Victoria Falls, Zimbabwe

O Presente Trovejante de Livingstone


A Névoa
A Revelação das Cataratas
Pintura retrata o momento em que nativos mostram as cataratas de Victoria a Livingstone
Duo Hippo
Vista Aérea
Alvorada
Vultos Deslumbrados
Pote no fundo das cataratas
Arco-iris projectado da falésia em que se precipita o rio Zambeze
David Livingstone
Alvorada III
Quase noite
Hóspedes terminam mais um dia em estilo na esplanada do hotel Victoria Falls.
Livingstone de Fato
Fotografia histórica de David Livingstone em preparos nada condizentes com o seu estatuto de explorador pioneiro.
Névoa de splash
Névoa levantada pelo impacto das cataratas de Victoria esvoaça sobre a savana
Not Stanley
Empregado do Victoria Falls Hotel à porta da Stanleys Room
The Colonies
Um dos muitos cartazes propagandisticos do hotel Victoria Falls que em tempos promoveu a importância das colónias britânicas
Victoria Falls, em parte
Um dos segmentos das Victoria Falls
Jungle Junction
Empregado do Hotel Victoria Falls faz-se de explorador de trajes de caqui e uma velha espingarda em riste
As grandes Cataratas de Victoria
O rio Zambeze precipita-se numa falha geológica que marca a fronteira entre o Zimbabwe e a Zambia
Cross sing – Rail Road
Sinal avisa para a possível passagem de comboio à entrada de Victoria Falls, no Zimbabwe.
Névoa solarenga
Névoa ascende acima da falha geológica em que se precipita o rio Zambeze, sobre o pôr-do-sol.
Alvorada II
O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha

Há já algum tempo que o Zimbabué se evidenciava pelas piores razões.

Só os viajantes mais destemidos se aventuravam pelo seu território desgovernado.

A inflação deste país outrora próspero dizia bem do caos a que o orgulhoso Presidente Mugabe o havia entregue: em 1998, era de 32% e, no fim de 2009, tinha já ascendido ao valor surreal de 516 quintiliões (1030) por cento, ainda assim o segundo pior caso da história.

Os preços dobravam a cada 1.3 dias.

Agravavam a pobreza generalizada numa altura em que a maior parte da população recorria ao mercado negro e às nações vizinhas para sobreviver. 60% da vida selvagem tinha desaparecido devido à caça ilegal e à deflorestação descontrolada.

No entanto, o panorama assustador do país pouco ou nada parecia importunar a existência colonial-glamorosa do hotel Victoria Falls, instalado, desde 1904, no recanto noroeste do Zimbabué.

Há muito conhecido como “The Great Lady of the Falls.”

O Abrigo ex-Colonial do Victoria Falls Hotel

A noite anuncia-se. Hóspedes com as mais distintas origens instalam-se nas cadeiras confortáveis do Stanley’s Terrace, perfumados e rejuvenescidos dos passeios africanos da tarde.

Cataratas de Victoria, Zimbabwe, esplanada do hotel Victoria Falls

Hóspedes terminam mais um dia em estilo na esplanada do hotel Victoria Falls.

Alguns são estreantes no hotel.

O responsável pela equipa de empregados nativos apresenta-os às normas da casa no tom clássico british tão bem caracterizado por Steven Fry enquanto o Jeeves da série Jeeves & Wooster.

“And, if you allow me a final note, ladies and gentlemen, dinner is served from six to nine at the Livingstone Room and Jungle Junction restaurants”.

Cataratas de Victoria, Zimbabwe, porteiro de hotel

Empregado do Victoria Falls Hotel à porta da Stanleys Room

A arquitectura e decoração em redor revelam-se fieis ao ambiente anacrónico que perdura, inspiradas pela grandiosidade e elegância eduardiana com que os colonos britânicos procuraram sentir-se em casa.

Tão longe da velha Albion.

Além do mobiliário da época, destacam-se troféus de caça, longas sequências de posters que recordam a vanglória do império britânico.

Ilustrações e fotos a preto e branco ou sépia conduzem ao passado longínquo de Victoria Falls – a povoação – e das cataratas, na companhia de hóspedes habituais, muitos deles reais ou presidenciais, outros, apenas célebres.

Cataratas de Victoria, Zimbabwe, cartaz imperialista

Um dos muitos cartazes propagandisticos do hotel Victoria Falls que em tempos promoveu a importância das colónias britânicas

David Livingstone desbravou toda esta zona de África à futura colonização da sua coroa.

Inspirou uma série de nomes e títulos, do cocktail mais procurado do hotel à cidade que se desenvolveu do outro lado da fronteira com a Zâmbia.

Não viveu o suficiente para assistir a estes desenvolvimentos adicionais da sua estranha mitificação.

David Livingstone. Da Escócia ao Coração Zambeziano de África

Livingstone nasceu, em 1813, na vila escocesa de Blantyre, no seio de uma família protestante. Durante a sua adolescência, sentiu o apelo da causa missionária.

Em 1841, partiu para a África do Sul.

Lá se juntou a Robert Moffat, da London Missionary Society.

O seu trabalho em Kuruman, os métodos de Moffat e da sociedade missionária, em geral, desiludiram-no. Esse desapontamento levou a que tomasse as suas próprias iniciativas.

Entre 1852 e 1856, depois de quase ter sido devorado por um leão, levou a cabo uma exploração exaustiva da África Central e do Sul.

Foi um dos primeiros ocidentais a realizar uma travessia do continente.

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Pintura retrata o momento em que nativos mostram as cataratas de Victoria a Livingstone

E cumpriu-o com partida de Luanda, Angola e chegada a Quelimane, junto à foz do rio Zambeze, Moçambique, no oceano Índico.

Mapa Cor-de-Rosa e a Rivalidade Luso-Britânica pelo Domínio de África

Também os  portugueses Silva Porto, Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens e Serpa Pinto tinham esboçado o feito.

A determinada altura, incentivou-os o objectivo de contribuirem para a concretização do chamado Mapa Cor-de-Rosa, a colonização portuguesa de uma vasta área contínua de África do Atlântico ao Índico, litoral de Angola ao litoral de Moçambique.

Àquela latitude, a combinação letal da malária, com a disenteria, a doença do sono e a oposição feroz de tribos poderosas como os Lozi e os Lunda, haviam, até então, frustrado todas as intenções.

Durante a travessia, Livingstone desceu o rio Zambeze, conduzido por nativos que lhe revelaram as quedas d’ água Mosi-oa-Tunya (o fumo trovejante),

Rendido à beleza e imponência daquele lugar, o explorador viria a escrever: “… cenas tão adoráveis devem ter sido admiradas pelos anjos enquanto voam”.

Ficou com o crédito da descoberta e aproveitou para as baptizar em honra da sua monarca.

Não obstante, mesmo se sem o mesmo impacto e reconhecimento, crê-se que os exploradores portugueses já teriam, antes (durante o século XVII) explorado a zona e assinalado as cataratas em diversos mapas,

Um dos mais prováveis terá sido o missionário jesuíta Gonçalo da Silveira (Almeirim, Portugal, 1526). Silveira desembarcou em Sofala, Moçambique, em 1560.

No fim desse ano, dedicou-se a subir o rio que os portugueses conheciam por Cuama (Zambeze), em busca da capital do império Monomotapa, com capital na povoação que originou as actuais ruínas de Grande Zimbabué.

Em “Os Lusíadas“, Luís de Camões narra como árabes muçulmanos de Moçambique se enfureceram com a acção do padre e o estrangularam.

“Vê do Benomotapa o grande Império,
De selvática gente, negra e nua,
Onde Gonçalo morte e vitupério
Padecerá, pela fé santa sua.”

Mais tarde, os portugueses enviaram uma expedição com o fim de vingar a sua morte. Esses homens não regressaram ou voltaram a dar notícias.

Malgrado o seu fim trágico, Silveira eternizou-se na história colonial de África.

A personagem José Silvestre de “As Minas de Salomão”, de H. Rider Haggard, terá nele sido inspirada.

Por acção de Gonçalo da Silveira ou por obra de outro missionário ou explorador, no século XVII existiam já mapas portugueses que assinalavam a localização das grandes cataratas do rio Zambeze, como sendo “mortais”.

As razões para tal, mantêm-se várias. O risco de nelas cair de quem navega o Zambeze.

As numerosas colónias de hipopótamos, crocodilos, elefantes e outros animais potencialmente letais.

A referência principal de orientação dos hóspedes do Victoria Falls Hotel é, ainda hoje, a cortina de “fumo branco” avistada por Livingstone à distância.

A Travessia Arriscada entre o Hotel Victoria Falls e a Victoria Falls Povoação

Tentamos não a perder de vista à medida que avançamos pelo trilho que conduz à povoação e às quedas de água.

A caminhada é interrompida por complicações inesperadas. Uma manada de búfalos bloqueia a passagem.

Os animais – conhecidos pela sua agressividade – só se mudam ao fim de 20 minutos. Vencido o obstáculo, abordam-nos dezenas de nativos determinados a vender-nos peças de artesanato.

cataratas de Victoria, Zimbabwe, sinal ferroviario

Sinal avisa para a possível passagem de comboio à entrada de Victoria Falls, no Zimbabwe.

Cruzamos a linha de caminho de ferro e o centro da pequena Victoria Falls. Prosseguimos em direcção à entrada do recinto.

Já no interior, espanta-nos a mudança na vegetação, que a aspersão provocada pelas quedas torna bem mais densa e luxuriante que a da savana em redor.

Essa vegetação funciona como um véu natural. Logo se impõe a visão vertiginosa da falha geológica em que se precipita o Zambeze.

Hora de Desvendar as Mosi-oa-Tunya, as Cataratas de Victoria

Enquanto procuramos as perspectivas privilegiadas da Devil’s View, onde a catarata concentra um volume de água massivo, os borrifos refrescam-nos.

São seis as gargantas que compõem as Vic Falls, como são também chamadas.

Com uma altura média de 108 metros, formam uma falha com 1700 metros de extensão que integra o território da Zâmbia.

Cada uma delas dá origem a visuais distintos que mudam à medida que o volume de água oscila da época das chuvas para a seca.

Encontramos a estátua memorial de David Livingstone, em que se lê o mote peculiar porque se regia: “Cristandade, Comércio e Civilização”.

Cataratas Victória, Zâmbia, Zimbabué, Zambeze, David Livingstone

Após a descoberta das cataratas, Livingstone passou a acreditar que a chave para a concretização daqueles princípios era a navegação do rio Zambeze como uma artéria comercial para o interior.

Regressou à Grã-Bretanha com o fito de obter apoio para as suas ideias. E de publicar um livro sobre as suas descobertas que o destacasse como um dos principais exploradores da época.

Livingstone começou também a acreditar que devia seguir um chamamento espiritual que o instigava a explorar em vez de converter.

Demitiu-se da London Missionary Society.

A Decadência Inevitável e a Morte de Livingstone

O governo britânico subsidiou-o e Livingstone regressou ao seu projecto.

O Zambeze provou-se invencível junto aos rápidos de Cahora Bassa.

No tempo que passara, os membros da expedição aperceberam-se da real personalidade do pioneiro escocês. Acusaram-no de não saber liderar, de ser temperamental, caprichoso. De não tolerar criticas ou discordâncias.

Em 1862, John Kirk, o seu médico escreveu “Só posso chegar à conclusão de que o Dr. Livingstone não está bom da cabeça e é um líder perigoso.”

Livingstone revela-se, então, obstinado.Mesmo tendo visto morrer parte dos seus assistentes e sido abandonado por outros, declarou: “Estou preparado para ir a qualquer lugar, desde que seja para a frente”.

Durante seis anos, David Livingstone perdeu contacto com o mundo exterior. Nos últimos quatro de vida esteve doente.

O seu retiro intrigou a Royal Geographical Society de Londres e o mundo em geral.

O New York Herald decidiu enviar Henry Stanley para o procurar. O jornalista encontrou o explorador em Ujiji, nas margens do lago Tanganika, em Outubro de 1869. Lá o terá abordado com a sua famosa frase “Dr. Livingstone, I presume?

Quatro anos depois, Livingstone morreu de malária e de uma hemorragia interna provocada por disenteria. A rainha Victoria, por sua vez, faleceu em Janeiro de 1901.

Victoria nunca viajou para sul da Europa. E nunca chegou a ver as “suas” quedas d’ água.

Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Cascatas e Quedas de Água

Cascatas do Mundo: Impressionantes Rios Verticais

Dos quase 1000 metros de altura do salto dançante de Angel à potência fulminante de Iguaçu ou Victoria após chuvas torrenciais, abatem-se sobre a Terra cascatas de todos os tipos.
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Arquitectura & Design
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Verificação da correspondência
Cerimónias e Festividades
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Península Iucatão, Cidade Mérida, México, Cabildo
Cidades
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Cabine lotada
Cultura
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
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O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
viagem austrália ocidental, Surfspotting
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Étnico
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Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

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Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

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Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
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Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
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Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
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O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

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Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
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Sociedade
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Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Vida Selvagem
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.