Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas


Saint Pierre em fogo
Panorâmica de Saint-Pierre ao lusco-fusco.
De saída
Crentes deixam a Catedral de Saint Pierre.
Saudação Religiosa
Condutora de um autocarro que trouxe dezenas de fiéis a um encontro mariano em Saint Pierre.
Missa II
Fiéis durante uma missa mariana na catedral da cidade.
Notre Dame de Bon Port
Estátua da Notre Dame de Bon Port abençoa Saint Pierre e os seus pescadores e navegadores.
Sob observação
Visitantes da montanha Pelée observam a encosta do vulcão.
Missa
Crente reunidas em branco durante uma missa na catedral de Saint Pierre.
Casario Saint Pierre
Casario de Saint Pierre, com a catedral homónima enferrujada em destaque.
De saída II
Crentes deixam a igreja no fim de uma homília, parte do encontro mariano a ter lugar na catedral de Saint Pierre.
Em caso de chuva, em caso de sol
Betty Moustin, uma crente mariana desce de um miradouro sobre Saint Pierre, abençoado com a estátua da virgem.
As Horas que São
Velho relógio da biblioteca de Saint Pierre.
Repasto sem cerimónias
Duas fiéis almoçam numa pausa de um encontro mariano em Saint-Pierre.
Notre Dame de Bon Port II
Estátua da Virgem Maria, reconstruída depois de ter sido destruída pela erupção do vulcão Pelée.
O vulcão Pelée
A montanha vulcão Pelée que, em 1900, arrasou Saint-Pierre.
Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.

Um percurso fotogénico, repleto de curvas, contracurvas e paragens espontâneas para contemplação dos cenários tropicais luxuriantes tinha-nos retido demasiadas vezes e atrasado sem remédio.

O dia já se esgotava quando chegamos finalmente ao início do trilho que conduzia à cratera do vulcão, então escondida por detrás de um manto de nuvens brancas e baixas.

Uns poucos caminhantes regressavam extenuados daquelas alturas veladas e entregavam-se a repastos salvadores no bar instalado junto ao parque de estacionamento. Outros, em óbvio improviso, tentavam perceber se ainda estavam a tempo de subir.

visitantes monte pelee, saint pierre, martinica, antilhas francesas

Visitantes da montanha Pelée observam a encosta do vulcão.

Seguimos um casal que recorre a binóculos para desvendar de que eram feitas aquelas alturas. Como eles, decidimos adiar a expedição. Conhecíamos a fama aterrorizador das víboras da Martinica. Ainda assim, ficamos a explorar a encosta húmida em que a erva alta e restante mato tinham subsumido qualquer sinal de lava.

Pouco depois, regressamos à estrada serpentina, contornamos o sopé amplo da montanha e apontamos a Fort-de-France.

A manhã trás o sol escaldante de volta sobre a capital mas também o desejado fim-de-semana. Uma banda de rua ocupa um recanto sombrio junto a um centro comercial incaracterístico e anima a praça com as suas vozes em coro, uma bateria sincronizada de jambés e outros instrumentos de percussão.

Conjunto San Chénn, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas

Banda San Chénn toca numa rua de Fort-de-France.

Descobrimos que são os San Chènn. Nunca os interpelamos mas, pelo nome, depreendemos que têm como móbil a celebração da cultura nativa da ilha e, mais que isso, da libertação dos escravos da longa sujeição aos colonos franceses que, duas semanas depois, ali teria a sua efeméride.

Ludger Cylbaris, nascera, em 1875, quase três décadas depois de o governador Victor Schoelcher ter assinado a abolição da escravatura no território. Gozava, portanto, de uma autonomia existencial até há alguns anos impensável.

Mas num de tantos dias de álcool excessivo em Saint-Pierre, envolveu-se num conflito com um conterrâneo que feriu com uma faca. Foi condenado a um mês de prisão. Próximo do termo da pena, escapou-se.

De novo capturado, viu a pena aumentada em oito dias. Ironia das ironias, este agravamento do castigo, haveria de o salvar de um fim trágico e de o promover ao estatuto de herói excêntrico e atarantado da comunidade afro predominante na província francesa ultramarina.

Explicava-se, assim, porque os San Chènn repetiam o seu nome vezes sem conta, como parte do refrão de uma canção que o retrata e imortaliza. Continuava, no entanto, a faltar-nos a descoberta da povoação em que vivera e o episódio mais escaldante da sua existência de cobaia do destino.

Avançamos para norte, quase sempre com a costa oeste do Mar das Caraíbas à vista e por um litoral encurtado por encostas abruptas. Saint-Pierre não tardaria.

O bafo tropical aperta mais que nunca quando chegamos à entrada da cidade. Ignoramos a brisa litoral e metemo-nos por uma ladeira que uma placa perdida na vegetação confirmava conduzir-nos a um semi-promontório.

Peregrinas, Saint pierre-martinica, Antilhas francesas

Crente cristã percorre parte da rampa que conduz ao mirador Notre Dame de Bon Port.

Só chegamos a meio-caminho quando temos que interromper a marcha esforçada do carro. Um pelotão de senhoras faladoras em trajes alvos de eucaristia desce e bloqueia a estrada.

Betty Moustin, pergunta-nos se vamos ao miradouro: “Nós vimos agora de lá. É um lugar especial”, assegura-nos, sorridente, como se inspirada por uma visão.

Estávamos em Maio. Percebemos que faziam parte de uma peregrinação Mariana à cidade e que regressavam de rezar naquele cimo. Completamos a ascensão. Um derradeiro trilho ervado e descendente conduz-nos à plataforma.

Dali, a montanha Pelée mais distante e a baía preenchida pelo Mar das Caraíbas delimitavam um cenário inolvidável.

Casario, Saint pierre, Martinica, antilhas francesas

Casario de Saint Pierre, com a catedral homónima enferrujada em destaque.

Pelo meio, afirmava-se, rejuvenescido, o casario avermelhado e branco de Saint-Pierre, entre o areal cinzento que a povoação tomou de assalto e a arriba frondosa oposta.

O fascínio provou-se instantâneo mas prolongado. Concordamos que uma pintura como aquelas tinha que ser apreciada sob luz condigna. Prometemos regressar em boa hora e descemos de volta ao âmago da cidade.

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Crentes deixam a Catedral de Saint Pierre.

Centenas de devotos circulam em redor da catedral e entre o templo e uma casa comunal que lhes serve refeições e um convívio religioso. Pouco depois, tem início uma missa.

A igreja enche-se de fiéis de todas as partes da Martinica que combatem o calor com lenços, leques e outros abanicos de recurso.

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Fiéis durante uma missa mariana na catedral da cidade.

Apesar do vestido verde-garrido afro e do turbante amarelo-torrado que a coroa e destaca da multidão,

Fedia, também tem a sua função no evento: “porque é que estou tão colorida? Pois… pode não parecer mas sou motorista e gosto de alegrar os meus passageiros. Trouxe um autocarro cheio de crentes de Sainte Marie até cá. Agora estou à espera para os levar de volta”.

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Condutora de um autocarro que trouxe dezenas de fiéis a um encontro mariano em Saint Pierre.

Só recuando mais de 100 anos poderíamos encontrar uma Saint-Pierre tão exuberante e ocupada. Quando visitamos as ruínas da cela que reteve Cylbaris, confrontamo-nos com a calamidade sofrida pela antiga capital da Martinica e com a sorte reservada para o prisioneiro.

No virar do século XX, a montanha Pelée era considerada um vulcão adormecido mesmo se, desde 1889 e, em especial em Abril de 1902, se verificava alguma actividade de fumarolas sulfídricas na cratera.

A partir do fim do mês, a montanha impôs vários caprichos geológicos. Projectou pequenas amostras de cinzas, depois rochas, produziu tremores de terra, fez o mar recuar 100 metros, para logo retornar à linha de água normal, entre várias outras manifestações.

Finalmente, na manhã de 8 de Maio, dia da Ascensão, os habitantes observaram incandescências no cume do vulcão.

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A montanha vulcão Pelée que, em 1900, arrasou Saint-Pierre.

O operador de telégrafo transmitiu, no entanto, a Fort-de-France um relatório sem qualquer desenvolvimento que terminou com “Allez”, com o que, às 7h52, passou a palavra ao interlocutor. No momento seguinte, a linha foi cortada.

Os tripulantes de um barco de reparação do telégrafo testemunharam o que se passou. Uma nuvem ardente negra densa espalhou-se na horizontal, a partir do sopé do vulcão.

Uma segunda, monstruosa, em forma de cogumelo e composta de poeiras, vapores, cinzas e gases vulcânicos foi visível a 100km de distância. Mais tarde, calculou-se que a velocidade inicial de ambas teria sido de quase 670 km/hora. A temperatura, no interior, ascendeu aos 1000º.

Saint-Pierre sucumbiu àquele inferno regurgitado das profundezas da Terra. Das pessoas que estavam na cidade, 28.000, a quase totalidade dos habitantes, pereceu.

Mas, como narra o tema popular entoado pelos San Chènn, Ludger Cylbaris não foi uma delas.

Protegido pelos muros amplos da cela sem janelas que o retinha, o prisioneiro foi socorrido passados três dias, por um homem de Morne-Rouge que ouviu os seus gritos. Sofrera queimaduras dolorosas no corpo mas resistia.

O evento depressa correu o mundo. Assim se propagou também a fama do felizardo Cylbaris que, pouco depois, seria recrutado pelo circo norte-americano Barnum, para se exibir e às suas queimaduras, em digressão internacional, como o único sobrevivente milagroso da catástrofe.

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Veleiros ancorados ao largo de Saint Pierre.

À época, Saint-Pierre era a capital económica da Martinica e das Antilhas.

O comércio do açúcar atraía barcos de todo o mundo à sua enseada e os proveitos daí decorrentes financiaram uma das primeiras redes de iluminação urbana eléctrica das Américas, um trólei puxado por cavalos, um teatro com 800 lugares, um jardim botânico e um porto hiperactivo.

Nuns poucos minutos, a montanha elegante que há muito convivia com a cidade reduziu-a a escombros e a carvão.

Tal como planeado, quando a tarde começa a encerrar-se voltamos a subir ao miradouro e a submeter-nos à supervisão altiva da estátua da Notre Dame du Bon Port, também ela derrubada e afastada do seu lugar original pela erupção e mais tarde colocada naquele pedestal elevado como que para preservar a cidade de nova hecatombe.

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Estátua da Notre Dame de Bon Port abençoa Saint Pierre e os seus pescadores e navegadores.

Alguns anos depois da destruição, os habitantes que estavam ausentes e outros forasteiros uniram esforços para recuperar os primeiros edifícios. Com o passar do tempo, a estrutura urbana foi efectivamente restaurada até ao aspecto embelezado que dali contemplamos.

Vemos o sol pôr-se, apressado, sobre o mar. O lusco-fusco instala-se e a iluminação urbana ganha vigor, reforçada pelos rastos de luz deixados pelos veículos que se cruzam na grelha geométrica.

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Panorâmica de Saint-Pierre ao lusco-fusco.

Moradores e visitantes celebram o fim de mais um dia caribenho acolhedor nas esplanadas da rua marginal e a bordo de alguns veleiros ao largo. Aos poucos, Saint-Pierre é tomada pelo ocre de um fogo ténue que se reflecte na baía contígua e contrasta com o negrume soberbo da montanha Pelée.

A imagem remete para a tragédia que quase a apagou do século XX mas, mesmo sem o fulgor de outros tempos, a Paris das Caraíbas dá sinais de vida.

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