Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes


Rochedos de Eysturoy
Banhistas agasalhados na rebentação suave da baía de Tjornuvik
Feitiço do Gigante e da Bruxa
Pai e filhos admiram os rochedos Gigante e Bruxa.
O Gigante e a Bruxa
Os rochedos rivais do gigante e da bruxa.
Névoa Faroesa
Névoa acima da baía de Tjornuvik
Streymoy Acima
Carro percorre uma estrada das terras altas de Streymoy.
Fiorde Sundini
Casario e estradas no fundo do fiorde Sundini
Haldarsvik
Casario colorido de Haldarsvik
A Escadaria do Memorial
Casal sobre para o memorial dos pescadores falecidos de Haldarsvik
A Igreja Octogonal
A igreja principal de Haldarsvik, com oito lados.
Memorial Falecidos no Mar
O memorial dos pescadores falecidos de Haldarsvik
Lago dos Cisnes
Cisnes nadam no lago Mjauvotn de Streymoy.
A Enseada de Tjornuvik
Casario à beira-mar de Tjornuvik
Casario Encerrado de Tjornuvik
Rebentação aquém do casario à beira-mar de Tjornuvik
Equilíbrio ovino
Morador de Tjornuvik passa por ovelhas da povoação.
Caminho para Tjornuvik
A baía profunda de Tjornuvik.
Viveiros
Viveiros de peixe num fiorde , nas imediações de Vestmanna.
Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.

Sucessivas ladeiras conduzem-nos da enseada abrigada pela vertente em que se situa a capital Torshavn até às terras altas entre os fiordes de Vagá e de Kaldbak.

Enquanto ascende, a estrada Oyggjarvegur sulca um prado imenso que o vento agita, a que o sol lateral reforça o verde. Três ou quatro picos afiados destacam-se acima de uma linha de cristas sombrias.

Submissos à frente de nuvens escuras que os sobrevoam a grande velocidade.

 

 

A Oyggjarvegur faz-nos mergulhar na penumbra. Uns poucos quilómetros para diante, voltamos a avistar Kaldbak, o seu fundo sinuoso, estendido até à entrada longínqua do fiorde.

De uma rara imponência geológica, o panorama a partir da meia-encosta da montanha de Sornfelli (749m) prova-se de arrepiar.

O Vale de Mjorkaladur e a Prisão de Todos os Sonhos

Mais que pela posição estratégica acima dos dois fiordes que pelos cenários, a Dinamarca instalou, ali, um edifício militar complementado com estação de radar também ao serviço da NATO. Com o tempo, a estrutura perdeu relevância. Em 2010, as chaves foram entregues à edilidade da capital faroesa.

Por essa altura, Torshavn abrigava o único estabelecimento prisional do arquipélago. As autoridades perceberam, todavia, que ganhava bolor em excesso. Apreensivos com a saúde dos detidos, resolveram desactivá-la. Em vez, passarem a usar o edifício vago do ex-ISCOMFAROES.

Com o tempo, os faroeses e até forasteiros de visita, aperceberam-se da localização privilegiada em que os reclusos cumpriam as penas. O estabelecimento conquistou a fama de prisão com melhor vista à face da Terra.

Encostamos ao lado. Mesmo sem conhecermos boa parte do planeta azul, inclinamo-nos a concordar. Compreendemos o quão especial era a tal pildra inesperada de Sornfelli, mais conhecida por Mjorkaladur, termo traduzível por Vale do Nevoeiro.

Não vemos uma única vedação, nem torres de vigia ou arame farpado. De acordo com a tradição histórica e arquitectónica das ilhas Faroé, os telhados são feitos de turfa, cobertos por uma relva ensopada pela humidade que lhes dá um visual de “Jardim das Delícias” hobbitiano.

O Lago dos Cisnes Territoriais de Mjáuvotn

Assim que conseguimos, libertamo-nos do deslumbre do lugar e prosseguimos. Entroncamos noutra estrada principal, a Frammi í Dal. Percorremo-la, em modo contemplativo quando uns bons metros abaixo do plano do asfalto, vislumbramos dois lagos próximos.

Salpicavam o primeiro vários cisnes brancos que a ondulação embalava ao sabor do vento. Aproximamo-nos da margem do Mjáuvotn. Os cisnes vêm investigar o que dali queremos.

Sabedores de como são aves territoriais e agressivas, ao primeiro esboço de investida, despachamos umas derradeiras fotos e batemos em retirada.

Num ápice, chegamos à beira do lago vizinho e bastante maior, o Leyna, cuja água alimenta o corpo do Mjáuvotn.

Passamos por Kvivik. Desta povoação, continuamos a ziguezaguear para norte, às tantas, já pela via Landsvegur Stykkid.

Tínhamos como primeiro objectivo do dia, Vestmanna, localidade e região famosa pelos seus penhascos abruptos e pelas colónias, de tempos a tempos, populosas de papagaios-do-mar que os habitam.

Os Penhascos de Vestmanna e os seus Papagaios-do-Mar Ausentes

Segue-se nova descida abrupta e sinuosa para outra das baías profundas de Streymoy. Damos entrada nas instalações da agência encarregada do tour, entusiasmados pela incursão que se seguia.

Ao caminharmos para o ponto de embarque, no entanto, uma piadola lançada por um dos passageiros do tour recém-chegado, deixa-nos de pé atrás: “preparem-se que vão ver imensos! “grita o homem de sorriso amarelo nos lábios. “Uns dez mil. Ou mais!” acrescenta.

Colocamos todos capacetes. O barco zarpa. O casario de Vestmanna fica para trás.

Avançamos rumo ao fiorde de Vágar, com passagem por viveiros de peixe, daqueles tanques anfíbios cada vez mais abundantes nas Faroé e restantes países nórdicos. Navegamos na companhia de ovelhas ensopadas, de distintas cores que pastavam sobre as margens íngremes.

Aproximamo-nos da boca do fiorde e do Atlântico Norte. A ondulação acentua-se. Obriga o timoneiro a navegar bem junto às falésias rugosas de Streymoy. Passamos sob arcos naturais.

Logo, entramos numa gruta na base de uma enorme agulha de pedra que rasgava a névoa acima.

Segundo apuramos, era naquele habitat extremo que os papagaios-do-mar se reuniam em grande número. Por estarmos fora de época, ou outra razão que a agência se furtou a informar, papagaios-do-mar ou outras aves dignas de registo, nem vê-los.

O tour tinha como terminologia “Vestmanna Birdcliffs” e um preço bem alto, como tem quase tudo nestas paragens remotas e nórdicas. Não obstante, revelou aos passageiros apenas e só o litoral abrupto batido pelo mar.

Uma chuva árctica geradora de arco-íris ensopa o regresso e enregela-nos. Por fim, desembarcados, recuperamos o equilíbrio levado pela ondulação, compramos chocolate quente e retomamos o périplo de Streymoy.

Fiorde Acima sempre com Eysturoy à Vista

O relevo intransponível a leste obriga-nos a retroceder para junto das margens do lago dos cisnes que tínhamos visitado. Dali, cruzamos para sua costa oriental, a virada para outra ilha vizinha. Já não Vágar, agora, Eysturoy.

De baixo para cima, no mapa, sucedem-se povoados com nomes terminados em vík: Hósvík, Hvalvík, Nesvík, Haldarsvík e Tjornuvík.

Vík significa, em faroês, islandês e dialectos escandinavos, enseada. Ora, as enseadas, abrigadas do vento e das tempestades marinhas sempre se provaram os lugares propícios à vida no arquipélago.

Das várias povoações listadas, tínhamos guardado tempo sobretudo para as duas últimas, as mais setentrionais. Algumas dezenas quilómetros depois, damos connosco à entrada de Haldarsvík.

Haldarsvik e a sua Igreja Octogonal

Achamos a sua igreja branca, a única octogonal das Faroé, erguida em 1856 e com um dos altares mais peculiares do arquipélago e redondezas, dotado de uma Última Ceia, em que as faces dos apóstolos surgem substituídas pelas de figuras públicas da nação.

Subimos uma escadaria. Do topo, desvendamos uma vista sobre a igreja, o casario multicolor dos cento e setenta habitantes, ajustado ao fundo de U da enseada em que uma queda d’água volumosa se precipitava sem cerimónias.

E o porto, parcialmente protegido por um pontão que a erva estival forrava de verde. Junta-se a nós um casal. Enquanto perscrutam a vista, analisamos um enigmático monumento metálico.

Os vários nomes inscritos sobre placas incrustadas na erva, ajudam-nos a concluir que se tratava de um memorial aos pescadores e marinheiros da povoação perdidos no mar ao largo.

Tendo em conta a população diminuta de Haldarsvík, formavam um número impressionante de vítimas que nos elucida como, ao longo da sua história, os faroeses sempre se viram forçados a aventurar-se no oceano para sobreviverem.

E a frequência com que o Atlântico do Norte traiçoeiro colheu as suas vidas.

Nesse momento, outra embarcação deixava o porto, primeiro para o fiorde que separava Streymoy de Eysturoy. Logo, apontada a norte, na direcção da baía ainda mais cavada de Tjornuvík.

Ainda que por terra, ao longo da Bakkavegur, seguimos-lhe o rumo. A via conduz-nos a um beco geológico sem aparente saída.

À enseada mais profunda e encerrada por encostas que até então tínhamos visto, com um casario aconchegado a um recanto da praia, sobrevoado por faixas de névoa intrusa.

Tjornuvik e a sua Deslumbrante Enseada Profunda

Admiramos o lugar como se fosse o primeiro que víamos nas Faroé. Quando, por fim, recuperamos do encanto, encetamos a descida que ao povoado conduzia.

Entregues à ladeira, apercebemo-nos da presença de várias ovelhas, tão felpudas que mais pareciam bolas ovinas, a pastarem num equilíbrio desafiante sobre a ravina ervada. Detemos o carro.

Empoleiramo-nos no rail de ferro e, para inquietude dos animais, fotografamo-los de pouca distância. Estamos neste entretém quando um morador de Tjornuvík por nós passa, numa desaprovação contida.

Nos dias que dedicámos a viajar pelas Faroé, fomos alertados por mais que uma vez, sobre o quanto desagradava aos criadores de gado que os forasteiros incomodassem os seus animais.

Não este faroes, mas outro, queixou-se da indesejada intrusão do turismo: “São vocês. E mais umas centenas durante o Verão todo! Vocês têm, por acaso, a ideia da quantidade de erva que as ovelhas deixam de comer e quanto peso perdem por as andarem sempre a chatear?

Pois. Não sabem. Mas nós sabemos. O prejuízo sai-nos do bolso.”

Completamos o que faltava do trajecto. Já entre o casario, procuramos o início de um trilho que conduzia a uma queda d’água que víamos fluir desde a entrada na enseada.

Os Vultos Vulcânicos do Gigante e da Bruxa

Conquistada a nova meia-encosta, admiramos o castro de telhados em A, preparados para os nevões do longo inverno, por aquela altura, perdidos num fojo ervado que o mar, ali, liso, na iminência da maré-vazia, banhava em câmara lenta.

Sobre o areal negro, um casal enfiava-se em fatos de mergulho completos. Preparavam-se para se banhar como a frigidez do Árctico lhes permitia.

Observamo-los caminharem mar raso adentro, com as crianças ao colo.

Vemo-los deterem-se a olharem, como se hipnotizados, para dois rochedos negros que se destacavam do horizonte, sob o feitiço da Bruxa e do Gigante, um duo petrificado aos pés de Eysturoy.

Essa é já outra ilha que não Streymoy. E outra estória.

Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Cerimónias e Festividades
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Basseterre, São Cristóvão e Neves, St. Kitts, Berkeley Memorial
Cidades
Basseterre, São Cristóvão e Neves

Uma Capital ao Nível do Mar das Caraíbas

Instalada entre o sopé da montanha Olivees e o oceano, a diminuta Basseterre é a maior cidade de São Cristóvão e Neves. Com origem colonial francesa, há muito anglófona, mantém-se pitoresca. Desvirtuam-na, apenas, os gigantescos cruzeiros que a inundam de visitantes de toca-e-foge.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
ocupação Tibete pela China, Tecto do Mundo, As forças ocupantes
Cultura
Lhasa, Tibete

A Sino-Demolição do Tecto do Mundo

Qualquer debate sobre soberania é acessório e uma perda de tempo. Quem quiser deslumbrar-se com a pureza, a afabilidade e o exotismo da cultura tibetana deve visitar o território o quanto antes. A ganância civilizacional Han que move a China não tardará a soterrar o milenar Tibete.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Em Viagem
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Navala, Viti Levu, Fiji
Étnico
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

História
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Fajãzinha, Ilha das Flores, Confins dos Açores e de Portugal
Ilhas
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Natureza
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Chichen Itza, Iucatão, História Maia, cabeças de Kukulkan, El Castillo
Património Mundial UNESCO
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Praias
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Religião
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
patpong, bar go go, banguecoque, mil e uma noites, tailandia
Sociedade
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Pesca, Caño Negro, Costa Rica
Vida Selvagem
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
PT EN ES FR DE IT