Piton de la Fournaise, Reunião

O Vulcão Turbulento da Reunião


Do Lado de Fora
Via do Vulcão
Sobre a crista da caldeira
Caldeira Adentro
Germinação II
Direcções
Deslumbre Vulcânico
Um Vulto
Lava Encordoada
A Caldeira
A Estrada N2
Notre Dame des Laves
Germinação
Área Segura
A Cratera Dolomieu
Escoadas do vulcão
A Capela de Rosemont
piton-de-la-fournaise-vulcao-reuniao-escoadas-sul
Descanso Celestial
piton-de-la-fournaise-vulcao-reuniao-ave
Com 2632m, o Piton de la Fournaise, o único vulcão eruptivo da Reunião, ocupa quase metade desta ilha que exploramos, montanhas acima, montanhas abaixo. É um dos vulcões mais activos e imprevisíveis do oceano Índico e à face da Terra.

O percurso rodoviário para o início do trilho revela-se bem mais longo do que estávamos a contar.

Tem início a norte de Saint Pierre, uma das quatro cidades com nomes santificados (Saint Louis, Saint Pierre, Saint Joseph, Saint Philippe) que se sucedem nos fundos da ilha da Reunião.

Deixamos a vivenda em que nos hospedávamos para um circuito de montanha russa pelos campos de cana-de-açúcar que preenchem o distrito de Saint Pierre.

Em pleno Verão do hemisfério sul, onde o Trópico de Capricórnio passa logo abaixo da ilha, encontramos a cana na sua altura máxima prévia ao corte. De tal maneira crescida que, aqui e ali, obriga as autoridades rodoviárias a equipar cruzamentos rurais de semáforos.

Nessa torrente de cana, avançamos para norte e para o centro da ilha, às tantas, por vertentes do vulcão que a altitude transforma em prados salpicados de pequenas árvores.

Fica para trás a terra lisa da Plaine des Cafres. Já pela Plaine des Remparts, a via contorna a cratera exterior de Commerson.

Piton de la Fournaise e sua Lava à Vista

Sobre a fronteira entre os distritos de Saint-Pierre e Saint-Benoit, ascendemos e entramos na grande caldeira de Fouquê. Num ápice, o verde que resistia rende-se a uma vastidão lávica, avermelhada e rugosa.

A estrada finda, de frente para uma falésia quase vertical que oculta o rebordo interior da caldeira.

Nas imediações do Pas de Bellecombe, uma benesse geológica viabiliza que continuemos a pé.

Num ápice, chegamos ao cimo da orla. Detemo-nos a apreciar os cenários opostos e as suas diferenças.

De um lado, a imensidão sulcada pelas Routes Forestières do vulcão. Para o outro, uma nova vastidão, enegrecida, com um visual estéril quebrado por arbustos que despontam de cada greta na lava.

A espaços, nuvens brancas formadas sobre o Índico a leste elevam-se e invadem a coroa do vulcão. Aí, desintegram-se numa névoa fina que paira sobre o solo e irriga a vegetação.

Essa névoa borrifa a atmosfera algo extraterrestre do lugar, bem patente num cone de que percebemos as gradientes do ocre e a forma caprichosa, semelhante à das armadilhas para outros insectos construídas pelas formigas-leão.

Essa semelhança inspirarou os geólogos a baptizarem-na de Formica Leo.

Piton de la Fournaise, Reunião, vulcão, Formica LeonTal como tinha subido, o trilho ziguezagueava, agora, acima de falésias cortantes.

Logo, voltava a descer, pelo interior da orla que a maior riqueza mineral e a humidade retida florestava.

Descida para a Grande Caldeira do Piton de la Fournaise

A preceder a descida, uma placa vermelha e branca afixada num portão de ferro que, em caso de perigo, barraria a passagem, avisava os caminhantes para aquilo em que se iam meter:

“Erupção provável nos próximos dias. Recomenda-se prudência. Não deixe os trilhos sinalizados.”

Registamos a advertência mas prosseguimos.

Vencidos vários zês protegidos por vedação, atingimos a superfície lávica e plana interior.

Instantes depois, estamos nós próprios a caminhar sobre a escória resvaladiça da Formica Leo, com vista para o pico Piton de la Fournaise que escondia a cratera principal.

A sua encosta noroeste exibe manchas de escoadas recentes.

Em redor da Formica Leo, junto a distintas secções do trilho, a lava expelida pelo grande vulcão fornalha da Reunião exibia-se com aspectos díspares que as autoridades se dignavam a identificar.

Preenchia a quase totalidade da caldeira Fouquê lava de fluxo mais rápido, tipo pahoehoe.

Nas imediações da Formica Leo, encontravam-se, todavia, excertos de lava encordoada, com falhas de que, uma vez mais, brotavam arbustos.

Outros trechos ainda revelavam fluxos díspares e concorrentes. Lava esfarelada e mais escura de tipo A, acumulada sobre torrentes pahoehoe de um castanho claro.

Do cone Formica Leo, progredimos rumo à base do Piton.

A Capela de Rosemont, na Base da Cratera de Dolomieu

Quase a atingi-la e aos 2300 metros de altitude, antecede-a nova formação vulcânica peculiar, a La Chapelle de Rosemont, uma formação rochosa secular, registada e descrita aquando de uma primeira expedição ao vulcão, de 1768.

Eternizada, em 1791, pelo pintor J. J. Patu de Rosemont.

Como tantas outras formações e formas de vida em redor, em 2018, a lava expelida pelo vulcão cobriu-a na íntegra. Causou o colapso do seu interior.

Uma abertura quase quadrangular ainda concede aos mais ágeis e destemidos uma estranha entrada para o altar místico e escurecido, em que salvo excepções, a presença de uma estatueta de Nossa Senhora ou de Jesus Cristo sinaliza um refúgio espartano de oração.

Da capela de Rosemont, o trilho faz-se, de uma vez por todas, à vertente da cratera Dolomieu, na diagonal, por forma a suavizar o trajecto.

Contadas umas dezenas de passos, embrenhamo-nos na névoa que tínhamos avistado do cimo da caldeira, quanto mais para cima e para leste, mais arrefecidos pela humidade, envoltos numa alvura flutuante e enigmática.

Aqui e ali, cruzamo-nos com vultos que regressam já do cimo.

Piton de la Fournaise conquistado e a Cratera à Vista

Quarenta minutos passados, entre esculturas naturais de lava pura e dura, atingimos a orla suprema. Mesmo assim, com bastante menos esforço e cansaço do que os exigidos por outros vulcões que conquistámos. O caboverdiano Fogo, bem acima da sua Chã das Caldeiras. O majestoso El Teide, de Tenerife e vários outros.

Ficamos com a cratera Dolomieu logo abaixo e uma linha pintada de branco que delimitava a área em que os caminhantes podiam recuperar e admirá-la em relativa segurança.

Instalada nesse refúgio, uma família piquenicava, com as nuvens que chegavam de Oriente, a sobrevoarem-na.

Outras nuvens desfaziam-se no interior da cratera, contra o calor difundido pelas entranhas do manto terrestre.

Naquela altura, como em tantas outras, o Piton de la Fournaise provou-se tratável. Não obstante, este vulcão da ilha da Reunião com cerca de 530 mil anos, mantém-se vigoroso.

Um Passado de Erupções Regulares

A sua última erupção, datada de 19 de Setembro a 7 de Outubro de 2022, deu-se cerca de oito meses após a anterior, dentro da média de oito ou nove meses de intervalo até ao seu reservatório magmático se preencher e reavivar o fulgor que dele fazem um dos mais activos da Terra.

Em termos de libertação de lava, o Piton de la Fournaise é comparável, por exemplo, ao Etna mas, ainda assim, muito menos produtivo que o Kilauea que mantém a ilha de Hawai’i em permanente crescimento.

Como constatávamos do cimo, a maior parte da lava do Piton de la Fournaise fluía pela encosta leste da cratera, na direcção dos fundos orientais da Reunião, rumo ao Índico.

Noutros dias de exploração, percorremos a estrada N2 que cruza o caminho inexorável da lava, pouco acima de onde se funde com o oceano e, à imagem da Big Island havaiana do majestoso mas inactivo Mauna Kea, faz expandir a ilha.

Essa área de escoamento da lava para oriente revela-se imensa.

Nos quase 12km entre o Quai de la Rouville (norte) e o antigo porto do Quai de Sel (sul), contam-se pelo menos quatro rios de lava que as sucessivas sobreposições e solidificações deixaram bem vincados.

Nem sempre a lava se fica por este raio de acção.

Os Rios de Lava da Vertente Leste e o “milagre” da Notre Dame des Laves

Durante uma erupção de 1977, fluiu bem mais para norte, pelas imediações da povoação de Piton Sainte-Rose. No seu curso, a lava cercou uma igreja católica local e descaiu por 3 metros da nave adentro.

No computo geral, o templo foi poupado.

Um corrimão prateado facilita-nos e aos crentes a entrada e permite-nos constatar o bom estado do interior, uma clemência da Natureza que contrasta com o destino de Plymouth, capital da Pequena Antilha Montserrat.

E que mereceu o seu rebaptismo para Igreja da Nª Srª das Lavas e que os fiéis consideram óbvia intervenção divina.

Por estes lados da Côte-au-Vent, a humidade que a brisa sopra de leste e a maior distância da cratera viabilizam uma floresta improvável.

Os franceses tratam-na por Floresta do Grande Queimado.

Túneis de lava serpenteiam pelo subsolo e sob a linha exígua de asfalto que as autoridades sobrepõem à lava. Até que o vulcão se ira, a volta a cobrir e exige nova obra.

Nesses intervalos de clemência, também a vida humana germina. Vemos um pelotão de ciclistas pedalar pelo cenário de assombro.

Passam por um restaurante improvisado a partir de uma carrinha, dois toldos e umas poucas mesas e cadeiras que, com a tarde a dar de si, se arruma e encerra.

Tempo de Caminhar para Fora da Caldeira

Sobre a orla da cratera de Dolomieu, o iminente fim do dia gera nos randonneurs tardios uma pressa acentuada.

Todos sabem que, sobre a lava negra, a escuridão cai a dobrar.

De acordo, com as nuvens a rosarem a ocidente, afluem para o doloroso regresso aos veículos em Bellecombe e às suas casas.

Reentramos na vivenda de Saint Pierre tarde, a más horas, derreados pelos mais de 10 km sobre a lava fracturada e fracturante.

Em regozijo por, num dos seus próprios recobros, o irascível Piton de la Fournaise assim nos ter acolhido e deslumbrado.

Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Big Island, Havai

Grande Ilha do Havai: À Procura de Rios de Lava

São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java

A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Tenerife, Canárias

O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Montserrat, Pequenas Antilhas

A Ilha do Vulcão que se Recusa a Adormecer

Abundam, nas Antilhas, os vulcões denominados Soufrière.  O de Montserrat, voltou a despertar, em 1995, e mantém-se um dos mais activos. À descoberta da ilha, reentramos na área de exclusão e exploramos as áreas ainda intocadas pelas erupções.  
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Marcha Patriota
Cidades
Taiwan

Formosa mas Não Segura

Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Cultura
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Em Viagem
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
Étnico
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Banhistas em pleno Fim do Mundo-Cenote de Cuzamá, Mérida, México
História
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Champagne Beach, Espiritu Santo, Vanuatu
Ilhas
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Natureza
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Parques Naturais
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Património Mundial UNESCO
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Lifou, Ilhas Lealdade, Nova Caledónia, Mme Moline popinée
Praias
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Cabine lotada
Sociedade
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.