxbotn, um festival de música predilecto dos jovens das Faroe, desenrolava-se. Uma multidão trajada de negro, alourada e, em boa parte, embriagada partilhava gritos, abraços e outras expressões de euforia que destoavam da tranquilidade habitual das Faroé e da cidade.

Entusiasmava-os a evasão cerimonial do evento. E o ritmo de rap semi-metálico dos Swangah Dangah, um duo da casa, de quase todos se orgulhavam, como estandarte contemporâneo, irreverente da nação faroense, súbdita da monarquia dinamarquesa, se bem que, desde 1948, autónoma e auto-governada.

O hino das ilhas Faroé intitula-se “Tú alfagra land mítt”, algo como “Tu Minha Terra Bela”. Os faroeses sabem bem o quão especial é o seu arquipélago, lugar de cenários surreais como o Sorvagsvatn de Vagar  como estão conscientes do protagonismo histórico que Tórshavn preserva desde os tempos da remota fundação.

Noutras ocasiões, com o Voxbotn já encerrado, em dias solarengos, exploramos o âmago da capital de uma ponta à outra: a velha catedral – a segunda igreja mais antiga do arquipélago – e a rua Bryggiubakki por ela abençoada. Abaixo, a marginal Undir Bryggjubakka.

E a separá-las, uma sequência de prédios de madeira de três andares e águas furtadas de frentes alinhadas pela marina Vestaravág, a metade oeste do porto, quase sempre repleta de veleiros, lanchas e outras embarcações de menor porte.

Com a intempérie já ao largo, encontramos tudo espelhado nas mesmas cores e na perfeição sobre a água escura, gélida e imóvel daquele reduto do norte do Atlântico do Norte.

Vestaravág, Torshavn, Ilhas Faroe

Embarcações arrumadas no sector do porto de Vestaravág.

Caminhada até à Ponta sem Saída de Skansapakkhusid

Prosseguimos ao longo da Undir Bryggjubakka. Chegados ao extremo, encontramos a ponta de Tinganes, a “ponta do parlamento” de Tórshavn e a génese da nacionalidade das Faroé, decorrente de democracias viquingues ancestrais, como a de Thingvelir.

Hoje, destaca-se do resto da cidade pela uniformidade branca (nas bases) vermelha (acima, até aos telhados) e verde (nos telhados) dos seus edifícios seculares.

Na dianteira do conjunto arquitectónico, sobre uma laje de rocha proeminente, uma bandeira ondulante impinge a quem chega a intensa faroesidade do lugar.

Os primeiros habitantes das Faroes até poderão ter sido celtas provenientes da Irlanda ou da Escócia, eremitas dessas paragens, assim o afiançou o monge irlandês Dicuil na sua obra De mensura orbis terrae. Sabe-se, todavia, que por volta do século IX, os viquingues chegaram e colonizaram boa parte do arquipélago.

Era norma, entre os viquingues fundar o Parlamento da colónia num sítio inabitado, de maneira a garantir a sua neutralidade política.

Quando o estabeleceram em Tinganes, em 850 d.C., ergueram uma das assembleias (Ting) mais antigas à face da Terra, ainda mais antiga que a da Islândia (Thingvellir), essa datada de 930 d.C.. E ergueram ainda a base política da evolução de Thórshavn.

O Rei Olavo, a Cristianização das Ilhas Faroé e o Declínio Viquingue

Por volta de 1035, a era de descoberta e conquista viquingue chegou ao seu término, ditado pela Cristianização imposta pelo rei Olavo que, nas Faroés, deu à costa em Kirkjubour, pelo abandono forçado da colónia de Vinlândia – no actual litoral leste do Canadá (Terra Nova).

E por derrotas militares retumbantes, as das batalhas de Stiklestad em que Olavo pereceu e outras em solo britânico, a de Stamford Bridge e a de Hastings.

Torshavn, Ilhas Faroe, catedral

A velha catedral da capital das ilhas Faroé, testemunho histórico da Cristianização quase milenar do arquipélago

Em Tórshavn, o ting de Tinganes deu lugar a um mercado casual que se desenvolveu até que, em 1271, a Coroa Norueguesa a tornou num entreposto comercial importante que comerciava em permanência com Bergen, na costa ocidental da Noruega.

Mesmo assim, o desenvolvimento da remota Tórshavn provou-se lento. Na viragem para o século XVII, contavam-se apenas cento e um habitantes na povoação.

Visitante de Torshavn, Ilhas Faroe, arquitectura

Passageira de um veleiro dirige-se à rua Undir Bryggjubakka.

Eram famílias de agricultores, seus servos, encarregados do entreposto comercial, oficiais governamentais e dezenas de trabalhadores de outras partes que, sem terras, afluíam à cidade esperançados em encontrar trabalho.

Tórshavn: das Tragédias à Prosperidade

A vida em Tórshavn melhorava a olhos vistos mas calamidades imprevistas travaram o progresso.

Em 1673, Thor, o deus da guerra e do trovão que inspira o nome da cidade resolveu fazer das suas. Sem se saber muito bem como, um paiol repleto de pólvora explodiu e fez alastrar um incêndio que arrasou muitas das casas e edifícios até então erguidos.

Torshavn, Ilhas Faroe, rua Undir Bryggjubakka

Pedestre entra na rua marginal Undir Bryggjubakka.

Já sob a Coroa Dinamarquesa, em 1709, o entreposto comercial de Tórshavn passou a servir um monopólio real com base em Copenhaga.

Fruto dessa benesse, a povoação abrigava já trezentos habitantes mas, uma epidemia de varíola assolou-a. Terão sobrevivido menos de cinquenta habitantes.

Torshavn, Ilhas Faroe, Skansapakkhusid

Adolescentes chegam ao um extremo da Península de Skansapakkhusid.

Não obstante, o estatuto de porto do Monopólio Real atraiu novos moradores e comerciantes.

Durante o século XVIII, Tórshavn recuperou a bom ritmo.

Ao ponto de se tornar uma cidade nórdica digna desse nome, com os seus armazéns a transbordar de bens que, a meio do século, podiam já ser comerciados com todos os portos disponíveis e viáveis, não só com os pré-definidos pela monarquia dinamarquesa.

Torshavn, Ilhas Faroe, arquitectura

Telhados e fachadas dão mais cor à capital das ilhas Faroe.

Com o tempo e a consolidação da capital até aos seus 21.200 habitantes de hoje – um terço do das ilhas Faroé – a península administrativa de Tinganes evoluiu.

Até se tornar a unidade urbanística actual, aquela porque, continuámos a cirandar, num absoluto deslumbre histórico.

Do nada, três rapazes amigos, vestidos de negro como dita a moda jovem da cidade, irrompem pela pequena península oposta à ocupada pela bandeira faroense, com as proas dos barcos do estaleiro local e o prateado contraluz do mar em fundo.

Na direcção oposta, a bem iluminada, duas amigas tagarelam e põem os níveis de vitamina D em ordem, num banco instalado contra o fundo de pedra de um dos edifícios estatais.

Subimos para o cimo urbanizado do promontório. Cruzamos um pequeno túnel, internamo-nos no complexo de edifícios, alguns deles com mais de quinhentos anos.

Sem pressas, inteiramo-nos da sua configuração e funções. E sentimos a vida pacata do lugar fluir arejada pela brisa marinha.

Torshavn, Ilhas Faroe, edifícios de Tinganes

Duas amigas conversam na base dos edifícios históricos e governamentais de Tinganes.

Tinganes, o Âmago Político e Histórico de Tórshavn

O edifício no extremo absoluto da península de Skansapakkhusid, mais exposto ao mar e às intempéries foi, em tempos, o velho forte de Skansapakkasini. E é, hoje, o Lögtingid, o edifício principal do governo faroês, representado em termos gráficos por um carneiro de língua de fora.

Para o interior, já com telhados típicos e pitorescos de erva, sucedem-se o velho Portugalid, uma antiga prisão e casa do seu guarda. Nas imediações, estão o Munkastovan, um mosteiro em que se realizaram missas, e os adjacentes Leigubudin, um armazém real.

O movimento humano é ténue por estes lados. Passam dois homens, um de fato e gravata, coisa incomum na cidade, pelo que estimamos que se dirijam ao Lögtinget (Logting). Cruzamo-nos ainda com alguns visitantes dinamarqueses de férias. Quando o Reynagardur fica para trás, finda-se a uniformidade do vermelho e verde.

Ali mesmo, encaixada entre o muro branco e a sua casa negra de telhado de turfa e erva e de encantar, uma senhora trata do seu jardim térreo.

Torshavn, Ilhas Faroe, Lar de turfa

Moradora no exterior do seu lar de turfa e erva.

Prosseguimos para a base de Skansapakkhusid, por becos e vielas. Sem que o esperássemos, reencontramos a catedral. Antes de regressarmos à Undir Bryggjubakka e à pedestre Niels Finsens Gota, damos uma derradeira olhadela no sector oriental do porto, o Eystaravág.

Do lado de lá, uma frota de jovens descendentes de viquingues coloca barcos a remos no mar, zarpa península abaixo, contorna a ponta rochosa e a bandeira da sua nação e entrega-se a uma navegação lúdica mas comprometida por parte da rota do ferry que liga Tórshavn à ilha de Nólsoy.

Torshavn, Ilhas Faroe, remo

Grupo de adolescentes zarpam para um passeio de barco a remos em redor da zona histórica e governamental de Tinganes.

A Lenda de Barbara, o “Barbara Fish House” e Outras Experiências Gastronómicas

No entretanto, longe de escurecido, o dia chegava à hora convencionada nestas paragens boreais para o jantar. Com mesa marcada, retrocedemos para o bairrinho antigo na base de Skansapakkhusid, disposto em redor de uma artéria fulcral, a Gongin.

Damos entrada no restaurante “Barbara Fish House”, instalado noutra das várias casas tradicionais com telhado de turfa desta zona.

Mais que nos sentarmos para uma experiência gastronómica, tínhamos inaugurado uma nova incursão ao passado das ilhas Faroé.

Torshavn, Ilhas Faroe, casa tradicional

Uma de várias casas tradicionais com telhado de turfa, de Tórshavn.

De tal maneira emblemática que Jorgen-Frantz Jacobsen, um escritor faroense fez da narrativa que inspirou o baptismo do restaurante uma das suas obras mais famosas”.

O enredo do romance tem lugar no século XVIII. Recupera “Beinta e Peder Arrheboe” uma das Faroé famosa.

Barbara é viúva de dois párocos protestantes, vista por boa parte da comunidade como responsável pelas suas mortes. Quando o navio “Fortuna” atraca, tráz a bordo um novo pároco chamado Poul. Já desembarcado, Poul é avisado sobre o passado de Barbara. Mesmo assim, apaixona-se pela mulher.

Barbara interessa-se por Poul mas cede à atração por outros homens, marinheiros chegados em barcos vindos de longe. Barbara e Poul casam mas, Barbara apaixona-se por Andreas e parte com ele. Andreas vê-se confrontado por Poul e deixa-se persuadir a partir para Copenhaga sem Barbara.

Torshavn, Ilhas Faroe, restaurante Barbara Fish House

Empregado trabalha no restaurante Barbara Fish House.

A história termina com o desespero de Barbara a tentar alcançar o “Fortuna”, em vão, já após o navio ter zarpado rumo à capital dinamarquesa.

Entre repastos noutros restaurantes, no “Barbara Fish House”, comemos uma Fiskasuppa, Torskur e Jákupsskeljar: sopa de peixe, com bacalhau e escalopes. Também um Oda, um mexilhão-cavalo em escabeche.

O menu dos vinhos contava com vinhos espanhóis, franceses e alguns portugueses. Pedimos um Alvarinho que o empregado de mesa, esmerado, mas sem poder fazer milagres no que diz respeito ao português, nos apresenta como proveniente de Melgago, em vez de Melgaço.

Rimo-nos um pouquinho entre nós. Apenas o suficiente para descontraímos do frenesim fotográfico faroês que os dias sem fim do estivo árctico intensificava.

Quase duas horas e meia depois, com o lento lusco-fusco a começar a azular Tórshavn e todo o sul da ilha de Streymoy, recolhemos ao abrigo quase no cimo da montanha do Foroyar.

Nolsoy, Torshavn, Ilhas Faroe

Sol ilumina um istmo da ilha de Nólsoy, em frente de Tórshavn.

Vários dias, várias ilhas das Faroés vizinhas de Streymoy se seguiriam. Caso de Kalsoy, com o seu remoto farol de Kallur.

Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Cidades
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Cultura
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo
Em Viagem
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
Pequena súbdita
Étnico

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
História
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Vai-e-vem fluvial
Ilhas
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Capacete capilar
Natureza
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Bwabwata Parque Nacional, Namíbia, girafas
Parques Naturais
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Jingkieng Wahsurah, ponte de raízes da aldeia de Nongblai, Meghalaya, Índia
Património Mundial UNESCO
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Vista da Casa Iguana, Corn islands, puro caribe, nicaragua
Praias
Corn Islands-Ilhas do Milho, Nicarágua

Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
Passagem, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives
Religião
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Nissan, Moda, Toquio, Japao
Sociedade
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Vida Selvagem
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.