Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós


Flamingos Banhados
Ainda em Busca
Em Formação
A Praia do Desembarque
Trabalho de Tecelões
Travessia do Charco
The Hippo Trail
Grande Hipo
A Lagoa de Anôr
Rela Alva
Hipos de Molho
Patos de Anôr
Bando de Maçaricos
Dez Hipos ou Mais
São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.

Ainda não são oito da manhã, quando Herculano, o homem do leme, nos faz zarpar da ilha Kéré.

Seguimos a bordo de uma lancha metalizada que desliza sobre o mar raso das Bijagós quase sem oscilar. Pela frente, na direcção do poente e do Atlântico, temos o canal que separa as ilhas de Carache e Caravela.

Se o tomássemos, do lado de lá, estaríamos mais expostos ao Atlântico. Em vez, contornarmos o extremo leste afiado de Carache, rumo ao canal Pedro Cintra e ao âmago do arquipélago.

Sucedem-se as palmeiras-de-óleo-africanas, tão características destas partes de África que também são conhecidas por palmas-da-Guiné, superadas em altura apenas pelos poilões com mais idade.

A sudeste, ao longo da costa da ilha de Enu e no litoral imediato de Uno, salvo a excepção de umas poucas zonas de manguezal, o cenário mantem-se nesta mesma constância vegetal.

Metemo-nos entre Uracane e Uno. Aproximamo-nos do sub-grupo de ilhas que forma o PN Orango.

Paulo Martins, o guia, e Miguel LeCoq, o biólogo e também guia, elucidam-nos de tudo um pouco do que diz respeito aos ecossistemas e à cultura das Bijagós. Aí chegados, alertam-nos para algo especial.

O Banco de Areia Asado no Caminho de Orango

Vislumbramos o que nos parece um banco de areia deixado a descoberta pelo vazar da maré, ocupado por uma miríade de aves. Quando dele nos aproximamos, o que aparentava, confirma-se. Distintas espécies partilham-no.

Muitas das aves só têm espaço na orla do banco, onde as vagas as refrescam.

Acercamo-nos um pouco mais. Apercebemo-nos que essas últimas são pernaltas.

Dezenas de flamingos de olho na embarcação. Têm a companhia de várias centenas de maçaricos, recém-chegados da longínqua Islândia.

Prosseguimos a navegação. Malgrado a distância, algumas aves desconfiadas optam pelo seguro. Ao descolarem, incitam as outras a segui-las.

Geram um caos asado que nos consegue baralhar. Aos poucos, enquanto circundam o banco de areia numa volta evasiva, entram nas suas devidas formações.

Os flamingos libertam-se dos maçaricos. Daí em diante, admiramos, sem interferências, a exuberância das suas cores e formas, a graciosidade do seu voo sincronizado.

Enquanto nos afastamos do banco de areia, os flamingos completam a sua elipse. Regressam ao ponto de partida.

No entretanto, passamos ao largo da tabanca de Anônho e, logo, entre esta e a de Eticoga. Detemo-nos no molhe do hotel Orango. Lá se nos junta Belmiro Lopes, nativo de Orango e guia do PN Orango, responsável por nos levar ao encontro dos hipopótamos.

Herculano e Miguel saúdam-no. Acolhem-no a bordo e inteiram-se de novidades, parte delas, importantes para expedição. Fazem-no no crioulo guineense que, devido ao seu largo tempo de Guiné Bissau, Miguel também domina.

Prosseguimos pela costa de Orango abaixo, na senda do ponto de desembarque. Nesse derradeiro trajecto, ficamos na iminência do limiar do arquipélago, mais expostos ao oceano.

Pela primeira vez, o Atlântico banha o areal com amostras de vagas que pouco ou nada importunam a transição para terra.

Desembarque em Orango e Caminhada pelos Prados de Anôr

Já sobre a areia escaldante, desentorpecemos as pernas das quase três horas na lancha.

Examinamos a vegetação costeira, baixa, quase arbustiva, desprovida das grandes palmas-da-guiné e dos poliões que se haviam sucedido desde a agora remota ilha Kéré.

Belmiro conduz-nos ao trilho por que avançaríamos para o interior de Orango.

Nuns poucos metros, notamos que sulca uma savana amarelada, e uma paisagem distinta das de Kéré, Caravela e Carache, o trio das mais de oitenta Bijagós que, por essa altura, tínhamos explorado.

Miguel explica-nos que, tal como a víamos, a savana de erva alta dourava à medida que a época seca da região se estendia.

Chegadas as chuvas, aqueles prados ensopavam, tornavam-se verdejantes, mais condizentes com a vida anfíbia dos hipopótamos.

Nem por acaso, instantes depois, detectamos uma pista de prado arrancado e terra arenosa, criada pelas sucessivas passagens dos cavalos-do-rio.

Caminhamos entre árvores de tambakunda. Com o calor a apertar, os seus frutos ilusórios e duros como pedra, fazem-nos sonhar com kiwis sumarentos.

A recompensa é outra.

A Primeira das Lagoas de Anôr

O trilho revela-nos a primeira das três lagoas abrangidas e a hipótese inicial de avistarmos os hipopótamos.

Belmiro e Miguel perscrutam o corpo de água pejado de nenúfares, envolto de capim e numa orla secundária, de acácias e, aí sim, de algumas palmeiras-de-óleo-africanas.

Nessa busca, damos com dois crocodilos a recarregarem-se.

Fotografamos uma comunidade prolífica de aves: tecelões autores de um impressionante macramé de ninhos de palha.

E ainda patos, íbis, garças e outras.

Os repetidos sons graves de palmas produzidos por Belmiro falham em revelar e atrair hipopótamos. Os guias decretam-nos ausentes daquela lagoa.

De acordo, dão por findo o também descanso e põe-nos a caminho da lagoa que se seguia.

Por algum tempo mais, serpenteamos pela savana.

A espaços, por um prado tão crescido que nos batia em altura. Cruzamos corgas e poças enlameadas e escuras, sintomas de que estávamos mais perto de redutos alagados.

A Segunda Lagoa de Anôr, ainda em Busca

Atravessamos um derradeiro charco de água negra-oxidada, para uma floresta densa, repleta de galhos frondosos e lianas enrodilhadas. Belmiro anuncia que estamos à entrada da segunda lagoa.

Deixa-nos a uma distância de segurança, na expectativa.

Logo, avança para a orla algo elevada. Dissimulado pelo mato, recupera as palmas ressonantes da primeira lagoa. Uma vez. Duas. Várias mais.

Durante quatro ou cinco minutos, sem resultado. Belmiro muda-se para a frente de um outro ponto em que, via um canal curto, essa lagoa tinha uma extensão. Aí, volta às suas palmas convocatórias.

Parece-nos a todos que ainda em vão.

Por Fim, o Encontro com os Hipopótamos de Orango

Estamos a virar costas e a mentalizar-nos para nova hora de caminhada e para a derradeira tentativa, quando Belmiro dá o alerta a Miguel. “Estão aqui!” confirma-nos o biólogo. Alinhamo-nos na orla, o mais silencioso que conseguimos.

De início, não vemos sinal dos bichos. Belmiro carrega nas palmas, mais intensas e ecoantes. Por fim, emerge um hipopótamo curioso, as orelhas e cabeça a despontarem da água coberta de uma densa selagem vegetal. Logo, um segundo.

Outro mais. E outro ainda.

Pouco depois de nos ajustarmos aos contornos do mato e de com eles nos espantarmos, contamos, pelo menos, dez hipopótamos, todos com as cabeças fora de água, apenas das narinas para cima, de orelhas espetadas.

Intrigados pela embaixada que lhes dedicávamos.

Aos poucos, aproximam-se de nós.

De tal maneira que, mesmo conscientes que o plano superior em que os observávamos nos protegia, nos começam a intimidar.

Estávamos a admirá-los havia quinze minutos.

Belmiro, considerou que os animais se aproximavam em demasia e que o tempo se esgotara.

De acordo, voltamos a atravessar o charco escuro, para fora da bolsa de floresta que envolvia a lagoa.

“Bom, isto, hoje, foi muita sorte mesmo!” desabafa Belmiro. “Nas últimas vezes que cá vim, nunca os consegui ver. Vocês, mal chegam à segunda lagoa, dão logo com um grupo destes!”

A Evolução Suscitada pelas Sanguessugas

Partilhávamos uma euforia justificada. Afectada apenas pela preocupação de examinarmos os pés e as pernas, em busca das sanguessugas que infestam aquela lagoa e em redor, como outras de Orango.

Por uma derivação da mesma sorte, não portávamos nem um desses parasitas que há muito se aproveitam dos hippopotamus amphibius das Bijagós e que se crê que acabaram por determinar um comportamento único dos quase duzentos espécimes estimados no PN Orango.

A espécie das Bijagós é a comum. Em termos ecológicos, apresenta uma evolução tornada possível pelo passado geológico da região.

A Provável Explicação Geológica

Em tempos, a área actual do arquipélago das Bijagós foi preenchida por um delta fluvial vasto, coberto de água doce. Ao longo dos milénios, o oceano avançou.

Tornou-a marinha.

Os hipopótamos que chegaram a proliferar em várias outras grandes ilhas do arquipélago, Caravela, Formosa e, sabe-se que até Bubaque, ajustaram-se às novas condições.

A determinada altura, os animais apreenderam que, ao meterem-se na água do mar, tão próxima das lagoas, se livravam das sanguessugas que perfuram as suas peles.

Assim, quando as sanguessugas os importunam, vão até ao oceano. Mantêm-se em banho salgado por uma ou duas horas. Às vezes mais. Ao retornarem às lagoas em que vivem, já o fazem purificados.

Por vezes, os hipopótamos fazem travessias marinhas mais longas. Muitos deles, chegam a viver em permanência no mar, de que saem para beberem água doce e se alimentarem.

Acontece, a espaços, passarem para terra junto das tabancas das Bijagós, até mesmo fora do PN Orango, como aconteceu nas ilhas relativamente distantes de Unhocomo e Unhocomozinho.

Nessas ocasiões, as gentes das Bijagós temem-nos, mas limitam-se a afugentá-los.

Desde que o povo Bijagó tem memória que os hipopótamos são vistos como poderosos e quase sagrados, como tal, protegidos.

Encontrá-los numa ilha do PN Orango, ou noutra Bijagó qualquer, tem o seu quê de Graal animal.

COMO IR: 

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Ilha Kéré, Bijagós, Guiné Bissau

A Pequena Bijagó que Acolheu um Grande Sonho

Criado na Costa do Marfim, o francês Laurent encontrou, no arquipélago das Bijagós, o lugar que o arrebatou. A ilha que partilha com a esposa portuguesa Sónia, aceitou-os e ao afecto que sentiam pela Guiné Bissau. Há muito que Kéré e as Bijagós encantam quem os visita.
Cruzeiro Africa Princess, 2º Orangozinho, Bijagós, Guiné Bissau

Orangozinho e os Confins do PN Orango

Após uma primeira incursão à ilha Roxa, zarpamos de Canhambaque para um fim de dia à descoberta do litoral no fundo vasto e inabitado de Orangozinho. Na manhã seguinte, navegamos rio Canecapane acima, em busca da grande tabanca da ilha, Uite.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
Elalab, Guiné Bissau

Uma Tabanca na Guiné dos Meandros sem Fim

São incontáveis os afluentes e canais que, a norte do grande rio Cacheu, serpenteiam entre manguezais e encharcam terras firmes. Contra todas as dificuldades, gentes felupes lá se instalaram e mantêm povoações prolíficas que envolveram de arrozais. Elalab, uma delas, tornou-se uma das tabancas mais naturais e exuberantes da Guiné Bissau.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Safari
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Pela sombra
Arquitectura & Design
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Jerusalém deus, Israel, cidade dourada
Cidades
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Maiko durante espectaculo cultural em Nara, Geisha, Nara, Japao
Cultura
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
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Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Em Viagem
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Étnico
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
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Cidade do Cabo, África do Sul, Nelson Mandela
História
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade
Ilhas
Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
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Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
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Literatura
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Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Torres del Paine, Patagónia Dramática, Chile
Natureza
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A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
A Gran Sabana
Parques Naturais

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Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Anoitecer no Parque Itzamna, Izamal, México
Património Mundial UNESCO
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique
Praias
Tofo, Moçambique

Entre o Tofo e o Tofinho por um Litoral em Crescendo

Os 22km entre a cidade de Inhambane e a costa revelam-nos uma imensidão de manguezais e coqueirais, aqui e ali, salpicados de cubatas. A chegada ao Tofo, um cordão de dunas acima de um oceano Índico sedutor e uma povoação humilde em que o modo de vida local há muito se ajusta para acolher vagas de forasteiros deslumbrados.
Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao
Religião
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Parada e Pompa
Sociedade
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Vida Selvagem
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.