El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina


Desembarque Tardio
Pescador arruma a sua bangka depois de ancorar numa praia nos arredores de El Nido.
Snake Island
Passageiros de uma bangka fazem snorkeling na Snake Island.
Desembarque manual
Guia de um tour segura a sua embarcação tradicional numa praia de Matinloc.
Horizonte Salpicado
Silhuetas dos penhascos do arquipélago Bacuit que se elevam do Mar da China do Sul.
Rede familiar
Irmãs divertem-se sobre uma rede, em El Nido.
Mergulho raso
Guia nativo investiga o leito marinho, na ilha remota de Matinloc.
Ancoradouro tropical
Uma bangka estacionada numa praia idílica de Miniloc.
Motoreta Sky Lark
Pequeno tricycle deixa o aeródromo de El Nido.
Snorkeler
Guia repousa num momento de snorkeling raso numa lagoa escondida de Matinloc.
Salto estilo mortal
Miúdo exibe acrobacias aquáticas na baía de El Nido.
Caminhar sobre as águas
Visitantes de El Nido percorrem a língua de areia que dá o nome à Snake Island.
Numa praia de lava
Bangka ancora entre rochedos de origem vulcânica do Arquipélago Bacuit.
Lagoa em Miniloc
Passageiros de um tour de Bangka divertem-se numa lagoa de Miniloc.
Bangka no ocaso
Uma embarcação tradicional numa praia tranquila junto a El Nido.
Bangka em águas translúcidas
Pequena bangka ancorada numa ilha nas imediações de Miniloc.
Puro sorriso
Rapariga sorridente de El Nido.
Brown Eyes
Bangkas aguardam passageiros num ilhéu do Arquipélago Bacuit.
Paln. de Palawan
Morador de El Nido decora um barco em frente à sua casa.
Sob as palmeiras
Bangkas ancoradas na praia de Seven Commandos.
Rocha-cogumelo
Formação rochosa isolada numa praia ao largo de El Nido.
Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.

Vista de uma forma simplória, a viagem para o norte de Palawan podia ser o preço a pagar pelo que de bom estava para vir.

O autocarro, autêntica relíquia folclórica, seguia esforçado ao longo da estrada esburacada que ligava Tay Tay a El Nido. Carregado até mais não, dentro da cabine e sobre o tejadilho, era presa fácil para os outros veículos que o ultrapassavam e deixavam envolto numa nuvem de poeira que se nos entranhava nos poros.

Sempre que embalava para alguns quilómetros de progresso, parava à beira da estrada, para reparar novo furo ou recolher passageiros, uma miríade de sacas e sacos e restante bagagem fora de formato.

Por entre colinas gentis, arrozais secos e áreas de savana filipina, fomos avançando devagar no mapa enquanto as cores garridas da pintura do bus e de tudo o que seguia a bordo eram devoradas por um branco implacável.

A Entrada Empoeirada na aldeia de El Nido

Quase dezasseis horas depois da partida de Puerto Princesa, já no terminal de El Nido, nenhum dos nativos parecia espantado com o desembarque fantasmagórico. Durante a longa época estival, era assim, enfarinhados, que surgiam na povoação os autocarros, jeepneys, carrinhas envelhecidas e tricycles oriundos do sul.

Erika Mae

Jeepney sobrecarregado de passageiros e carga vence uma subida próximo de El Nido, no norte de Palawan.

Com cerca de 30.000 habitantes maioritariamente cristãos, dos quais 85% vive em barangays (freguesias) rurais, El Nido é porta de entrada para um dos mais exuberantes cenários da ilha de Palawan: o arquipélago Bacuit.

Apesar de colonizarem um território incaracterístico e improvável no outro lado do globo, os espanhóis vieram encontrar no sul das Filipinas os seus velhos arqui-rivais mouros.

O Passado Sino-Hispânico de Palawan e de El Nido

Na segunda metade do século XVII, frades baseados em Luzon (a maior e principal ilha do país) enviaram missões a Palawan mas depararam-se com forte resistência das comunidades islâmicas locais.

Construíram então igrejas protegidas por guarnições que lhes permitiam defenderem-se dos ataques dos inimigos e conseguiram fixar-se até à revolução filipina de 1898 e à passagem do território para a posse dos Estados Unidos da América.

Irmãs, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Irmãs divertem-se sobre uma rede, em El Nido.

Por essa altura, El Nido e a área em redor do extremo norte de Palawan receberam as primeiras famílias espanholas: os Canovas, Vázquez, Ríos e Rey.

Ao mesmo tempo, chegaram colonos chineses, alguns da China outros de Luzon e de outras partes das Filipinas: os Lim, Chin, Liao, Edsan, Ambao, Que-Ke, Lim Piao, Yu His, Pe Phan and Pe Khen, entre outros.

Desde a dinastia Sung – 960 a 279 a.C – que os chineses visitavam a zona para recolher os abundantes ninhos de andorinha (collocalia fuciphaga) disputados no reino devido aos seus inúmeros efeitos terapêuticos e ao sabor da sopa em que eram confeccionados, considerada uma iguaria.

Por volta do século XVIII, o produto tinha um tal valor comercial que justificou a emigração de recolectores e intermediários. Mas foi só em 1954, que a povoação recebeu o nome hispânico que mantém, inspirado na importância que os ninhos encontrados nos penhascos de calcário em redor tiveram para a sua afirmação no mapa das Filipinas e do Mundo.

Arquipélago Bacuit, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Silhuetas dos penhascos do arquipélago Bacuit que se elevam do Mar da China do Sul.

Se os ninhos sempre fizeram parte da história da região, o turismo só surgiu apenas em 1983, quando uma parceria filipina e japonesa de nome Ten Knots Development Corporation, abriu o primeiro resort na ilha de Miniloc e uma pista de aviação no barangay Villa Libertad, nos arredores da cidade.

El Nido, o Ponto de Partida Conveniente para o vasto Arquipélago Bacuit

Em 1996, a revista Time incluiu a zona em redor de El Nido numa lista que classificava os melhores destinos secretos de viagem. Por várias razões, essa distinção pouco perturbou a aura de região remota e selvagem do Arquipélago Bacuit.

Pouco depois, o governo filipino criou a Reserva Marinha local que protegeu uma área de quase 100 hectares com um ecossistema precioso em que se encontram mantas, tartarugas de várias espécies e dugongos, os parentes asiáticos dos manatins.

Passeio Snake Island, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Visitantes de El Nido percorrem a língua de areia que dá o nome à Snake Island.

Hoje, talvez falte a El Nido o charme que a coloque à altura do cenário circundante, como chegam a desabafar alguns visitantes. Se for valorizada a genuinidade, talvez não seja assim.

Encurralado entre a baía de Bacuit e enormes rochedos de calcário afiados, o seu casario térreo mal acabado acolhe negócios orientados tanto para os da terra como para os forasteiros.

Chegam a conviver, lado a lado, casas de rações e outros produtos para galos de combate com pequenos bares, restaurantes e casas de internet. El Nido é um caso urbanístico bicudo.

Apesar de terem usado o nome da población e da região circundante, por a considerarem indigna, os dois resorts requintados ao largo fazem os hóspedes abastados passar-lhe ao lado, de barco. Esta rejeição impede o desenvolvimento, como depressa constatámos.

Um Jeepney Inutilizado e uma Família Humilde da Povoação

Enquanto exploramos areal da baía, descobrimos um jeepney – o veículo nacional das Filipinas, criado a partir de adaptações dos jipes americanos que sobraram da 2ª Guerra Mundial – cor de vinho estacionado no quintal de uma casa de madeira.

Chamamos o dono e perguntamos-lhe se ainda funciona e o que faz ali mesmo à sua porta. Jolly Rivera responde entre o entusiasmo e a desilusão: “Comprei-o para o reparar e montar o meu negócio. Só que as coisas na família não correram bem e ainda não lhe consegui tocar.”

Comunhão Jeepney

Jolly Rivera (ao volante), família e amigos em redor do jeepney que o primeiro comprou para recuperar e assim começar o seu negócio em El Nido.

A mãe de Jolly Rivera está logo ao lado. Adoeceu, e voltou do Canada para o abrigo indígena de El Nido onde vive agora, de cadeira de rodas. Jolly gasta demasiado dinheiro com os seus medicamentos e consultas e, por isso, o sonho do jeepney continua adiado.

A servir de S.O.S. a estes casos, lá aparecem alguns mochileiros que, avessos a gastar grandes somas com luxos, impulsionam as economias de algumas famílias nativas de cada vez que se alojam nas guest-houses, se alimentam das mercearias e dos restaurantes e contratam os serviços dos barcos típicos da zona para explorarem o Arquipélago Bacuit.

Seven comandos, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Bangkas ancoradas na praia de Seven Commandos

As Bangkas Para Todo o Serviço

Várias bangkas permanecem ancoradas na baía em frente a El Nido a aguardar passageiros. Já instalados e recuperados da viagem do sul, fretamos uma destas embarcações barulhentas e saímos para a baía com o entusiasmo de quem sabe que a recompensa está a umas poucas milhas.

A bordo seguiam o timoneiro e guia local Johnas e o seu auxiliar, mais Mona e Hans, um casal de suecos a desbravar as Filipinas à moda mochileira mas com remorsos recorrentes por estarem demasiado tempo longe dos filhos e dos netos.

Nos momentos iniciais do percurso ainda se fizeram tentativas de continuar o diálogo estabelecido no embarque mas o barulho do velho motor de dois tempos simplesmente não o permitia. Dedicámo-nos a contemplar a natureza majestosa em redor.

Bangka abrigada, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Bangka ancora entre rochedos de origem vulcânica do Arquipélago Bacuit

Contornamos a enigmática Cadlao island. Desvenda-se, então, a vastidão do Mar da China do Sul repleto de ilhotas e rochedos disseminados até perder de vista.

A paisagem lembrou-nos outras, asiáticas e famosas: a baía de Halong do Vietname, Guilin, na China e Krabi na Tailândia.

Tem algo adicional. Além dos rochedos de calcário e das lagoas internas, no sopé dos penhascos e escondidos no seu interior, com acesso subaquático, surgiam, uma atrás das outras, praias miniatura, de areia branca e mar sedutor, decoradas por coqueiros em sítios tão improváveis que chegavam a parecer artificiais.

Rocha cogumelo, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Formação rochosa isolada numa praia ao largo de El Nido.

Johnas conduz-nos aos recantos mais interessantes e passa informação sobre cada uma das ilhas e mini-baías: Miniloc e a Secret Lagoon, Lagen, Matinloc, Tapiutan, a praia Seven Commandos etc. etc.

Pára de quando em quando para que os passageiros testem as praias. Aproveitamos cada um desses recreios marinhos até ao último minuto.

E os Distintos Itinerários da ENPOOA pelo Arquipélago Bacuit

A quantidade de ilhas, ilhotas e rochedos do Arquipélago Bacuit é tal que a ENPOOA (El Nido Pumpboat Owners and Operators Association) dividiu o arquipélago em quatro percursos distintos.

Atribuiu a cada um deles um tour a realizar preferencialmente com início às nove da manhã e fim por volta das quatro da tarde.

Mesmo a fotografar, os dias solarengos, são tão pachorrentos e preguiçosos que chegam a gerar remorsos.

Snorkeling, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Guia nativo investiga o leito marinho, na ilha remota de Matinloc.

Hans e Mona quase faziam o pleno destes itinerários: “Meus amigos, nunca nos sentimos tão bem nas nossas vidas sem fazer nada”, confessou-nos a mais comunicativa esposa. Concordámos sem reservas.

Numa das tardes e dos tours, desembarcamos em Matinloc, numa praia aparentemente deserta, perdida num cenário extraterrestre, feito de lava solidificada. Saltamos para o areal e, logo em seguida, para a água.

Guia repousa num momento de snorkeling raso numa lagoa escondida de Matinloc

No regresso ao areal, reparamos num grupo de homens de trajes de trabalho, acocorados à asiática na sombra das árvores. 

O guia adianta que são apanhadores de ninhos. Aproximamo-nos, saudamos o grupo e descobrimos nas suas mãos o conjunto de utensílios que sempre os acompanham. Um saco a tira-colo, uma lanterna e uma faca. Completava o conjunto uma garrafa de whiskey de arroz.

Do nada, damos de caras com a razão de ser do nome El Nido. Johan pede um pedaço de ninho a um dos homens e passa-o para nós: “Incrível não é? ” exclama. “É por isto que eles arriscam a vida.”

A meio da tarde, Johnas e o seu auxiliar voltaram a grelhar peixes recém-pescados que partilhamos à beira-mar em animada conversação.

Snake island, El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Passageiros de uma bangka fazem snorkeling na Snake Island

Logo, desembarcámos na costa sul de Miniloc para visitar nova lagoa, desta feita, a Secret Lagoon, como o nome indica, escondida por entre algumas das falésias de calcário mais altas e íngremes do arquipélago.

Até às quatro da tarde, ainda parámos numa enseada deliciosa da ilha Simisu e subimos a um cume próximo para observar, de cima, a vastidão salpicada do Arquipélago Bacuit.

El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina

Pescador arruma a sua bangka depois de ancorar numa praia nos arredores de El Nido.

Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

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Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

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Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
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Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

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Quando os Romanos Invadem as Filipinas

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Marinduque, Filipinas

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Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
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Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
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A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
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Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
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Batad, Filipinas

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Bacolod, Filipinas

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Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

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Anfitrião Wezi aponta algo na distância
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Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.