El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama


Campo Geiseres de El Tatio
El Tatio é considerado um dos campos de géiseres maiores e mais elevado da América do Sul e do mundo. São mais de 80 géiseres a uma altitude de 4.200 metros.
Capela de adobe
Uma capela à beira da estrada a meio do caminho para El Tatio.
Grande Coiron
Um coiron de dimensões consideráveis destaca-se entre pares nas terras gélidas do altiplano andino.
Coirones
Um tufo dourado de coiron, os arbustos resistentes que abundam nas terras altas da cordilheira Andina
Caudas de Raposa ou Limpa-garrafas
Pormenor da vegetação que fecha as lagoas aquecidas das termas de Puritana
Cruz de lã
Uma cruz vestida de lã coroa uma capela campesina num lugarejo perdido no nada a caminho de El Tatio.
Água a ferver
Um dos muitos géiseres de El Tatio, agrupados a mais de 4.200 metros de altitude.
Descolagem
Bando de flamingos levanta voo da lagoa gélida em que se alimentava.
Lagoa dos flamingos
Flamingos numa lagoa que tem a água congelada e os aprisiona, durante a noite, até ao nascer do sol.
Entre o Gelo e o Calor
Gelo formado pelo congelamento da água em ebulição projectada pelos géiseres de El Tatio
Lama Decorado
Um lama marcado e abençoado com enfeites de lã colocados pelos donos.
Trio de Camelídeos do Atacama
Manadas de lamas, vicunhas e alpacas são avistadas com frequência nas terras altas em redor de El Tatio.
Silhuetas
Silhuetas bem desenhadas contra o vapor libertado pelos géiseres de El Tatio.
O SPA de El Tatio
Banhistas partilham a àgua quente de uma das lagoas de El Tatio, enquanto, em redor, a temperatura permanece negativa e há gelo no solo.
A recompensa
Silhuetas de viajantes que se banham nas águas revigorantes das termas de El Tatio.
Lagoa de Puritana
Visitantes descontraem numa das lagoas aquecidas das Termas de Puritama, entre San Pedro de Atacama e o vulcão Putana.
Geiser de El Tatio
Geiser de El Tatio projecta água fervente e sulfurosa.
Outro Geiser de El Tatio
Geiser projecta calor e vapor do solo pedregoso do Altiplano de Atacama.
Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.

O Explora Atacama, um dos hotéis mais conceituados de San Pedro de Atacama, faz acompanhar os seus jantares caprichados e sofisticados, com alguns dos melhores vinhos chilenos.

Assim regados, os repastos deleitam e alegram os hóspedes sem reservas. Mas vão mal com as horas madrugadoras a que saem as excursões para que se alistam.

A carrinha parte do pátio – antiga cavalariça de San Pedro de Atacama – no escuro das 5h30, mais de duas horas antes da aurora.

Deixa a cidade. Aos poucos, avança paralela à fronteira com a Bolívia e ao sector andino de montanhas e vulcões que a estabelece. Sem conseguir vislumbrar nada dos cenários em redor, boa parte dos oito passageiros da carrinha deixam-se dormitar.

A Ascensão Atacamenha para o Planalto de El Tatio

Uma alba ténue inaugura o dia. Nicholas, o guia, decide poupar-nos ao desperdício e acorda a comitiva. Por essa altura, contornamos uma lagoa rasa, habitada por flamingos, patos selvagens e outras aves menos vistosas.

Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Flamingos numa lagoa que tem a água congelada e os aprisiona, durante a noite, até ao nascer do sol.

Nicholas aproveita o pretexto para nos despertar também a atenção. “Amigos, olhem bem para a passarada… vai parecer-vos que estou a inventar mas, nestas lagoas, nas noites frias, as aves dormem com as patas presas no gelo. Só se soltam de manhã – ou seja daqui a pouco – quando o sol o voltar a derreter.”

Não tínhamos nem como o comprovar, nem razão para duvidar. Fenómenos não faltavam à região, muito para lá da aridez recordista do deserto de Atacama.

Continuamos a subir por desfiladeiros pejados de cactos.

Cruzamos aldeias de adobe e cal com as suas casas e igrejinhas pitorescas de adobe e telhado de colme, abençoadas por cruzes que os nativos vestem de lã garrida.

Cruz de lã, Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Uma cruz vestida de lã coroa uma capela campesina num lugarejo perdido no nada a caminho de El Tatio.

E atingimos a puna de Atacama, o planalto andino por norma assim considerado acima dos 4000 metros.

Avistamos manadas de vicunhas e lamas, alguns enfeitados por berloques de lã colorida dependurados das orelhas. São- lhes colocados pelos indígenas, em cerimónias dedicadas, à laia de bênção, de identificação e de propriedade.

Os camelídeos que admiramos pastam entre coirones, também conhecidos por palha brava, os arbustos rasteiros resistentes à secura e ao frio que pintam de amarelo a vastidão.

Coirones, Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Um tufo dourado de coiron, os arbustos resistentes que abundam nas terras altas da cordilheira Andina

Entre Géiseres e Fumarolas. O Campo Geotermal Excêntrico de El Tatio

Quase 100 km e duas horas após San Pedro de Atacama, já o sol se exibia em pleno esplendor, detectamos colunas de fumo à distância e em contraluz. De início, confundem-se com o produto de pequenos fogos.

À medida que nos aproximamos, desvendamos uma profusão dantesca de géiseres fervilhantes e fumarolas.

Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

El Tatio é considerado um dos campos de géiseres maiores e mais elevado da América do Sul e do mundo. São mais de 80 géiseres a uma altitude de 4.200 metros.

Percorrem-na vultos humanos que caminham entre as cortinas de vapor dançantes. Os indígenas habituaram-se a tratar este cenário surreal por El Tatio “o velho que chora” ou “o avô que chora”, no dialecto kunza que usaram no altiplano dividido entre o Chile, a Bolívia e a Argentina.

O kunza extinguiu-se algures durante o século XIX, abafado pela disseminação do castelhano imposta pelos colonos hispânicos. Ainda assim, o nome El Tatio passou de geração em geração. Aliás, divulgado às costas dos gringos mochileiros, eternizou-se á escala mundial.

Tínhamos chegado ao maior campo geotermal dos Andes e do Hemisfério Sul, com uma área de 10km². É o terceiro maior do mundo a seguir ao de Yellowstone (E.U.A.) e do de Dolina Geizerov, integrante da reserva nacional de biosfera Kronotsky, na península de Kamchatka, o extremo oriental da Rússia.

Aos seus 4300 metros de altitude, El Tatio é também o alegado campo geotermal mais elevado à face da Terra, com a eventual disputa do boliviano Sol de Mañana, um campo entre os 4800 e os 5000 metros mas composto quase só de poços de lama que libertam vapor e enxofre.

Geiser de El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Geiser projecta calor e vapor do solo pedregoso do Altiplano de Atacama.

A vizinha Bolívia insinua-se ali ao lado, a leste da fronteira estabelecida pelo complexo vulcânico Altiplano-Puna, um conglomerado de estratovulcões e velhas caldeiras que, em tempos pré-históricos, estiveram na base de gigantescas erupções.

Por comparação, o legado desta actividade vulcânica é diminuto.

Os geiseres de El Tatio, projectam as suas erupções a uma altura média inferior a um metro e máxima de cinco metros, distâncias apenas insignificantes se tivermos em conta o recorde mundial do geiser Steamboat de Yellowstone: 91 metros.

Uma Lagoa, Dezenas de Viajantes num Êxtase Geotérmico

À chegada, El Tatio e, em particular, a sua piscina termal geravam sucessivas manifestações de alívio e regozijo em dezenas de viajantes que se haviam adiantado e se banhavam numa espécie de jacuzzi natural.

Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Banhistas partilham a àgua quente de uma das lagoas de El Tatio, enquanto, em redor, a temperatura permanece negativa e há gelo no solo.

Só àquela hora a temperatura exterior subia para positiva. Conseguíamos comprová-lo pelo súbito derretimento do gelo em redor de muitos dos oitenta géiseres.

Entre o vestido e o despido arrastava-se, assim, um lapso de sofrimento incontornável que os banhistas enfrentavam. Uns com coragem, outros com pura inconsciência.

Os 30º a que brotava a água tudo faziam esquecer: o despertar madrugador, a viagem aos solavancos e até a dor de cabeça que, pelo menos em alguns dos forasteiros, o mal da montanha e eventuais excessos alcoólicos da noite anterior, começavam a causar.

O aconchego térmico da lagoa garantia um aconchego ritualizado, libertador e gerador das mais cálidas cavaqueiras.

Certos banhistas estavam há mais tempo no Atacama. Eram já repetentes nas incursões às terras elevadas na orla leste do deserto na fronteira com a Argentina e a Bolívia.

Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Silhuetas de viajantes que se banham nas águas revigorantes das termas de El Tatio.

Uns poucos, teriam inclusive subido a vulcões exuberantes como o Cerro Toco, o activo Lascar, o Licancabur ou o vizinho Sairecabur, os três últimos a roçarem os 6.000 metros de altitude.

Para estes gringos, a recompensa da água quente duraria o que durasse, ou o que os guias deixassem prolongar. No caso dos estreantes, teria que terminar dentro em pouco. Os guias – pelo menos eles – sabiam quão traiçoeira se podia revelar o mal da montanha. E o quanto faria os clientes sofrer.

Os Microrganismos Extremófilos do Deserto de Atacama

Outros organismos, microscópicos, bem mais resistentes às condições adversas e que usufruíam daquelas águas sulfurosas levam-nos de volta ao caracter fenomenal do Deserto do Atacama e redondezas.

Em 2003, uma comitiva multinacional de cientistas da NASA e da Universidade norte-americana Carnegie Mellon instalou-se no Atacama com o propósito de implementar a Life in the Atacama, um programa de aperfeiçoamento de veículos robóticos rover que preparavam para utilizar na missão astrobiológica Spirit.

Após aturada investigação, os cientistas concluíram que só no Atacama tinham encontrado espaços sem qualquer tipo de vida. Foi, assim, decretado o lugar à face da Terra mais similar a Marte.

Em simultâneo, expressões orgânicas encontradas em redor provaram-se análogas das presentes nos primórdios da Terra, eventualmente, também na existência passada de Marte.

Bem mais adaptados e confortáveis que os viajantes que repartiam a piscina, estes ditos organismos extremófilos proliferam há milhões de anos nas chaminés do campo geotermal. Não consta que o mal da montanha lhes cause qualquer incómodo.

No caso particular de El Tatio, os organismos resistentes às altas temperaturas da água sobrevivem em até 74ºC dos 86ºC registados em certos géiseres, a temperatura de ebulição à altitude local.

Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Um dos muitos géiseres de El Tatio, agrupados a mais de 4.200 metros de altitude.

Geram uma espécie de tapetes microbiais que se transformam num excêntrico sínter, um depósito silicioso ou calcário derivado da compactação de micropartículas a temperaturas inferiores às da fusão.

A Microbiololgia de El Tatio vs a de HomePlate, em Marte

Ora, esquivando-nos a mais meandros obscuros da Física e da Química, o fascínio advém de várias destas microestruturas presentes em El Tatio serem semelhantes às encontradas em HomePlate, uma meseta marciana com 90 metros documentada pela missão Spirit, de 2006 a 2010.

Vasculhou-a o rover homónimo até que, em Março de 2010, se atascou num solo granulado da vertente nordeste da formação. Ficou, assim, por provar que os depósitos lá detectados eram, como os de El Tatio, biogenéticos.

Dita o padrão meteorológico de El Tátio que, por volta das 8h30, ventos ascendentes façam dispersar o vapor resplandecente pela superfície do planalto.

A luminosidade fulgurante que se instala reduz a visibilidade e torna os passeios entre os geiseres e chaminés mais arriscados que nunca.

Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Silhuetas bem desenhadas contra o vapor libertado pelos géiseres de El Tatio.

Nesse dia não foi diferente. Alguns banhistas persistentes ou que adiavam a nova submissão ao frio exterior, mantinham-se de molho.

A maior parte, não tardou a debandar da piscina termal e apontou a aldeias atacamenhas da região, a Caspana, a Toconce, Ayquina, Chiu Chiu ou outras.

Capela de adobe, Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Uma capela à beira da estrada a meio do caminho para El Tatio.

Nós, aceitámos o repto de Nicholas. Inauguramos o regresso ao pueblo de San Pedro com paragens estratégicas de que, tal como nos prometera o guia, não nos arrependemos.

El Tatio não era o único campo geotermal da região. Na eminência de Guatin e dos seus desfiladeiros ressequidos salpicados de cactos, detemo-nos numas tais de termas de Puritama.

Estávamos quase mil metros abaixo de El Tatio. Com o sol bem subido no horizonte, a temperatura ambiente tinha-se amornado. Puritama podia não partilhar da exuberância vaporosa do campo de géiseres.

Contava, no entanto, com uma série de lagoas naturais que se sucediam de cima para baixo no leito de um riacho, envoltas de uma floresta excêntrica de colas de zorro (caudas de raposa), assim tratam os hispânicos os penacheiros, também conhecidos por limpa-garrafas por razões que ressaltam do seu visual.

A profusão das plantas formava sebes densas e circulares que envolviam cada uma das lagoas. Concediam-lhes uma atmosfera de retiro contrastante com a que tínhamos sentido em El Tatio.

Lagoa de Puritana, Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor

Visitantes descontraem numa das lagoas aquecidas das Termas de Puritama, entre San Pedro de Atacama e o vulcão Putana.

Em tempos, os indígenas atacamenhos recorriam às suas águas repletas de sulfato de sódio para recuperarem de fadiga, de artrites e reumatismos.

Pouco ou nada dormidos nas noites anteriores, desgastados das sucessivas excursões e caminhadas, considerámos justificada a primeira das indicações.

Voltámos a despir-nos. Enfiámo-nos numa lagoa sem vivalma. Recuperámos a alma e o corpo até à pele se encarquilhar e San Pedro de Atacama nos reclamar.

Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
PN Torres del Paine, Chile

A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
Rapa Nui - Ilha da Páscoa, Chile

Sob o Olhar dos Moais

Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.
San Pedro de Atacama, Chile

São Pedro de Atacama: a Vida em Adobe no Mais Árido dos Desertos

Os conquistadores espanhóis tinham partido e o comboio desviou as caravanas de gado e nitrato. San Pedro recuperava a paz mas uma horda de forasteiros à descoberta da América do Sul invadiu o pueblo.
Deserto de Atacama, Chile

A Vida nos Limites do Deserto de Atacama

Quando menos se espera, o lugar mais seco do mundo revela novos cenários extraterrestres numa fronteira entre o inóspito e o acolhedor, o estéril e o fértil que os nativos se habituaram a atravessar.
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Via Conflituosa
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Cidade do Cabo, África do Sul, Nelson Mandela
Cidades
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Verificação da correspondência
Cultura
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Em Viagem
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Moradora de Dali, Yunnan, China
Étnico
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, Pirenópolis, Goiás, Brasil
História
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirenéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Ilhas
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Passageiros sobre a superfície gelada do Golfo de Bótnia, na base do quebra-gelo "Sampo", Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Baleias caçada com Bolhas, Juneau a Pequena Capital do Grande alasca
Natureza
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Pitões das Júnias, Montalegre, Portugal
Parques Naturais
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Património Mundial UNESCO
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Praias
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Religião
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Sociedade
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Vida Selvagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.