Preikestolen - Rocha do Púlpito, Noruega

Peregrinação ao Púlpito de Rocha da Noruega


Navegação
Ilha equipada de um pequeno farol em pleno Fiorde de Lyse.
A Gruta dos Vagabundos
Passageiros do ferry admiram a Gruta dos Vagabundos do Lysefjord.
Margem do Lyse Fiorde
Cenário característico do Lyse Fjord, muitos quilómetros para leste de Stavanger.
Vista do Sopé
A Rocha do Púlpito bem destacada do paredão de rocha do Lyse Fjord.
A Floresta do Fiorde
Cenário verdejante acima do fiorde Lyse.
As Cabras Vedetas
Cabras aproximam-se do ferry que percorre o Lysefiorde.
Cascata Hengjane II
Uma cascata permanente na base do fiorde de Lyse.
Um Repouso Sólido
Caminhante repousa sobre uma grande rocha no caminho para a Rocha do Púlpito.
Cascata Hengjane
O fundo da cascata Hengjane, a caminho do acesso para a Rocha do Púlpito.
Passadiço
Caminhantes percorrem um passadiço acima de um trecho de solo ensopado.
Às Margens do Lago Revsvatnet
Caminhantes passam pelo lago Revsvatnet, a caminho da Rocha do Púlpito.
Espanto Inclinado
Passageiros fotografam o cume da Rocha do Púlpito, mais de 600 metros acima.
A Plataforma
Perspectiva mais reveladora da forma caprichosa da Rocha do Púlpito.
A Fila da Foto
Visitantes da Rocha do Púlpito fazem fila para se fotografarem o mais próximo possível da extremidade.
O Aviso
Aviso proibitivo, à chegada da Rocha do Púlpito.
Matrimónio Abismal
Noivos posam para a fotografia no cimo da Rocha do Púlpito.
Um Risco Arriscado
Caminhante aventureiro senta-se no extremo vertiginoso da Rocha do Púlpito, a mais de 600 metros de altura.
Não faltam cenários grandiosos à Noruega dos fiordes sem fim. Em pleno fiorde de Lyse, o cimo destacado, alisado e quase quadrado de uma falésia com mais de 600 metros forma um inesperado púlpito rochoso. Subir às suas alturas, espreitar os precipícios e apreciar os panoramas em redor tem muito de revelação.

Por alguma razão se tornou a cidade motora da Noruega, a capital do petróleo e do gás natural, uma das urbes que mais energia empresarial transmitem à nação norueguesa.

Organização e funcionalidade não faltam a Stavanger. A começar pela incrível localização e conveniência do porto Vagen da cidade. Caminhamos uns dois ou três minutos ao longo do Byparken.

Passada a estátua do escritor e edil Alexander Kielland, damos entrada na rua marginal de Strandkaien. Uns metros abaixo, encontramos o “M/S Rygertroll”, o catamarã em que íamos embarcar.

Só por si, subir ao convés superior do navio e contemplar o velho Vagen em redor era já uma experiência histórica recompensadora. O baptismo do catamarã só a enriquecia.

Evocava um um demónio sobrenatural, um troll da tribo Ryger, uma das que dominaram estas paragens ocidentais da Noruega séculos a fio, em disputa com a rival Horder.

Em jeito de homenagem à estas suas origens étnicas, a província de que Stavanger é capital denomina-se Rogaland, nome também ele derivado da tribo Ryger.

O “M/S Rygertroll” estava prestes a conceder-nos uma incursão deslumbrante às profundezas do seu território.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, margem do Fiorde

Rumo ao Longo e Profundo Fiorde Lyse

Zarpamos. O catamarã contorna a península por que se espraia Stavanger. Navegamos ao largo do famoso museu do Petróleo e avançamos para leste.

Um dos primeiros salpicos de terra que encontramos volta a remeter-nos para a era medieval de Rogaland.

Diz-se que Tingholmen foi a ilha em que Olav Tryggvason, Olavo I (995-1000), o primeiro rei cristão da Noruega e agente incansável de conversões à força dos noruegueses, realizou a primeira assembleia nacional, em 998.

Olav terá tido as suas razões para o lugar mas, quando contemplamos a ilha, diminuta, em boa parte rochosa, hoje urbanizada apenas e só por um farolim branco, a escolha intriga-nos.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, navegaçãoPouco tempo depois, passamos sob a ponte pênsil Bybru, para o lado de lá do estreito Straumstein e para uma vastidão interior do Mar do Norte ainda pejada de ilhas e ilhéus.

Oanes surge na ponta de uma outra península em forma de subcontinente indiano. Por essa altura, o “M/S Rygertroll” flecte para norte. Com Oanes à esquerda e Forsand à direita, cruzamos a lysefjordsenteret, a entrada oficial para os longos 42km de extensão do Lysefyord.

Lyse significa luz, ou brilho. Terá sido o granito claro e reflector do desfiladeiro que suscitou que os noruegueses assim o tratassem.

Em Junho, o mês em que estávamos, a meteorologia de Rogaland fazia o que podia. Longe de invernoso, desde a partida de Stavanger que o dia se mantinha nublado e fresco. Naquelas condições, seria difícil ao fiorde de Lyse resplandecer à altura.

Escala em Fatahla, a Gruta dos Vagabundos, e num Pasto Íngreme de Cabras

O “M/S Rygertroll” progride fiorde acima, agora mais próximo das falésias a bombordo, algumas com mais de seiscentos metros de altura.

Fiel à sua rota, o comandante detém o catamarã em frente a Fantahla, a Gruta dos Vagabundos.

Na prática, um desfiladeiro apertado, perpendicular aos penhascos do fiorde de Lyse, repleto de fragmentos de rocha produzidos pela erosão glacial e por árvores jovens que parecem brotar literalmente do granito.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, FantahlaMenos de dez minutos depois, atingimos um recorte na falésia distinto.

Em vez de vertical ou côncavo como até então, o Lysefiorde concedeu um pequeno parapeito ervado e inclinado que serve de pasto a cabras.

Longe de selvagens mas qualificadas a sobreviver no curral natural dos penhascos, as cabras são alegadamente ali soltas pelos donos durante os meses de Verão, de maneira a engordarem com a erva viçosa que se renova de hora para hora, com a humidade, a chuva e a irrigação adicional que cai do topo da falésia.

Fazem companhia à outra espécie que prolifera no fiorde, as focas (phoca vitulina), em redor de duzentas, segundo as últimas contagens.

Com o tempo, as ofertas de petiscos feitas pela tripulação e passageiros dos barcos tornaram as cabras uma atracção faunística inusitada.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, cabras

A Vista Inaugural e Muito Picada da Rocha do Púlpito

Prosseguimos quase colados à base dos penhascos.

Às tantas, detectamos uma plataforma rochosa destacada do cimo do fiorde, uma espécie de fatia de granito, talhada de forma caprichosa da meseta pelas forças tectónicas e pelos milénios de erosão.

A locução informa-nos que era aquela a Preikestolen, a Famosa Rocha do Púlpito.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, contemplação

A confirmação gera um frenesim fotográfico que quase suplanta o suscitado pelas cabras.

Umas centenas de metros adiante, o fiorde de Lyse revela-nos as suas cascatas de Hengjane.

Precipitam-se num fluxo quase vertical de quatrocentos metros do rio Hengjanda, a encerrar o seu fluxo entre o lago Skogavatnet acima e o fiorde que navegávamos.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, Cascata Hengjane

Ali mesmo, o “M/S Rygertroll” inverte rumo, de volta à entrada do fiorde e a Forsand, na margem oposta da ponta de Oanes. Em Foresand apanhamos o autocarro que nos leva estrada 13 acima.

Depois, pelo caminho de Preikestolen, às curvas, acima e abaixo até atingirmos o campo base da Rocha do Púlpito, às margens do lago Revsvatnet.

Sem razões para ali desperdiçarmos tempo, ansiosos por desvendarmos o que nos reservava o púlpito, pomo-nos de imediato em marcha.

Caminhada para as Alturas do Fiorde Lyse, em Busca da Rocha do Púlpito

Separavam-nos quase 4km do cimo do fiorde.

Cumprimos os primeiros por uma encosta preenchida por um pinhal de troncos e raízes vigorosas, intercalado por clareiras semi-alagadas, transitáveis por um passadiço de tábuas imposto à vegetação.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, passadiço

Os últimos quilómetros, vencemo-los por um trilho reclamado a uma colónia caótica de calhaus de granito, por uma via natural da mesma rocha, elevada face a um lago negro.

Esta via legada pela erosão, conduz-nos às traseiras do ponto limiar e mais elevado do fiorde.

Quando a contornamos, ainda em ascensão, identificamos de imediato a vastidão do fiorde de Lyse.

Víamo-lo estendido para nordeste e para sudoeste. Sulcado por rio desafogado e liso, encaixado entre vertentes forradas de vegetação.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, floresta do FiordeDe pequenas árvores e arbustos de um verde intenso que não chegava a quebrar o azulado predominante das montanhas de Ryfylke.

Várias delas tinham cumes acima dos oitocentos metros. Naquela altura veraneante do ano, os cumes não revelavam sinal de neve.

Chegada à Rocha do Púlpito de Preikestolen

Por fim, a recortar a vastidão norueguesa e as nuvens acima, lá estava o paredão massivo da Rocha do Púlpito.

Em época alta, concorrida e idolatrada como se de um culto se tratasse, a Rocha do Púlpito tem já ao seu longo uma fila de crentes que esperam a sua vez para se fotografarem na extremidade vertiginosa, a desafiarem o bom-senso e a brincarem com a sorte.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, Fila da Foto

Alguns dos seus fiéis, perdem a noção do que é justo. Demoram-se uma eternidade em fotos e mais fotos e levam ao desespero os pretendentes atrás.

Outros ainda, entregam-se aos atrevimentos fotográficos mais extremos. Em vez de se fotografarem a uns metros da queda, passam as pernas para lá do limiar.

Sentam-se entregues aos desígnios divinos naquele assento granítico de 25 por 25 metros, com uma altura de seiscentos e quatro metros, mais que severa, que não tolera a mínima displicência.

À boa maneira norueguesa, escandinava e nórdica, as autoridades deram primazia à preservação do visual natural do lugar, em detrimento da segurança dos cerca de 200.000 visitantes que ali peregrinam ano após ano.

Excepção feita a um ou dois diminutos avisos.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, Aviso

A Política de “Seja o que Deus Quiser” Seguida pelos Noruegueses

Os noruegueses, em particular seguem uma política de respeito pelo meio-ambiente e responsabilização individual que se tornou notória, segundo um responsável do governo resumiu: “nós não podemos colocar vedações em toda a Natureza deste país.”

Como tal, não existem vedações. Contemplar o abismo do fiorde de Lyse por diante revelava-se já de si, confrangedor.

A espaços, acompanhar as fotos, selfies e diabruras afins na extremidade da rocha e recear que uma delas descambasse num mergulho de mais de dez segundos torna-se pungente.

Para mais, não são só os fotografados que arriscam. Aquele que é considerado um ponto ideal para conseguir a imagem das pessoas ínfimas, sobre a ponta da rocha, destacada contra o céu consegue-se na perfeição de uma laje de pedra destacada uns 40 ou 50 cm da face do penhasco.

Quando as loucuras se sintonizam a condizer, tanto quem fotografa como os modelos arrisca.

A Rocha do Púlpito – nem se esperaria outra coisa – já fez por várias vezes de fúnebre. A confiar nas autoridades, ainda estão por acontecer acidentes. O problema tem-se revelado sobretudo os suicídios. Já ali se deram alguns. Esperamos a nossa vez. Na fila das fotos, claro está, a distância segura do precipício.

Enquanto aguardamos, assistimos aos novos exercícios ora masoquistas ora exibicionistas dos visitantes.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, trono arriscado

Por fim, lá fazemos as nossas fotos sob a pressão dupla do lugar destacado do púlpito: a pressão do quanto nos conseguiríamos aproximar do abismo. E a das dezenas de candidatos ainda alinhados, a contemplarem-nos como se só nós existíssemos.

Despachamo-nos. Não corre mal. O suficiente para voltarmos à nossa vida.

Mudança Providencial para o Plano Acima, mais Panorâmico, na Encosta

No hiato que tínhamos passado em contemplação e à espera, reparámos em vultos que percorriam a montanha acima do púlpito e noutros que apreciavam os acontecimentos sobre a rocha a partir de nichos panorâmicos.

Ainda com tempo para estendermos a exploração a que nos dedicávamos, procuramos o trilho que lá conduzia. Aos poucos, examinamos distintas perspectivas do púlpito que os altos e baixos, níveis e desníveis da encosta nos revelavam. Percebemos que tínhamos subido demais.

Voltamos a descer.

Até que damos com a crista da falésia diagonal sobranceira ao púlpito, o bloco mais vasto de granito de que se destacava a famosa formação.

 

Dali, contemplamos o encaixe ideal da superfície quadrada no caudal do fiorde, prolongado até perder de vista. Não fossem as nuvens, quem sabe se não lhe veríamos até o término.

Instalamo-nos, respiramos fundo. Apreciamos a estranheza religiosa da vida sobre o bloco de granito que todos aqueles crentes continuavam a louvar.

Sessão Fotográfica sobre um Púlpito Abismal

Surgem uns noivos, de vestido branco e fato da cerimónia, mas em modo de sessão fotográfica.

Pouco depois de chegar a sua vez na fila e de se posicionarem, o sol afasta as nuvens, à laia de bênção divina e, como um foco sobrenatural, incide quase só do púlpito para cá e nos noivos que sobre o rochedo se destacavam.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, Noivos

Voltamos a fotografar tudo o que dali tínhamos já fotografado, entusiasmados e agraciados pela dádiva de luz com que já não contávamos.

O milagre durou o que durou.

Mal as nuvens recuperaram a sua sombra, inaugurámos o longo regresso pedestre, rodoviário e hidroviário a Stavanger.

Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Parada e Pompa
Cerimónias e Festividades
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Manequins e pedestres reflectidos
Cidades
Saint John's, Antigua

A Cidade Caribenha de São João

Situada numa enseada oposta àquela em que o Almirante Nelson fundou as suas estratégicas Nelson Dockyards, Saint John tornou-se a maior povoação de Antígua e um porto de cruzeiros concorrido. Os visitantes que a exploram além do artificial Heritage Quay, descobrem uma das capitais mais genuínas das Caraíbas.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Cultura
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Sal Muito Grosso
Em Viagem
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Tatooine na Terra
Étnico
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Silhuetas Islâmicas
História

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

Natal nas Caraíbas, presépio em Bridgetown
Ilhas
Bridgetown, Barbados e Granada

Um Natal nas Caraíbas

De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Glaciar Mendenhall, Alasca, Juneau
Natureza
Glaciar Mendenhall, Juneau, Alasca

O Glaciar por detrás de Juneau

Os nativos Tlingit denominavam assim este que é um dos mais de 140 glaciares do campo de gelo de Juneau. Mais conhecido por Mendenhall, nos últimos três séculos, o aquecimento global fez a sua distância para a capital diminuta do Alasca aumentar mais de quatro quilómetros.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Vista Miradouro, Alexander Selkirk, na Pele Robinson Crusoe, Chile
Parques Naturais
Ilha Robinson Crusoe, Chile

Alexander Selkirk: na Pele do Verdadeiro Robinson Crusoe

A principal ilha do arquipélago Juan Fernández foi abrigo de piratas e tesouros. A sua história fez-se de aventuras como a de Alexander Selkirk, o marinheiro abandonado que inspirou o romance de Dafoe
Cilaos, ilha da Reunião, Casario Piton des Neiges
Património Mundial UNESCO
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Barco no rio Amarelo, Gansu, China
Religião
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Gandoca Manzanillo Refúgio, Baía
Vida Selvagem
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.