Ilha do Pico, Açores

A Ilha a Leste da Montanha do Pico


Monumento ao Balaieiro
Estátua do baleeiro em frente ao museu dedicado à actividade de São Roque do Pico.
Lagoa do Capitão
Nuvens cobrem o cimo do Pico, além da lagoa do Capitão.
Igreja acima das Lajes do Pico
Igreja Matriz das Lajes do Pico, destacada acima da povoação.
Farol da Ponta
O Farol da Ponta da Ilha, que ilumina e sinaliza o sudeste do Pico à navegação.
Vista da Igreja de Lajes
O largo e rua em frente à igreja de Lajes do Pico.
Lajes do Pico, de longe
A povoação de Lajes do Pico, vista da encosta sul da ilha.
Caminho com vista para o Pico
Morador percorre a marginal de Lajes do Pico.
Missa em Lajes
Crentes reunidos numa missa da igreja de Lajes do Pico.
Moinho Mourricão
Um dos vários moinhos tradicionais da ilha do Pico.
O Museu da Indústria Baleeira
O actual Museu da Indústria Baleeira, na antiga fábrica de processamento.
Trilho da Lagoa do Capitão
Caminhantes percorrem um trilho nas imediações da Lagoa do Capitão.
Estátua do Balaieiro
Estátua de um Balaieiro em frente ao Museu da Indústria Baleeira.
São Roque do Pico
O casario de São Roque do Pico no fundo da encosta noroeste da Ilha do Pico.
Mar de São Roque
Onda rebenta contra um pontão de São Roque do Pico.
Gado & Nevoeiro
Sinal de Trânsito junto ao desvio para a Lagoa do Capitão.
Gado na neblina
Vaca num prado do oeste da ilha do Pico.
Vacas na Neblina
Vacas barram a passagem ao trânsito na neblina do cimo da ilha.
Pasto Íngreme
Gado a pastar equilibrado numa vertente íngreme da ilha.
Vinha e Bananal da Calheta
Muros, vinha e bananal junto a Calheta de Nesquim.
Lajes do Pico e o vulcão
Casario de Lajes do Pico, com a montanha em fundo.
Por norma, quem chega ao Pico desembarca no seu lado ocidental, com o vulcão (2351m) a barrar a visão sobre o lado oposto. Para trás do Pico montanha, há todo um longo e deslumbrante “oriente” da ilha que leva o seu tempo a desvendar.

Era a segunda vez que nos dedicávamos à ilha do Pico. Tal como na primeira, cumprimos a travessia de ferry a partir da cidade da Horta, do outro lado do canal.

Da primeira vez, sujeitos a apenas dois dias, concentramos esforços nas prioridades: conquistar o cume do vulcão Pico.

Com o tempo e energia que sobrasse, desvendaríamos as vinhas peculiares da ilha, as espraiadas entre o sopé oeste da montanha e o canal.

Sacrificámos algumas horas de sono e de recuperação do esforço de subir ao tecto de Portugal. Ainda conseguimos descer às profundezas de lava da Gruta da Torre e dar um ou dois outros pulos rápidos a lugares ausentes dos planos iniciais.

Dois dias não davam para mais. Partimos com uma noção frustrante do tanto que deixávamos por conhecer que embarcámos de volta ao Faial.

Quatro anos depois, regressamos. Com as prioridades da conquista do vulcão e as vinhas da ponta oeste da ilha já antes resolvidas, favorecidos por uma estadia bem situada, aproveitamos para explorar o “lado de lá” da montanha suprema de Portugal.

Encosta da Montanha do Pico Acima, em Busca da Lagoa do Capitão

De acordo com o novo itinerário, mal nos vimos com o carro alugado resolvido, apontamos à Lagoa do Capitão, um reduto natural tão emblemático como incontornável do Pico.

A estrada faz-nos ascender boa parte da vertente ocidental do vulcão e, depois, contorná-lo pelo seu norte.

A determinada altura, com o cume da montanha à direita, a EN 3 aplana. Submete-se a uma longa recta, a espaços, semi-afundada em prados que a chuva e a humidade trazida pela nortada ensopam e fazem viçosos.

O Verão tinha deixado os Açores havia quase um mês. No ainda mais imprevisível Outono do arquipélago, a meteorologia cumpria os seus preceitos. Molhava-nos uma chuva miúda.

Arrepiava-nos uma névoa grisalha e cerrada que fazia do caminho um mistério.

Percorremo-lo, assim, em câmara lenta.

Às tantas, retidos por um par de vacas, demasiado indolentes ou soberbas para nos darem passagem.

Decorridos quase cinco minutos, numa secção em que a berma da estrada baixava, suas excelências bovinas dignam-se, por fim, a desviar-se.

Umas centenas de metros adiante, detectamos a saída para a lagoa.

A via perpendicular estreita. Sulca um prado vasto preenchido por lombas, leito de riachos, de corgas, de poças e de musgos esponjas.

De formas de água mil que matam a sede à floresta residente de cedros-do-mato retorcidos e ao gado bovino que sarapinta o verde sem fim.

A via desemboca na beira da lagoa. Confronta-nos com um bando de patos negros em óbvio deleite balnear.

Dali, com uma brisa intensa a erradicar qualquer hipótese de espelho de água e o cimo do Pico coberto, examinamos as nuvens que o envolviam, na esperança de que, em breve, a caravana em que fluíam nos prendasse com uma aberta.

No entretanto, metemo-nos por um caminho de terra avermelhada.

Afastamo-nos no encalço de uma crista ervada de onde estimávamos conseguir uma boa perspectiva da lagoa com o Pico sobranceiro.

Quando lá chegamos, entre troncos e ramos dos prolíficos cedros-do-mato, confirmamos a vista desejada.

E uma outra, sobre o norte da ilha, o estreito abaixo e a longilínea vizinha São Jorge a abreviar o horizonte.

Naquele cimo limiar, castigados por um vento bastante mais forte, desvendamos o itinerário das nuvens noutra amplitude.  Concluímos, em três tempos, que só por milagre o cume do Pico se revelaria.

De acordo, viramo-nos para São Jorge.

Acompanhamos a navegação do ferry que liga as duas ilhas. Apreciamos o casario alvo de São Roque, destacado nuns fundos longínquos da vertente a nossos pés.

A Vila ex-Baleeira de São Roque

Quarenta minutos depois, damos entrada na vila.

Os colonos que a povoaram após a fundação do início do século XVI, aproveitaram o potencial agrícola de São Roque tanto quanto podiam.

De tal maneira que, decorridas algumas décadas, o concelho já exportava trigo e pastel para a Metrópole.

Com o passar do tempo, a caça baleeira conquistou o arquipélago açoriano. Em São Roque, em particular, tornou-se fulcral.

Marcou de tal maneira o concelho que as suas gentes lhe dedicaram todo um Museu da Indústria Baleeira, instalado na antiga Fábrica de Vitaminas, Óleos, Farinhas e Adubos.

Todos estes produtos eram gerados a partir de matéria-prima dos cetáceos, processada nas grandes caldeiras e fornalhas que vemos expostas e que fazem do de São Roque, um dos museus baleeiros mais conceituados do Mundo.

São Roque tem lugar para duas estátuas proeminentes. Uma delas, oferecida pela Câmara Municipal de Lisboa, homenageia D. Dinis.

A outra, de bronze pardo, encontramo-la em frente ao museu, quase sobre o mar.

Exibe um baleeiro na proa de um pequeno barco, a suster um arpão em riste, na direcção das águas do Atlântico em que os homens arpoavam o principal sustento da povoação.

 

Do Norte ao Sul da Ilha, à Descoberta de Lajes do Pico

Foi o que fizeram, com igual preponderância, os da vila antípoda da ilha, Lajes do Pico.

Lajes é detentora do seu próprio Museu dos Baleeiros e de um Centro de Artes e Ciências do Mar, ambos instalados na antiga Fábrica da Baleia local.

Coincidência ou não, é para lá que nos mudamos, numa viagem de monumental sobe e desce.

Por uma manta de retalhos de minifúndios murados, verdes e cada vez mais íngremes, onde as vacas frisias devoram erva numa espécie de tracção acrobática.

Por altura de Silveira, para lá de um desses muros e de uma sebe de Cedros do Mato juvenis, avistamos, por fim, Lajes.

Como o nome indicia, o seu casario surge organizado sobre uma superfície desafogada de lava quase anfíbia, parte de uma baía que termina numa tal de Ponta do Castelete.

Algures entre essa ponta e a derradeira ladeira para a povoação, recuperamos a visão da montanha do Pico.  aguçado e destacado como nunca o tínhamos visto, acima do recorte arredondado que a ilha ali assume.

À imagem do sucedido na Lagoa do Capitão, voltamos a fartar-nos de aguardar que o Pico nos revelasse o seu Pico.

Constatamos que, a espaços, o sol incidia nas fachadas brancas e telhados ocres da povoação, como ditavam os preceitos católicos, coroada pelas torres simétricas da Igreja da Santíssima Trindade, a igreja matriz da vila.

Quando por lá passamos, decorre uma missa.

A concentração de fiéis no templo contribui para a sensação de que, finda a época alta do estio, são poucos os forasteiros de visita, apenas uns poucos a cirandar pela grelha de ruas entre o Clube Náutico e a piscina natural.

Instalou-se, por ali, a nata dos negócios das Lajes, de empresas de observação de cetáceos, ao mais humilde restaurante.

A luz solar incidia, na esplanada avançada de um deles.

Resplandecente apesar de a hora de almoço ter há muito passado.

O estímulo desse aconchego térmico evita que nos percamos em hesitações. Sentamo-nos decididos a saborearmos a devida refeição.

“Olá, bom dia, tudo bom? Já vos trago um menu.” saúda-nos e sossega-nos, com forte sotaque afrancesado, uma jovem expatriada, pela correcção gramatical do português, diríamos que radicada há algum tempo.

Demoramos o tempo que nos levou o saborearmos as sopas, os peixes grelhados e o calor que, aos poucos, nos tostava a pele.

Conscientes de como o Pico era sempre demasiado extenso para os dias que lhe dedicávamos, passeamo-nos só um pouco pelas ruas e ruelas da vila.

A do Saco, a da Família Xavier. Já em busca do carro, a Rua dos Baleeiros, uma vez mais com o porto, a enseada e o vulcão Pico por diante.

De Lajes do Pico à Ponta Oriental da Ilha

Regressamos à estrada, então, apontados à espécie de seta geológica que encerra a ilha a oriente.

Contornamos a Ponta da Queimada, o ponto mais a sul do Pico, dotado de uma torre de vigia de baleias emblemática.

Passamos por Ribeiras. Uns meros quilómetros depois, na iminência da Cascalheira, cortamos na direcção do Atlântico. Sempre a descer, claro está, damos entrada na freguesia de Calheta de Nesquim.

Calheta de Nesquim, uma Povoação que se Impôs à Gravidade e à Lava

Já nos tinham gabado esta povoação, como uma das mais peculiares da ilha.

Ao admirarmos a harmonia com que os seus moinhos “flamengos”, o casario destemido na vertente e as vinhas e outras plantações se haviam adaptado ao cenário lávico rude, sentimo-nos na obrigação de concordar.

Essa anuência atingiu um pleno à entrada do porto diminuto da Calheta, ao apreciarmos como a igreja semi-barroca de São Sebastião se sobrepunha à doca.

Como assegurava uma bênção divina constante aos pescadores da aldeia que dali zarpam a arriscar as vidas.

Ilha do Pico, a oeste da montanha, Açores, Calheta de Nesqui,

A Igreja de Calheta de Nesquim a abençoar as embarcações que usam o pequeno porto da povoação.

Com o dia solar, não tarda a encerrar-se, seguimos viagem. Passamos Feteira. Progredimos pelo sul do Pico, logo acima das baías de Domingos Pereira e da Fonte.

O Farol que Sinaliza e Ilumina o Extremo Leste do Pico

À entrada desta última, apanhamos o Caminho do Farol.

Uns minutos depois, detectamos o Farol da Ponta da Ilha.

Revelava-se o único edifício digno desse nome.

Ermo num mar de verde arbustivo que despontava do solo vulcânico, até que a densidade da lava e as vagas e o sal da beira-mar lhe sabotavam a expansão, numa Paisagem envolvente que, por possuir elevado “Interesse Regional” conquistou o estatuto de Protegida.

Malgrado a sua localização emblemática, o farol de Manheda, foi um dos últimos a surgir na ilha, apenas em 1946.

Recebeu uma forma de U, com a torre branca e vermelha no fundo-central da letra. E, como é habitual nos Açores, a restante área concedida às famílias faroleiras que nele têm lar.

Examinamo-lo. Rendemo-nos à estranheza e fotogenia do cenário, também espantados pela abundância de coelhos a saltitar entre os arbustos.

Num ápice, o lusco-fusco apodera-se da ponta leste do Pico. Enquanto uma moradora resgatava roupa estendida do relento marinho, a lanterna no cimo da torre apresentou-se ao serviço da navegação.

ONDE FICAR NA ILHA DO PICO

Aldeia da Fonte Hotel

www.aldeiadafonte.com

Tel:  +351 292 679 500

Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

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Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

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A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

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Na Pista do Mistério dos Capelinhos

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Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
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Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
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Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
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Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
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Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
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Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
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Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
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Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

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Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
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Um Lobo Pouco Solitário

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Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
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Outono
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Parques Naturais
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Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

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Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto
Património Mundial UNESCO
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

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Personagens
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O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

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Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
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Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
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Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Sociedade
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Uma Economia de Mercado

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Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Homens dragam areia do leito do rio Sangha para pirogas plataforma.
Vida Selvagem
Expedição Ducret 1º:  OuéssoPN Lobéké, Rep. Congo; Camarões

A Subida Inaugural do rio Sangha

Durante uma hora, sobrevoamos a vastidão tropical imensa que separa a capital Brazzaville da pequena cidade ribeirinha de Ouésso. Das suas margens, ascendemos o rio Sangha até ao parque nacional camaronês de Lobéké, num cenário ainda com muito de “Coração das Trevas”.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.