Baku, Azerbaijão

A Metrópole que Despontou com o Petróleo do Cáspio


Mesquita de Juma vs Flame Towers
Pedestres em frente à Mesquita de Juma, Flame Towers na distância
Passeio Abrigado
Transeuntes sob arcadas de Baku
O Âmago Político do Azerbaijão
Bandeira do Azerbaijão ondula na Government House de Baku
A Banda da Fonte
Grupo de música tradicional toca no pátio de um restaurante
Casario de Baku
Casario de Baku, Azerbaijão
Quase Noite na Cidade Velha
Noite cai sobre a Cidade Velha de Baku, com as Flame Towers iluminadas em fundo
Pintura Arbórea
Pintura arbórea dá mais cor à Cidade Velha de Baku
Togrul Qarabag
Loja de artesanato e recordações da Cidade Velha
À Beira do Cáspio
Transeuntes na marginal à beira do Mar Cáspio, com as Flame Towers em fundo
Caminhada quase Nocturna
Moradores prestes a entrar numa ruela da Cidade Velha
Telhado dos Velhos Banhos
As cúpulas das velhas termas de Baku
Foco em Aliagha Vahid
Visitante fotografa uma escultura que honra Aliagha Vahid, um poeta azéri
Nizami Guncavi
Morador junto à base da estátua que homenageia Nizami Guncavi, considerado o grande poeta romântico poético da literatura persa
Mirza Alakbar Sabir
Estátua em silhueta de Mirza Alakbar Sabir, poeta satírico, filósofo azéri.
Duas Flame Towers
Duas das Flame Towers, num plano acima da mesquita de Juma.
Recordações soviéticas
Recordações soviéticas de Lenine, na cidade velha de Baku
Baku em Fogo
Noite ilumina a margem do Mar Cáspio e as Flame Towers de Baku
POLIS
Velho Lada à porta de uma esquadra de polícia da Cidade Velha de Baku
Montra de papakhas
Montra de gorros de lã papakhas
Irmãs de Papakhas
Duas irmãs rendidas à moda dos gorros lãnzudos do Cáucaso
Em 1941, Hitler ditou o Azerbaijão um dos objectivos da Operação Barbarossa. O motivo foi a mesma abundância de ouro negro e gás natural que propulsionou a opulência da capital azeri sobre o Mar Cáspio. Baku tornou-se a grande metrópole do Cáucaso. Numa longa fusão entre Comunismo e Capitalismo. Entre o Leste e o Ocidente.

Mesmo com os dias inaugurais de Inverno a alternarem com os derradeiros outonais, ainda afluem a Baku uns poucos forasteiros de outras partes, sobretudo do Azerbaijão e do Cáucaso, como nós, também do Mundo.

A cidade prenda-os com bolsas de vegetação em queda que a douram e embelezam. Numa quinta-feira solarenga, admiramos como esse dourado vai com o arenito predominante no âmago histórico da capital.

Interrompemos uma deambulação pelas suas ruelas. Decidimo-nos a subir à velha torre Maiden, a desvendarmos os panoramas em volta de que já nos tinham falado.

Pelo caminho, na Rua Asef Zeynally, junto às muralhas que protegem a mesquita de Juma, passamos por dois agrimensores.

Agrimensores trabalham na cidade veha de Baku. Um polícia observa.

Agrimensores trabalham na cidade veha de Baku. Um polícia observa.

Trajam roupa escura, à imagem de quase todos os homens azéris e do Cáucaso, pouco dados a tons alegres, nem falemos de espampanâncias.

O duo revela-se atarefado. Entregue a um debate animado sobre uma qualquer intervenção. Um polícia intrigado impinge-se à conversa.

A Torre Maiden, Monumento e Legado da Génese Medieval de Baku

Quando chegamos à base da torre, já um seu colega tinha feito o mesmo. A quadra de funcionários justificava os salários estatais tanto quanto possível.

Torre Maiden em Baku, capital do Azerbaijão.

A Torre Maiden

Entramos.

Espreitamos umas poucas maquetes que ilustram o urbanismo pioneiro da velha Baku, diz-se que por ali inaugurada entre os séculos VII e o XII pelos shirvanshahs, os senhores medievais de Shirvan, como era conhecido, à época, o Azerbaijão.

Está por se conseguir uma avaliação mais precisa da sua vetustez.

Casario de Baku, Azerbaijão

Casario de Baku, Azerbaijão

Sabe-se que estes líderes decidiram para lá transpor a capital do império que expandiam.

E que, nos séculos XIII e XIV, os mongóis o invadiram e interromperam o seu jugo, como o fez, em 1723, Pedro I  (o Grande) que só devolveu as terras de Shirvan aos donos já Persas, decorridos doze anos.

Perspectiva da Cidade Velha, com a Torre Maiden em fundo

Perspectiva da Cidade Velha, com a Torre Maiden em fundo

Daí em diante, a História é Russa, Soviética e Azéri. Haveremos de a abordar adiante.

Encurtamos o estudo modelar para que não íamos preparados. Muito menos naquele interior arredondado que só a iluminação artificial amarelada salvava da penumbra. Atingimos o cimo aberto ao céu limpo e azulão.

Vista do cimo da torre Maiden, cidade velha de Baku

Vista do cimo da torre Maiden, cidade velha de Baku

Partilham-no apenas jovens compenetrados em gerar selfies com partes de Baku que julgam mais fotogénicas em fundo. Nesse grupo de visitantes, detectamos os primeiros exemplos de intersecção cultural e religiosa que tanto caracteriza Baku.

Todos usam jeans apertados. Umas poucas raparigas, até meias de licra por baixo de saias ou vestidos bem acima do joelho.

Mulheres com combinação de trajes mais modernos com tradicionais muçulmanos

Mulheres com combinação de trajes mais modernos com tradicionais muçulmanos

Entre as moças e mulheres, umas mantêm os cabelos longos e negros a descoberto.

Outras, cobrem-nos e a parte da face com kelaghayis, uma espécie de hijabs que se estendem sobre o peito.

A Icherisheher, como é localmente conhecida a zona original de Baku, proporciona variantes distintas.

Umas poucas lojas e bancas em redor da sua base oferecem papakhas para compra ou aluguer.

Montra de gorros de lã papakhas

Montra de gorros de lã papakhas

São gorros volumosos feitos de lã de ovelha que há muito protegem os caucasianos dos Invernos gélidos dos seus domínios montanhosos.

O conjunto masculino fica completo com chokhas ou cherkeskas, túnicas também elas de lã. Tal como testemunhamos, as mulheres podem recuar no tempo em vestidos longos e acetinados, coroados por véus generosos.

Mulheres em trajes tradicionais do Cáucaso

Mulheres em trajes tradicionais do Cáucaso

A contemporaneidade de Baku já pouco preserva desta era mais colorida.

As Flame Towers, acima da Modernidade Abastada de Baku

A maior das capitais do Cáucaso é, aliás, das cidades que mais destoa do vasto mundo rural para ocidente do Mar Cáspio.

Daquele mesmo terraço panorâmico, víamos as formas e tons da cidade velha em redor. À distância, uma urbe mais recente.

E, destacadas, bem acima dos pórticos e cúpulas da mesquita de Juma, como de todo e qualquer edifício e plano, as “Flame Towers”, a obra arquitectónica arrojada, azulada, icónica da pujança e do vanguardismo da capital azéri. A torre mais alta do trio mede 182 metros.

Duas das Flame Towers, num plano acima da mesquita de Juma.

Duas das Flame Towers, num plano acima da mesquita de Juma.

Juntas, formam uma representação de vidro e aço do epíteto “Terra do Fogo” atribuído ao Azerbaijão. Devemos, claro está, acrescentar que foi a razão de ser desse epíteto a viabilizá-las e financiá-las.

Azerbaijão, a Terra do Fogo Caucasiana

O actual Azerbaijão conquistou tal apodo devido à profusão de chamas elevadas das entranhas da Terra, um sintoma da existência de gás natural.

Por estes lados do planeta, os adoradores do profeta persa Zaratustra viam estas chamas como divinas, ainda mais as do Ateshgah, o Templo de Fogo de Baku, e as de Yanar Dag, um campo em combustão natural permanente, nos arredores da cidade.

Essa provou-se, todavia, a mera adoração mitológica e religiosa do fenómeno.

A matéria-prima na sua génese, lado a lado com o não menos abundante e rentável petróleo, dotaram os líderes, as elites e, em último lugar, o povo azéri de uma benesse económico-financeira invejável.

Noite cai sobre a Cidade Velha de Baku, com as Flame Towers iluminadas em fundo

Noite cai sobre a Cidade Velha de Baku, com as Flame Towers iluminadas em fundo

As “Flame Towers” foram erguidas, entre 2007 e 2012, com um custo estimado de 350 milhões de dólares.

Ergueu-as um grupo de holdings que se diz ligado às empresas off-shore detidas pelo clã que há muito governa o Azerbaijão, o Aliyev, do presidente azéri, Ilham Aliyev.

Pela sua longevidade e disseminação tentacular, este clã destaca-se, no Azerbaijão, de entre tantos outros governantes e homens de negócios que lucraram dos combustíveis fósseis copiosos do Mar Cáspio.

Das Primeiras Perfurações ao Domínio das Exportações para a Europa

A consciência do petróleo e gás natural local será bastante anterior, mas terá sido Ivan Mirzoev, um homem de etnia arménia, o primeiro a perfurar um poço de petróleo em Baku, em 1840.

Torre petrolífera de neon, junto à marginal de Baku.

Torre petrolífera de neon, junto à marginal de Baku.

Por esse feito, Mirzoev ficou conhecido como o pai da indústria petrolífera da cidade. A extracção em grande escala teve início trinta e dois anos mais tarde.

Em 1872, as autoridades imperiais russas leiloaram as terras de Baku em parcelas a investidores privados. Entre os interessados e seguidores de Mirzoev, estiveram os irmãos Nobel e a não menos famosa família judaica Rothschild.

Até 1910, a população de Baku aumentou a um ritmo superior ao de Paris e até de Nova Iorque. Estima-se que no início do século XX, metade do óleo negociado nos mercados internacionais provinha de Baku. Em 1941, por essa razão, Adolf Hitler estabeleceu os campos petrolíferos azéris um alvo incontornável no caminho da conquista de Estalinegrado.

Na encruzilhada geográfica política em que evolui após o desfecho da Operação Barbarossa e da 2ª Guerra Mundial, Baku é palco das mais deslumbrantes anacronias e contradições.

Regressamos ao solo.

As Várias Eras e Facetas da Capital Baku

Sobre calçadas de pedra negra, mantemo-nos de olho nas velharias e preciosidades exibidas em antiquários e lojas de recordações próximas do caravanserai Multani, uma hospedaria secular que a Rua Kichik Kala, paralela à Asef Zeynally liga à ainda mais antiga mesquita Muhammad.

Por estes lados, como na generalidade do Azerbaijão, Baku é muçulmana.

Recordações soviéticas de Lenine, na cidade velha de Baku

Recordações soviéticas de Lenine, na cidade velha de Baku

Ainda assim, entre as relíquias que os vendedores nos impingem, acima de um bule azéri dourado, contam-se estandartes com o perfil de Lenine.

O marxista soviético, protagonista do banimento da religião na U.R.S.S. em que, em 1922, o Azerbaijão independente, recém-derrotado pelas forças bolcheviques, se viu parte.

A umas poucas quadras, entre lojas de artesanato e recordações, um letreiro que versa “POLIS” identifica uma esquadra de polícia. As suas portas repletas de quadrados talhados, parecem tomadas de empréstimo de um palácio.

Velho Lada à porta de uma esquadra de polícia da Cidade Velha de Baku

Velho Lada à porta de uma esquadra de polícia da Cidade Velha de Baku

Estacionado em frente à principal, um Lada soviético, amarelo e decrépito recorda-nos que os proveitos e a modernidade movida pelo petróleo e pelo gás natural falharam em apagar muito do legado histórico e cultural ainda mais valioso de Baku.

Os exemplos sucedem-se, de diferentes tipos e dimensões.

Bandeira do Azerbaijão ondula na Government House de Baku

Velho Lada à porta de uma esquadra de polícia da Cidade Velha de Baku

Espantamo-nos com a enormidade arquitectónica da House of Government, erguida, pouco depois da integração de Baku na U.R.S.S. e que ainda abriga diversos ministérios azéris.

É apenas o mais grandioso edifício local de inspiração soviética. Inúmeros outros perduram, do cerne aos arredores de Baku.

Damos com o Museu da Independência que celebra a libertação azéri de 1991, envolto em colunas gregas, com uma óbvia inspiração helénica.

Não chega a competir, em opulência, com o vizinho governamental.

Pedestres passam em frente à House of Government de Baku

Pedestres passam em frente à House of Government de Baku

A Beira do Cáspio também Vigiada de Baku

Horas mais tarde, a meteorologia piora de forma drástica.

Ainda assim, seguimos o plano de caminharmos pela Baku Promenade, ao longo do Mar Cáspio que por ali esbarra na base da Península de Absheron.

No prolongamento do Museu da Independência, flectimos para sul, por um pontão miradouro baptizado com pompa como Baku View Point.

Transeuntes na marginal à beira do Mar Cáspio, com as Flame Towers em fundo

Transeuntes na marginal à beira do Mar Cáspio, com as Flame Towers em fundo

Admiramos como as Flame Towers se alumiavam num azul mais claro que o do céu carregado em fundo, contrastante com o fulvo do arvoredo iluminado além da marginal.

Chegamos ao fim do pontão.

Noite ilumina a margem do Mar Cáspio e as Flame Towers de Baku

Noite ilumina a margem do Mar Cáspio e as Flame Towers de Baku

Dois casais namoravam indiferentes às vistas.

Mais preocupados em preservarem uma privacidade que, noutra parte, as incontáveis câmaras e agentes de vigilância de Baku comprometeriam.

Casais no pontão Baku View

Casais no pontão Baku View

Fotografamos o pontão. Logo, o avivar das Flame Towers.

Um qualquer agente à paisana surge das profundezas da estrutura.

Avisa-os que estavam a passar das marcas.

Baku é tudo isto. Azeri, Pós-Soviética, Abastada e Avançada. Muçulmana, Tradicionalista, Moralista, Ditatorial e Opressiva.

O Museu da Independência do Azerbaijão, ao cair da noite

O Museu da Independência do Azerbaijão, ao cair da noite

 

Como Ir

Reserve o seu programa do Azerbaijão, incluindo Baku, com a Quadrante Viagens: quadranteviagens.pt

Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Khinalig, Azerbaijão

A Aldeia no Cimo do Azerbaijão

Instalado aos 2300 metros rugosos e gélidos do Grande Cáucaso, o povo Khinalig é apenas uma de várias minorias da região. Manteve-se isolado durante milénios. Até que, em 2006, uma estrada o tornou acessível aos velhos Ladas soviéticos.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
auto flagelacao, paixao de cristo, filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Moscovo, Kremlin, Praça Vermelha, Rússia, rio Moscovo
Cidades
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Casal Gótico
Em Viagem

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Vegetais, Little India, Singapura de Sari, Singapura
Étnico
Little India, Singapura

Little Índia. A Singapura de Sari

São uns milhares de habitantes em vez dos 1.3 mil milhões da pátria-mãe mas não falta alma à Little India, um bairro da ínfima Singapura. Nem alma, nem cheiro a caril e música de Bollywood.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Palácio de Cnossos, Creta, Grécia
História
Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Vista Serra do Cume, Ilha Terceira, Açores Ímpares
Ilhas
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Cilaos, ilha da Reunião, Casario Piton des Neiges
Natureza
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Vista de La Graciosa de Lanzarote, Canárias, Espanha
Parques Naturais
La Graciosa, Ilhas Canárias

A Mais Graciosa das Ilhas Canárias

Até 2018, a menor das Canárias habitadas não contava para o arquipélago. Desembarcados em La Graciosa, desvendamos o encanto insular da agora oitava ilha.
Solovestsky Outonal
Património Mundial UNESCO
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
República Dominicana, Praia Bahia de Las Águilas, Pedernales. Parque Nacional Jaragua, Praia
Praias
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Bufalos, ilha do Marajo, Brasil, búfalos da polícia de Soure
Sociedade
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Manada de búfalos asiáticos, Maguri Beel, Assam, Índia
Vida Selvagem
Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

O Maguri Bill ocupa uma área anfíbia nas imediações assamesas do rio Bramaputra. É louvado como um habitat incrível sobretudo de aves. Quando o navegamos em modo de gôndola, deparamo-nos com muito (mas muito) mais vida que apenas a asada.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.