Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias


Tolentino
Cavalo reboca Kalesa em frente a um antiquário.
Kalesa da noite
Kalesa (charrete) desce uma das ruas históricas do centro de Vigan, ao anoitecer.
Kalesa Vigan
Pormenor de uma carruagem renovada, usada num casamento católico realizado na catedral de São Paulo
Estação de Kalesas
Avó e neta passam junto a uma longa sequência de Kalesas (carruagens de influência hispânica) que servem Vigan.
Villa Angela
Interior da Villa Angela, uma de muitas mansões senhoriais de Vigan.
Histeria fotográfica
Convidadas de um casamento na Catedral de São Paulo fotografam a saída dos noivos para o exterior.
Catedral a dobrar
Catedral de São Paulo espelhada num lago artificial em frente.
Angel
Condutor de Kalesa aguarda pacientemente por novos clientes em mais uma tarde escaldante de Vigan.
Velocidade estonteante
Condutor de rickshaw acelera nos arredores de Vigan.
Velas de fé
Crentes colocam velas na catedral de São Paulo, em Vigan.
Velha Vigan
Fachadas envelhecidas do centro histórico de Vigan.
Aos pés da Fé
Fiel católica toca a base de uma estátua da Virgem Maria.
Curiosidade
Morador observa a vida a partir da janela de uma casa antiga de Vigan
Lechon
Menina contempla um leitão assado durante uma festa de aniversário.
VGN 0581
Matrícula de um taxi-rickshaw da cidade.
Elpídio Quirino
Poster histórico de Elpídio Quirino, o 6º; Presidente das Filipinas.
Concerto à sombra
Morador concerta a sua moto numa rua do centro histórico de Vigan.
Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina

É Domingo.

Estamos em Luzon, um bastião católico das Filipinas.

Assim que se aproximam as dez da manhã, o calor da época seca apodera-se da cidade. Deixa-a numa espécie de letargia tropical.

Os cocheros dormitam nas suas kalesas, espécie de charretes herdadas dos espanhóis, estacionadas em fila ao longo da fachada lateral da catedral de São Paulo.

Estação kalesas, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Avó e neta passam junto a uma longa sequência de Kalesas (carruagens de influência hispânica) que servem Vigan.

Afinal, em conjunto, os pesos da viagem e da gorjeta, revelam-se desafogos financeiros que justificam a espera.

A Catedral da Conversão de São Paulo: o Templo Católico Sagrado Vigan

São integrados alguns casamentos na homília. Entramos na nave da igreja a meio de uma das cerimónias. Acompanham-na centenas de crentes comovidos pela sua fé cristã e uns poucos forasteiros curiosos.

Catedral São Paulo, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Catedral de São Paulo espelhada num lago artificial em frente.

Uma placa escrita a vermelho pede aos frequentadores do templo que se vistam de forma apropriada para as celebrações. Inconsciente do desaforo, um estrangeiro mesmo a seu lado, confronta-a, metido nuns calções desportivos e numa camisa azul forte com peixes coloridos desenhados a traço infantil.

Velas de fé, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Crentes colocam velas na catedral de São Paulo, em Vigan.

Os fiéis queimam velas e mais velas e sussuram as preces correspondente

Até que o último matrimónio se consuma. À boa maneira clássica, o casal é atacado por arroz, pétalas e pelos flashes de um batalhão de fotógrafos semi-profissionais e de ocasião.

Histeria fotográfica, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Convidadas de um casamento na Catedral de São Paulo fotografam a saída dos noivos para o exterior.

Dizem-nos que ali estão representadas algumas das famílias mais abastadas de Vigan, algo em que, tendo em conta a sumptuosidade dos fatos e vestidos, por certo regulamentares perante o senhor, nos inclinamos a acreditar.

O casal refugia-se numa limusine branca. No seu encalço, o povo abandona a protecção do templo a pé ou de kalesa e põe cobro à ansiedade dos cocheiros mais afortunados.

Juntamo-nos a esta debandada geral e seguimos na direcção da Syquia Mansion, uma das residências históricas emblemáticas da cidade e das Filipinas.

Tomas Quirino e a Syquia Mansion. Legados da História de Vigan e das Filipinas

O criado abre o portão e anuncia-nos. Tomas Quirino recebe-nos algo suado apesar dos seus trajes frescos de trazer por casa.

Elpídio Quirino, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Poster histórico de Elpídio Quirino, o 6º; Presidente das Filipinas.

Estamos perante um dos filhos do sexto presidente filipino. Elpídio Quirino liderou as Filipinas em dois mandatos, de 1948 ao fim de 1953. Foi-lhe atribuído o mérito de uma reconstrução logística e económica pós-guerra notável, conseguida com substancial apoio dos Estados Unidos.

Mas apontaram-se-lhe também as lacunas dos problemas sociais básicos nunca resolvidos e de uma corrupção generalizada da administração que insistia também em irar a população com os seus gastos principescos no estrangeiro.

Tomas foi o único descendente masculino de Elpídio a sobreviver às agruras da 2ª Guerra Mundial. A sua mãe Alicia Syquia e três dos irmãos foram mortos, em 1945, quando fugiam de casa durante a terrível batalha de Manila.

O anfitrião não esconde nem o ressentimento nem a sua orientação sexual. Durante um périplo pela mansão, mostra-nos fotografias e pertences do pai e, entre expressões e trejeitos efeminados, fala-nos das origens sino-hispânicas da família.

Fachadas, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Fachadas envelhecidas do centro histórico de Vigan.

O Reconhecimento da Colónia Espanhola e o Ressentimento para com os Nipónicos

Elogia ambos os povos e recrimina o nipónico: “os Quirinos foram destroçados por eles. A minha avó sucumbiu a uma autêntica chacina mas, numa altura em que fizemos milhares de prisioneiros japoneses, o meu pai e outros líderes souberam perdoar e mandaram-nos de volta para o Japão.

A compaixão é uma característica muito própria dos cristãos mas nem todos os povos a conhecem. Os espanhóis ensinaram-na aos filipinos”.

Santa fé, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Fiel católica toca a base de uma estátua da Virgem Maria.

Deixamos a mansão Syquia. Continuamos a explorar o distrito mestiço a que os filipinos chamaram de Kasanglayan (onde vivem os chineses).

As bombas da 2ª Guerra Mundial pouparam, ali uma concentração impressionante de casas ancestrais e coloniais. As tropas japonesas tinham acabado de fugir da cidade. Esta debandada fez com que os bombardeiros norte-americanos abortassem a sua missão à última da hora. A sumptuosidade histórica de Vigan foi assim poupada.

Centro histórico, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Morador concerta a sua moto numa rua do centro histórico de Vigan.

O Bairro de Kasanglayan, Destacado da Incrível Vigan Colonial

Algumas casas foram erguidas por comerciantes originários da província de Fujian que se estabeleceram em Vigan, casaram com nativos e, por volta do século XIX, se tornaram na elite da cidade.

Apesar de ser, de uma forma genérica, considerada espanhola, a arquitectura de Kasanglayan consiste, na realidade, numa combinação de estilos mexicano e chinês a que foram adicionados desenvolvimentos filipinos como as janelas de correr feitas de conchas.

À janela, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Morador observa a vida a partir da janela de uma casa antiga de Vigan

Ao fim da tarde, percorremos aquela que é considerada a rua principal do Kasanglayan, a Mena Crisólogo Street. É o que fazem dezenas de kalesas em busca de novos passageiros.

Abundam, ali, antiquários, alfarrabistas e outros negócios caseiros geridos por pequenos clãs locais com feições orientais mas nomes e apelidos castelhanos e até bascos, caso dos dos falecidos recém-inscritos a giz no quadro de serviços que descobrimos na funerária Enrique Baquiran: Guzman, Pascual, Zamora, Urbano, Jimenez.

Kalesa-Vigan-asia-hispanica-filipinas

Cavalo reboca Kalesa em frente a um antiquário.

São todos eles herança da longa colonização hispânica das Filipinas. A de Luzon, a ilha maior desta nação insular, e a de Vigan, em particular.

O Passado Colonial de Vigan e das Filipinas: o Hispânico e o Bem Mais Curto Americano

A de Vigan foi inaugurada quando, em 1572, o conquistador Juan de Salcedo se apoderou da cidade, à data, um entreposto comercial conveniente da Rota da Seda que ligava a Ásia, o Médio Oriente e a Europa.

Terminou a 12 de Julho 1898, data da proclamação da independência das Filipinas mas também a altura em que os Estados Unidos começaram a substituir os espanhóis como sua potência colonial.

Os norte-americanos ficaram até 1935. Voltaram dez anos depois para expulsar os invasores japoneses. Nesse período, foram inúmeras as influências culturais que passaram aos filipinos. Reconhecemo-las no à vontade com que falam inglês e na sua paixão pelo basquetebol.

Conduto tricycle, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Condutor de rickshaw acelera nos arredores de Vigan.

A ligação entre as duas nações e o baixo custo de vida, são as principais razões porque tantos realizadores de Hollywood escolheram e escolhem as Filipinas para filmar as suas obras, de “Apocalypse Now” a “Nascido a 4 de Julho”.

A Ligação Improvável de Vigan ao México, em “Nascido a 4 de Julho”

De uma forma inesperada, este último sucesso ficou ligado a Vigan para sempre. À época da rodagem, as relações entre os E.U.A. e o Vietname mantinham-se problemáticas. Por essa razão, Oliver Stone filmou as cenas da guerra do Vietname em zonas de selva das Filipinas.

O filme incluí também trechos passados no México. A deslocação de toda a equipa envolvida na rodagem para aquele país ou para a Europa seria demasiado custosa.

Em vez, Stone mudou-se para Vigan onde a herança arquitectónica partilhava os traços que os espanhóis adaptaram às suas povoações mexicanas.

Villa Angela, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Interior da Villa Angela, uma de muitas mansões senhoriais de Vigan.

Villa Angela é outro desses patrimónios. Ergueu-a, em 1870, Agapito B. Florendo um gobernadorcillo colonial que concentrava poderes administrativos totais e judiciais. Seria mais tarde comprada pela família proeminente Verzosa que a baptizou em homenagem à matriarca Angela.

Quando a visitamos, deparamo-nos com características semelhantes às da Syquia Mansion: divisões grandiosas assentes em tábuas corridas massivas, decoradas com mobília e adornos do século XIX que lhe conferem uma forte sensação de vivência.

Kalesa nocturna, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Kalesa (charrete) desce uma das ruas históricas do centro de Vigan, ao anoitecer.

A governanta mostra-nos o seu lugar de trabalho com orgulho. Quando chegamos ao quarto del señor, chama-nos a atenção para uma fotografia em particular. “Como podem ver, Tom Cruise ficou a morar connosco…”.

A foto mostra o protagonista de “Nascido a 4 de Julho” nos seus tempos iniciais de carreira, junto ao proprietário actual da mansão. Segundo nos dizem, Willem Dafoe também teve o privilégio de a habitar.

E ali foi filmado parte de “Jose Rizal”, a homenagem cinematográfica ao principal patriota e independentista filipino, executado pelos espanhóis 26 anos depois de a Villa Angela ter ficado pronta.

Vigan, Asia Hispanica, Filipinas

Matrícula de um taxi-rickshaw da cidade.

Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Bacolod, Filipinas

Doces Filipinas

Bacolod é a capital de Negros, a ilha no centro da produção filipina de cana de açúcar. De viagem pelos confins do Extremo-Oriente e entre a história e a contemporaneidade, saboreamos o âmago fascinante da mais Latina das Ásias.
Iloilo, Filipinas

A Cidade Muy Leal y Noble das Filipinas

Em 1566, os espanhóis fundaram Iloilo no sul da ilha de Panay e, até à iminência do século XIX, foi capital das imensas Índias Espanholas Orientais. Mesmo se há quase cento e trinta anos filipina, Iloilo conserva-se uma das cidades mais hispânicas da Ásia.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Safari
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O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
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A Metrópole que Despontou com o Petróleo do Cáspio

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O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

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Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

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Docas de Nelson: a Antiga Base Naval e Morada do Almirante

No século XVII, já os ingleses disputavam o controle das Caraíbas e do comércio do açúcar com os seus rivais coloniais, apoderaram-se da ilha de Antígua. Lá se depararam com uma enseada recortada a que chamaram English Harbour. Tornaram-na um porto estratégico que também abrigou o idolatrado oficial da marinha.
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No Coração Partido da Polinésia

O imaginário do Pacífico do Sul paradisíaco é inquestionável em Samoa mas a sua formosura tropical não paga as contas nem da nação nem dos habitantes. Quem visita este arquipélago encontra um povo dividido entre sujeitar-se à tradição e ao marasmo financeiro ou desenraizar-se em países com horizontes mais vastos.
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Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
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Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
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Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
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Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
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Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
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O Berço de Zorro

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Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
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Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
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Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
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Foi uma fortaleza em que os japoneses assassinaram prisioneiros aliados e acolheu tropas que perseguiram sabotadores indonésios. Hoje, a ilha de Sentosa combate a monotonia que se apoderava do país.
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Vida Quotidiana
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Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Vida Selvagem
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.