Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião


Perigo: correntes
Nadador-salvador traz um banhista arrastado pelas fortes correntes ao largo de Boucan Canot. As intervenções dos nadadores-salvadores são permanentes em Boucan Canot.
Descanso a salvo
Banhistas conversam numa zona de litoral protegida da ondulação e dos tubarões por uma barreira de rochas.
Boucan Canot
A praia de Boucan Canot, a mais famosa da Reunião também devido aos frequentes ataques de tubarões que já lá ocorreram.
R.I.P. Elio
Um memorial homenageia e recorda Elio Canestri, um surfista promissor que, com apenas treze anos, sucumbiu ao ataque de um tubarão.
Descanso a salvo II
Banhistas descontraem numa das raras zonas da ilha Reunião protegida dos tubarões por uma barreira de recife.
Índico feroz
Onda forte agita os banhistas no limiar do areal de Boucan Canot, uma praia que, além das correntes e dos tubarões que forçaram à instalação e a manutenção de uma rede protectora é batida por uma ondulação violenta.
Um Surf arriscado
Surfistas e bodyboarders fazem-se às ondas de Boucan Canot, próximo do local em que Elio Canestri foi vitimado por um tubarão.
Banhistas vs Índico
Banhistas divertem-se à beira do oceano Índico, em Boucan Canot.
Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.

Projectada do fundo dos mares como uma de tantas erupções massivas de lava que o clima moldou e tornou luxuriante, a ilha da Reunião tem rebordos e litorais quase sempre bruscos e abruptos. Apontámos a Boucan Canot, um dos mais famosos.

Disso se queixam os moradores da capital Saint-Denis, desejosos de evasão à altura do isolamento e da rotina que, malgrado o nome, a ilha que os acolheu lhes impõe. Thomas nascera em Versailles.

Deixou o requinte e a proximidade da metrópole parisiense em busca de aventura e de uma carreira de professor mais solarenga e remunerada nos confins meridionais da União Europeia. Como sempre acontece, só em parte o plano lhe correu como esperado.

Em termos sociais e culturais, a pequena Saint-Denis mantinha-o espartilhado, algo deprimido. Thomas contava com a praia para recuperar o ânimo.

Gabou-nos e aconselhou-nos Boucan Canot como a meca de areia, água, sal e melanina a que se habituara a peregrinar.

Banhistas vs Índico

Banhistas divertem-se à beira do oceano Índico, em Boucan Canot.

Omitiu, na íntegra, o lado sombrio que lhe viríamos a descobrir.

Dia de Praia em Boucan Canot

Chegou o dia de nos fazermos a sul. Boucan Canot destacava-se do mapa e continuava a estimular-nos a memória. Não tardámos a visá-la.

Metemo-nos na estrada que ligava Saint-Denis a Saint-Paul.

Bastaram umas centenas de metros para percebemos o quão extrema e exigente se podia provar a Reunião.

Em parte deste percurso, a costa revelava-se de tal forma íngreme e escarpada que nunca concedera uma via, por mais estreita que fosse. Rendidas às evidências, as autoridades francófonas ergueram um viaduto sobre o mar.

Mesmo assim, a sequência rodoviária desse viaduto era uma estrada submissa à falésia, sobre a qual, com demasiada frequência, se precipitavam enormes calhaus.

Só redes de aço resistentes evitavam que estas bombas-relógio causassem danos mais sérios. O drama atenuado eram as longas filas de trânsito sem escapatória.

À hora a que nos fazemos ao caminho, todavia, tudo corre pelo melhor. Não nos chegamos a deter em Saint-Paul.

Boucan Canot, distava uns poucos quilómetros. Surge-nos como um desvio inesperado da via litorânea.

Boucan Canot: uma praia frenética

Estacionamos. Passamos para diante da torre de vigia cimeira da praia, habitada por nadadores-salvadores sempre a postos.

Dali, contemplamo-la em formato panorâmico, entre a linha recuada de coqueiros e a da rebentação.

Nuvens carregadas que a sobrevoam adensam a luz.

A praia de ,Boucan Canot, ilha da Reunião

A praia de Boucan Canot, a mais famosa da Reunião também devido aos frequentes ataques de tubarões que já lá ocorreram.

Escurecem o dourado do areal, desafogado e moldado por mil pés. De tão extensa que era, a praia estava longe de à pinha.

Uma óbvia sede pela frescura espalhada pela rebentação faziam concentrar a maior parte dos veraneantes junto à beira-mar.

Também nós por lá nos instalamos. Examinamos à pressa o perfil das vagas. Acalorados pelo dia abafado, juntamo-nos a uma turba de banhistas já dentro de água.

Uma laje de rochas coberta de pedras complicava os passos anfíbios inaugurais. A força das ondas a desfazer-se no areal, agravava ainda mais a vulnerabilidade de quem tentava mergulhar.

Por fim, conseguimos entrar.

Num ápice, damos connosco numa espécie de cuba de máquina de lavar marinha.

Rebentação da praia de Boucan Canot, ilha da Reunião

Onda forte agita os banhistas no limiar do areal de Boucan Canot, uma praia que, além das correntes e dos tubarões – que forçaram à instalação e a manutenção de uma rede protectora – é batida por uma ondulação violenta.

Ondas e Correntes, além dos Tubarões

Propulsionadas por uma tempestade para sul no oceano Índico, as ondas chegavam sem um padrão de vigor definido.

Rebentavam mais à frente ou mais atrás e surpreendiam banhistas que assim se viam atrapalhados e arrastados para a zona pedregosa e o areal e a chocar uns nos outros.

Para aqueles que, como nós, tinham decidido avançar para salvo da rebentação e ficar sem pé, o panorama não era muito melhor.

Correntes intermitentes apanhavam desprevenidos alguns dos aventureiros mais incautos e puxavam-nos em direcção a alto-mar.

De tal maneira e com tal frequência que os nadadores-salvadores já tinham desistido de entrar e sair da água. Permaneciam, em posições estratégicas, sobre grandes longboards.

Resgatavam, um atrás do outro, os banhistas em apuros.

Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião

Nadador-salvador traz um banhista arrastado pelas fortes correntes ao largo de Boucan Canot. As intervenções dos nadadores-salvadores são permanentes em Boucan Canot.

Apesar de toda a ondulação e respectiva comoção, mais que habituados à violência do mar português, chapinhamos, mergulhamos por baixo da rebentação e só não apanhamos boleias das ondas porque terminariam, dolorosas, sobre a tal laje rochosa e pedregosa que nos havia dificultado a entrada.

Refrescamo-nos como merecíamos, já então com a consciência de que aquela incursão no mar rebelde de Boucan Canot, tinha sido, só por si, uma enorme benesse.

A Praga dos Tubarões-Touro

Devido aos sucessivos acidentes mortais que lá tiveram lugar, pela perspectiva realística e penosa de se repetirem, Boucan Canot passa boa parte do tempo encerrada a banhos. Os culpados são, desde há muito, os mesmos: os tubarões-touro que sulcam as águas em redor da ilha, ávidos por se banquetearem com carne vulnerável.

Na Reunião, os ataques a banhistas repetem-se mais que no vasto litoral australiano, provavelmente o mais badalado no que ao tema concerne. De tal maneira que, em termos estatísticos, esta ilha francófona é o lugar com a maior probabilidade de se darem à face da Terra.

Só de 2010 a 2016, a ilha foi palco de 19 ataques com consequências trágicas, 16% dos 491 registados em todo o mundo. Destes 19, oito foram mortais. Em Boucan Canot e imediações, registaram-se dois só em 2011. Um em 2015 e, o último nesta praia, em 2016.

Memorial ao jovem Elio Canestri, vítima de ataque de tubarão, Boucan Canot, ilha da Reunião

Um memorial homenageia e recorda Elio Canestri, um surfista promissor que, com apenas treze anos, sucumbiu ao ataque de um tubarão.

O incidente de 2015 vitimou Elio Canestri, um campeão juvenil de surf admirado pela comunidade local de surfistas mas não só.

Elio contava treze anos. Sucumbiu à investida de um tubarão que começou por o morder na barriga, arrastou para longe da prancha e o devorou como se de uma pequena foca se tratasse.

Em Agosto de 2016, Laurent Chardard, de 21 anos, surfava com amigos quando outro tubarão o feriu com tal gravidade num braço e num pé que as feridas obrigaram à amputação.

O Esquecimento dos Eventos Passados pela Psicologia de Grupo

Nestes dois casos, como em quase todos, os jovens surfistas entusiasmaram-se com as ondas enormes e bem formadas que dão à costa.

O facto de surfarem em grupos de adolescentes faz com que ignorem os eventos passados e a proibição oficial de surfarem na maior parte do litoral da ilha. Bem como os respectivos avisos das autoridades – e pensem que nada lhes irá acontecer.

As várias tragédias obrigaram as autoridades francófonas da Reunião a dotarem as praias mais populares de redes anti-tubarão, como aconteceu em Boucan Canot e/ou de outros sistemas protectores.

Ainda assim, numas situações, os surfistas aventuraram-se em lugares não protegidos por estas redes.

Surfistas e bodyboarders, Boucan Canot, Ilha da Reunião

Surfistas e bodyboarders fazem-se às ondas de Boucan Canot, próximo do local em que Elio Canestri foi vitimado por um tubarão.

Noutros, os tubarões entraram por fendas geradas entre as verificações levadas pelos mergulhadores, ou sobre as redes que, de quando em quando, as vagas massivas fazem rebaixar.

Teorias e Mais Teorias

No intervalo dos períodos de luto pelos ataques, a inexplicavelmente dinâmica economia do surf e do bodyboard de Boucan Canot e da ilha em geral ressente-se.

As lojas e escolas de surf e até os hotéis e resorts à beira-mar fecham as portas. Passado algum tempo, a memória esvanece-se. As redes são remendadas ou substituídas e os adolescentes recuperam a inconsciência do costume. Os tubarões não perdoam o mínimo deslize e causam novas vitimas.

Resta saber ao certo o que faz com que a Reunião tenha, em comparação com outras parte do mundo, um número tão elevado de ataques de tubarão.

Quando convivemos com moradores da ilha, não disfarçámos a curiosidade que, enquanto banhistas forasteiros mas não só, o tema nos despertou. Tentámos esclarecer-nos apenas para chegarmos à conclusão de que só as teorias abundam.

Falaram-nos de antigos matadouros nos arredores da capital Saint-Denis que antes despejavam o sangue e até carcaças dos animais para o mar e assim atraíram enormes cardumes de tubarões, principalmente os ali mais abundantes e activos tubarões-touro.

Mencionaram-nos a culpa das frotas de pesca chinesas que, com os seus enormes arrastões, fizeram escassear as presas habituais dos tubarões.

Estes, aumentaram desde que, em 1999, a ilha baniu a sua pesca por se ter apurado que a carne de tubarão continha níveis elevados da toxina ciguatera, produzida por um pequeno organismo do plâncton que acaba por se acumular na carne dos super-predadores que a Reunião antes consumia e exportava.

Ambientalistas vs Surfistas, o Confronto à Margem do Drama

Seja qual tenha sido a razão, os ferozes tubarões-touro proliferaram e habituaram-se a compensar a falta de alimento com os humanos que se põem a jeito, sobretudo os surfistas e bodyboarders.

Tal como a razão para o drama, as medidas a tomar para lá das falíveis redes e sistemas de protecção complementares despertaram uma polémica internacional. Centenas de artigos na imprensa apelidaram a ilha de “a ilha dos tubarões”, “aquário de tubarões”, “capital mundial dos ataques de tubarões” etc., etc.

Acirraram mais e mais adversários de uma recém-formada contenda. De um lado, estão os ambientalistas que defendem que os tubarões patrulham o mar em redor da Reunião há milénios e que são os surfistas e banhistas que devem respeitar a lógica natural da sua existência.

Praia protegida dos tubarões por recife, ilha da Reunião

Banhistas descontraem numa das raras zonas da ilha Reunião protegida dos tubarões por uma barreira de recife.

Do outro, a comunidade surf mundial que se arrepia com as tragédias da ilha mas defende o direito dos surfistas de lá surfarem sem arriscarem as suas vidas.

A Intervenção Mediática de Kelly Slater

Em 2017, Kelly Slater, onze vezes campeão mundial de surf, reagiu ao ataque do início desse ano com um post na sua página de Instagram : “Honestamente, não vou ser popular por dizer isto mas é preciso levar a cabo um abate sério na Reunião e devia acontecer todos os dias….”

“ Se todo o mundo tivesse este rácio de ataques, ninguém usaria o oceano e literalmente milhões de pessoas morreriam desta maneira.”

Como seria de esperar, o post globalizou de vez o conflito. Muitos fãs mostraram-se desiludidos com Slater ao constatar que este sacrificava a sua habitual postura ambientalista por, do outro lado, estarem surfistas.

Os ambientalistas defendem que as autoridades deviam apostar em redes mais eficientes e na consciencialização dos surfistas.

Mas, acima de tudo, na recuperação dos ecossistemas coralíferos ao largo da ilha, devastados pela sobrepesca de arrastão. Boucan Canot recebeu recentemente novas redes e sistemas de protecção.

Desde 2016 que não sofre ataques. O último, na Reunião, deu-se há pouco mais de um ano e os seus banhistas e surfistas já se terão voltado a esquecer. Tendo em conta a improbabilidade de a ilha se livrar dos tubarões que a cercam, resta saber até quando.

Banhistas, ilha da Reunião

Banhistas conversam numa zona de litoral protegida da ondulação e dos tubarões por uma barreira de rochas.

Mais informações sobre esta ilha francesa do oceano Índico no site do Turismo da Reunião

Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Gelados, Festival moriones, Marinduque, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Palácio de Cnossos, Creta, Grécia
Cidades
Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Cultura
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Em Viagem
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Pequeno navegador
Étnico
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Anoitecer no Parque Itzamna, Izamal, México
História
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Roça Bombaim, Roça Monte Café, ilha São Tomé, bandeira
Ilhas
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Natureza
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Machangulo, Moçambique, ocaso
Parques Naturais
Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
praca registao, rota da seda, samarcanda, uzbequistao
Património Mundial UNESCO
Samarcanda, Uzbequistão

Um Legado Monumental da Rota da Seda

Em Samarcanda, o algodão é agora o bem mais transaccionado e os Ladas e Chevrolets substituíram os camelos. Hoje, em vez de caravanas, Marco Polo iria encontrar os piores condutores do Uzbequistão.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Sesimbra, Vila, Portugal, Vista do alto
Praias
Sesimbra, Portugal

Uma Vila Tocada por Midas

Não são só a Praia da Califórnia e a do Ouro que a encerram a sul. Abrigada das fúrias do ocidente atlântico, prendada com outras enseadas imaculadas e dotada de fortificações seculares, Sesimbra é, hoje, um porto de abrigo piscatório e balnear precioso.
Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
Religião
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Singapura, ilha Sucesso e Monotonia
Sociedade
Singapura

A Ilha do Sucesso e da Monotonia

Habituada a planear e a vencer, Singapura seduz e recruta gente ambiciosa de todo o mundo. Ao mesmo tempo, parece aborrecer de morte alguns dos seus habitantes mais criativos.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Vida Selvagem
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.