Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu


A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.

São 22h em ponto.

Mayu aparece ao fim do corredor profundo da estação de Osaka Jokitazume e desce uma espécie de passerella fria, feita de mosaicos brancos industriais. Aproxima-se da barreira de torniquetes e de nós com uma leveza nipónica que nos impressiona.

Apresenta-se num inglês surpreendente, com uma voz bem mais grave do que estávamos habituados a ouvir nas mulheres japonesas, ainda assim suave e a condizer: “Olá, sou eu a Mayu, vão ficar em minha casa.”

Retrato mayu, Osaka, Japão

Mayu num dos seus muitos quimonos e prestes a iniciar o seu turno laboral em Osaka.

Confirmamos a nossa identidade, agradecemos de novo a hospitalidade e seguimos os passos curtos da anfitriã. Metemo-nos no elevador e saímos para a avenida na superfície.

A entrada do prédio em que habitava, fica a menos de 100 metros. Entramos no átrio e noutro elevador.

Acolhimento de Couchsurfing com Vista para o Castelo de Osaka

Chegamos ao 10º andar e ao seu domicílio, tiramos os sapatos e instalamo-nos na pequena sala, com vista para o Osaka-Jo, o castelo imponente que as bombas americanas arrasaram no fim da 2ª Guerra Mundial mas que as autoridades da cidade reconstruiram e fazem agora sobressair do breu urbano, com recurso a potentes canhões de luz.

Mayu põe-nos à vontade sobre o seu pequeno sofá branco de napa e traz-nos latas de cerveja Sapporo gelada. Nós dividimos uma. Ela bebe três e ruboresce a olhos vistos. O seu inglês confirma-se intermediate  e não beginner como tinha registado no perfil de Couchsurfing que preencheu.

“Apreendi-o quase todo na Europa, confessa-nos. Já estive por duas vezes na Croácia. Também fui à Bósnia-Herzegovina e a França. Fiquei a adorar os vossos Festivais da Eurovisão”.

Quando perguntamos porquê a Croácia e a Bósnia-Herzegovina entre tantos países da Europa, limita-se a encolher os ombros e a esboçar um “Porque calhou.” nada explicativo, muito menos convincente.

Além do domínio das línguas estrangeiras, e dos 32 anos de idade, constava no perfil o inevitável item “Occupation”. Quanto a este, Mayu não podia ser mais defensiva: “Not of your business!”

Ficamos à conversa até à 1a da manhã. Por volta dessa hora, o álcool e o cansaço aliam-se e obrigam-na a recolher ao seu quarto elevado numa espécie de divisão mezanina. Aproveitamos a sugestão e cedemos ao conforto soporífero dos futons e edredons que nos tinha estendido.

O Novo Dia (e Noite) de Mayu

Acordamos às 10, prendados por um sol radiante. Damos com um bilhete de Mayu a informar que tinha ido para o ginásio e voltava à hora do almoço.

Deixamos o apartamento para explorar o precinto vizinho do castelo de Osaka, ocupado por inúmeras almas livres da metrópole, grupos de jovens alunos irrequietos, casais de namorados e até um dançarino de J-Pop excêntrico e solitário que se move como se fosse de borracha ao ritmo da música privada fornecida pelos seus fones.

Regressamos a casa para buscar os portáteis antes de recorrermos à sempre conveniente Internet gratuita da cadeia McDonalds.

Encontramos Mayu a preparar-se para descer, vestida de quimono. “Não se assustem, são coisas do meu trabalho. Só volto lá para as 2 da madrugada. Já devem estar a dormir.”

No duplex, Osaka, Japao

Mayu desce dos seus aposentos no piso superior do andar de Osaka.

O Intrigante Ofício Nocturno de Mayu

No interior, reparamos com mais atenção num cabide repleto de outras roupas tradicionais nipónicas e, a contrastar, fotografias suas feitas em purikuras (estúdios de fotografia sofisticados japoneses) com amigas, em roupa interior.

O mistério em relação à sua profissão adensava-se sob o espectro proibitivo do aviso online. Não era da nossa conta, ponto final.

Em quimono de elevador, Osaka, Japão

Mayu deixa a sua casa, já de quimono.

Em termos de horas, o dia-a-dia sui generis de Mayu dificilmente coincidia com o nosso. Ela continuava a regressar já estávamos a dormir há muito.

Nós deixávamos a casa bem antes de ela acordar. Passaram-se, assim, três dias sem nos cruzarmos.

Quimonos e as Primeiras Confissões

Começámos a achar a situação imprópria e, na noite seguinte, esperamos por ela. Chega de quimono e, no meio de mais uma longa conversa, concordou que a fotografássemos com o traje típico.

Adereços, osaka, Japão

Mayu analisa uma mala repleta de roupa interior, cintas, bandas e outros acessórios que usa por baixo dos seus quimonos

Pediu-nos ajuda para escolher um mais colorido e exemplificou a delicada colocação do cinto.

Confessou-nos que esperava que o namorado a viesse visitar de Tóquio no fim de semana mas que estava desiludida porque isso já não ia acontecer.

Conversa puxa conversa, Mayu sente-se mais à vontade. Fala pela primeira vez nos seus clientes e revela-nos parte do enigma. “Muitas dessas coisas que vêem por aí são presentes.

Todos os dias me dão coisas. Por falar, tenho um cliente novo que é especialmente rico. Como vocês próprios concordaram, estou a precisar de um portátil novo. Acho que vou ver se ele mo oferece”.

Mayu confessa-se uma acompanhante e explica, assim, as suas viagens repetidas e improváveis à Europa. Deixa em aberto o grau de intimidade das suas prestações de serviços.

Mayu deixa a sua casa, já de quimono.

O Dia-a-dia de Osaka Passado com Mayu

Fechamos mais aquela madrugada com diálogos amenos regados a Sapporo e, aproveitando a cumplicidade reforçada, sugerimos acompanhá-la em parte do seu Sábado pré-laboral. Mayu aceita.

A anfitriã volta a acordar tarde. Encontramo-nos em casa por volta das 14h, tinha ela acabado de regressar do ginásio. Almoçamos bentos aquecidos no micro-ondas. Em seguida, vamos juntos ao salão hair stylist.

No Metro, Osaka, Japão

Curta viagem de metro de casa para o cabeleireiro.

Mayu sai de cabelo ainda molhado indigno de novo quimono que, por sua vez, destoa do visual futurista do metro e dos passageiros com que nos cruzamos.

Sentimo-nos a seguir um equívoco temporal e, Mayu, desconfortável como não tinha previsto, enquanto a fotografamos ao longo do percurso comutável.

Penetramos num labirinto de arcadas e, logo, no estabelecimento a que vai todos os dias. As jovens estilistas saúdam-na, instalam-na num cadeirão e passam-lhe para as mãos um catálogo plastificado de penteados que examina com destreza.

Cabeleireiros e Penteados

“Gostam deste?” e mostra-nos a imagem correspondente. Dizemos que sim. “OK, então está decidido”.

Penteados, Osaka, Japão

Cabeleireira mostra um catálogo de penteados a Mayu

Em três tempos, as cabeleireiras secam-lhe o cabelo e colocam os rolos necessários. Enquanto o cabelo adquire o volume desejado, Mayu aproveita para se maquilhar.

Em seguida, uma outra estilista desenha o toucado escolhido que termina com uma boa dose de laca em spray de que Mayu protege a cara com uma protecção facial transparente.

No cabeleireiro, Osaka, Japão

Mayu segura uma máscara enquanto a cabeleireira executa o seu novo penteado.

Fica pronto o visual para a noite que se aproxima. A cliente saca de 2000 ienes, assina um papel e despede-se. Já no exterior, concede-nos uma curiosa explicação comercial. “O preço normal para este styling que fiz são uns 8.000 ienes mas como venho cá todos os dias tenho um belo desconto. Só pago 2000. Também, não é toda a gente que faz estes penteados todos os dias, certo?”.

A Última Noite de Couchsurfing de Osaka, com Mayu

Vamos juntos para uma zona central e passeamos pelas ruelas repletas de pequenos bares e restaurantes. Chega a hora de nos separarmos e diz-nos que, dali, seguia sozinha. Ficamos com a ideia que para manter secreto o lugar em que trabalhava.

Junto a máquina de bebidas, Osaka, Japao

Uma pausa antes do trabalho, para uma bebida revigorante.

Nessa noite, regressamos do restaurante Portugália (negócio pioneiro do nosso compatriota Eduardo Mira Batista, radicado no Japão há 30 anos).

Percorremos as ruas a caminho de casa quando reconhecemos a zona em que a anfitriã nipónica nos deixou. Interrogamo-nos se não a encontraríamos quando somos confrontados pelo aparato de uma qualquer operação de socorro que combina bombeiros e polícia.

Centenas de trabalhadores e clientes dos estabelecimentos, como moradores dos andares superiores saem para a rua assustados e atrapalham a movimentação dos veículos de emergência e dos agentes.

Apesar do frenesim, estes chegam finalmente ao bar de porta fechada em que tinha disparado o alarme e encontram algum fumo no interior mas nada de demasiado complicado. O fumo é extinto, os agentes desligam o alarme, registam a ocorrência e cobram a multa correspondente aos proprietários.

Passada a confusão, a multidão debanda. O bairro de Osaka volta a entregar-se à sua intensa mizu shobai.

Skyline, Osaka, Japão

Os prédios mais altos do centro administrativo e de negócios da cidade, uma das maiores megalópoles do Japão

Já é Domingo. Mayu retorna a casa mais tarde que nunca.

Na manhã seguinte, diz-nos que um novo cliente tinha gostado dela mais que o habitual. Mudamo-nos para Hiroxima sem sabermos ao certo o que isso teria implicado. Ainda hoje estamos por perceber.

Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Escadaria Palácio Itamaraty, Brasilia, Utopia, Brasil
Arquitectura & Design
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cerimónias e Festividades
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
Casario de Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina
Cidades
Ushuaia, Argentina

A Última das Cidades Austrais

A capital da Terra do Fogo marca o limiar austral da civilização. De Ushuaia partem inúmeras incursões ao continente gelado. Nenhuma destas aventuras de toca e foge se compara à da vida na cidade final.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Cultura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Vanuatu, Cruzeiro em Wala
Étnico
Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Jerusalém deus, Israel, cidade dourada
História
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
Banho refrescante no Blue-hole de Matevulu.
Ilhas
Espiritu Santo, Vanuatu

Os Blue Holes Misteriosos de Espiritu Santo

A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Natureza
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Património Mundial UNESCO
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Sombra vs Luz
Religião
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Sociedade
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Vida Selvagem
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.