Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes


O fiorde porto de Flam
Navio cruzeiro ancorado em Flam.
Fotografia em Tandem
Entusiasmo fotográfico com a bandeira norueguesa a ondular em fundo.
Um Ferry Futurista
Ferry no Aurlandfjord, um dos inúmeros fjordes que sulcam a Noruega.
Sem Perder Rasto
Passageira resiste a um momento de meteorologia agreste, a bordo do M:S Viking Tor.
No Sopé do Fiorde
Povoação à beira do Sognefjord.
Passageiros-ferry M:S Viking Tor-Aurlandfjord-Noruega
Povoação-Sognefjord-Noruega
Balestrand
A zona portuária de Balestrand, à entrada do Sognefjord.
Recortes do Sognefjord
Braço do Sognefjord sob nuvens pesadas.
A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.

A composição do Flamsbana termina a lenta desaceleração e imobiliza-se.

Entusiasmados pela beleza e imponência dos cenários que ficaram para trás, os passageiros desembarcam ansiosos por ver o que Flam lhes reservava.

Posicionado junto a uma carruagem, composto debaixo do seu chapéu de oficial, de camisa branca e gravata azul, Malvin Midje, um funcionário da empresa estatal norueguesa de caminhos de ferro, dá-lhes as boas-vindas e supervisiona o fluxo da gente em direcção à saída da gare e às margens do profundo Aurlandsfjord.

O que descobrimos é o limiar apenas e só turístico de Flam: um edifício amarelo-torrado erguido em madeira segundo as normas da arquitectura local, repleto de artesanato e recordações desta Noruega de natureza exuberante.

Cruzeiro, Flam, Aurlandfjord, Noruega

Navio cruzeiro ancorado em Flam.

Um ancoradouro mais ou menos ao nível dos 59 metros de altitude a que se situa a povoação. A pouca distância, um gigantesco navio-cruzeiro que rivaliza com as falésias verdejantes em redor e ridiculariza a pequenez apesar de tudo campestre de Flam.

Nesse dia, era apenas um o cruzeiro ancorado. Noutros, podem contar-se dois e, neste caso, lançam sobre Flam uma enxurrada de até cinco mil forasteiros.

É preciso recuar muito para encontrarmos uma Flam dissociada do turismo. Existem registos da vila, com este mesmo nome traduzido como “plano” desde pelo menos 1340.

A partir do meio do século XIX, a povoação começou a ser invadida todos os verões por visitantes ingleses que chegavam em grandes barcos, abrigavam-se com os proprietários rurais da zona – em especial com um tal de Christen Fretheim e tinham como programa pescar o salmão que subia os vários rios em redor, incluindo o Flam.

A sua presença tornou-se tão regular e aristocrata que os moradores de Flam os começaram a tratar por “lordes do salmão”.

Deslumbrados pelos cenários e pela vida exótica no campo norueguês, alguns desses lordes faziam de tudo para prolongar as suas estadas. Depois do fim da época do salmão, começava a da caça à rena. Também este seu novo hobby passou a justificar o adiar da partida.

Em 1879, a família Fretheim estava tão rica como pelas costuras de acolher ingleses em sua casa. Resolveu-se a erguer um edifício à parte que chamaram de “The English Villa”. Este edifício foi aumentado e renovado vezes sem conta até redundar no Hotel Fretheim dos nossos dias, de longe o mais histórico de Flam.

Chegado o ano de 1923, os trabalhos de construção de uma linha férrea ambiciosa voltaram a revolucionar a rotina rural-turística do lugarejo. Volvidos dezanove anos, os comboios já circulavam serrania acima e abaixo, a vapor, claro está. Flam nunca mais seria a mesma. E estavam por chegar mais mudanças.

Decorridos outros vinte anos, tinha já a Europa Ocidental recuperado da catástrofe da 2ª Guerra Mundial, os primeiros cruzeiros começaram a percorrer os 29km do Aurlandsfjord, quase até ao seu fim. Por essa altura, não existiam ancoradouros à altura pelo que os navios ficavam ancorados a alguma distância da povoação.

Em 2000, Flam recebeu o seu porto de navios e passou a acolher cruzeiros de vários calados. Hoje, são cerca de 160 por ano os que lá fundeiam para proveito financeiro dos habitantes que, sem excepção, deixaram as actividades agrícolas ou piscatórias a que antes se dedicavam, rendidos aos lucros quase imediatos das lojas, tours e outros negócios e actividades.

Como acontece em todo o lado a que chegam, os cruzeiros geram níveis excessivos de perturbação da harmonia local e poluição.

Flam e os Aurlandsfjord e Sognefjord – à imagem de Geiranger e outras partes da idílica Noruega – têm sofrido esses mesmos transtornos. De tal maneira que os protestos reclamantes de fiordes livres de cruzeiros ganham adeptos em catadupa, alguns deles bem mediáticos.

Entusiasmo fotográfico, ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega

Entusiasmo fotográfico com a bandeira norueguesa a ondular em fundo.

Não íamos embarcar num desses colossos do mar mas num dos ferries normais que liga Flam a Bergen, a segunda cidade norueguesa situada no litoral ainda distante do Mar do Norte. Esperava-nos uma fila ordeira e multinacional de passageiros em boa parte saídos do Flam Railway.

Subimos a bordo com o tempo solarengo. E com tempo para admirarmos o remate do Aurlandsfjord em redor, malgrado todas as transformações, aqui e ali ainda salpicado das pequenas casas de madeira brancas e vermelhas, algumas junto à base de quedas d’água que se precipitam pelas vertentes.

Foram as primeiras de dezenas porque passaríamos durante a navegação, todas elas abastecidas pelo degelo dos cimos nevados que, no caso do Aurlandsfjord, ascendem a impressionantes 1400 metros de altitude.

O comandante dá uma buzinadela de aviso da partida iminente. Conscientes de que se trata de uma das viagens da sua vida, os passageiros mais ansiosos precipitam-se para o varandim panorâmico sobre a popa. Durante um bom tempo, disputam o espaço e as fotografias e vídeos com uma fúria varengue.

Como quase sempre acontece na Noruega, a meteorologia tem planos próprios. Não tarda a impor a sua vontade.

À medida que avançamos para norte, um bando de nuvens escuras e densas vindas do oceano interna-se no fiorde, lança um vento gélido premonitório e, pouco depois, uma bátega.

Braço do Sognefjord-Noruega

Braço do Sognefjord sob nuvens pesadas.

A chuvada quebrou de vez a teimosia dos passageiros mais resistentes. Se quase todos se haviam já enfiado no interior da cabine, estes últimos não tardaram a seguir o exemplo.

Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega

Passageira resiste a um momento de meteorologia agreste, a bordo do M:S Viking Tor.

Excepção feita a uma mulher enfiada num impermeável escuro que apostada em ritualizar o momento, enfrentou o temporal de braços abertos sobre o varandim, ao lado da bandeira branca, vermelha e azul da Noruega que, segundo ditam os preceitos nacionais norse, não pode tocar o chão, nem ser usada no corpo abaixo da cintura.

O vendaval fazia-a chicotear o ar em redor sem clemência.

Como veio, a intempérie deu lugar ao sol. Esta não seria a última alternância meteorológica do percurso.

Enquanto isso, a passagem pelas povoações ribeirinhas de um lado ou do outro do fiorde suscitava sucessivas correrias de regresso ao convés panorâmico. Avistámos Aurlandsvagen, a estibordo, com as casas dos seus quase oitocentos habitantes disseminadas pelo sopé de uma encosta íngreme.

Povoação, Sognefjord, Noruega

Povoação à beira do Sognefjord.

Das imediações desta povoação, faz-se à encosta uma das estradas idolatradas da Noruega, a Aurlandsfjellet. Com 45km, sobe do nível do fiorde ao planalto desolado e repleto de rochedos que separa Aurland de Laerdal. Só por si, os primeiros 8km já representam um trajecto-experiência memorável.

Conduzem a Stegastein, um dos pontos de observação extremos de toda a região, proporcionado por um passadiço-varandim de madeira destacado cerca de 30 metros da face rochosa da montanha, 650 metros acima do fiorde e com vista para dois dos seus meandros inaugurais.

Como seria de prever, a inclinação da também estreita e sinuosa Aurlandsfjellet – uma verdadeira montanha russa – torna-a impraticável durante o longo Inverno, quando a neve e o gelo a cobrem e recobrem de um momento para o outro. Até mesmo no meio do Verão, ilhas de neve ladeiam o asfalto. Por alguma razão os moradores a tratam por Snovegen, a Estrada da Neve.

Segue-se o lugarejo de Unredal, que avistamos a bombordo, num aperto do fiorde após um dos seus esses, instalado na desembocadura de um vale glaciar apertado. Logo, Fronningen e Fresvik, em bordos opostos do navio. A primeira junto à confluência do Lustrafjorde com o Aurlandsfjord.

Navegávamos sobre o hidrodinâmico e moderno “M/S Viking Tor”. Mais que o mero deslumbre, os caprichos geológicos magnânimos em redor inspiravam nos vários imaginários incursões surreais à era das trevas destes confins quase boreais do mundo.

Sonhos de frotas de drakkar com grandes velas à bolina, impulsionados a dobrar pelas remadas dos guerreiros do deus do trovão e do relâmpago, das tempestades e da fertilidade.

“Da fúria dos nórdicos, livrai-nos Senhor!” diz-se que assim imploravam os monges saxões protecção a Deus quando os salteadores escandinavos invadiam os seus mosteiros, como fizeram tão para sul como Lisboa, Sevilha e, Mediterrâneo adentro até à península itálica.

A leste, pelo Volga e Mar Negro acima, já convertidos no povo Rus da génese da Rússia, até cercarem a poderosa Constantinopla com estima-se que para cima de 200 drakkar e levarem ao desespero o Imperador Bizantino Michael III.

Se, por essa altura, o vislumbre dos viquingues suscitava nas povoações e inimigos visados temor e tremor, tanto os domínios de que zarpavam como o seu legado civilizacional são hoje motivo de uma consistente exaltação.

Por altura de Fresvik e de Slinde, os contornos do Sognefjord obrigam o “M/S Viking Tor” a flectir para oeste. A base do desfiladeiro inundado prova-se suficientemente suave para acolher estradas providenciais: a 55 que o acompanha até Balestrand e por muitos quilómetros adicionais, até uma distante Vadheim. Na margem oposta, uma via secundária que conduz à não menos importante estrada 13.

Indiferente aos triunfos da engenharia civil e da modernidade, o Rei dos Fiordes Noruegueses prolonga a sua demanda de 204km pelo mar. Durante quase metade dessa extensão, atinge mais de mil metros de profundidade e entre 5 a 6 km de largura.

O mais longo e profundo dos fiordes noruegueses é, ao mesmo tempo, o segundo mais extenso à face da Terra. Supera-o apenas o vizinho da Gronelândia Scoresby Sund que se prolonga por descomunais 348 km.

Balestrand, Sognefjord, Noruega

A zona portuária de Balestrand, à entrada do Sognefjord.

Passamos por Hermansverk e por Liekanger. O “M/S Viking Tor” contorna a península de Vangsnes.

Balestrand, o nosso destino dessa tarde fica à vista com as montanhas afiadas e pardas de neve do Esefjord como fundo. Identificamos dois pontões saídos da base da vertente e sobre eles, a secção ribeirinha da povoação.

Atracamos num molhe encharcado de uma chuva recente que dá para uma rua delimitada por casas de madeira de cores claras.

Desembarcados, reorientamo-nos e, num ápice, damos com o hotel Kviknes em que nos iríamos hospedar, uma espécie de Fretheim local. Não chegámos como lordes e o salmão ser-nos-ia servido já empratado. Só tínhamos um dia. Nesse tempo irrisório, o Kviknes Hotel e Balestrand entraram para a nossa história.

 

Mais informações e reservas de tours “Sognefjord in a Nutshell” em www.fjordtours.com

Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro

Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
Preikestolen - Rocha do Púlpito, Noruega

Peregrinação ao Púlpito de Rocha da Noruega

Não faltam cenários grandiosos à Noruega dos fiordes sem fim. Em pleno fiorde de Lyse, o cimo destacado, alisado e quase quadrado de uma falésia com mais de 600 metros forma um inesperado púlpito rochoso. Subir às suas alturas, espreitar os precipícios e apreciar os panoramas em redor tem muito de revelação.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
Arquitectura & Design
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Festival MassKara, cidade de Bacolod, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Totem, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia
Cidades
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cultura
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Sal Muito Grosso
Em Viagem
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Étnico
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
História
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Windward Side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda
Ilhas
Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba

Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Pescador manobra barco junto à Praia de Bonete, Ilhabela, Brasil
Natureza
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Parques Naturais
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Glamour vs Fé
Património Mundial UNESCO
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Praias
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Cabine lotada
Sociedade
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Macaco-uivador, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.