Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical


Um Mosaico Vegetal
Padrões e cores do atributo mais fotogénico do Jardim Botânico do Funchal.
Mercado dos Lavradores
A Fachada excêntrica do Mercado dos Lavradores do Funchal.
Fruta e Mais Fruta
Uma banca de frutas bem composta, no Mercado de Lavradores do Funchal.
Puro Carvalho Francês
Barricas de carvalho francês na adega da Blandys.
Um Forte Belo e Amarelo
A Fortaleza de São Tiago, na beira-mar da Zona Velha do Funchal.
Monte Palace
Telhados pontiagudos do Monte Palace Hotel.
Sé & Catedral
A arquitectura mista da Sé Catedral do Funchal, vista do seu lado sul.
Missa Igreja do Monte
Fiéis acompanham uma missa na igreja de Nª Srª do Monte do Funchal.
Fruta também Tropical
Frutas expostas no Mercado dos Lavradores, algumas delas tropicais, caso da banana-ananás madeirense.
Dª Isabel
Vendedora de flores em trajes tradicionais madeirenses.
Verão de São Tiago
Banhistas apanham sol e divertem-se na praia de São Tiago.
Praça do Município Abençoada
Praça de Taxis na base da Igreja de São João Evangelista.
Teleférico sobre Zona Velha
Teleférico passa acima de um das ruas da Zona Velha do Funchal.
Teleférico sobre Zona Velha II
Teleférico prestes a chegar à sua estação terminal.
Jardim Monte Palace
As linhas desafiantes do jardim Monte Palace.
Sé Catedral
Vultos humanizam a fachada da Sé Catedral do Funchal.
Funchal em Fogo
Casario do Funchal iluminado por luzes artificiais e pela do pôr-do-sol a ocidente.
A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.

Torna-se ainda mais visível quando a meteorologia obriga a que as sempre delicadas aterragens na pista do Aeroporto Cristiano Ronaldo se façam de oeste para leste, na direcção da Ponta de São Lourenço.

Nessas ocasiões, do lado certo do avião, a aproximação revela a vertente ampla em que, com os séculos, o Funchal se alongou.

Mesmo denso, o casario da cidade salpica o verde envolvente, com as devidas excepções, mais vivo e intenso quanto mais para cima na ilha.

Um dos lugares emblemáticos e imperdíveis do Funchal, o Monte, ilustra na perfeição o declive e o tropicalismo predominante.

A Encosta Luxuriante mas Ajardinada do Monte Palace

Lá nos aventuramos pela quase-selva ajardinada do Monte Palace Madeira onde, numa área de 70.000 m2 em que se diz estarem concentradas e proliferarem mais de 100.000 espécies vegetais dos quatro cantos do Mundo, de cicas e proteas da África do Sul a urzes escocesas.

No sortido, contam-se ainda as plantas endémicas que compõem a complexa floresta Laurissilva madeirense: fetos, cedros, loureiros, tiles, folhados, figueiras-do-inferno e tantas outras.

De todas, das indígenas, enchem-nos as medidas os exuberantes massarocos.

Entre as estrangeiras, os elegantes fetos arbóreos (cyathea medullaris), naturais da Austrália, que há muito se disseminaram pela Terra e fazem parte da flora dos Açores, das Canárias e, claro está, da Ilha Jardim.

Jardim Monte Palace, Funchal, Madeira

Visitante admira um recanto do Jardim Monte Palace.

De Charles Murray ao Comendador Berardo

O dono original deste reduto, o cônsul britânico Charles Murray (1777-1801), decidiu baptizar a propriedade     que comprou no final do século XVIII, de “The Pleasure Estate” (Quinta do Prazer), bem destoante da austeridade católica imposta pela igreja vizinha da Nª Srª do Monte.

A altivez do santuário não chegou a intimidar o cônsul e Murray decidiu aperfeiçoá-lo enquanto pudesse. Murray faleceu em 1808, em Lisboa.

Em 1897, o câmaralobense Alfredo Guilherme Rodrigues, comerciante bem-sucedido, resolveu recompensar-se com a aquisição da velha quinta de Murray.

Na sequência de uma sua viagem à Exposição Internacional de Paris, em 1900, Alfredo Guilherme regressou impressionado com o requinte dos castelos às margens do Reno. De acordo, ergueu o seu próprio palácio, mais tarde transformado no Monte Palace Hotel, projecto que a sua família veio a descartar.

Lago do Jardim Monte Palace, Funchal, Madeira

As linhas desafiantes do jardim Monte Palace.

Quarenta e quatro anos depois, a propriedade acabou na posse do então milionário, agora endividado, madeirense José Berardo.

Berardo transformou a quinta numa espécie de museu tropical. Enriqueceu-a com a colecção de painéis de azulejos que examinamos, por um trilho sinuoso e pelos grandes momentos da história de Portugal abaixo.

Dotou-a ainda de esculturas, algumas de Budas, e de lanternas budistas. De brasões, de nichos e de lagos habitados por patos, cisnes e carpas nishikigoi.

Apesar desta panóplia de apetrechos, continua a protagonizar a quinta o palácio no seu fundo, bem integrado na excentricidade vegetal e cultural circundante.

Telhados do Monte Palace, Jardim Monte Palace, Funchal, Madeira

Telhados pontiagudos do Monte Palace Hotel.

À Descoberta das Terras Altas do Funchal: o Monte

Em vez de por aí deixarmos o jardim, exploramo-lo a dobrar, na volta inclinada ao ponto de partida. Deixamo-lo pelo cimo que dá para a rua Largo da Fonte. Umas dezenas de metros para a esquerda, damos connosco aos pés da Igreja do Monte.

A essa hora, o movimento na base da escadaria está limitado ao de uns poucos filhos de Deus que discutem à porta do restaurante Belo Monte, num madeirense de tal forma cerrado, que quase nos faz sentir estrangeiros.

Subimos ao templo. Quando espreitamos o interior da nave, decorre uma missa. Seguem-na dez fiéis, atentos à palavra do Senhor, veiculada pelo padre no altar.

Igreja do Monte, Funchal, Madeira

Fiéis acompanham uma missa na igreja de Nª Srª do Monte do Funchal.

Dois ou três mais entram, uma freira sai. Por respeito ao nosso destino e ao tempo de luz que se escoava, seguimos-lhes os passos, degraus abaixo.

Em plena Pandemia, o sobe-e-desce habitual dos carros de cesto e dos seus carreiros pela ladeira do Caminho-de-Ferro estava suspenso.

No sopé da igreja, encontramos os cestos imobilizados, na vertical, no estacionamento coberto que lhes foi dedicado.

Um Jardim Botânico Também Muito Tropical

Impossibilitados de neles viajarmos, passamos pelo rival natural do Jardim Monte Palace, o Jardim Botânico da Madeira Engº Rui Vieira. Longe das proclamadas 100.000 espécies do Monte Palace, este jardim reclama 2000 plantas exóticas.

Sem espaço no programa fotográfico para as contarmos, admiramos sobretudo o esplendor do seu mosaico vegetal, no momento, cuidado por dois jardineiros compenetrados.

Jardim Botânico, Funchal, Madeira

Padrões e cores do atributo mais fotogénico do Jardim Botânico do Funchal.

A Madeira é toda ela um jardim que, assim afiança o imaginário popular, flutua no Atlântico. Ao descermos para o Funchal, quase ao nível do oceano, continuaríamos a beneficiar da clorofila reforçada da cidade.

Retomamos a sua exploração na Praça do Município, Rua dos Ferreiros abaixo, em volta da Sé Catedral e da estátua do fidalgo João Gonçalves Zarco (1390-1471), eleito pelo Infante D. Henrique para liderar o povoamento da Madeira e do Porto Santo.

O Jardim Municipal e as Ruas Florestadas Contíguas

Ali por perto, o Jardim Municipal do Funchal, de outra forma chamado de Jardim Dona Amélia, volta a congregar e exibir, árvores, plantas e flores dos quatro cantos do Mundo. Mesmo sendo o terceiro que atravessamos, no Funchal, a contagem de jardins vai sempre no início.

Quase a meio do Verão subtropical, as bancas de fruta desta zona ainda vendem cerejas, sugerem anonas, maracujás e as inusitadas bananas-ananás. Se comparadas com a abundância no sempre frenético e garrido Mercado dos Lavradores, o que exibem são meras amostras.

Banca Fruta do Mercado dos Lavradores, Funchal, Madeira

Uma banca de frutas bem composta, no Mercado de Lavradores do Funchal.

Ainda na Av. Arriaga e na rua do Aljube, uma floresta de jacarandás e tipuanas floridas perfumam a atmosfera e concedem-nos uma sombra providencial.

Sé Catedral do Funchal. A Fé em Toda a Sua Grandiosidade Insular

A miscelânea arquitectónica da Catedral, que D. Manuel fez erguer entre 1510 e 1515, com traços predominantes góticos mas também barrocos, rococós, maneiristas, mudéjares, alguns também definidos como manuelinos, intriga-nos.

Sé Catedral, Funchal, Madeira

Vultos humanizam a fachada da Sé Catedral do Funchal.

No mínimo, tanto como nos maravilha o famoso retábulo da sua capela-mor, complexo, detalhado em talha banhada a ouro e repleto de esculturas trabalhadas por mãos minuciosas, pinturas a óleo sobre madeira, sob um tecto todo ele elaborado com madeiras da Madeira.

Encantados, em particular, com a perspectiva sul da igreja, tropicalizada por uma palmeira projectada de um átrio, teimamos em encontrar um ponto de vista elevado que nos revelasse o conjunto.

Sé Catedral, Funchal, Madeira

A arquitectura mista da Sé Catedral do Funchal, vista do seu lado sul.

A persistência prenda-nos com uma incursão ao edifício da Direcção de Serviços de Informação Geográfica e Cadastro. Lá nos guia Marlene Pereira “muito habituada às visitas dos fotógrafos e jornalistas em trabalho no Funchal”, assim nos assegura em jeito de preâmbulo duma tagarelice a que nos entregamos sem reservas.

Fotografamos a catedral e os telhados, de início, empoleirados sobre um muro do terraço. Logo, de janelas dos andares abaixo.

Orgulhosa da sua ilha, Marlene faz questão de nos aconselhar os recantos que mais admira e convoca-nos para uma curta sessão de fotos suas, tiradas sobretudo no norte nevoento do Fanal. Uns dias depois, lá nos perderíamos e deslumbraríamos in loco.

Até lá, continuamos a calcorrear a calçada tradicional madeirense, feita de seixos de basalto negro, combinados com pedras alvas e até rosadas, irmanadas com ligeiro relevo, em vez de numa superfície lisa, como se usa no continente.

De tal maneira que, num dos dias, contados 17.5 km de caminhada às voltas pelo Funchal, percebemos que também essa ténue rugosidade era responsável por inesperadas bolhas nos pés.

O Vinho da Madeira Exclusivo da Família Blandy

Em pleno processo da sua gestação, damos entrada na adega histórica Blandy’s, a única família da ilha que se gaba de, sete gerações e mais de dois séculos depois (1811), continuar dona dos destinos da empresa e da produção e exportação do seu mundialmente reputado vinho da Madeira.

Lá nos rendemos a uma prova generosa dos néctares Blandy’s, do seco ao mais doce, escala em que, rendidos ao pedaço de bolo mel incluído, acabamos por nos baralhar.

E lá apreciamos o ambiente pesaroso e o aroma de carvalho francês envelhecido e verdelho da sala de barricas e tonéis.

Adega Pipas Blandy, Funchal, Madeira

Barricas de carvalho francês na adega da Blandys.

Há muito que, à margem da fama extraplanetária do fenómeno CR7, o vinho da Madeira faz amadurecer a notoriedade da ilha. Não obstante, na sua esfera popular, o convívio licoroso depende de outra bebida.

A poncha resulta de uma mistura aprimorada de aguardente de cana, casca e sumo de limão e de açúcar.

Com os tempos, começou a ser consumida numa miríade de variantes cada vez mais distantes da receita com que os pescadores se aqueciam nas fainas e noites frias.

E a Poncha Omnipresente na Zona Velha e em todo o Funchal

Hoje, o sector do Funchal com maior concentração de bares, tascas e, claro está, jarros de poncha mantém-se a sua Zona Velha, disposta em redor do lugar que acolheu a povoação na génese da cidade.

Zona Velha, Funchal, Madeira

Teleférico passa acima de um das ruas da Zona Velha do Funchal.

É na Zona Velha que encontramos um casal amigo de férias.

E é em tascas e bares da Zona Velha, em redor do âmago religioso da secular Capela do Corpo Santo e para a frente e para trás na Rua de Santa Maria, que celebramos tal reencontro, com golos e brindes de ponchas.

Sendo velha, toda esta zona rejuvenesceu com a panóplia de pinturas de rua que cada vez mais a decoram: Amália, o Principezinho, um tuaregue, pescadores madeirenses em mesas de tascas quem sabe se dali mesmo.

Calha que a meio da manhã seguinte, com as esplanadas ainda fechadas, por ali voltemos a passar.

A Fortaleza e a Praia de São Tiago

A determinada altura, a Rua de Santa Maria desvenda-nos a Rua Portão de São Tiago. E esta, o portal de acesso a uma fortaleza amarela defendida por quatro calhambeques à porta.

Conquistamos a vista a partir dos adarves acima.

Sobre uma extensão marinha ora de laje de cimento, ora dos seixos naturais da Praia São Tiago.

Lá víamos o povo do Funchal rendido a uma bênção balnear atlântica, um lazer estival pouco condizente com as agruras por ali vividas ao longo da história do Funchal.

Forte e Praia de São Tiago, Funchal, Madeira

A Fortaleza de São Tiago, na beira-mar da Zona Velha do Funchal.

Sérios Contratempos da História Funchalense

Mais que qualquer outro contratempo, atemorizou os madeirenses o ataque de mil e duzentos corsários franceses, perpetrado em 1566, na sequência do saque da ilha de Porto Santo.

Nessa ocasião, os gauleses confrontaram-se com uma resistência quase simbólica. Sem grande esforço, tomaram o Funchal durante quinze dias, dedicaram-se a pilhar a povoação.

Assim se entende a construção urgente do forte belo e amarelo que continuámos a examinar, inaugurada uns poucos anos depois, em plena dinastia filipina, terminado em 1614 e reforçado com a fortaleza sobranceira de São João Baptista do Pico, dominadora do Pico dos Frias.

E do primeiro forte da ilha, o de São Lourenço, hoje transformado num palácio-museu.

Umas dezenas de metros abaixo e a sul, também a beira-mar portuária em redor da marina foi dotada de novos espaços verdes e tropicais que os funchalenses aproveitam sempre que podem.

Lá por eles passamos, entregues a corridas e caminhadas aceleradas, algumas de tal forma prolongadas que usam o longo molhe da Pontinha como extensão e ponto de regresso a terra mais firme.

Num desses dias, é da Pontinha que embarcamos destinados ao Porto Santo.

Enquanto o “Lobo Marinho” navegava baía fora, admiramos a arte com que o ocaso e o lusco-fusco transformavam o Funchal numa cidade verdejante em fogo.

Anoitecer sobre o Funchal, Madeira

Casario do Funchal iluminado por luzes artificiais e pela do pôr-do-sol a ocidente.

Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Ilhéu de Cima, Porto Santo, Portugal

A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
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Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
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Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
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Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
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Património Mundial UNESCO
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Insólito Balnear
Praias

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Cortejo Ortodoxo
Religião
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Sociedade
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.