Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Moçambique

A Ilha que Ilumina a de Moçambique


Embarque-Desembarque
Donos de dhows tratam das suas embarcações enquanto a maré desce.
Navegação de Dhow
Pescadores
Ancoragem
Pés em Terra
Omar e o Guia
O Encosto do Farol
Sede de Omar
Silhueta no Janelo
A Calibração Possível
Vista lá de Cima
À Janela
Pesca ao Pé
De Volta do Farol
Vida de Dhow
A Ilha de Moçambique

A pequena ilha de Goa sustenta um farol já secular à entrada da Baía de Mossuril. A sua torre listada sinaliza a primeira escala de um périplo de dhow deslumbrante em redor da velha Ilha de Moçambique.

Após uma aturada selecção e negociação, por fim, chegamos a um acordo.

Apesar da atenção e do discernimento empregues, falha-nos um pormenor. Irrisório, senão cómico. Ainda assim, por via da história associada, uma mácula que preferíamos ter evitado.

Dos vários dhows ancorados em frente ao pontão, sob a supervisão da estátua de bronze de Vasco da Gama, acabamos por embarcar num baptizado de “Titanic”.

Embarque-Desembarque

Nessa manhã, tínhamos voltado a cruzar-nos com Omar, um jovem vendedor de chamuças que percorria a Ilha de Moçambique com um grande frasco ao ombro.

Como era expectável, os lucros diários obtidos pelo rapaz provavam-se comedidos. De tal maneira assim era que, em vez de se entregar ao seu ofício, Omar opta por nos acompanhar no passeio.

Os donos do dhow conhecem-no.

Admitem-no a bordo e ao boião que o miúdo carregava como um apêndice de plástico gorduroso.

A Partida Matinal da Ilha de Moçambique

Instalamo-nos numa zona da embarcação que o capitão nos indica e em que não atrapalharíamos as manobras do trio de tripulantes. Instantes depois, zarpamos para a baía de Mossuril, apontados ao extremo norte da Ilha de Moçambique e à saída para o Canal de Moçambique.

O dhow rasa o forte de São Sebastião. Passa por uma frota de pescadores artesanais a bordo das suas pirogas movidas a pagaia única. Ao contornarmos a península ocupada pela fortaleza, flectimos para sudeste.

Entregamo-nos à imensidão do canal.

Nesse tempo, refastelados entre o assento e o fundo do casco, admiramos a perícia com que o capitão e os seus ajudantes ajustam a vela ao vento, como a esticam e fazem oscilar com uma fluidez que mal nos perturba no nosso trono panorâmico.

À medida que nos aproximamos da ilha da Goa, o tráfico marítimo diminui a olhos vistos.

Aos poucos, de um mero vislumbre, define-se uma torre listada, branca e vermelha, acima de uma crista densa da vegetação que preenche o oriente da ilha, para lá de uma costa feita de duas linhas.

Uma primeira, de recife castanho e áspero. Outra, logo acima, de uma areal alvo que antecede o verde arbustivo.

O “Titanic” aproxima-se do recife rochoso. Navega paralelo, a determinada altura, já ao longo do litoral sul e de seus sucessivos recortes. Um deles, revela-se mais profundo que os anteriores.

Acolhe uma pequena angra com leito de areia molhada. O capitão aponta o “Titanic” àquele portinho natural e de águas cristalinas.

Virada a sul e de mar tranquilo a condizer, a enseada concede-nos um desembarque suave.

Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Nampula, ancoragem

Ilha de Goa: o Desembarque na Ilha ainda Deserta

Num ápice, vêmo-nos em terra firme. Subimos para uma laje intermédia forrada a pedra-coral.

Dali, já com um duo de tripulantes do “Titanic” a fazer de guias e Omar a acompanhar-nos, seguimos um trilho de pedra-coral, recto, sulcado na vegetação.

Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Nampula, Omar e guia

Uma de duas vias abertas e que, em forma de cruz, abrangiam a ilha de Goa de sul a norte e de leste a oeste.

Sempre em fila, ou quase fila, chegados ao centro da ilha, cortamos para a sua perpendicular.

No término dessa continuação, com a costa oriental de novo à vista, esbarramos com a torre listada do farol.

“Comi duas chamuças.

Com este calor, estou a morrer de sede” desabafa Omar, no português básico com que se desenvencilhava com os visitantes lusos, à margem do dialecto macua em que os nativos daquelas paragens comunicam.

Aqui e ali, com recurso adicional a línguas vizinhas, casos do quimuane e do suaíli, úteis para conversas com tanzanianos e até mesmo com quenianos.

Sem que o esperássemos, o rapaz serve-se de um poço coberto. Lança para o seu fundo um garrafão atado a uma corda. Recupera-o, cheio de água.

Enche um copo de metal também ali ao dispor, providencial naquele reduto desprovido de outras infraestruturas e castigado pelo sol tropical.

Omar bebe o copo de um trago único. Restabelecido, insta-nos a subirmos ao cimo do farol. “Vamos! É muito bonito lá de cima.”

Ascendemos a escadaria, sem pressas. Mais que guias, os dois tripulantes provam-se escoltas. Por muito que a ilha tivesse por contar, pouco mais sabem que por ali se orientarem, o suficiente para nos conduzirem aos seus pontos fulcrais.

Deixamo-los ganharem avanço.

A meio de um dos lances da escadaria, Omar detém-se a contemplar a vista por um janelo arredondado, já sem vidros.

Atentos aos seus movimentos, apercebemo-nos como a sua face gerava uma silhueta perfeita, contra os azuis do Canal de Moçambique e do horizonte pouco nublado acima.

Retomamos a ascensão.

Ao chegarmos ao cimo, já os guias por lá cirandavam, entretidos a investigarem se as intempéries e os vendavais teriam causado estragos.

Ilha de Goa e o Cimo Panorâmico do Velho Farol

Um deles, segura o invólucro de acrílico da lâmpada eléctrica, como a testar a sua estabilidade.

Apercebemo-nos que tinha as unhas das mãos pintadas de vermelho bem vivo.

Omar também repara. Confrontamos olhares intrigados. Omar furta-se a observar o que quer que fosse, com o conterrâneo por perto.

Mais tarde, confessa-nos que também achava estranho. “Não sei… achou piada e pintou. Por cá, nem sempre quer dizer nada.”

Sem ter como se alongar no tema, o miúdo aproveita o inesperado protagonismo.

Pousa, mais uma vez, o frasco das chamuças e enquadra-se na campânula enferrujada do farol, a apreciar as vistas em redor.

Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Nampula, Omar no Farol

Voltamos a fotografá-lo, naquela sua inadvertida fotogenia.

Enquanto o fazemos, reparamos em vários respingos, longínquos, ainda assim, bem destacados acima do azulão-profundo do Canal de Moçambique.

As Baleias Irrequietas no Canal de Moçambique

Trocamos de objectivas. Quando os enquadramos e magnificamos, percebemos que se tratavam de baleias, entregues a repetidos saltos e exibicionismos afins.

Há milénios que o Canal de Moçambique está na rota migratória de distintas espécies de cetáceos, sobretudo de baleias-jubarte, e de bossa. Nos meses mais frios, estas espécies deixam as águas demasiado gélidas do Mar Antárctico rumo a norte. 

De Junho a Setembro, sobem o sul da costa de África e circulam entre Moçambique, Madagascar, com passagens frequentes ao largo do arquipélago das Comoros.

A sua presença sazonal nestas paragens chegou a justificar que, em tempos em que a caça à baleia carecia de regulamentação, duas empresas, diz-se que norueguesas, instalassem estações baleeiras na província de Inhambane, em Linga-Linga.

Mais tarde, abandonaram-nas, ainda antes de o abate dos cetáceos ser inviabilizado pela sua protecção e pelo estabelecimento de distintas eco-reservas terrestres e marinhas moçambicanas.

E a História Secular do Farol da Ilha de Goa

O farol de que continuávamos a apreciar o panorama índico em redor, esse, foi erguido em 1876, com o fim de assinalar a entrada para a Baía de Mossuril.

De orientar as embarcações ao largo, sobretudo as que tinham como destino a Ilha de Moçambique.

É considerado o mais antigo de Moçambique e estima-se que de toda a costa africana do Índico.

A sua arquitectura quadrangular, em vez de arredondada, serviu de padrão para vários outros entretanto edificados em Zanzibar e ao longo da costa sul da África Oriental Alemã, território colonial desmembrado após a derrota germânica na 1ª Guerra Mundial e que deu origem à actual Tanzânia.

Na origem, o farol da Ilha de Goa tinha meros doze metros de altura.

Em 1923, a sua torre foi aumentada para os trinta e um metros a que nos encontrávamos, dotada de uma nova luz e objectiva, provavelmente antecessoras das que o mantêm em serviço.

Partida da Ilha de Goa, Rumo à Cabaçeira

Como o tínhamos acordado, a Ilha de Goa e o seu emblemático farol eram apenas a primeira paragem de um itinerário mais amplo em redor da Ilha de Moçambique, com desembarque previsto na  não menos intrigante península da Cabaceira.

Ciente do valor do seu tempo, o capitão vê-nos a demorar no cimo da torre. Apesar da distância, consegue alertar os tripulantes-guias que está na hora de prosseguirmos.

Tiramos umas derradeiras fotos.

Após o que regressamos ao solo e ao colorido “Titanic”.

Dali, apontamos à ponta de Cabaceira, ao largo de colónias de embondeiros despidos de folhas que nos parecem saudar.

Esse percurso, cumprimo-lo já empurrados por um vento intenso que faz a vela do dhow empolar e o barco inclinar-se até ao limite da sua veloz flutuação.

O capitão nota-nos apreensivos.

Decide sossegar-nos. “Calma, amigos. Isto da parte da tarde é mesmo assim. Quando mais próximo do pôr-do-sol, mais intenso e rápido se torna.”

Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Nampula, a bordo de dhowAbstraímo-nos e aproveitarmos a inclinação. Tiramos fotos dos tripulantes em luta com a vela e com a oscilação causada pelas vagas.

Enquanto isso, o casario longínquo da Ilha de Moçambique desenrolava-se a ritmo condizente.

Ilha de Moçambique, Nampula, Moçambique

Por fim, o capitão faz o “Titanic” entrar num braço de mar raso, protegido de manguezais. Regressamos à bonança.

Caminhamos com a água pelos joelhos, entre caranguejos alarmados, até retornamos a terra firme. Tal como nos longos tempos coloniais, a Cabaceira confirmou-se uma expedição à parte.

A que, em breve dedicaremos, o seu merecido capítulo.

PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
Ilhéu de Cima, Porto Santo, Portugal

A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
cowboys oceania, Rodeo, El Caballo, Perth, Australia
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Natal nas Caraíbas, presépio em Bridgetown
Cidades
Bridgetown, Barbados e Granada

Um Natal nas Caraíbas

De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Cultura
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Fim do dia no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Índia
Em Viagem
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Sombra de sucesso
Étnico
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Pórtico de entrada em Ellikkalla, Uzbequistão
História
Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Ilhas
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Terraços de Sistelo, Serra do Soajo, Arcos de Valdevez, Minho, Portugal
Natureza
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Soufrière e Pitons, Saint Luci
Parques Naturais
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Egipto Ptolomaico, Edfu a Kom Ombo, Nilo acima, guia explica hieróglifos
Património Mundial UNESCO
Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Praias
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Erika Mae
Sociedade
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Vida Selvagem
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.