Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia


Marechal Zhukov
Monumento a um dos generais considerados heróis da 2ª Guerra Mundial, da Rússia.
Vislumbre da Catedral de São Basílio
Transeuntes em silhueta em plena Praça Vermelha.
Lenine e Nicolau II
Figurantes de duas personagens incontornáveis da história da Rússia.
O Mausoléu de Lenine
Guarda protege a entrada em que jaz, embalsamado, Vladimir Lenin.
Paixão por Minsk
Casal abraçado junto ao monumento ao Soldado Desconhecido do Kremlin.
A Catedral
A grande Catedral Ortodoxa do Kremlin moscovita.
Catedral São Basílio vs Kremlin
Cores do anoitecer envolvem as torres do Kremlin e a Catedral de São Basílio.
A Catedral de São Basílio
O mais famoso templo ortodoxo de Moscovo, símbolo religioso da capital da Rússia.
Cúpulas Ortodoxas
"Coroas" ortodoxas de uma das catedrais do Kremlin.
De Guarda, na Praça Vermelha
Homem a postos na base das muralhas do Kremlin.
No Âmago do Kremlin
Ruela colorida da cidade fortificada de Moscovo.
À Beira do Lago do Jardim Alexandre
Transeuntes em redor de fonte do Jardim Alexandre, junto ao Kremlin.
Mais Torres de Encantar ainda
Torres do Kremlin e da Praça Vermelha.
O Jardim Alexandre
As cores garridas do Kremlin, acima do verde do Jardim Alexandre.
Pela Base da Fortaleza
Funcionários do Kremlin, ao longo de uma fachada repleta de arcos.
Kremlin acima do Rio Moscovo
Barco percorre o rio Moscovo, com o Kremlin iluminado em fundo.
Peregrinação na Praça Vermelha
Visitantes cruzam a Praça Vermelha, ao anoitecer.
Falso Louro
Jovens alouradas, de visita à Praça Vermelha.
Entre o Kremlin e o rio Moscovo
Torres do Kremlin, ao longo do Rio Moscovo.
O Museu Histórico do Estado
O grande edifício histórico à entrada da Praça Vermelha.
Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.

Era assim, até ao alastrar da pandemia à Rússia.

Quem regressava à superfície numa das estações de metro da Manege Square depressa se surpreendia com a animação e a excentricidade em redor. Pela primeira vez na vida, vimos casas de banho móveis decoradas com padrões floridos do folclore russo.

Passamos pela base da estátua equestre do marechal soviético, Georgy Zhukov, de quem o planeamento da defesa da União Soviética contra a Invasão Nazi fez um herói multi-condecorado.

Através dos arcos da Porta e Capela Ibérica, chegamos a vislumbrar, distantes, as cúpulas arabescas da Catedral de São Basílio.

Embrenhamo-nos na multidão que por ali flui. Sem que o esperássemos um grande urso pardo, de peluche, animado por um qualquer morador, tapa-nos o indício da iminente Praça Vermelha.

Instantes depois, um séquito de sacerdotes ortodoxos abre caminho e as portas do templo diminuto a uma comitiva de fiéis. A capela fica à pinha de crentes. De tal maneira que, enquanto, lá dentro, decorre a cerimónia que os reunia, dois padres enfiados em batinas negras, seguem-na do exterior.

Cruzamos os arcos para o domínio da praça. Do lado de lá, posicionados à porta da loja de arte e souvenirs Nasledie, dois guardas em uniformes históricos que nos parecem cossacos posam para a fotografia, de espadas cruzadas acima de uma família visitante, todos os membros com olhos amendoados típicos dos confins orientais da nação.

Nas imediações, os figurantes multiplicam-se.

Um faz de czar Nicolau II. Um outro de Lenine. Um terceiro de Estaline.

Num dos hiatos do seu negócio com os turistas, Nicolau II e Lenine entregam-se a uma cavaqueira que atraiçoa a história.

Passamos em frente à catedral de Nª Srª de Kazan, de que admiramos os sucessivos arcos de mísula, coroados por uma cúpula dourada solitária de que desponta uma cruz ortodoxa.

Monumental e elegante como a vemos, atordoa-nos descobrir que, se trata de uma reconstrução.

Mais inacreditável ainda, que a original foi mandada destruir, em 1936, por ordem expressa do secretário geral do Partido Comunista Soviético, Josef Stalin, georgiano de berço, não russo, devemos sublinhá-lo.

Cruzamos a rua Nikolskaya.

A Monumental Praça Vermelha de Moscovo

Do lado de lá, entramos, por fim, no espaço sagrado da Praça Vermelha, a vastidão de empedrado listado entre a base dos muros do Kremlin de Moscovo e o grande edifício e centro comercial GUM.

Confirmada a derrocada da URSS, passados os anos de caos e agrura económica e social da Mãe-Rússia, o atropelo do Comunismo pelo capitalismo inexorável ditou que a praça deixasse de servir apenas para paradas, comícios e comemorações político-militares afins.

Quando a percorremos, uma boa parte da sua área está ocupada por uma exposição de horticultura, com plantas e flores mantidas em pequenos vasos, dispostas por cores e formas.

Mal a montra termina, os organizadores oferecem-nas aos visitantes. Deparamo-nos, assim, com um frenesim de amantes da jardinagem a disputarem rebentos de bromélias, buganvíleas, orquídeas e outras.

Esta pilhagem autorizada auxilia a desmontagem do viveiro para o espectáculo nocturno que se segue, um concerto pop-rock seguido de fogo de artifício.

A orla oposta, a contígua ao Kremlin, permanece imune a tais confusões e comoções populares.

O Mausoléu de Lenine, Sepulcro dos Primórdios da URSS

É lá que jaz, desde 1930, embalsamado a pedido do povo, vizinho do Túmulo do Soldado Desconhecido, o fundador da URSS Vladimir Lenin.

Erguido em mármore negro e vermelho, tons do luto e do sangue, o mausoléu mantém um guarda armado quase imóvel e de olho em tudo.

Em especial, na fila de visitantes que aguardam para entrar, dependendo da afiliação ou simpatia, prestar a sua homenagem ou apenas observar o corpo conservado por truques da ciência, o sarcófago refrigerado e o interior lúgubre do edifício.

A importância histórica e política de Lenine justifica que a frente do mausoléu acolha, com frequência, palanques em que os líderes russos se dirigem ao povo. Nas suas mais de duas décadas de liderança, Vladimir Putin já lá discursou várias vezes.

Mas se Lenine, Putin e os sucessivos dirigentes soviéticos e russos pelo meio, marcam presença no mausoléu e na Praça Vermelha, o verdadeiro covil, o assento do seu poder, esconde-se atrás dos muros ameados que a delimitam.

As imagens que nos habituámos a ver do presidente Putin sentado com outros líderes mundiais, frente a frente, numa mesa inflacionada contribuíram para um imaginário difuso da outra Casa Branca, a do Leste.

O Grande Kremlin da Rússia, Assento do Poder da Nação

Pois, o salão em que Putin acolhe, com distância comparável à da sua Rússia face ao mundo, é apenas um – o fulcral – de dezenas dos cinco palácios e quatro catedrais ortodoxas que integram o centro político e religioso imenso (275.000 m2) de Moscovo.

O termo russo kremlin define uma fortaleza dentro de uma cidade. São centenas os kremlins disseminados na vastidão da Rússia, como o pudemos comprovar, sendo o de Rostov, um dos mais sumptuosos.

O de Moscovo, como agora o vemos, começou a ser delimitado na sua forma triangulada, por maçons italianos, entre 1485 e 1495. No mais de meio milénio com que conta, nem sempre se provou inexpugnável.

No início do século XVII, tomaram-no senhores de guerra polacos e lituanos.

Em 1812, em plena Campanha da Rússia, e em jeito de afirmação do poderio bélico francês, Napoleão Bonaparte arrasou seis das várias torres da fortaleza.

Expulso o Imperador Louco, em apenas sete anos, os russos restabeleceram a integridade do kremlin e, à margem do mero lar dos czares, a sua função de impressionar, de controlar e de oprimir, num primeiro nível, a Rússia e os russos, noutro, o mais possível do mundo.

Nessa mesma tarde, contornamos a Praça Vermelha e damos entrada no seu domínio. Ao contrário do que se possa pensar, em tempos de pré-pandemia e de normalidade político-militar russa, o kremlin mantinha-se, em boa parte, visitável e turístico.

Os forasteiros percorriam-no.

Oravam nas naves das suas igrejas.

A Presença Dominadora da Igreja Ortodoxa Russa

Incluindo as das grandiosas Catedrais da Anunciação e da Dormição com que a igreja ortodoxa procurou eternizar a sua aliança com o poder e a presença na fortaleza. São ambas encimadas por cúpulas douradas, espécies de mísseis de pretensa fé apontados ao céu.

Durante todo o período bolchevique e soviético (1918-1991), o Comunismo ateu sem escrúpulos instaurado pelos bolcheviques, sequestrou a Igreja Ortodoxa. Manteve-a à parte.

Sobretudo de 1991 em diante, com a anuência dos líderes pós-soviéticos, os sacerdotes depressa recuperaram a influência que tinham junto dos czares.

Vemos os visitantes admirarem o sino Kolokol III, quebrado durante o grande incêndio de 1737 e outros elementos e recantos arquitectónicos e históricos do Kremlin.

A vasta fatia não visitável da fortaleza traduz o reduto em que se engendra a política externa russa, em que Putin e os seus súbditos do governo da nação, Serviço Federal de Segurança incluído, congeminam as medidas necessárias, amiúde, maquiavélicas, a eternizar o poder do líder pseudo-eleito.

Prepotência e Paranóia, Moradores de Há Muito do Kremlin de Moscovo

Na Fortaleza Vermelha, a paranóia, aliada de sempre do despotismo, faz, há muito, companhia aos líderes russos e soviéticos.

Um dos seus primeiros moradores, o czar Ivan Valievich, Ivan IV, via em quem lhe aparecesse à frente um conspirador do seu fim.

Entre membros do governo, família e “amigos”, mandou eliminar centenas de russos. Levou à morte até o próprio filho, herdeiro do trono, que espancou com uma bengala de ferro. Sem surpresa, Ivan IV conquistou o cognome de “o Terrível”.

Em épocas de anteriores pandemias, incluindo a da não menos terrível Gripe Espanhola, Lenine refugiou-se na estanquidade do kremlin em que dotou os seus aposentos de uma câmara de desinfecção privada.

Estaline, o seu sucessor, refugiou-se no kremlin de incontáveis tentativas de assassínio, a maior parte delas imaginárias. Começou por proibir os seus camaradas comunistas de acederem à fortaleza.

A partir do kremlin, terminou a exilar centenas deles e milhares de cidadãos soviéticos nas prisões e campos de concentração do crescente “Arquipélago GULAG”, como lhe chamou Alexander Soljenítsin.

A Continuação da História Soviética-Russa, às Mãos de Vladimir Putin

Herdeiro todo-poderoso do kremlin, Putin também herdou os métodos e procedimentos despóticos dos czares e ditadores soviéticos.

Ditou, sem cerimónias, inúmeros aprisionamentos (por exemplo de Alexei Navalny), as condenações de opositores à morte, tenham sido por disparos ou através dos famosos chás envenenados químicos.

E a recente invasão sanguinária da Ucrânia, de que são de esperar desenvolvimentos ainda mais catastróficos.

Deste legado e presente soviético e russo despótico e desprezível continuam a despontar, elegantes e imponentes, as estruturas seculares da grande fortaleza moscovita e da Praça Vermelha.

No extremo oposto à Porta e Capela Ibérica por onde nos habituámos a entrar, a catedral de São Basílio mais parece pairar.

Trata-se, sem discussão, de um dos edifícios religiosos mais deslumbrantes do mundo, com as suas cúpulas em espirais de distintas cores, desenhadas como chamas de uma fogueira de fé, em crescendo.

Já sobre o anoitecer, cruzamos para a margem afastada do Moscovo.

A distância revela-nos um kremlin panorâmico, com o seu grande palácio e catedrais dourados pela luz artificial, reflectidos nas águas lisas do rio que um ferry repleto de estrangeiros maravilhados sulca.

Nos dias que correm, a Rússia de Putin perdeu o encanto que, apesar de tudo, ainda conservava.

São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Novgorod, Rússia

A Avó Viking da Mãe Rússia

Durante quase todo o século que passou, as autoridades da U.R.S.S. omitiram parte das origens do povo russo. Mas a história não deixa lugar para dúvidas. Muito antes da ascensão e supremacia dos czares e dos sovietes, os primeiros colonos escandinavos fundaram, em Novgorod, a sua poderosa nação.
Fortalezas

O Mundo à Defesa - Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de "Crime e Castigo"

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Cerimónias e Festividades
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Glamour vs Fé
Cidades
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Silhuetas Islâmicas
Cultura

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Avião em aterragem, Maho beach, Sint Maarten
Em Viagem
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

St. Augustine, Cidade da Flórida, EUA, a ponte dos Leões
História
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Marcha Patriota
Ilhas
Taiwan

Formosa mas Não Segura

Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Natureza
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Parques Naturais
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Um contra todos, Mosteiro de Sera, Sagrado debate, Tibete
Património Mundial UNESCO
Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
ilha Martinica, Antilhas Francesas, Caraíbas Monumento Cap 110
Praias
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Sociedade
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.