Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega


O Fundo do Porto
Casario histórico colorido de Vagen, o porto de Stavanger.
Vagabjorn
Anfitrião do Museu Viking, em trajes históricos vikings.
Sombra de Kielland
Silhueta da estátua de Alexander L. Kielland um dos mais reputados escritores noruegueses.
Amigos no Geoparken
Amigos passam por um contentor decorativo do Geoparken.
A Velha Torre de Controle
A torre de observação de Valbergtarnet, antes usada para controlar o tráfego marítimo de entrada e saída no porto.
Subida para Gamle Stavanger-Noruega
Transeuntes sobem de Vagen na direcção do Gamle Stavanger, a Velha Stavanger.
Museu do Petróleo
Recanto do Museu do Petróleo.
Sverd i Fjell I
Vista do Sverd i Fjell, um monumento que comemora a vitória do Rei Haroldo I na Batalha de Hafrsfjord e que lhe permitiu unir toda a Noruega sob o seu poder.
Museo do Petróleo II
Secção do hiper-tecnológico Museu do Petróleo de Stavanger.
Banho Raso e Frio
Amigas banham-se no mar raso e gélido de Mollebukta, ao largo de Stavanger.
Sverd i Fjell II
Namorados fotografam-se no monumento comemorativo da Batalha de Hafrsfjord.
A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.

O sol da meia-noite é um. O do meio da tarde é outro.

Os noruegueses e estrangeiros instalados do lado de lá do fundo do porto Vagen, nas esplanadas da marginal Skagenkaien, absorvem a diferença nas faces e nos braços. Convertem-na em vitamina D e na sempre preciosa serotonina, isto, enquanto a clemência meteorológica o permite.

São poucos os portos de que nos lembramos com uma relação tão íntima com as cidades a que pertencem. O de Vagen abraça Stavanger com tanta força que quase a estrafega. O V com que a aperta revela-se de tal maneira profundo que quase se une ao Breiavatnet, o lago urbano em forma de coração a uns poucos metros para sul.

Vagen, Stavanger, Noruega

Casario histórico e colorido de Vagen, o porto de Stavanger.

Tal como os desvendamos, hoje, estes fundos do estuário aparentam ser mais recreativos que comerciais. As aparências iludem.

Um Legado da Lucrativa Indústria Conserveira

Durante os séculos XVIII e XIX, os edifícios seculares de madeira e tectos em A serviam de armazéns e outras estruturas de apoio à pesca e tráfico de mercancias e, a partir do meio do século XX, às para cima de cinquenta empresas conserveiras de peixe que disputaram a cidade, até que, em 2002, a última foi encerrada.

Mesmo sem a amplitude do Vagen de Bergen, a emergência de Stavanger enquanto cidade incontornável de negócios e de lazer, a determinada altura, habitada e frequentada por gente endinheirada, facilitou a conversão deste casario, numa sucessão colorida – bem mais garrida que a dos edifícios de Bergen – de restaurantes e bares.

Só o asfalto da Skagenkaien separava os edifícios elegantes do braço de mar e das lanchas e outras embarcações logo ali ancoradas. Alguns dos clientes, donos ou passageiros dos barcos, davam-se ao luxo de cruzarem a via, para cá e para lá, numa alternância conveniente e prazerosa entre o convívio com a família e amigos e um ou outro afazer a bordo.

Em certas efemérides náuticas, as docas e ancoradouros ficam sobrelotadas. Até à data, o evento mais exemplificativo provou-se as Tall Ships Races de 2018 mas, verdade seja dita, que não é preciso tanto.

Rampa em S-Stavanger-Noruega

Transeuntes sobem de Vagen na direcção do Gamle Stavanger, a Velha Stavanger.

Valbergtarnet e Gamle Stavanger: a Cidade de Outros Tempos

Para leste da Skagenkaien, Stavanger trepa às “terras altas”, da Valbergtarnet, uma torre de observação erguida entre 1850 e 1853 e habitada em permanência, por vigias incumbidos de alertar os habitantes em caso de fogo. Nos dias que correm, a torre aloja um museu.

Serve sobretudo de miradouro sobre o cenário urbano circundante. Uns meros metros para leste, entramos em Gamle Stavanger, o bairro mais antigo da cidade e, assim defendem as suas autoridades turísticas, o maior (173) conjunto de casas históricas de madeira da Europa.

Torre de Valbergtarnet, Stavanger, Noruega

A torre de observação de Valbergtarnet, antes usada para controlar o tráfego marítimo de entrada e saída no porto.

A partir de 1800, com a emergência da indústria conserveira, centenas de pescadores e outros trabalhadores das redondezas afluíram a Stavanger. Alguns, chegaram literalmente com as casas às costas. Feitos quase só de madeira, os lares eram fáceis de desmontar e de transportar em várias viagens em barcos a remos.

Antes do despontar da exploração petrolífera, Stavanger era a Capital das Sardinhas Enlatadas, para sermos mais científicos das Espadilhas (Sprattus sprattus) enlatadas, uma espécie da família do arenque então considerada das mais saborosas e cuja pesca e enlatamento, em molho de pimenta ou jalapeño, de tomate e em azeite, chegou a garantir o sustento de cerca de metade da população da cidade.

A restauração de Gamle resultou fidedigna excepto no que diz respeito à cor. Na origem, estas casas eram quase todas pintadas de vermelho ou amarelo, não por uma determinação da moda da época ou afirmação social. A tinta branca era de longe a mais dispendiosa.

Mesmo empregadas, as famílias humildes não se podiam dar ao luxo de comprar a cor norueguesa da sumptuosidade.

A Salvação à Tangente de Gamle Stavanger

Na ressaca da 2ª Guerra Mundial, os lares de Gamle tinham-se degradado. Formavam uma zona desvalorizada e mal vista. Um plano demasiado radical estipulou que deveriam ser arrasadas, substituídas por estruturas modernas de betão.

Este plano só foi abortado devido à oposição determinada de Einar Hedén, arquitecto da cidade, que conseguiu convencer o Concelho de Stavanger a salvar e a valorizar o seu âmago histórico.

Nos últimos anos, Stavanger rendeu-se a outras latas. À medida que percorremos as suas ruas e ruelas, cruzamo-nos com murais pintados por grafiters com a mente repleta de imagens surreais e cheios de talento para as ilustrarem.

Geoparken, Stavanger, Noruega

Amigos passam por um contentor decorativo do Geoparken.

Numa delas, a Ovre Holmegate, os murais voltam a dar lugar à mera cor. Há algum tempo, esta rua algo afastada da marginal Skagenkaien e demasiado semelhante às restantes, recebia poucos visitantes para as ambições dos donos dos negócios.

Inconformados, estes concordaram em pintar cada um dos edifícios em cores vistosas distintas. A ideia tornou a rua numa das mais frequentadas, lugar dos cafés e bares (além de um antiquário) mais na moda de Stavanger.

Uma Incrível Jazida de Informação e História sobre o Ouro Negro

Percorremo-la a caminho do litoral oriental da cidade, à procura do museu dedicado à era bem mais recente e próspera de Stavanger, a do Petróleo e Gás Natural.

Museu do Petróleo, Stavanger, Noruega

Escadaria do Museu do Petróleo.

Nas imediações, distraímo-nos com as traquinices das crianças e adolescentes que partilham o Geoparken, um parque de diversões feito de um contentor também ele grafitado e de uma superfície irregular própria para acrobacias de bicicleta e de skate.

Logo em frente, um complexo futurista de edifícios inspirados em tanques de armazenamento e torres de extração petrolífera só podia ser o que procurávamos. Entramos. Cirandamos.

Na maior parte do tempo intrigados, entre a panóplia de ilustrações, de maquetas e modelos, uns, explicativos dos distintos tipos de crude, outros, da evolução das plataformas que o permitem extrair com destaque para o Mar do Norte ao largo.

Museu do Petróleo, Stavanger, Noruega

Secção do hiper-tecnológico Museu do Petróleo de Stavanger.

A Riqueza Fóssil que o Mar do Norte Concede à Noruega

Foi neste mar gélido e bravio que, 1969, a companhia norte-americana Phillips Petroleum Company (mais tarde, parte da ConocoPhillips) descobriu o Ekofisk, o primeiro dos vários campos de petróleo e de gás que tornariam a Noruega num dos principais produtores e exportadores de ambas as matérias-primas.

E num dos países mais ricos do mundo, se tido em conta o critério do Produto Interno bruto per capita.  Stavanger beneficiou desta descoberta como nenhuma outra cidade norueguesa.

Em 1972, o governo norueguês fez passar no parlamento Stortinget, uma lei que estabelecia a criação de uma empresa estatal que viabilizasse a participação directa da Noruega na exploração do petróleo do Mar do Norte. Assim foi fundada a StatOil, mais tarde renomeada Equinor.

Stavanger viu-se selecionada para acolher a sede da Equinor. Por simbiose, várias outras empresas, agências e instituições ligadas à prospeção petrolífera lá se instalaram. No centro de um ramo industrial multimilionário, a economia de Stavanger não tardou a assumir o dinamismo e poderio actual.

Como adiantámos na entrada deste artigo, à imagem do que se passou nos países petrolíferos do Médio Oriente durante décadas a fio, a cidade poderia ter-se conformado com a sorte grande que lhe saiu. Em vez, optou por explorar um outro filão norueguês, o turismo. Em Stavanger, não é só no Museu do Petróleo que ambos se intersectam.

Alexander L. Kielland: o famoso Escritor, Edil e Voraz de Stavanger

Noutro fim de tarde, deixamos o vértice de Vagen apontados ao jardim-parque Byparquen que envolve o lago de Breavatnet. Pelo caminho, gaivotas endiabradas partilham o tejadilho de duas roulottes de petiscos e sobrevoam-nas de olho em qualquer oferta ou distração dos clientes.

Estátua de Alexander L. Kielland, Stavanger, Noruega

Silhueta da estátua de Alexander L. Kielland um dos mais reputados escritores noruegueses.

Identificamos a Catedral de Stavanger, solarenga, e, em frente já por completo à sombra, a estátua de Alexander L. Kielland, ex-edil de Stavanger, considerado um dos quatro grandes escritores noruegueses, realista inveterado.

De tal maneira fiel ao realismo que muitos leitores creem que deixou de escrever (cedo demais) por se ter desiludido com o rumo neo-romântico que a literatura norueguesa tomava no final do século XIX. Isto, anos antes de falecer de obesidade agravada por uma intratável paixão por comida.

Desde 1880 que Kielland sofria de respiração encurtada e de sérios problemas cardíacos. Por fim, em 1906, as várias maleitas de que padecia acabaram por o vitimar. Os dramas em redor de Alexander L. Kielland estavam longe de se ficar pela sua morte.

Como forma de reconhecimento pela obra que o escritor deixara à cidade, à Noruega e ao mundo, a Stavanger Drilling Company resolveu baptizar uma plataforma semi-submersível de perfuração em sua honra.

O Drama Horrífico da Plataforma Kielland

Pois, no início de noite chuvosa e nevoenta de 27 de Março de 1980, a plataforma viu-se batida por ventos na ordem dos 74km/h e ondas de até 12 metros. Por volta das 18h30, os trabalhadores a bordo sentiram um estalar, seguido de um tremor.

Instantes depois, a plataforma inclinou cerca de 30º. Dos seis cabos que a estabilizavam, já só um resistia. A inclinação aumentou. Apenas três minutos depois do abanão, o derradeiro cabo cedeu e a plataforma adornou. Cento e trinta trabalhadores estavam na messe e no cinema. Os restantes, nos seus aposentos e postos de trabalho.

Das 212 pessoas a bordo, 123 pereceram. Estes números fizeram do incidente o desastre mais mortífero nos mares da Noruega desde a 2ª Guerra Mundial.

Uma catástrofe petrolífera e humana que, atrevemo-nos a dizê-lo, a ter-se dado na era correspondente, poderia ter inspirado em Kielland – além de escritor, patrão abastado mas defensor da classe operária – toda uma complexa e profunda abordagem da sociedade norueguesa.

No dia seguinte, a viagem curta que fazemos do centro litoral de Stavanger até à beira-mar do bairro de Hafrsjord prenda-nos com alguns deliciosos apontamentos.

Sverd i Fjell: uma Homenagem à União Norueguesa

É feriado. A meteorologia tinha regressado à frigidez algo ventosa mais expectável naquelas paragens. Um frio insuficiente para demover alguns adolescentes de se banharem no mar quase raso de Mollebukta que os obrigava a andar mais de cem metros até à água lhes passar dos joelhos.

Um grupo de amigos resolve caminhar ainda mais e subir a uma plataforma lúdica que lhes permitia divertir-se a mergulhar. Duas irmãs tão alvas quanto possível resolveram estender o seu programa ao dálmata da família. Malgrado incontáveis puxões e repelões de trela, o cão viu-se mesmo forçado a um longo e tortuoso baptismo.

Amigas banham, Mollebukta, Stavanger, Norueg

Amigas banham-se no mar raso e gélido de Mollebukta, ao largo de Stavanger.

Em terra, sobre um relvado salpicado de árvores, várias famílias e amigos piquenicavam e confraternizavam. Quem, como nós, ali desembocava pela primeira vez, chegava com outros propósitos.

Hafrsfjord foi palco de uma batalha homónima que, no ano 872, permitiu ao rei vitorioso Haroldo I, unir toda a Noruega sob o seu poder.

A comemorar a batalha, em 1983, o escultor Fritz Roed cravou num promontório rochoso três espadas de bronze com dez metros. A mais elevada (porque colocada mais acima) representa Haroldo. As duas outras, abaixo, os reis derrotados.

Fotografia em Sverd i Fjell, Stavanger, Noruega

Namorados fotografam-se no monumento comemorativo da Batalha de Hafrsfjord.

O monumento preserva forte simbolismo para os noruegueses e a perspectiva por que todos anseiam de paz duradoura, de tal maneira que as espadas foram cravadas na rocha para que essa paz não fosse perturbada.

Sobre o pôr-do-sol, Sverd i Fjell, assim se chama a obra, exibe-se, fortemente fotogénica, dourada pelo ocaso, refletida e algo distorcida na água abaixo.

Num, por vezes desesperante modo de turnos, partilhamo-lo com namorados, grupos de amigos, com visitantes e deambulantes solitários.

Fotografamos os momentos e movimentos que, entre todos aqueles fortuitos modelos, mais nos cativavam. Quando o breu assenta e nos enregela de vez, refugiamo-nos no âmago pacificado, acolhedor e sofisticado de Stavanger.

Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
Preikestolen - Rocha do Púlpito, Noruega

Peregrinação ao Púlpito de Rocha da Noruega

Não faltam cenários grandiosos à Noruega dos fiordes sem fim. Em pleno fiorde de Lyse, o cimo destacado, alisado e quase quadrado de uma falésia com mais de 600 metros forma um inesperado púlpito rochoso. Subir às suas alturas, espreitar os precipícios e apreciar os panoramas em redor tem muito de revelação.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Escadaria Palácio Itamaraty, Brasilia, Utopia, Brasil
Arquitectura & Design
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Cidades
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Conversa entre fotocópias, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia
Cultura
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Em Viagem
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Étnico
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
História
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Porto Rico, San Juan, Cidade muralhada, panoramica
Ilhas
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Enriquillo, Grande lago das Antilhas, República Dominicana, vista da Cueva das Caritas de Taínos
Natureza
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Monteverde, Costa Rica, quakers, Reserva Biológica Bosque Nuboso, caminhantes
Parques Naturais
Monteverde, Costa Rica

O Refúgio Ecológico que os Quakers Legaram ao Mundo

Desiludidos com a propensão militar dos E.U.A., um grupo de 44 Quakers migrou para a Costa Rica, nação que havia abolido o exército. Agricultores, criadores de gado, tornaram-se conservacionistas. Viabilizaram um dos redutos naturais mais reverenciados da América Central.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Património Mundial UNESCO
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Espantoso
Praias

Ambergris Caye, Belize

O Recreio do Belize

Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.

Jerusalém deus, Israel, cidade dourada
Religião
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Sociedade
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Vida Selvagem
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.