El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina


Desembarque Tardio
Pescador arruma a sua bangka depois de ancorar numa praia nos arredores de El Nido.
Snake Island
Passageiros de uma bangka fazem snorkeling na Snake Island.
Desembarque manual
Guia de um tour segura a sua embarcação tradicional numa praia de Matinloc.
Horizonte Salpicado
Silhuetas dos penhascos do arquipélago Bacuit que se elevam do Mar da China do Sul.
Rede familiar
Irmãs divertem-se sobre uma rede, em El Nido.
Mergulho raso
Guia nativo investiga o leito marinho, na ilha remota de Matinloc.
Ancoradouro tropical
Uma bangka estacionada numa praia idílica de Miniloc.
Motoreta Sky Lark
Pequeno tricycle deixa o aeródromo de El Nido.
Snorkeler
Guia repousa num momento de snorkeling raso numa lagoa escondida de Matinloc.
Salto estilo mortal
Miúdo exibe acrobacias aquáticas na baía de El Nido.
Caminhar sobre as águas
Visitantes de El Nido percorrem a língua de areia que dá o nome à Snake Island.
Numa praia de lava
Bangka ancora entre rochedos de origem vulcânica do Arquipélago Bacuit.
Lagoa em Miniloc
Passageiros de um tour de Bangka divertem-se numa lagoa de Miniloc.
Bangka no ocaso
Uma embarcação tradicional numa praia tranquila junto a El Nido.
Bangka em águas translúcidas
Pequena bangka ancorada numa ilha nas imediações de Miniloc.
Puro sorriso
Rapariga sorridente de El Nido.
Brown Eyes
Bangkas aguardam passageiros num ilhéu do Arquipélago Bacuit.
Paln. de Palawan
Morador de El Nido decora um barco em frente à sua casa.
Sob as palmeiras
Bangkas ancoradas na praia de Seven Commandos.
Rocha-cogumelo
Formação rochosa isolada numa praia ao largo de El Nido.
Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.

Vista de uma forma simplória, a viagem para o norte de Palawan podia ser o preço a pagar pelo que de bom estava para vir.

O autocarro, autêntica relíquia folclórica, seguia esforçado ao longo da estrada esburacada que ligava Tay Tay a El Nido. Carregado até mais não, dentro da cabine e sobre o tejadilho, era presa fácil para os outros veículos que o ultrapassavam e deixavam envolto numa nuvem de poeira que se nos entranhava nos poros.

Sempre que embalava para alguns quilómetros de progresso, parava à beira da estrada, para reparar novo furo ou recolher passageiros, uma miríade de sacas e sacos e restante bagagem fora de formato.

Por entre colinas gentis, arrozais secos e áreas de savana filipina, fomos avançando devagar no mapa enquanto as cores garridas da pintura do bus e de tudo o que seguia a bordo eram devoradas por um branco implacável.

A Entrada Empoeirada na aldeia de El Nido

Quase dezasseis horas depois da partida de Puerto Princesa, já no terminal de El Nido, nenhum dos nativos parecia espantado com o desembarque fantasmagórico. Durante a longa época estival, era assim, enfarinhados, que surgiam na povoação os autocarros, jeepneys, carrinhas envelhecidas e tricycles oriundos do sul.

Erika Mae

Jeepney sobrecarregado de passageiros e carga vence uma subida próximo de El Nido, no norte de Palawan.

Com cerca de 30.000 habitantes maioritariamente cristãos, dos quais 85% vive em barangays (freguesias) rurais, El Nido é porta de entrada para um dos mais exuberantes cenários da ilha de Palawan: o arquipélago Bacuit.

Apesar de colonizarem um território incaracterístico e improvável no outro lado do globo, os espanhóis vieram encontrar no sul das Filipinas os seus velhos arqui-rivais mouros.

O Passado Sino-Hispânico de Palawan e de El Nido

Na segunda metade do século XVII, frades baseados em Luzon (a maior e principal ilha do país) enviaram missões a Palawan mas depararam-se com forte resistência das comunidades islâmicas locais.

Construíram então igrejas protegidas por guarnições que lhes permitiam defenderem-se dos ataques dos inimigos e conseguiram fixar-se até à revolução filipina de 1898 e à passagem do território para a posse dos Estados Unidos da América.

Irmãs, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Irmãs divertem-se sobre uma rede, em El Nido.

Por essa altura, El Nido e a área em redor do extremo norte de Palawan receberam as primeiras famílias espanholas: os Canovas, Vázquez, Ríos e Rey.

Ao mesmo tempo, chegaram colonos chineses, alguns da China outros de Luzon e de outras partes das Filipinas: os Lim, Chin, Liao, Edsan, Ambao, Que-Ke, Lim Piao, Yu His, Pe Phan and Pe Khen, entre outros.

Desde a dinastia Sung – 960 a 279 a.C – que os chineses visitavam a zona para recolher os abundantes ninhos de andorinha (collocalia fuciphaga) disputados no reino devido aos seus inúmeros efeitos terapêuticos e ao sabor da sopa em que eram confeccionados, considerada uma iguaria.

Por volta do século XVIII, o produto tinha um tal valor comercial que justificou a emigração de recolectores e intermediários. Mas foi só em 1954, que a povoação recebeu o nome hispânico que mantém, inspirado na importância que os ninhos encontrados nos penhascos de calcário em redor tiveram para a sua afirmação no mapa das Filipinas e do Mundo.

Arquipélago Bacuit, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Silhuetas dos penhascos do arquipélago Bacuit que se elevam do Mar da China do Sul.

Se os ninhos sempre fizeram parte da história da região, o turismo só surgiu apenas em 1983, quando uma parceria filipina e japonesa de nome Ten Knots Development Corporation, abriu o primeiro resort na ilha de Miniloc e uma pista de aviação no barangay Villa Libertad, nos arredores da cidade.

El Nido, o Ponto de Partida Conveniente para o vasto Arquipélago Bacuit

Em 1996, a revista Time incluiu a zona em redor de El Nido numa lista que classificava os melhores destinos secretos de viagem. Por várias razões, essa distinção pouco perturbou a aura de região remota e selvagem do Arquipélago Bacuit.

Pouco depois, o governo filipino criou a Reserva Marinha local que protegeu uma área de quase 100 hectares com um ecossistema precioso em que se encontram mantas, tartarugas de várias espécies e dugongos, os parentes asiáticos dos manatins.

Passeio Snake Island, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Visitantes de El Nido percorrem a língua de areia que dá o nome à Snake Island.

Hoje, talvez falte a El Nido o charme que a coloque à altura do cenário circundante, como chegam a desabafar alguns visitantes. Se for valorizada a genuinidade, talvez não seja assim.

Encurralado entre a baía de Bacuit e enormes rochedos de calcário afiados, o seu casario térreo mal acabado acolhe negócios orientados tanto para os da terra como para os forasteiros.

Chegam a conviver, lado a lado, casas de rações e outros produtos para galos de combate com pequenos bares, restaurantes e casas de internet. El Nido é um caso urbanístico bicudo.

Apesar de terem usado o nome da población e da região circundante, por a considerarem indigna, os dois resorts requintados ao largo fazem os hóspedes abastados passar-lhe ao lado, de barco. Esta rejeição impede o desenvolvimento, como depressa constatámos.

Um Jeepney Inutilizado e uma Família Humilde da Povoação

Enquanto exploramos areal da baía, descobrimos um jeepney – o veículo nacional das Filipinas, criado a partir de adaptações dos jipes americanos que sobraram da 2ª Guerra Mundial – cor de vinho estacionado no quintal de uma casa de madeira.

Chamamos o dono e perguntamos-lhe se ainda funciona e o que faz ali mesmo à sua porta. Jolly Rivera responde entre o entusiasmo e a desilusão: “Comprei-o para o reparar e montar o meu negócio. Só que as coisas na família não correram bem e ainda não lhe consegui tocar.”

Comunhão Jeepney

Jolly Rivera (ao volante), família e amigos em redor do jeepney que o primeiro comprou para recuperar e assim começar o seu negócio em El Nido.

A mãe de Jolly Rivera está logo ao lado. Adoeceu, e voltou do Canada para o abrigo indígena de El Nido onde vive agora, de cadeira de rodas. Jolly gasta demasiado dinheiro com os seus medicamentos e consultas e, por isso, o sonho do jeepney continua adiado.

A servir de S.O.S. a estes casos, lá aparecem alguns mochileiros que, avessos a gastar grandes somas com luxos, impulsionam as economias de algumas famílias nativas de cada vez que se alojam nas guest-houses, se alimentam das mercearias e dos restaurantes e contratam os serviços dos barcos típicos da zona para explorarem o Arquipélago Bacuit.

Seven comandos, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Bangkas ancoradas na praia de Seven Commandos

As Bangkas Para Todo o Serviço

Várias bangkas permanecem ancoradas na baía em frente a El Nido a aguardar passageiros. Já instalados e recuperados da viagem do sul, fretamos uma destas embarcações barulhentas e saímos para a baía com o entusiasmo de quem sabe que a recompensa está a umas poucas milhas.

A bordo seguiam o timoneiro e guia local Johnas e o seu auxiliar, mais Mona e Hans, um casal de suecos a desbravar as Filipinas à moda mochileira mas com remorsos recorrentes por estarem demasiado tempo longe dos filhos e dos netos.

Nos momentos iniciais do percurso ainda se fizeram tentativas de continuar o diálogo estabelecido no embarque mas o barulho do velho motor de dois tempos simplesmente não o permitia. Dedicámo-nos a contemplar a natureza majestosa em redor.

Bangka abrigada, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Bangka ancora entre rochedos de origem vulcânica do Arquipélago Bacuit

Contornamos a enigmática Cadlao island. Desvenda-se, então, a vastidão do Mar da China do Sul repleto de ilhotas e rochedos disseminados até perder de vista.

A paisagem lembrou-nos outras, asiáticas e famosas: a baía de Halong do Vietname, Guilin, na China e Krabi na Tailândia.

Tem algo adicional. Além dos rochedos de calcário e das lagoas internas, no sopé dos penhascos e escondidos no seu interior, com acesso subaquático, surgiam, uma atrás das outras, praias miniatura, de areia branca e mar sedutor, decoradas por coqueiros em sítios tão improváveis que chegavam a parecer artificiais.

Rocha cogumelo, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Formação rochosa isolada numa praia ao largo de El Nido.

Johnas conduz-nos aos recantos mais interessantes e passa informação sobre cada uma das ilhas e mini-baías: Miniloc e a Secret Lagoon, Lagen, Matinloc, Tapiutan, a praia Seven Commandos etc. etc.

Pára de quando em quando para que os passageiros testem as praias. Aproveitamos cada um desses recreios marinhos até ao último minuto.

E os Distintos Itinerários da ENPOOA pelo Arquipélago Bacuit

A quantidade de ilhas, ilhotas e rochedos do Arquipélago Bacuit é tal que a ENPOOA (El Nido Pumpboat Owners and Operators Association) dividiu o arquipélago em quatro percursos distintos.

Atribuiu a cada um deles um tour a realizar preferencialmente com início às nove da manhã e fim por volta das quatro da tarde.

Mesmo a fotografar, os dias solarengos, são tão pachorrentos e preguiçosos que chegam a gerar remorsos.

Snorkeling, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Guia nativo investiga o leito marinho, na ilha remota de Matinloc.

Hans e Mona quase faziam o pleno destes itinerários: “Meus amigos, nunca nos sentimos tão bem nas nossas vidas sem fazer nada”, confessou-nos a mais comunicativa esposa. Concordámos sem reservas.

Numa das tardes e dos tours, desembarcamos em Matinloc, numa praia aparentemente deserta, perdida num cenário extraterrestre, feito de lava solidificada. Saltamos para o areal e, logo em seguida, para a água.

Guia repousa num momento de snorkeling raso numa lagoa escondida de Matinloc

No regresso ao areal, reparamos num grupo de homens de trajes de trabalho, acocorados à asiática na sombra das árvores. 

O guia adianta que são apanhadores de ninhos. Aproximamo-nos, saudamos o grupo e descobrimos nas suas mãos o conjunto de utensílios que sempre os acompanham. Um saco a tira-colo, uma lanterna e uma faca. Completava o conjunto uma garrafa de whiskey de arroz.

Do nada, damos de caras com a razão de ser do nome El Nido. Johan pede um pedaço de ninho a um dos homens e passa-o para nós: “Incrível não é? ” exclama. “É por isto que eles arriscam a vida.”

A meio da tarde, Johnas e o seu auxiliar voltaram a grelhar peixes recém-pescados que partilhamos à beira-mar em animada conversação.

Snake island, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Passageiros de uma bangka fazem snorkeling na Snake Island

Logo, desembarcámos na costa sul de Miniloc para visitar nova lagoa, desta feita, a Secret Lagoon, como o nome indica, escondida por entre algumas das falésias de calcário mais altas e íngremes do arquipélago.

Até às quatro da tarde, ainda parámos numa enseada deliciosa da ilha Simisu e subimos a um cume próximo para observar, de cima, a vastidão salpicada do Arquipélago Bacuit.

El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Pescador arruma a sua bangka depois de ancorar numa praia nos arredores de El Nido.

Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Bacolod, Filipinas

Doces Filipinas

Bacolod é a capital de Negros, a ilha no centro da produção filipina de cana de açúcar. De viagem pelos confins do Extremo-Oriente e entre a história e a contemporaneidade, saboreamos o âmago fascinante da mais Latina das Ásias.
Iloilo, Filipinas

A Cidade Muy Leal y Noble das Filipinas

Em 1566, os espanhóis fundaram Iloilo no sul da ilha de Panay e, até à iminência do século XIX, foi capital das imensas Índias Espanholas Orientais. Mesmo se há quase cento e trinta anos filipina, Iloilo conserva-se uma das cidades mais hispânicas da Ásia.
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Cerimónias e Festividades
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Frente do Forte Christian, a principal estrutura de defesa de Charlotte Amalie.
Cidades
Charlotte Amalie, Ilhas Virgens Americanas

De Porto Cervejeiro da Dinamarca a Capital das Caraíbas Americanas

Os dinamarqueses fundaram Charlotte Amalie, em 1666 e, pouco depois, já lá abundavam as salas de cerveja. A cidade prosperou até que sucessivas tragédias e a abolição da escravatura a condenaram à decadência. No início do séc. XX, os Estados Unidos adquiriram as Índias Ocidentais Dinamarquesas. Charlotte Amalie evoluiu para uma sempre atarefada escala de cruzeiros.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cultura
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Em Viagem
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
San Juan, Cidade Velha, Porto Rico, Reggaeton, bandeira em Portão
História
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Ilhas
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Caminhantes andam sobre raquetes na neve do PN Urho Kekkonen
Inverno Branco
Saariselkä, Finlândia

Pelas Terras (não muito) altas da Finlândia

A oeste do monte Sokosti (718m) e do imenso PN Urho Kekkonen, Saariselkä desenvolveu-se enquanto polo de evasão na Natureza. Chegados de Ivalo, é lá que estabelecemos base para uma série de novas experiências e peripécias. A uns 250km enregelantes a norte do Círculo Polar Árctico.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Caminhantes abaixo do Zabriskie Point, Vale da Morte, Califórnia, Estados Unidos da América
Natureza
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Parques Naturais
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Soufrière e Pitons, Saint Luci
Património Mundial UNESCO
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Nova Gales do Sul Austrália, Caminhada na praia
Praias
Batemans Bay a Jervis Bay, Austrália

Nova Gales do Sul, de Baía em Baía

Com Sydney para trás, entregamo-nos à “South Coast” australiana. Ao longo de 150km, na companhia de pelicanos, cangurus e outras peculiares criaturas aussie, deixamo-nos perder num litoral recortado entre praias deslumbrantes e eucaliptais sem fim.
Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Sociedade
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Vida Selvagem
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.