Quioto, Japão

Uma Fé Combustível


Preces ao fogo
Sacerdotes xintoísta lança preces inscritas pelos crentes em tiras de madeira ao fogo.
Cortejo
Religiosos dirigem-se para a clareira do templo Fujimi em que se realiza a queimada.
Luminosidade xintoísta
A figura de um sacerdote destacada contra as chamas imponentes que aquecem o ritual xintoísta.
Mais gomagi
Sacerdote traz uma pilha de preces para junto da fogueira.
Comitiva xintoísta
Padres xintoístas carregados de preces.
Gomagis
Fiéis escrevem as suas preces em pedaços de madeira (gomagi).
Lançamento
Mais preces atiradas para a fogueira.
Fotógrafo
Fotógrafo em acção à entrada dos túneis de toris (portais xintoístas) do santuário de Fushimi.
Oferenda Tamagushi
Sacerdote segura um ramo "tamagushi" e lidera a procissão que se dirige para o lugar das grandes queimadas.
Cerco de Fogo
Sacerdotes levam a cabo a cerimónia entre as chamas crescentes.
Cortejo de Mikos
Sacerdotisas do templo Fushimi Inari avançam sob os toris (portais) sagrados.
Autoridade
Polícia impede um espectador de se aproximar do fogo.
Lançamento de Gomagis
Gomagis são lançados para a fogueira enquanto outros sacerdotes preparam novo lote.
Luz Mais Que Quente
Fotógrafo nipónico capta uma das fogueiras acesas no santuário Fushimi Inari.
Intervenção de Fim de Festa
Bombeiros apagam as chamas após o fim da cerimónia.
Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.

Aproxima-se a uma e meia da tarde e o templo Fushimi de Quioto ganha vida.

Os japoneses são metódicos. Gostam pouco de se atrasar. Ainda assim, continuam a chegar pessoas de bicicleta ou das estações de Inari ou Keihan Fushimi Inari, num dia outonal de céu azul e de sol que mal se sente.

Sacerdotes e músicos preparam as vozes e os instrumentos para uma pré-cerimónia do Festival de Ohitaki que está prestes a ter início.

Ao mesmo tempo, numa ala oposta do templo, os crentes mais atrasados apressam-se a escrever os seus desejos e preces em pedaços de madeira sagrada (gomagi) com as assinaturas da família imperial – e à venda por umas centenas de ienes (3 ou 4 euros). Mas o momento que se segue é solene. Quase televisivo.

fieis escrevem preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao

Fiéis escrevem as suas preces em pedaços de madeira (gomagi).

O Pequeno Fogo Cerimonial

Por esta altura, as colheitas de arroz terminaram e cabe aos ministros xintoístas agradecer aos deuses a prosperidade que aqueles concederam. Um deles coloca uma meda seca de planta de arroz na vertical sobre o pavimento e queima-a sob o olhar concentrado do público.

Esta pequena operação incendiária funciona como uma espécie de entrada simbólica para a queimada a sério porque os fiéis anseiam.

Extinto o fogo em segurança – aparece até um auxiliar com um carrinho-de-mão cheio de água para o garantir – os sacerdotes movem-se para o interior do santuário, ao som estridente de uma shakuhachi (flauta de bambu nipónica) benzem oferendas de fruta, vegetais, saquê, de outras iguarias que colocam sobre um altar já repleto de bandejas.

O momento prova-se tão sagrado que é proibido fotografar ou gravar. Só um ou outro forasteiro tentam subterfúgios para conseguirem registos sem chamar demasiado a atenção. Segue-se uma cerimónia religiosa a que, de lugares condignos, assistem apenas convidados ilustres.

Cerimónia do Fire Festival, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao

Sacerdote segura um ramo “tamagushi” e lidera a procissão que se dirige para o lugar das grandes queimadas.

Lugar à Solenidade e Misticismo Xintoísta do Festival Ohitaki

O ritual começa com a participação de jovens sacerdotisas do templo, ou mikos. Estas levam a cabo danças arrastadas (kaguras) que sincronizam com a  percussão de um gongo poderoso e com o tinir contrastante das kagura suzu (instrumentos que agrupam pequenos sinos), que também lhes cabe tocar.

Vozes femininas aparentemente distantes e outros instrumentos de sopro conferem à celebração um forte misticismo que os sacerdotes reforçam com os seus próprios movimentos etéreos da coreografia.

Estamos num dos principais santuários nipónicos dedicados a Inari, deus da fertilidade, do arroz, da agricultura, das raposas e da indústria, providencial tanto para o xintoísmo como para o budismo.

Várias das raposas mensageiras (kitsunes) espalhadas pelo vasto templo supervisionam e validam a reverência ao seu senhor, protegendo-o e aos súbditos humanos das energias maléficas que os japoneses crêem fluir de nordeste. Se chegam em forma de vento, aquele não é o seu dia.

Sob o olhar do público, os sacerdotes e sacerdotisas de Fushimi formam uma longa fila branca e vermelha e mudam-se para um terreno mais elevado do santuário, onde é suposto continuar o evento.

cortejo, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao

Religiosos dirigem-se para a clareira do templo Fujimi em que se realiza a queimada.

Percebemos que estamos junto à base da famosa taisha de Inari, o santuário principal do templo, constituído por centenas de toris (portais) cor-de-laranja com bases negras, oferecidos pelas empresas, fabricantes e mercadores do Japão que assim procuram reclamar ao deus a sua própria prosperidade.

A assistência que até então acompanhou os acontecimentos está agora instalada debaixo de uma tenda de lona, atrás dos intérpretes religiosos e musicais ou em redor do átrio rectangular.

Cerimónia do Fire, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao

Padres xintoístas carregados de preces.

À volta, impõe-se uma floresta húmida de que ecoam os grasnares e pios dos corvos e outras aves, entusiasmadas por se banquetearem com os insectos afugentados por toda aquela comoção.

O Fogo de Ohitaki que Valida as Colheitas e a Fertilidade

O ritual prossegue junto a três bases verdejantes de fogueiras, cobertas de ramas de cedros e em que foram colocados gomagis, folhas de chá, sal e saqué sagrados.

preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao

Sacerdote traz uma pilha de preces para junto da fogueira.

Um sacerdote benze-as e, logo em seguida, outros incendeiam-nas. Três colunas de fumo acinzentado sobem para o céu. Pouco depois, dissipam-se.

As primeiras chamas emergem do sufoco da lenha e ganham dimensão. Um coro alinhado de sacerdotes passa a entoar um mantra que irá acompanhar grande parte da cerimónia.

A Combustão Fascinante das Preces Gomagi

Com as chamas cada vez mais altas, os religiosos inauguram a fastidiosa queima de gomagis que lançam solenemente sobre o fogo como uma espécie de micados-preces condenados a carvão.

Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao

Sacerdotes xintoísta lança preces inscritas pelos crentes em tiras de madeira ao fogo.

Ao fim de 45 minutos de combustão, as miko assumem mais uma vez a cerimónia com nova dança graciosa chamada miko-mari. Depois, voltam a dar lugar à interpretação do mantra que a antecedeu.

Todos os anos, são várias centenas de milhares as preces inscritas pelos fiéis e a queima pode durar mais de 4 horas, até ao pôr-do-sol. Quando termina, os religiosos e a maior parte da multidão debandam.

O grande pátio e as chamas remanescentes ficam entregues aos curiosos e aos bombeiros.

Mulheres acorrem às mesas em que continuam dispostos os pratos com sal sagrado e folhas verdes de chá. Entre diálogos curtos e de ocasião, disputam, ali, recordações santas da cerimónia que guardam em pequenos sacos de plástico.

Fotografo no Fire Festival, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao

Fotógrafo nipónico capta uma das fogueiras acesas no santuário Fushimi Inari.

Enquanto isso, um batalhão disperso de soldados do fogo partilha o que resta das fogueiras com os fiéis e atiram ramos perdidos no solo de seixos pelo puro prazer de os ver sumir nas labaredas.

De quando em quando, um ou outro lembra-se das suas funções e impede os populares de se chegarem demasiado ao fogo para recolherem as cinzas que crêem trazer boa sorte aos lares.

A Extinção das Fogueiras e do Festival Ohitaki do Templo Fushimi

Por fim, as autoridades decidem que está na hora de evacuar os crentes mais resistentes. Com os habituais salamaleques verbais nipónicos comunicam-lhes que têm que abandonar o recinto. Mas um idoso armado com um chapéu de chuva decide brincar com o polícia que o aborda e permanece.

Policia impede espectador, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao

Polícia impede um espectador de se aproximar do fogo.

O agente fica baralhado. Está a lidar com um ancião e, no Japão, o respeito pelos mais velhos é supremo. Olha para trás, para os colegas, como que a pedir socorro mas nenhum o acode. Por fim, segura o braço do resistente que se diverte por momentos com a situação mas acaba por ceder.

O Festival Ohitaki é um dos rituais mais antigos do xintoísmo e, como constatámos por esta e outras manifestações, tem agregado um poder rejuvenescedor de ligação à Natureza.

Conscientes de que as boas colheitas dependem da boa vontade dos deuses, as pessoas mostram o seu agradecimento com ofertas do arroz recém-colhido e orações sentidas.

bombeiros apagam chamas, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao

Bombeiros apagam as chamas após o fim da cerimónia.

E, como tanto os deuses como os humanos compartilham a Natureza, a sua relação assenta na reciprocidade de que os deuses precisam de atenção como os humanos necessitam de ajuda.

A cerimónia contribui, assim, para que as pessoas reconheçam a felicidade na sua humildade e dependência.

E para que mantenham a chama da fé acesa.

Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Danca dragao, Moon Festival, Chinatown-Sao Francisco-Estados Unidos da America
Cerimónias e Festividades
São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua

Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Cidades
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Étnico
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Mdina, Malta, Cidade Silenciosa, arquitectura
História
Mdina, Malta

A Cidade Silenciosa e Notável de Malta

Mdina foi capital de Malta até 1530. Mesmo depois de os Cavaleiros Hospitalários a terem despromovido, foi atacada e fortificou-se a condizer. Hoje, é a costeira e sobranceira Valletta que conduz os destinos da ilha. A Mdina coube a tranquilidade da sua monumentalidade.
Pequeno navegador
Ilhas
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Tambores e tatoos
Natureza
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Vista de La Graciosa de Lanzarote, Canárias, Espanha
Parques Naturais
La Graciosa, Ilhas Canárias

A Mais Graciosa das Ilhas Canárias

Até 2018, a menor das Canárias habitadas não contava para o arquipélago. Desembarcados em La Graciosa, desvendamos o encanto insular da agora oitava ilha.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Património Mundial UNESCO
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Praias
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Religião
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Sociedade
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Macaco-uivador, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.