San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton


A Bandeira mais Sólida
Prédio com fachada nacionalista no cimo do bairro de La Perla.
Frescura del Patio
Decoração arrojada de um dos bares de Ciudad Vieja de San Juan,
Cores de La Perla
Casario colorido e empoleirado de La Perla e da cidade velha de San Juan
Pátio de Chuva
Pátio do Museu de las Américas encharcado por mais uma tempestade tropical de fim de dia.
La Bulevar del Valle
Coqueiros refrescam a rua colorida de Bulevar del Valle, acima de La Perla.
Puro Porto Rico
Visitante em trajes garridos posa com a bandeira de Porto Rico como fundo.
Conversa de Fim de Tarde
Amigos conversam no cimo da Ciudad Vieja de San Juan.
Fachadas Coloniais
Contornos e cores de uma das ruas antigas de San Juan.
Porto Rico a Dobrar
Bandeiras de Porto Rico desfraldadas numa das varandas antigas da Ciudad Vieja.
Rua Colonial
Rua da Cidade Velha que revela o mar da Bahia de San Juan.
Mural La Puerta
Visitantes passam pelo mural La Porta de San Juan.
Pórtico Arco-Íris
Transeuntes cruzam um pórtico arco-íris de San Juan de Porto Rico.
A Bom Ritmo
Motoreta quebra a alternância garrida das fachadas de San Juan.
Balcão Excêntrico
Decoração inusitada de um bar da Cidade Velha de San Juan.
Trajes tradicionais Jibaro
Empregados de um restaurante exibem trajes tradicionais portoriquenhos.
O Prédio mais Estreito
Morador passa em frente ao famoso prédio mais estreito de San Juan de Porto Rico.
Anoitecer colonial
Lusco-fusco muda os tons às ruas seculares de San Juan.
Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.

Porto Rico. O reggaeton, as suas estrelas e sucessos.

Não há como dissocia-los. Sobretudo a partir da viragem para o século XXI, invadiram o mundo. De tal maneira que, muito à conta deste estilo emergente, a música hispânica começou a ameaçar a supremacia mundial da música anglófona.

Daddy Yankee e os seus êxitos “Gasolina” e “Lo que Pasó Pasó”, de 2004, no mesmo ano, “Baila Morena” a resposta de Héctor & Tito que ouvimos pela primeira vez, em Valle Seco, uma aldeola piscatória vizinha de Puerto Colômbia, Caribe venezuelano e que, só vários anos mais tarde, lográmos identificar.

Quando não é o reggaeton, sobressaem outros ritmos, músicos e artistas multifacetados.

Só assim de cor, lembramo-nos de vedetas planetárias como Jennifer Lopez e Marc Anthony, Ricky Martin, Jose Feliciano, Benicio del Toro, Joaquin Phoenix, estes, os mais famosos.

Mas, concentremo-nos, para já, no reggaeton.

O Ritmo Imparável a que o Reggaeton Conquistou o Mundo

A determinada altura, os novos sucessos musicais porto-riquenhos conquistavam as pistas de dança com intensidade comparável ao das batidas latinas dembow frenéticas de cada tema, todos eles, populares popularuchos, sem grandes profundidades, esoterismos ou subtilezas estéticas.

As letras falam de “perrear”, de “fuego” y “afuegote” e do “flow”. São expressões que traduzem, pela ordem, o movimento sexual de cópula em pé e com roupa, incontornável, quando se dança reggaeton.

A temperatura e a atmosfera sexual características das discotecas e clubes que passam reggaeton.

Por fim, a harmonia e fluxo da música que explica porque tantas letras incluem um apelo de “dame reggaeton!”.

O reggaeton traduz, há muito, a ânsia por diversão e prazer típica destas partes semi-caribenhas do mundo.

Em simultâneo, uma reinvenção radical dos estilos musicais em tempos indisputados das Caraíbas, a rumba, o cha-cha-cha, o bolero, o mambo, a guaracha, a bachata dominicana, entre tantos outros.

Num âmbito cultural com forte influência do pop, do hip-hop do rap e suas fusões dos Estados Unidos, o registo visual dos artistas adquiriu tanta ou mais importância que o dos êxitos.

Revelou-se ainda preponderante para o engrossar das suas legiões de fãs e seguidores.

E para o desejado estrelato e riqueza desmedida que se segue.

Hoje, o ainda mais excêntrico e superficial Bad Bunny parece ter substituído Daddy Yankee no trono do reggaeton. Mas, em Janeiro de 2017, Luis Fonsi e Daddy Yankee uniram esforços num tema do álbum de Fonsi de 2018, “Vida”.

Esse tema, “Despacito” destoou e muito da linha fortemente batucada, ritmada e electrónica com que Yankee fez a sua fama. Desacelerou a energia e cadência passional de Porto Rico para um modo lento, arrastado, quase lamecha de celebrar o sexo e o amor, incompatível com qualquer anseio de “perreo”.

Por alguma razão, Fonsi se aliou a Yankee. O primeiro apercebeu-se do potencial comercial do tema, e de quanto o colega de ofício o poderia multiplicar.

Sem surpresa e, em três tempos, “Despacito” tornou-se o mega-sucesso do ano.

Confrontado com a decisão do que fazer com o vídeo, o duo concordou em simplificar.

O Sucesso “Despacito” e o Bairro La Perla de San Juan

Em celebrar as suas imagens idolatradas e, em simultâneo, a genuinidade e humildade do coração e alma de Porto Rico: a sua Vieja San Juan, a segunda cidade colonial hispânica mais antiga e a cidade colonial mais fortificada das Américas.

Em 2016, os dois músicos e a Miss Universo 2006 Zuleika River Mendoza desceram à beira-mar de La Perla, um dos bairros mais pobres, coloridos e, em tempos, mais perigosos de San Juan.

Durante as filmagens, o Atlântico desenrola-se, comedido, sobre o recife rochoso que, por norma, protege o casario das tempestades.

Fonsi e a modelo exibiram os seus físicos cuidados (o de Yankee, nem tanto) e visuais sedutores nas ruelas sujas do bairro, sobre o entulho acumulado na base da primeira linha de habitações.

Conviveram com os moradores remediados, cantaram e dançaram em pátios, em tascos e afins. Só umas poucas cenas adicionais foram filmadas no famoso bar “La Factoria”, situado bem mais acima, na Calle San Sebastian da cidade velha.

Quatro anos mais tarde, damos connosco às portas desse mesmo bairro La Perla. Primeiro, vislumbramos as suas casas e ruelas desde a via cimeira Bulevar del Valle.

Pouco depois, contemplamo-lo em formato panorâmico a partir das muralhas e adarves do Castillo San Felipe del Morro.

Porto Rico, San Juan, Cidade muralhada, panoramica

Perspectiva de San Juan com o bairro la Perla entre o cemitério Magdalena Pazzi e o Castillo San Cristobal

Àquela distância, tudo nos parece normal. Vemos as suas casas multicolores, empilhadas umas sobre as outras na encosta norte, ainda algo verdejante da ilha de San Juan, entre o cemitério Magdalena de Pazzi e o grande Castillo de San Cristóbal.

Mesmo se o seu sortido cromático prevalecia, La Perla não era a mesma.

Furacão Maria: a Catástrofe que Devastou o Bairro La Perla e Porto Rico

As tempestades tropicais e furacões já fustigavam o Caribe muito antes do desembarque de Cristóvão Colombo. Dois deles quase encurtaram a vida do almirante.

A 20 de Setembro de 2017, o furacão Maria devastou Porto Rico. Um dos lugares mais expostos às tempestades e, como tal, mais destruído comprovou-se o bairro La Perla, virado a norte e com as suas casas uns meros metros acima do nível do Atlântico.

Inflado pela tempestade, o oceano projectou ondas massivas que arrasaram diversos lares.

Quando por lá passámos, boa parte deles continuavam destruídos e abandonados, agora sob a pressão de intensa especulação imobiliária.

Malgrado os efeitos do furacão, La Perla mantinha-se uma inusitada galeria de arte de rua, com as suas fachadas, telhados, pontes e tantas outras estruturas pintadas com distintas obras.

A Bandeira de Porto Rico e Tantas outras Expressões de Arte de Rua

À imagem do que acontece um pouco por todo o território, algumas frentes inteiras exibem pinturas da bandeira de Porto Rico que vimos, aliás, também ilustrada nas raízes secas de uma árvore.

Outras obras, contam a história, as tradições e as agruras sócio-políticas da ilha.

Uns metros acima do barrio La Perla, a rua Bulevar del Valle tem uma sua longa secção preenchida com obras de rua.

São quase todas reivindicações abrasivas contra a corrupção de que os governadores de Porto Rico se viram acusados ou alusivas ao abandono em que os Estados Unidos de Donald Trump votaram a ilha após a catástrofe do furacão Maria.

Quem chega de Santo Domingo e de outras ilhas vizinhas do Caribe, depressa se apercebe que, em Porto Rico, o amor e o empenho colocados na arte são superiores.

Qualquer que seja o bar, restaurante ou pousada de San Juan faz questão de ter uma decoração, uma imagem de marca e uma atmosfera única.

Se os empreendedores não possuem fundos ou propriedades, expressam-se a escalas mais terra-a-terra.

Constatamo-lo num mercado agrícola natural, onde os produtos surgem expostos com grande elegância, os sumos e licores têm nomes e sabores fora da caixa, como o artesanato, inventivo e personalizado.

Uma Vocação Artística há Muito Cultivada

A umas poucas centenas de metros, destaca-se do relvado vasto de El Morro um dos motivos e móveis da criatividade da nação, a monumental Escuela de Artes Plásticas y Diseño, amarela-torrada e, pelo menos à primeira vista, maior que o próprio Capitólio de Porto Rico.

Adornam as imediações estátuas emblemáticas da cidade, caso da de Don Ricardo Alegria, antropólogo, historiador e antigo alcalde de San Juan, cuja pro-actividade deixou a marca por toda a urbe, incluindo a fundação da própria escola de arte em que se graduou Luz Badillo, a autora da estátua.

Exploramos os confins quase-marinhos do Castillo San Felipe del Morro quando, como acontecia tarde após tarde, de um momento para o outro, o céu enegreceu e descarregou uma bátega fulminante.

Corremos Calle el Morro acima, em busca de um abrigo na grelha colonial da Cidade Velha. Refugiamo-nos no interior do edifício do Museu de Las Américas.

Sob as suas arcadas, à margem da protecção, damos com mais um dos inesperados mundos de luz e de cor de San Juan. O museu dispõe-se em volta de um pátio desafogado.

Dos três pisos repletos de portas, janelas e janelos ogivais, rectangulares e redondos, emana uma iluminação cor-de-rosa mística que invade o pátio.

Reflecte-se no piso batido pela chuva e pejado de poças.

E distorce-se no seu próprio prodígio efémero de Pop Art. Jovens também por ali a salvo da chuva, sentem o encanto. Deixam as arcadas para o quadro do pátio. Entregam-se a fotos e a selfies encharcadas.

À boa moda dos trópicos, tão depressa como apareceu, a tempestade deu de si. Com a noite a instalar-se, deambulamos pela Cidade Vieja.

Apreciamos como, aos poucos, se ajustava ao “fuegote” prestes a dela se apoderar. Os bares a ficarem à pinha e a passarem os temas do reggaeton essenciais ao “flow”.

Os primeiros ensaios ainda tímidos de “perreo”, preâmbulos de nova madrugada em fuego nas discotecas da capital porto-riquenha.

San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Safari
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Cerimónias e Festividades
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cidades
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Cultura
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Em Viagem
Estradas Imperdíveis

Grandes Percursos, Grandes Viagens

Com nomes pomposos ou meros códigos rodoviários, certas estradas percorrem cenários realmente sublimes. Da Road 66 à Great Ocean Road, são, todas elas, aventuras imperdíveis ao volante.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, mulher Rarámuri
Étnico
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Pitões das Júnias, Montalegre, Portugal
História
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Christiansted, Saint Croix, Ilhas Virgens Americanas, Steeple Building
Ilhas
Christiansted, St. Croix, Ilhas Virgens Americanas

Nos Fundos das Antilhas Afro-Dinamarquesas-Americanas

Em 1733, a Dinamarca comprou a ilha de Saint Croix à França, anexou-a às suas Índias Ocidentais em que, com base em Christiansted, lucrou com o trabalho de escravos trazidos da Costa do Ouro. A abolição da escravatura tornou as colónias inviáveis. E uma pechincha histórico-tropical que os Estados Unidos preservam.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Walter Peak, Queenstown, Nova Zelandia
Natureza
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Parques Naturais
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Património Mundial UNESCO
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Tobago, Pigeon Point, Scarborough, pontão
Praias
Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
Um contra todos, Mosteiro de Sera, Sagrado debate, Tibete
Religião
Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Máquinas Bebidas, Japão
Sociedade
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Crocodilos, Queensland Tropical Australia Selvagem
Vida Selvagem
Cairns a Cape Tribulation, Austrália

Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.