Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo


Auto-flagelação
Antipos (auto-flageladores) sangram depois de se terem cortado, nas imediações tropicais de um cemitério de Gasan.
Convívio num cemitério
Mais um grupo de antipos ensanguentados sobre campas do cemitério de Gasan.
Andor
Fiéis seguram o andor com uma estátua iluminada da Virgem Maria.
Papoa
Uma papoa (mulher que perdeu o filho) espreita debaixo de um véu vegetal.
Convívio antipo
Antipos flagelam-se junto a jazigos do cemitério de Gasan.
Encontro de fé
Famílias da ilha de Marinduque encontram-se junto ao cemitério de Gasan, uma das principais povoações da ilha.
Sangue Cristão
Flagelador fere um braço para produzir mais sangue.
Corpo de Cristo
Crentes acompanham um andor em que segue a representação do corpo de Cristo.
Fraqueza Súbita
Flagelador desmaia entre outros antipos.
Excursão de irmãs
Freiras a bordo de um jeepney durante a Semana Santa de Marinduque.
Cortejo Final
Moradores observam a procissão católica de fim de dia a partir da sua varanda, em Gasan.
Flagelação sobre flagelação
Antipo continua a ferir um dos braços para manter o fluxo de sangue e assim prolongar a sua pena.
Mães de Luto
Fiéis envolvem uma procissão de papoas no centro de Gasan.
Flagelação solidária
Um dos flageladores inflige cortes com uma lâmina nas pernas de companheiros num momento de flagelação em grupo
Procissão
Cortejo religiosa num estrada nas imediações de Gasan.
Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé

Por estes lados, o Verão dura todo o ano mas os festivais raramente são de música.

O fim de semana vislumbra-se. A noite afirma-se e o Morion Park & Arena de Boac acolhe uma multidão ávida de diversão.

As tendas de comes, bebes e artesanato começam por reter e entreter os convivas. Têm o alto patrocínio da corporação e cerveja São Miguel, criada, em 1890, num bairro homónimo de Manila. Não no país hermano, como também pensávamos.

Entretanto, os animadores desculpam-se em tagalog (o dialecto filipino). Segundo nos explicam, por interromperem um êxito pop nacional que fazia vibrar os velhos altifalantes e o povo. Mesmo difuso, o som recomeça a chegar de um palco semi-iluminado sobre a vedação.

A mudança provoca uma pequena migração em massa que as autoridades se veem obrigadas a controlar. A esforço, os agentes distribuem as pessoas pelas bancadas limítrofes enquanto lhes impedem a passagem para um campo cimentado e para a base das colunas romanas de gesso que o decoram.

Gerry Jamilla, o nosso cicerone, termina à pressa o seu halo halo, uma popular sobremesa filipina feita de gelado, gelatina, leite condensado, feijão e pedaços de fruta.

Ajuda-nos a conseguir uma boa posição no meio do povo e avisa-nos que não nos podemos levantar demasiado para não gerarmos sombras indesejadas.

Depois, some-se na confusão.

Uma Representação Pascal Bíblica Mas Muito Popular

Uma voz off convoca os actores participantes para o palco. Assim que a chamada termina, a assistência em peso ignora a presença das autoridades e invade a área cimentada central, barra a iluminação dos holofotes e disputa os lugares de honra não oficiais, nem sequer permitidos.

Com esse abuso, frustram centenas de outros espectadores que há horas guardavam os seus assentos.

Estamos numas Filipinas provincianas. A nação mais latina da Ásia é um paraíso oriental da corrupção institucional e do laxismo. Não nos passou pela cabeça que os organizadores tentassem recuperar a situação.

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Famílias da ilha de Marinduque encontram-se junto ao cemitério de Gasan, uma das principais povoações da ilha.

A confirmá-lo, dois ou três agentes desesperados acabam por ajudar os infractores a acomodarem-se, enquanto os prejudicados dedicam aos rivais uma vaia monumental.

As coisas acalmam. Um grupo de bailarinos de visual cândido dá início ao seu número: uma dança etérea que representa a criação do mundo até ao paraíso de Adão e Eva. Prossegue com representações teatrais dos momentos altos da Bíblia.

O público é crente como poucos mas não deixa que a fé interfira com a boa disposição. De cada vez que um aspecto ou interveniente revela vulnerabilidade satírica, há um adolescente que manda uma boca no escuro e desencadeia risadas contagiantes, censuradas pelos mais velhos.

O rei Herodes, Pôncio Pilatos são vítimas de apupos intensos e até bolas de papel lhes chovem em cima. Para bem dos seus actores, a peça fica-se pela condenação de Cristo.

Lugar à Reencenação Histórica da Via Crucis

Na tarde de sexta-feira, como mandam as regras, é reencenada a Via Crucis. Animam-na centenas de Moriones (mascarados de soldados de romanos), dois ladrões e um Jesus voluntário que os centuriões apoquentam e chicoteiam até à Cruz com um realismo impressionante.

Via Crucis de Boac, Festival de Moriones, Marinduque, Filipinas

Centuriões Moriones chicoteiam Jesus Cristo durante a Via Crucis de Boac.

Para lá do drama, encanta-nos constatar que Maria Madalena e restantes santas mulheres são desempenhados por ladyboys, rapazes efeminados que abundam na ilha de Marinduque como por todas as Filipinas.

Apreciamos ainda a descontração com que é encerrado o acontecimento chave do Cristianismo. Os espectadores inquietos da Crucificação tomam o Monte das Oliveiras local.

Romanos na crucificação, festival moriones, Marinduque, Filipinas

Centuriões moriones alinhados durante a crucificação de Cristo, próximo do fim da Via Crucis de Boac.

Ali, fazem-se fotografar martirizados pelos centuriões, ou sob a ameaça das lâminas a fingir das suas espadas.

Algumas horas, quilómetros depois, encontrámos ferimentos a sério e uma atmosfera em tudo distinta. “Agora preparem a mente”, diz-nos Gerry. “Vocês lá na Europa não têm nada parecido com isto. Tentem levar tudo como mais uma das vossas experiências étnicas.”

De Boac a Gazan: a Auto-Flagelação Impressionante dos Antipos

Ao chegarmos à paróquia de Gasan, começamos a ver homens de tronco nu e corpos manchados de vermelho que brilham sob o sol escaldante do meio da tarde.

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Mais um grupo de antipos ensanguentados sobre campas do cemitério de Gasan.

Logo, subimos a uma escadaria e damos com o cemitério da cidade ocupado por antipos – assim chamam os filipinos aos seus dedicados auto-flageladores. Vêmo-los divididos por distintos clãs, à sombra de jazigos, acomodados entre campas ou sobre elas, com vista para coqueirais frondosos.

Açoitam-se com um pequeno chicote que agrupa ripas de bambu diminutas e produz um teq teq característico. Não é este o único instrumento que os tinge de vermelho.

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Flagelador fere um braço para produzir mais sangue.

De início, o sangue é libertado com recurso a lâminas partilhadas. Assim que o fluxo parece estancado, os antipos pedem a colegas que lhes voltem a golpear os corpos quase sempre magros.

Reparamos ainda que, malgrado ser levada a cabo por expiação e solidariedade religiosa para com o sofrimento de Cristo, a flagelação tem lugar em modo de convívio. Serve de pretexto para longas conversas.

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Antipos flagelam-se junto a jazigos do cemitério de Gasan.

Nem todos os antipos aguentam a violência infligida.

O sol continua a subir no horizonte e o calor tropical aperta. Instala-se um cheiro orgânico que provoca náuseas em alguns dos fiéis. Um deles perde mais sangue do que era suposto. E os sentidos. Acaba assistido por outros antipos que o deitam no solo ervado e ventilam.

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Flagelador desmaia entre outros antipos.

Horas depois, o número de baixas tinha aumentado mais que o esperado. Certos grupos interrompem a sua auto-punição.

Regressam ao centro de Gasan onde a Sexta Feira Santa se aproxima do fim.

Cortejo das Papoas, Andores e, os quase Esquecidos Antipos

Aos poucos, a noite instala-se. Um cortejo de andores iluminados percorre avenida já repleta de crentes, intercalado por uma sub-procissão de papoas, mulheres de luto pela perda de filhos, que caminham debaixo de tufos vegetais.

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Fiéis envolvem uma procissão de papoas no centro de Gasan.

Como calculávamos, os antipos não se tinham sumido de vez.

Quando a parada católica parecia ter já terminado, o fundo da rua revela um séquito cabisbaixo e sofrido que a população solidária observa e, aqui e ali, a fotografa.

Com sua derradeira passagem, a Sexta-Feira Santa dá lugar à Páscoa. Nos dias que se seguem, esta improvável nação católica celebrará a magia da Ressurreição.

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Fiéis seguram o andor com uma estátua iluminada da Virgem Maria.

O sangue filipino que homenageia Cristo só voltará a ser derramado no ano seguinte.

Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
cowboys oceania, Rodeo, El Caballo, Perth, Australia
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, Pirenópolis, Goiás, Brasil
Cidades
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Jingkieng Wahsurah, ponte de raízes da aldeia de Nongblai, Meghalaya, Índia
Cultura
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Casinhas miniatura, Chã das Caldeiras, Vulcão Fogo, Cabo Verde
Étnico
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã “Francês” à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Avestruz, Cabo Boa Esperança, África do Sul
História
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Teleférico Achadas da Cruz à Quebrada Nova, Ilha da Madeira, Portugal
Ilhas
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Caminhantes andam sobre raquetes na neve do PN Urho Kekkonen
Inverno Branco
Saariselkä, Finlândia

Pelas Terras (não muito) altas da Finlândia

A oeste do monte Sokosti (718m) e do imenso PN Urho Kekkonen, Saariselkä desenvolveu-se enquanto polo de evasão na Natureza. Chegados de Ivalo, é lá que estabelecemos base para uma série de novas experiências e peripécias. A uns 250km enregelantes a norte do Círculo Polar Árctico.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Natureza
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Rancho Salto Yanigua, República Dominicana, pedras de mineração
Parques Naturais
Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua

À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.
Em espera, Mauna Kea vulcão no espaço, Big Island, Havai
Património Mundial UNESCO
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Fila Vietnamita
Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Religião
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Acolhedora Vegas
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
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Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.