PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?


Blas, um indígena Kogi
Blás, um indígena do grupo Tayrona mistura folhas de coca com pó de conchas num poporo, uma espécie de cachimbo
Chairama, El Pueblito
Cabanas de estrutura tayrona dotam o cenário preservado de Chayrama.
Cavalo à Sombra
Cavalo repousa à sombra de uma árvore do Pueblito (Chairama).
Cavalo camuflado
Cavalo pasta num prado verdejante perdido na vastidão da Serra Nevada de Santa Marta.
Serra Abaixo
Indígena kogi desce uma das escadarias que servem Chayrama.
Gravura Tairona
Um desenho escavado na rocha achado à entrada de Chayrama.
Três Irmãos
Três irmãos abraçam-se junto à sua casa perdida no sopé da elevação em que se situa El Pueblito, a velha povoação tayrona de Chairama.
Feixe de Luz
Feixe de luz penetra na selva densa do Parque Nacional Tayrona
Carga de maracujás
Agricultor mestiço carrega maracujás num trilho na proximidade de Chayrama.
A cavalo
Morador cavalga por um trilho que liga El Pueblito à estrada nacional que atravessa o Parque Nacional Tayrona.
Nativo Kogi
Nativo de etnia Kogi repousa numa das cabanas do Pueblito, como é popularmente conhecida Chayrama, uma antiga povoação Tayrona abandonada que os indígenas recuperaram.
A Caminho
Nativo tayrona percorre um caminho de selva em redor de Chayrama, para onde se desloca todos os dias para vender artefactos.
Plataforma de Chairama
Plataforma cerimonial de Chayrama, uma povoação histórica Tayrona.
Serra Abaixo
Crianças descem um dos trilhos que serpenteiam em redor de Chayrama, no sopé da Serra Nevada de Santa Marta.
Sierra pouco Nevada
Vista das encostas baixas da Sierra Nevada de Santa Marta, a serra litoral que mais depressa se eleva a partir do litoral em todo o Mundo, do nível do mar aos 5700m dos Picos Cristobal Colón e Simón Bolivar.
Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"

Admiramos, sobre o areal, a excentricidade geológica daquele cenário luxuriante.

Enquanto nas nossas costas, as ondas se desfazem com uma suavidade caribenha, para diante, as montanhas cobertas de vegetação elevam-se abruptamente acima das nuvens.

Apesar de a névoa não nos permitir vislumbrar os seus picos derradeiros – o Cristobal Cólon e Simón Bolívar – deslumbra-nos saber que, em menos de 42 km, a Sierra Nevada sobe do nível do mar para a altitude de 5.700 metros que justifica o seu baptismo.

Sierra Nevada de Santa Marta, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Vista das encostas baixas da Sierra Nevada de Santa Marta, a serra litoral que mais depressa se eleva a partir do litoral em todo o Mundo, do nível do mar aos 5700m dos Picos Cristobal Colón e Simón Bolivar.

E mais ainda a consciência de que ali se situa o mundo sagrado da civilização Tayrona, hoje representado e defendido por 45.000 indivíduos pertencentes a três povos esotéricos: os Kogi, os Wiwa, os Arhuaco. E a um outro bastante mais integrado na realidade moderna da Colômbia, os Kancuamo.

Até ao início do século XVI, os Tayrona ocupavam toda aquela vasta zona tropical encaixada entre o litoral e os cumes.

Cresciam em termos demográficos e prosperavam. Eram também mestres na arte de trabalhar o ouro e de criar objectos preciosos que usavam com fins espirituais.

Para seu inesperado prejuízo, quando os espanhóis chegaram àquela parte do mundo, tanto o ouro como esses artefactos abundavam.

Serra abaixo, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Indígena kogi desce uma das escadarias que servem Chayrama.

A Tragédia Tayrona do Desembarque dos Espanhóis

Em 1525, o conquistador Rodrigo de Bastidas tinha-se já apercebido das riquezas que podia subtrair aos nativos. Por forma a facilitar o seu desvio para a coroa espanhola, fundou a cidade de Santa Marta, à entrada da serra homónima.

A resistência dos indígenas revelou-se feroz. No fim do século XVI, a civilização Tayrona foi vencida e “empurrada” pelos invasores quase até às altitudes nevadas da cordilheira.

Aí se refugiou dos ataques e das doenças dos europeus e protegeu, até hoje, o seu saber “cósmico”, assente num equilíbrio entre o potencial da mente e do espírito com as forças naturais.

Gravura, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Um desenho escavado na rocha achado à entrada de Chayrama.

Quando deixamos a praia, acossa-nos o poder dessas mesmas forças. Estamos em plena época das chuvas do Caribe colombiano. Sem qualquer aviso, nuvens escuras como breu apoderam-se do céu e soltam uma carga de água diluviana que reduz a visibilidade a quase nada.

À falta de abrigos que nos protegessem, continuamos a caminhar pela selva, ensopados, entre escorregadelas e tropeções nas raízes salientes das árvores e do mato.

Tão depressa como havia chegado, a tempestade esgota-se. As nuvens abrem-se para um sol escaldante que nos seca em três tempos.

Reaquecidos, continuamos a subir em direcção a Chairama, uma das maiores povoações tayrona por altura da chegada dos espanhóis com mais de duzentos e cinquenta terraços erguidos sobre a selva e uma população de 3000 nativos.

Os colonos habituaram-se a tratá-la por El Pueblito.

Chairama, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Cabanas de estrutura tayrona dotam o cenário preservado de Chayrama.

O Longo Caos Colombiano Que Ameaçou a Sobrevivência dos Indígenas Tayrona

A proximidade da costa e a vulnerabilidade aos ataques espanhóis, ditou a retirada precoce da população de Chairama e o abandono às pilhagens e à natureza. Tal abandono só foi travado recentemente pelo apaziguar da situação politico-militar nesta zona da Colômbia e porque o governo começou, por fim, a valorizar o património histórico e étnico único do país.

Muito graças ao seu maior isolamento, actualmente, a povoação Tayrona mais emblemática é Teyuna, a misteriosa Ciudad Perdida, situada a três dias de caminhada de Chairama.

A partir da sua descoberta, em 1975, Teyuna originou o que ficou conhecido por Infierno Verde, uma autêntica guerra entre grupos de ladrões de artefactos (os guaqueros) que se prolongou por vários anos.

Apesar das pilhagens e de tantos outros traumas, os descendentes dos seus construtores sobreviveram. Voltaram a habitar a zona e descem a Chairama e às povoações colombianas da beira da estrada onde interagem com os colombianos “invasores”.

Maracujás, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Agricultor mestiço carrega maracujás num trilho na proximidade de Chayrama.

Serra Acima, a Caminho de Chairama, El Pueblito

A subida para Chairama prova-se mais íngreme do que o esperado. Mesmo exigente, dezenas de pessoas distintas percorrem aquele trilho todos os dias entregues aos seus afazeres.

Entre outros transeuntes, cruzamo-nos com um agricultor crioulo que carrega uma enorme saca de maracujás. E pela casa abarracada de uma família campesina em que guerreiam três irmãos irrequietos.

3 irmãos, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Três irmãos abraçam-se junto à sua casa perdida no sopé da elevação em que se situa El Pueblito, a velha povoação tayrona de Chairama.

Mais acima na montanha, deparamo-nos com os primeiros indígenas Kogi e Arhuaco, que identificamos facilmente pelas roupas brancas e pelos seus cabelos escuros e longos.

Trocamos algumas palavras casuais em castelhano mas estes povos são conhecidos por dizerem apenas o estritamente necessário e pela desconfiança justificada com que abordam os contactos dos forasteiros.

Stephen Ferry, um repórter da National Geographic que visitou os seus retiros elevados da Sierra Nevada e assistiu a cerimoniais dos Mamas (sacerdotes) descreve alguns exemplos mais concretos: “… quando os Mamas comunicam percebe-se, de imediato, que as suas referencias não pertencem ao nosso mundo ocidental.

Uma Concepção Pura do Mundo. E o Dever Tayrona de o Defender da Inconsciência dos Brancos

Mencionam a conquista espanhola como se tivesse acontecido recentemente. Falam abertamente da força da criação, ou Se, o centro espiritual de toda a existência. E de aluna, o pensamento, a alma e a imaginação dos homens …”

Ainda segundo a descrição de Ferry, os Kogi, os Arhuaco e os Wiwa consideram que as coisas realmente valiosas estão subjacentes nos significados e ligações retiráveis das realidades palpáveis do mundo.

A sua cosmologia contempla, por exemplo, um universo feito de nove camadas. O templo em que se reúnem tem igualmente nove degraus, como são nove os meses de gestação de uma criança.

PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Crianças descem um dos trilhos que serpenteiam em redor de Chayrama, no sopé da Serra Nevada de Santa Marta.

Para eles, uma colina pode ser vista como uma casa, os pelos do corpo humano como as árvores da floresta. Já os chapéus brancos dos homens arhuaco representam os campos de neve dos cumes em que vivem enquanto o todo das suas montanhas forma o Cosmos.

Os índios da Serra Nevada consideram-se os irmãos mais velhos, guardiães genuínos do planeta e à sua montanha o “Coração do Mundo”. Vêem ainda os colonos forasteiros como os irmãos mais novos.

Num raro documentário da BBC em que acederam participar “The Elder Brothers’ Warning”, os Mamas avisam que não vão manter a atitude condescendente que têm defendido para sempre: “Até agora ignorámos o Irmão mais Novo. Não nos dignámos sequer a dar-lhe umas palmadas. Mas não podemos continuar a tomar conta do mundo sozinhos … “

Feixe de Luz, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Feixe de luz penetra na selva densa do Parque Nacional Tayrona

A Guerra Civil Colombiana, a Cocaína e Toda a Devastação Que Geravam

Até há algumas décadas, os descendentes das etnias Tayrona viam a sua missão de protecção espiritual do mundo cada vez mais complicada.

Produtores de cocaína, guerrilhas, paramilitares e o exército colombiano apoderavam-se das suas terras ou trespassavam-nas e nelas se confrontavam e perturbavam a harmonia natural das coisas.

No fim dos anos 90, o governo colombiano começou a controlar a situação. Derrotou aos poucos os exércitos privados, fumigou as plantações de coca e concedeu perdões e apoios à reconversão. Muitos produtores de cocaína aproveitaram essa oferta.

A cavalo, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Morador cavalga por um trilho que liga El Pueblito à estrada nacional que atravessa o Parque Nacional Tayrona.

O sucesso das operações militares anulou a guerrilha e concedeu novas oportunidades. Como a usada por Luís e Richard Velázquez que aderiram ao Plano Colômbia e se juntaram à “sua” querida Asociación Posadas Ecoturísticas.

Como nos desabafou Richard Velazquez, “estos son cambios muy chéveres” adjectivo que se pode interpretar como “à maneira”.

Não obstante, entre tantas outras, os povos descendentes dos Tayrona continuam a sentir a pressão dos agricultores convencionais que ambicionam as suas terras para cultivarem bananas e palmeiras-de-azeite. Sabe-se também, de antemão, que a questão da cocaína nunca está realmente resolvida.

No regresso do Pueblito, cruzamo-nos mais uma vez com indígenas. Blás é o segundo e o mais misterioso. Trocamos cumprimentos e um curto diálogo. Logo, ficamos os três a descansar junto a um ribeiro.

Kogi, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Blás, um indígena do grupo Tayrona mistura folhas de coca com pó de conchas num poporo, uma espécie de cachimbo

Quando o interrogamos sobre o cansaço das viagens de ida e volta a Chairama, percursos que cumpre para vender artesanato aos poucos visitantes da povoação, arrancamos-lhe uma explicação elementar e aparentemente alienada.

Assim que pode, Blás entrega-se a uma nova recarga de folhas de coca e conchas moídas. Enche a sua poporo (cabaça) e devolve-nos aos sons da selva.

Sentimos a energia da natureza e a paz de espírito absoluta do nativo.

E não conseguimos deixar de pensar em quem salvará os indígenas tayrona da inconsciência dos irmãos mais novos.

Santa Marta e PN Tayrona, Colômbia

O Paraíso de que Partiu Simón Bolívar

Às portas do PN Tayrona, Santa Marta é a cidade hispânica habitada em contínuo mais antiga da Colômbia.  Nela, Simón Bolívar, começou a tornar-se a única figura do continente quase tão reverenciada como Jesus Cristo e a Virgem Maria.
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
San Ignácio Mini, Argentina

As Missões Jesuíticas Impossíveis de San Ignácio Mini

No séc. XVIII, os jesuítas expandiam um domínio religioso no coração da América do Sul em que convertiam os indígenas guarani em missões jesuíticas. Mas as Coroas Ibéricas arruinaram a utopia tropical da Companhia de Jesus.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Teatro de Manaus, Brasil
Cidades
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Cultura
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Namibe, Angola, Gruta, Parque Iona
Em Viagem
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Moradora de Dali, Yunnan, China
Étnico
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Cebu, Mactan, Filipinas, O atoleiro de Magalhães
História
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Vertente leste do vulcão, Ilha do Fogo, Cabo Verde
Ilhas
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Torres del Paine, Patagónia Dramática, Chile
Natureza
PN Torres del Paine, Chile

A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Cahuita, Costa Rica, Caribe, praia
Parques Naturais
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
Vulcão Teide, Tenerife, Canárias, Espanha
Património Mundial UNESCO
Tenerife, Canárias

O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Mangal entre Ibo e ilha Quirimba-Moçambique
Praias
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
A Crucificação em Helsínquia
Religião
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Cabine lotada
Sociedade
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Vida Selvagem
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.