Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country


Intersecção
Dois condutores de trycicles cruzam-se na estrada lamacenta que liga Hungduan a Banaue.
Celeiro verdejante
Os arrozais em socalco de Hungduan.
Caminhada solitária
Nativo percorre um arrozal ressequido, na proximidade de uma palmeira de betel.
Em equilíbrio
Camponês percorre um dos caminhos que retalham os arrozais de Hungduan.
Rosto da experiência
Camponês ancião sob a sombra de um chapéu sintético.
Linhas solidárias
Detalhe da divisão harmoniosa dos arrozais de Hungduan.
Em obras
Habitante conserta um muro em risco de desabar.
Mini-sombra
Nativa de Hungduan retira ervas daninhas de um seu arrozal.
Retalho rizícola
Um pedaço de planta de arroz sobressai de um campo alagado.
Atalhos labirínticos
Alunos regressam a casa da escola pelo meio dos arrozais.
Jipe Rural
Jeepney chega a Hungduan vindo de Banaue.
Muros e mais muros
Aldeão percorre um dos caminhos separadores dos socalcos de Hungduan.
Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.

Nos dias que correm, Banaue carece do encanto folclórico que lhe conferiram, em tempos, os seus antepassados de etnia ifugao que há muito se instalaram nestas paragens.

Quando os visitantes ali chegam, depressa censuram a colónia decadente de edifícios com telhados de lata enferrujados. Encontram-se melhores motivos fotográficos por perto.

Alguns, como os avistados do famoso viewpoint nos arredores da cidade ficam apenas a uma hora a pé ou bastante menos num veículo motorizado mas, até que a fuga para o verdadeiro campo da cordilheira se consuma, a realidade abarracada da povoação cria algum desconforto e a poluição gerada pela frota local de tricyles e jeepneys – os últimos, jipes da 2a Guerra Mundial que os filipinos transformaram no meio de transporte nacional – sufoca qualquer pretensão ecológica.

Em jeito de compensação, a cidade é central. O alojamento e as refeições mantêm-se autênticas pechinchas se comparadas com as de outras paragens turísticas das Filipinas. Além disso, os estrangeiros sabem ao que vêm. Por norma, após uma tarde de preparativos logísticos e uma noite de descanso, partem em busca das vistas grandiosas da região.

A negociação em que nos metemos é bem mais curta do que prevíamos. São muitos os moto-triciclos a circular por Banaue. Cada proprietário tem que se esforçar para conseguir um número aceitável de viagens por dia e a sua subsistência. Os filipinos, em particular, usam e abusam dos donos destes veículos de museu.

Chegámos a ver um tricycle carregado com três adultos e três crianças, seis criaturas mais os sacos e as caixas que transportavam.

Por comparação, nós, seríamos uma espécie de Clientes do Mês para o condutor que teria a fortuna de nos encontrar.

De Banaue a Hapao, a Bordo de um Pitoresco Tricycle

Jon, assim se chamava, puxa bem pela vertente panorâmica da viagem. Garante-nos que vamos adorar a volta e faz um preço que nos afiança generoso para não deixar fugir a oportunidade. Convencidos, instalamo-nos e à bagagem na cabine do sidecar o melhor que conseguimos e damos-lhe o sinal de partida.

Intersecção

Dois condutores de trycicles cruzam-se na estrada lamacenta que liga Hungduan a Banaue.

As primeiras subidas são íngremes e obrigam a poderosa mas velha moto a um longo sobresforço. Assim que a grande encosta é vencida, o percurso suaviza-se. Jon pode por fim descontrair. Liga a instalação sonora mal-amanhada do painel e mete um dos seus temas preferidos a tocar em alto volume.

Os GI’s norte-americanos partiram das Filipinas após o término da 2ª Guerra Mundial que se desenrolou de forma atroz em várias partes deste arquipélago do Pacífico.

Já a música Country que ouviam perdura na cordilheira de Luzon e ganhou milhares de novos apreciadores quase fanáticos.

A Fascinante Paixão Filipina pela Música Country Americana

Jon era um deles. Este pinoy nativo de Banaue presenteia-nos com “Neon Moon”, um single de 1992 do duo Brooks & Dunn, o seu terceiro sucesso consecutivo a chegar ao primeiro lugar do top U.S. Billboard Hot Country Singles & Tracks.

Enquanto conduz, trauteia e inventa partes da letra que, apesar do barulho ensurdecedor do velho motor de dois tempos e dos hiatos no som provocados pelos solavancos, percebemos descrever o desgosto amoroso de um homem abandonado pela companheira que, para vencer a solidão, passa todas as noites num bar texano, à luz de uma lua de néon.

O absoluto desfasamento geográfico face ao imaginário da banda sonora deixa-nos algo confusos. De qualquer maneira, não tarda, chegamos ao destino final. A paisagem reclama-nos toda a atenção.

Celeiro verdejante

Os arrozais em socalco de Hungduan.

Jon imobiliza o tricycle. Saúda a dona da loja em frente, sua conhecida. Dá-nos um meio minuto para desentorpecermos as pernas. Depois, convoca-nos para uma plataforma de madeira improvisada à beira da estrada.

De lá, revela-nos a vastidão verdejante e ensopada dos terraços de arroz de Hapao, com tudo o que lhe dá encanto: o vale fluvial a que se moldaram e que favorece a distribuição da água, os pequenos muros arredondados de pedra, as diferenças de tons de zona para zona, as palmeiras de areca em redor das poucas casas que salpicam o panorama.

Os nativos de Banaue que trabalham com turistas orgulham-se como ninguém da beleza da sua região e conhecem o fascínio que provoca em quem viaja de tão longe para os descobrir.

Hungduan e Hapao não constam sequer entre os lugares mais reputados como, por exemplo, Batad, que guardávamos para os derradeiros dias.

Mesmo assim, pelo que dali víamos, provavam-se uma introdução deslumbrante.

Retalho rizícola

Escadaria abaixo, à Descoberta de Hapao

Contemplamos o cenário por alguns minutos mais até que decidimos descer. Deixamos Jon entregue a uma sesta sobre a mota. De pouco ou nada serve preocuparmo-nos com a saúde das suas costas. Quando  questionamos o conforto duvidoso daquele leito improvisado responde-nos, despachado: “Não se preocupem amigos, há muito que isto é a minha segunda cama. Divirtam-se, já nos vemos.”

Uma longa escadaria feita de degraus demasiado altos leva-nos ao início dos socalcos. Do último degrau em diante, avançamos sobre os trilhos estreitos de pedra que alisam o cimo de cada muro. Mas, se do topo da encosta a estrutura da paisagem nos parecia fácil de compreender e seguir, tudo se altera com a proximidade.

De um momento para o outro, os terraços tornam-se autênticos labirintos que nos obrigam a retroceder por mais que uma vez para tentarmos novos caminhos.

Cruzamo-nos com uns poucos aldeões da barangay (aldeia) Hapao. Tolerantes para com a intrusão dos forasteiros, quando nos vêem por maus caminhos, apontam-nos a saída.

O primeiro é um ancião franzino de camisa e calçonitos bem acima dos joelhos, moda rural que nos exibe a pele morena das pernas. Aproximamo-nos dele e interpelamo-lo. O seu inglês é quase nulo. Como o eram os nossos conhecimentos dos dialectos ifugao (o da região) ou tagalog (o nacional filipino).

Rosto da experiência

Camponês ancião sob a sombra de um chapéu sintético.

O senhor mantinha a face bem protegida do sol tropical por uma moldura de tecido branco que lhe cobre o pescoço e toda a cabeça, com excepção da face. Sobre essa máscara, usava um boné.

Encaixado no cume do boné, um mini-chapéu de sol/chuva assegurava uma derradeira protecção.

Agradecemos-lhe a ajuda. Em troca, concede-nos um olhar de despedida mais que pacífico, etéreo, que nos faz sentir bem-vindos ao seu mundo.

Enquanto nos afastamos, espreitamos para trás para admirarmos o seu perfil de sombrinha caminhante a avançar num equilíbrio nato sobre um dos muros de pedras que dividia o arrozal.

Em equilíbrio

Camponês percorre um dos caminhos que retalham os arrozais de Hungduan.

Muro atrás de Muro, Socalcos de Arroz de Hapao Fora

Prosseguimos com todo o cuidado retalho após retalho. De cada vez que falhamos um passo sobre trechos mais estreitos dos muros, metemos pelo menos um pé na água e molhamo-nos, por vezes, até quase ao joelho.

Após dois ou três destes percalços, atingirmos uma casa na meia-encosta em frente, dotada de uma sebe bem alta de palmeiras de areca. Àquela hora, não encontrámos vivalma no lar.

Mas à boa maneira da região Ifugao, a família era consumidora da noz produzida por aquelas árvores, um estimulante em que os nativos – os ifugao, como vários outros filipinos e de outras partes do mundo – se viciam e que mastigam várias vezes ao dia para continuarem a se sentirem estimulados.

Caminhada solitária

Nativo percorre um arrozal ressequido, na proximidade de uma palmeira de betel.

Invertemos caminho. Descemos para as margens do rio Hapao que divide os arrozais em duas áreas com inclinações distintas.

Caudal acima, aproximamo-nos do núcleo de lares da povoação. Por ali, encontramos bastantes mais sinais de vida da aldeia que até então. Um grupo de trabalhadores consertava um muro mais alto de um arrozal que as chuvas quase tinham feito colapsar.

Camponeses dobrados sobre o verde ensopado, tratavam da pureza das plantações a arrancarem o que quer que houvesse de espécies daninhas e a reforçarem o vigor das suas pegas de arroz, meros futuros bagos de um domínio rizícola milenar da maior das 7000 ilhas filipinas.

Mini-sombra

Nativa de Hungduan retira ervas daninhas de um seu arrozal.

O Âmago de Hungduan e as Origens Remotas do Povo Ifugao

Sabe-se que os terraços de arroz foram erguidos nas montanhas da província de Ifugao pelos antepassados do povo homónimo com recurso apenas a equipamento básico. A sua localização, numa altitude média de 1500 metros acima do nível do mar, permitiu aos nativos desenvolver sistemas de irrigação extensos a partir das florestas húmidas acima.

E, quando confirmaram que podiam contar com a gravidade, os construtores continuaram a acrescentar mais e mais terraços.

O relevo e a ameaça de povos hostis isolaram-nos das terras planas para lá das montanhas e fizeram a sua vida depender dessa obra interminável.

Muros e mais muros

Aldeão percorre um dos caminhos separadores dos socalcos de Hungduan.

De tal maneira que, a determinada altura, os terraços já cobriam cerca de 10.000 km2. Há quem diga que, colocados lado a lado, poderiam “abraçar” metade do globo.

Mais complicado foi, até agora, apurar indubitavelmente a identidade étnica dos autores pioneiros dos terraços. Não existem registos escritos das culturas responsáveis e mesmo as teorias mais lógicas e populares carecem de fundamentos factuais.

Alguns estudos históricos e evidências estabeleceram uma relação entre os terraços e a tribo Miao que prosperava nas regiões montanhosas e frias da China entre 2205 e 2106 a.C.

A determinada altura, esta tribo ter-se-á revoltado contra o imperador Yu – fundador da dinastia Xia – que a cercou e tentou eliminar. E sabe-se que os sobreviventes do massacre fugiram para sudeste e que alguns cruzaram o Mar da China.

Apesar de a sua história se ter perdido para o mundo em Luzon, vários estudiosos depreenderam que parte dos fugitivos alcançou as montanhas da ilha onde encontraram um ambiente semelhante ao que tinham sido forçados a abandonar.

Passageiro de um autocarro da região de Banaue, também ele animado a música country,.

Outros factores substanciam esta hipótese. É sabido que os traços físicos e os comportamentos “chineses” dos habitantes do norte de Luzon e as crenças e tradições dos povos Igorot e Ifugao se assemelham sob diversos aspectos aos da cultura Miao. Pois, mesmo não sendo os únicos, os Ifugao e os Igorot sempre foram considerados os melhores construtores de terraços.

Um Fim de Tarde Mais Agitado do que Era de Esperar

De volta ao quotidiano actual de Hapao, de um momento para o outro, começamos a ver miúdos a correr por um caminho íngreme abaixo, de mochilinhas às costas. Com uma velocidade tal que só uma corrida a podia justificar. Quase tão rápido como a debandada da criançada, concluímos que tinha terminado o último turno escolar.

O caminho de saída da escola sobranceira para os lares abaixo passava por pequenas pontes sobre o rio Hapao, sobre canais e por degraus anexados aos muros dos terraços. Os primeiros miúdos voaram baixinho por nós e sumiram-se na vastidão rizícola.

Atalhos labirínticos

Alunos regressam a casa da escola pelo meio dos arrozais.

Um terceiro ou quarto, calculou mal um salto, desequilibrou-se e caiu uns bons metros abaixo para o fundo de um canal que ia dar ao rio. Ouvimo-lo chorar e corremos a ver como estava.

Chegamos quase em simultâneo com outras duas aldeãs que trabalhavam semi-camufladas num arrozal mais alto. São elas que removem o miúdo da vala. Por sorte, tinha aterrado nuns tufos de erva e magoara apenas um braço.

A mãe não tardou. Antes de levar o rebento ao centro médico do barangay, ainda lhe pregou umas palmadas. E foi este o evento do dia na pacata Hapao.

Em obras

Habitante conserta um muro em risco de desabar.

Os nossos telefones marcavam 4h30 da tarde, uma hora mais do que tínhamos combinado com Jon. Regressamos à pressa, apostados em reduzir o dano a um mínimo possível. Encontramos o condutor, deliciado, à conversa com a jovem dona da loja que conhecia e, como tal, pouco ou nada preocupado com o nosso atraso.

Voltamos a encaixar-nos na velha cabine do tricycle. Jon, liga-a e faz-nos à estrada. Não tarda a religar também a sua espécie de aparelhagem.

Tal como na vinda, é ao som do mais desfasado country americano que regressamos, já de noite, a Banaue.

Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Arquitectura & Design
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Gelados, Festival moriones, Marinduque, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
São Tomé, cidade, São Tomé e Príncipe, ruela do Forte
Cidades
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cultura
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Bark Europa, Canal Beagle, Evolucao, Darwin, Ushuaia na Terra do fogo
Em Viagem
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Pequena súbdita
Étnico

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Guardiã, Museu Estaline, Gori, Georgia
História
Uplistsikhe e Gori, Geórgia

Do Berço da Geórgia à Infância de Estaline

À descoberta do Cáucaso, exploramos Uplistsikhe, uma cidade troglodita antecessora da Geórgia. E a apenas 10km, em Gori, damos com o lugar da infância conturbada de Joseb Jughashvili, que se tornaria o mais famoso e tirano dos líderes soviéticos.
Mdina, Malta, Cidade Silenciosa, arquitectura
Ilhas
Mdina, Malta

A Cidade Silenciosa e Notável de Malta

Mdina foi capital de Malta até 1530. Mesmo depois de os Cavaleiros Hospitalários a terem despromovido, foi atacada e fortificou-se a condizer. Hoje, é a costeira e sobranceira Valletta que conduz os destinos da ilha. A Mdina coube a tranquilidade da sua monumentalidade.
Passageiros sobre a superfície gelada do Golfo de Bótnia, na base do quebra-gelo "Sampo", Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Natureza
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Parques Naturais
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Visitante, Michaelmas Cay, Grande Barreira de Recife, Australia
Património Mundial UNESCO
Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Mini-snorkeling
Praias
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, Pirenópolis, Goiás, Brasil
Sociedade
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirenéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Vida Selvagem
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
PT EN ES FR DE IT