Tofo, Moçambique

Entre o Tofo e o Tofinho por um Litoral em Crescendo


Na Crista da Pequena Onda
Pescadores impulsionados por uma onda no regresso ao Tofo, Moçambique
Areia Tórrida
Banhista cruza o areal quente da Praia do Tofo, Moçambique
Um Trono de Areia
Mulher e cão no cimo das dunas mais altas do Tofo
Take Away
Autocarro transformado em bar take-away, dá mais cor ao centro do Tofo.
Fim do Dia
Luzes artificiais iluminam um dos bares-restaurante da Praia do Tofo.
Rádio-Coco
Vendedores de artesanato promovem um pitoresco rádio-coco, no Tofo
Uma Cabana Sobranceira
Cabana acima da Praia do Tofo, Moçambique
O Fundo da Praia
Barcos e redes em seco, nos fundos da Praia do Tofo, Moçambique
Conversas na Penumbra
Vendedoras conversam numa das lojas alinhadas no centro do Tofo
Duo Sorridente
Empregadas de um dos bares-restaurantes da Barra, Tofo
Castigo do Fim da Pesca
Pescadores empurram barcos areal acima, na Praia do Tofo, Inhambane, Moçambique
Mar quase Bravo, no Tofo
Banhistas para cá e para lá no mar do Índico que banha a Praia do Tofo.
Banhistas Proíbidos
Placa de "Proibido Banhistas" derrubada, num limiar mais perigoso da Praia do Tofo
Surf & Muito Mais
Letreiros indicam negócios no Tofo, Moçambique
A Praia do Tofo
A praia principal do Tofo, com as vagas a estenderem-se areal acima.
Trio do Surf
Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique
Na Crista do Ocaso
Surfista na crista de uma pequena onda, na Praia do Tofo, Moçambique
Ocaso do Coqueiral
Sol põe-se ainda acima de um dos coqueirais imensos que envolvem o Tofo.
Litoral do Tofinho
Imagem aérea de uma Península do Tofinho.
Quase noite no Tofo
Cena de lusco-fusco de uma rua do pequeno centro do Tofo.
Os 22km entre a cidade de Inhambane e a costa revelam-nos uma imensidão de manguezais e coqueirais, aqui e ali, salpicados de cubatas. A chegada ao Tofo, um cordão de dunas acima de um oceano Índico sedutor e uma povoação humilde em que o modo de vida local há muito se ajusta para acolher vagas de forasteiros deslumbrados.

Era a segunda vez numa década que viajávamos até ao Tofo.

Com a companhia e num carro de amigos a viverem em Maputo, a viagem inaugural fluiu suave e prazerosa. A segunda, obrigou-nos a um despertar madrugador na capital.

E a oito horas num machibombo a que se somou quase outra hora passada a bordo de um chapa, entre Inhambane e a povoação.

A visão do Tofo, das suas areias e do mar logo ali em frente, impôs-se como uma recompensa merecida. Depressa se dissipou na curiosidade que partilhávamos quanto a como encontraríamos o lugar, ao que estaria na mesma e ao que havia mudado.

O Regresso ao Tofo, não Tarda, uma Década Depois

Sabíamos que chegávamos sobre o fim da época das chuvas, na ressaca da passagem de umas poucas tempestades tropicais e furacões de que se destacou o “Filipo” que, entrou por Moçambique a 12 de Março. Estávamos a 17. Vários hotéis, lodges e casas mais próximas do mar ainda recuperavam de estragos.

Na paisagem, pouco ou nada notámos, nem sequer demasiados coqueiros com copas rapadas, uma imagem de marca da passagem recente de tufões.

Na derradeira linha de costa, onde o Índico verdejante massacrava aquele reduto de África Oriental, tudo parecia semelhante. Senão igual.

A praia principal do Tofo, com as vagas a estenderem-se areal acima.

A praia principal do Tofo, com as vagas a estenderem-se areal acima.

Ficamos instalados numa vivenda elegante do Tofinho. Elegante e luxuriante, mas demasiado aberta.

Exposta às melgas que, na ressaca das longas chuvas moçambicanas, proliferavam, nos massacravam e geravam uma inevitável inquietude malárica.

Dessa casa arejada e tão ou mais tropical que o entorno, saímos para as ruas de areia que anunciavam as dunas forradas de arbustos acima da praia.

Já a meio da manhã seguinte, com o sol a torrar-nos e a intensificar a translucidez esmeralda do Índico, inauguramos uma caminhada para sul, na direcção do promontório que encerrava o domínio balnear da povoação.

Imagem aérea de uma Península do Tofinho, Tofo, Moçambique

Imagem aérea da península que encerra o Tofinho

A Redescoberta do Tofinho

Detemo-nos numa banca de fruta, determinados a repormos o estoque de maracujás que devorávamos aos quilos. Também faltavam aos fruteiros. Resistimos a comprar outras frutas que nos sobrecarregariam a caminhada.

Deixamo-los entregues ao seu almoço à sombra, à sua chima encharcada por uma qualquer molhanga picante.

Avançamos até ao caminho de areia se entregar a um cimo terroso, em parte ervado. Coroa-o um monumento. Um braço e mão despontam de uma pirâmide.

Exibem uma corrente quebrada, um símbolo comum em África para a libertação do jugo da escravatura imposta pelas potências coloniais.

Aquele do Tofinho, em particular, retinha, desde que foi erguido, em 1989, um significado específico.

Servia de memorial, diz-se que das vítimas da PIDE que, durante a Guerra da Independência de Moçambique, as terá atirado para uma fenda na costa rude e cortante abaixo do bairro Josina Machel.

O Controverso Buraco dos Assassinados

Macabro, o lugar foi, durante algum tempo, preservado pelas autoridades moçambicanas, umas poucas ossadas mantidas em vitrines para que os crimes não fossem esquecidos.

Placa indica o Buraco dos Assassinados, no Tofinho, Tofo

Placa indica o Buraco dos Assassinados, no Tofinho, Tofo

O intento durou o que durou. Estima-se que, em 2023, malfeitores pilharam as ossadas. O Buraco dos Assassinados ficou ao abandono. Encheu-se de lixo. Mesmo assim, há quem continue a tentar usar o seu poder espiritual.

Espreitamos o abismo apertado da falésia quando, do nada, aparecem três mulheres do cimo do trilho.

Mesmo connosco na varanda que envolve a fenda, alinham-se à sombra de uma sebe de arbustos, logo acima das vagas que se despenhavam contra a falésia.

Sem que o esperássemos, levantam os braços e mantêm-nos apontados ao mar. Inauguram, assim, um qualquer ritual esotérico, de apelo ou convocação que combina cânticos com gritos e gemidos.

Soam-nos mórbidos.

Chegam a arrepiar-nos. Curiosos como estávamos, esperamos um pouco para lhes perguntarmos o que faziam. Esquivam-se, no entanto, ao contacto, e voltam a subir a ladeira em óbvia debandada.

Cogitamos um pouco sobre o que se teria ali passado.

Caminhada do Tofinho ao Tofo

Logo, seguimos-lhes os passos, na direcção do centro do Tofo, com paragem para banhos numa enseada mais apelativa em que um instrutor moçambicano e três aprendizes estrangeiras surfavam as ondas geradas pelo recife ao largo.

Era a primeira comunhão revigorante com o Índico do Tofo após as várias de 2017.

E a recuperação da partilha do mar local com a comunidade multinacional de surfistas que surfam o Tofo, a par dos snorkelers e mergulhadores que se deleitam com o seu mar repleto de corais e outras exuberâncias submarinas.

Vendedores de artesanato promovem um pitoresco rádio-coco, no Tofo

Vendedores de artesanato promovem um pitoresco rádio-coco, no Tofo

Com a tarde a avançar, seguimos em busca do centro da povoação, dos seus moradores, artesãos e vendedores.

Damos com o mercado numa azáfama comedida.

Uma fila de mulheres que expõem frutas e vegetais, complementam, com frescura natural, a oferta de umas poucas lojas e minimercados.

Bancas do reduto comercial do Tofo, iluminadas ao arrebol.

Bancas do reduto comercial do Tofo, iluminadas ao arrebol.

“Vão levá-los todos, certo?” atira uma vendedora, quando confirma que a sua montra de maracujás era o que mais nos interessava, entre conversas em bitonga e noutros dialectos locais de concorrentes frustradas por não levarmos nada das suas bancas.

O Contributo do Tofo no Processo de Independência de Moçambique

Boa parte delas oferecem cajus. Nem seria de esperar outra coisa. Durante o período colonial que se estendeu do século XVI à independência de 1975, os portugueses acrescentaram à paisagem de coqueiral da região vastos e lucrativos cajueirais.

Lá se viram forçados a trabalhar, em modo escravo e, mais tarde, por pagamentos quase simbólicos, milhares de nativos da província de Inhambane. Como aconteceu noutras partes de Moçambique, esse jugo esmagador provou-se determinante para os levantamentos locais que, em 1964, contribuíram para o espoletar da Guerra de Independência.

O Tofo pode ainda orgulhar-se de, em Junho de 1975, ter sido uma das escalas da jornada de Samora Machel, entre o Rovuma e a capital Maputo, onde viria a ser proclamada a independência e onde se assumiria o primeiro presidente da nação. O Tofo acolheu ainda o encontro que resultou na versão inaugural da Constituição de Moçambique.

Ao fim de quase meio milénio, Moçambique tornou-se moçambicano. Os cajus subsistem, a par dos imensos coqueirais. Cajus e cocos geram receitas importantes para a subsistência de muitos tofenses.

Passagem pelo Reduto Turístico-Comercial do Tofo

Contribuem ainda para gastronomia servida nos pequenos restaurantes alinhados na rua atrás do mercado.

Nessa noite, ainda haveríamos de nos sentar num deles, de nos deliciarmos com umas poucas especialidades.

Autocarro transformado em bar take-away, dá mais cor ao centro do Tofo.

Autocarro transformado em bar take-away, dá mais cor ao centro do Tofo.

Adiante, mais junto à praia, surge o espaço dos bares, ainda algo abarracados como os tínhamos constatado na anterior incursão.

Agora, com a novidade de um velho autocarro amarelo convertido em bar-rulote take-away.

Passamos para leste do autocarro e da sebe de árvores que delimitam o centro.

Voltamos ao areal, desta vez, o da praia principal do Tofo.

Mulher e cão no cimo das dunas mais altas do Tofo

Mulher e cão no cimo das dunas mais altas do Tofo

O sol rendia-se ao seu ocaso. Uma rapariga acompanhada de um cão, reinava no cimo das dunas mais altas da povoação.

Vemo-la, sentada, acima dos telhados em A de uns poucos bungalows de madeira, acima dos coqueiros, palmeiras e papaeiras que também dali despontavam.

Sol põe-se ainda acima de um dos coqueirais imensos que envolvem o Tofo.

Sol põe-se ainda acima de um dos coqueirais imensos que envolvem o Tofo.

Tinha-se instalado no melhor lugar do Tofo para apreciar o sumiço do grande astro.

Ainda faltava algum tempo. Tempo que estávamos decididos a aproveitar.

Banhista cruza o areal quente da Praia do Tofo, Moçambique

Banhista cruza o areal quente da Praia do Tofo, Moçambique

Em modo de descoberta.

A Praia do Tofo e um Frenesim Surfista de Fim de Dia

Da frente do mercado, caminhamos na direcção das dunas, duma azáfama de surfistas atraídos por uma ondulação baixa mas vigorosa que entrava pela baía.

Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique

Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique

Cruzam-se vários. Uns, vindos do cimo das dunas, outros, da entrada interior da enseada. Num ápice, partilham as vagas, num êxtase cada vez mais dourado.

Fotografamo-los e às suas silhuetas mágicas.

Surfista na crista de uma pequena onda, na Praia do Tofo, Moçambique

Surfista na crista de uma pequena onda, na Praia do Tofo, Moçambique

Até que o ocaso se dá para trás do coqueiral sem fim, o arrebol toma conta da baía.

Com o escuro, os instrutores e salva-vidas ditam que todos deveriam sair da água.

Placa de "Proibido Banhistas" derrubada, num limiar mais perigoso da Praia do Tofo

Placa de “Proibido Banhistas” derrubada, num limiar mais perigoso da Praia do Tofo

O Lusco-Fusco e a Entrada em Cena dos Bares e Restaurantes

A custo, põem fim à diversão marinha, com plena noção de que uma outra, logo ali ao lado os aguardava.

A dos bares, dos restaurantes, a do convívio multiétnico e de babel da povoação, dentro de uns dias, animada pelo reforço de gente que chegaria com a época seca e alta.

Voltámos a confirmá-lo. As pandemias, as tempestades, os furações abalam o ritmo do Tofo. Não lhe levam os seus sinais moçambicanos de vida.

Cena de lusco-fusco de uma rua do pequeno centro do Tofo.

Cena de lusco-fusco de uma rua do pequeno centro do Tofo.

COMO IR

Voe de Lisboa para Maputo, com a TAPflytap.com por a partir de 800€ ida-e-volta.

Reserve o seu programa de Moçambique com a Quadrante Viagens: quadranteviagens.pt

Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Moçambique

A Ilha que Ilumina a de Moçambique

A pequena ilha de Goa sustenta um farol já secular à entrada da Baía de Mossuril. A sua torre listada sinaliza a primeira escala de um périplo de dhow deslumbrante em redor da velha Ilha de Moçambique.

Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Inhambane, Moçambique

A Capital Vigente de uma Terra de Boa Gente

Ficou para a história que um acolhimento generoso assim fez Vasco da Gama elogiar a região. De 1731 em diante, os portugueses desenvolveram Inhambane, até 1975, ano em que a legaram aos moçambicanos. A cidade mantém-se o cerne urbano e histórico de uma das províncias mais reverenciadas de Moçambique.
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Gurué, Moçambique, Parte 2

Em Gurué, entre Encostas de Chá

Após um reconhecimento inicial de Gurué, chega a hora do chá em redor. Em dias sucessivos, partimos do centro da cidade à descoberta das plantações nos sopés e vertentes dos montes Namuli. Menos vastas que até à independência de Moçambique e à debandada dos portugueses, adornam alguns dos cenários mais grandiosos da Zambézia.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Nova Sintra, Brava, Cabo Verde, panorâmica
Cidades
Nova Sintra, Brava, Cabo Verde

Uma Sintra Crioula, em Vez de Saloia

Quando os colonos portugueses descobriram a ilha de Brava, repararam no seu clima, muito mais húmido que a maior parte de Cabo Verde. Determinados em manterem ligações com a distante metrópole, chamaram a principal povoação de Nova Sintra.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Cultura
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Erika Mae
Em Viagem
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Étnico
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
História
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Solovestsky Outonal
Ilhas
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Santiago, ilha, Cabo Verde, São Jorge dos Órgãos
Natureza
Santiago, Cabo Verde

Santiago de Baixo a Cima

Aterrados na capital cabo-verdiana de Praia, exploramos a sua pioneira antecessora. Da Cidade Velha, percorremos a crista montanhosa e deslumbrante de Santiago, até ao topo desafogado de Tarrafal.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Parques Naturais
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Património Mundial UNESCO
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Praias
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Pemba, Moçambique, Capital de Cabo Delgado, de Porto Amélia a Porto de Abrigo, Paquitequete
Religião
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Kogi, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia
Sociedade
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Vai-e-vem fluvial
Vida Selvagem
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.