Kronstadt, Rússia

O Outono da Ilha-Cidade Russa de Todas as Encruzilhadas


Stepan Makarok Rumo à Vitória
Cerimónia da Marinha
Parada Outonal
Instruções
Pós-casamento
As Marinheiras
Boda de Outubro
Canal para o Golfo da Finlândia
Marinheiros em Terra
A Catedral de Saint Nicholas
Caminho pelo Outono
Pela Ponte fora
Cúpula da Ortodoxia
A Dona do Bouquet
Fundada por Pedro o Grande, tornou-se o porto e base naval que protegem São Petersburgo e o norte da grande Rússia. Em Março de 1921, rebelou-se contra os Bolcheviques que apoiara na Revolução de Outubro. Neste Outubro que atravessamos, Kronstadt volta a cobrir-se do mesmo amarelo exuberante da incerteza.

Tal como o ano, o dia decorre, bem avançado na sua segunda metade.

Quando damos entrada no âmago de Kronstadt, imune ao tempo, a estátua que louva o oceanógrafo e almirante da Marinha Imperial Russa, Stepan Makarov aponta para diante, na direção do futuro e na do inimigo.

O mesmo rumo destruidor que seguiam os torpedos que, ainda no século XIX, foi o primeiro comandante a fazer lançar.

Àquela hora, com o Outono local fulgurante, Kronstadt vive a sua habitual vida dupla.

Kronstadt e os Novos Marinheiros da Grande Rússia

Em frente à entrada da catedral ortodoxa e naval de Saint Nicholas, tem lugar uma espécie de cerimónia de compromisso de honra dos novos cadetes, pouco mais que adolescentes, rapazes e raparigas de cabelos, também eles, outonais, em uniformes negros-dourados que lhes fazem as peles ainda mais alvas.

Um comandante veterano coordena a formação em que os seus pupilos se preparam para serem fotografados e, em jeito de encerramento oficial, escutar o hino russo.

Voltam a sustentar esta demanda anual pelos próximos “Makarovs”, a Pátria, na forma de uma bandeira branca-azul-vermelha empunhada entre espadas em riste.

E a igreja ortodoxa, na falta de um sacerdote de carne, osso e barbas longas que abençoe os jovens marujos, representada pelas imagens de santos agrupados em nichos simétricos da fachada.

Passam moradores da cidade. Uns atrás dos outros, domados pelas suas vidas. Já pouco os impressiona ou comove a recorrente pompa e cerimónia naval.

Todos nos parecem nos antípodas do assombro em que andávamos, acostumados ao cenário belo-e-amarelo surreal do Ravine Park, em volta da catedral e da sua praça.

O Outono Matrimonial do Ravine Park

Umas poucas almas festivas quebram a formalidade e a gradual anestesia em que se via Kronstadt. Malgrado ser quinta-feira, duas delas estavam casadas de fresco. Uma amiga, fotógrafa de ocasião, três ou quatro adultos e miúdos, formavam um séquito entusiasmado.

Mesmo se remediada em termos de equipamento, a fotógrafa estava consciente do privilégio paisagístico com que a Natureza a prendava e aos noivos.

De acordo, fá-los descer até meio de uma ladeira cercada por árvores repletas de folhas outonais, mas que as haviam perdido o suficiente para cobrir o ervado em que assentavam.

Ali mesmo, a amiga com jeito para a fotografia comandava uma produção que, como a víamos, estava condenada ao sucesso.

Sobre o deslumbrante tapete vegetal, os noivos abraçavam-se, beijavam-se e atiravam folhas para o ar e sobre si mesmos. Insatisfeita, a fotógrafa faz de dois dos miúdos auxiliares.

Um de cada lado, em sincronia, passam eles a lançar folhas para cima do casal.

Sob essa renovada chuva outonal, o casal retoma as poses, os beijos e restantes preparos que selam, na memória digital da mini-câmara, a lembrança que se esperava imaculada do seu amor.

Kronstadt e a sua Génese Secular, às Portas de São Petersburgo

Ao longo dos seus mais de três séculos de existência, Kronstadt confirmou-se uma cidade bipolar, habitada por gentes, pelos seus negócios, vidas e mortes. Ao mesmo tempo, sempre militar, uma ilha-fortaleza incumbida de lutar e de resistir.

Até 1703, essa mesma ilha era sueca. Tinha o nome de Kotlin. No contexto da Grande Guerra do Norte que opôs o Império Russo ao Império Sueco, os primeiros tomaram-na.

Ciente da sua importância estratégica, Pedro o Grande mandou de imediato fortificá-la e moldá-la.

Desse ano em diante, sob as ordens do recém-nomeado governador Menshikov, sobre o Golfo da Finlândia gelado, milhares de trabalhadores sacrificaram-se ao Inverno quase boreal.

Nesses meses de frio atroz, os homens viram-se forçados a esculpir aberturas no gelo que delimitavam com enormes molduras feitas de troncos.

Quando as conseguiam estabilizar, enchiam-nas de pedras trazidas por cavalos.

Um após o outro, estes remendos geológicos originaram canais e novas ilhas, boa parte delas usadas para expandir a fortaleza e reforçar o seu poder defensivo.

Por essa altura, por oposição à realidade actual da Rússia, Pedro o Grande inspirava-se no melhor da florescente civilização da Europa Ocidental e nos seus prodígios.

Ao ponto de ter nomeado um veterano foragido da Marinha Real Escocesa como posterior governador de Kronstadt.

A Gradual Internacionalização de Kronstadt

Pedro o Grande seduziu comerciantes das principais potências navais a, via Liga Hanseática, abrirem entrepostos às portas da grande São Petersburgo.

Os Britânicos, em particular, tornaram-se tantos e tão bem instalados que, chegado o reinado de Catarina a Grande, muitos se haviam já naturalizado russos e controlavam os fluxos mercantis daquela região.

Vivia-se tal inusitada simbiose quando, em 1854, a Guerra da Crimeia fez dos Russos inimigos dos Britânicos, estes, enquanto aliados do Império Otomano e da França. Nicolau I, viu-se com motivos de sobra para retomar a expansão e o reforço  de Kronstadt.

De volta ao extremo sudeste da ilha de Kotlin e ao domínio ortodoxo da catedral São Nicholas, a comemoração da boda está para durar.

No entretanto, duas amigas da noiva tinham-se juntado à comitiva, ambas em saias vermelhas, protegidas do frio vespertino por casacos e cachecóis de peles.

A fotógrafa recupera a ajuda dos miúdos. Sob o turbilhão de folhas que estes voltavam a gerar, fotografa a noiva e os amigos, entre grandes sorrisos irrigados por champanhe.

Os cadetes, esses, tinham já recebido ordem de soltura. Vemos uma maioria regressar aos seus aposentos da academia. Uns poucos, infiltram-se nos Parques Ravina e Petrovskiy.

Fazem-se envolver do amarelo e dourado predominantes. E fotografam-se e ao seu orgulho, por essa altura, indisfarçável, de integrarem a poderosa Marinha Russa.

E, no entanto, na longa história de Kronstadt, tornou-se inquestionável a autonomia e irreverência dos seus comandantes e marinheiros.

Para o confirmarmos há, antes que tudo, que regressar ao período conturbado da Guerra Civil Russa.

A Rebelião de Kronstadt e a Incógnita dos Nossos Dias

Contagiados pela força e pelas promessas do Movimento Bolchevique, os marinheiros de Kronstadt aderiram à facção vermelha da Revolução e, chegaram mesmo a executar os seus oficiais.

Decorridos três anos e pouco da prisão e, logo, execução do derradeiro Czar Nicolau II, os marinheiros de Kronstadt já partilhavam uma mesma frustração pelo rumo dictatorial e maquiavélico por que governo soviético conduzia a nação em expansão.

Então Ministro da Guerra, Leon Trotsky enviou a polícia secreta Cheka e o Exército Vermelho que também liderava para a ilha de Kotlin, com a missão de suprimir a rebelião. Trotsky conseguiu-o. Não evitou um massacre que, como as mortes e o sofrimento, entretanto perpetrados nos Gulags, a União Soviética e os seus sucessivos ditadores falharam em apagar.

Em 1930, Kronstadt passou a acolher a Frota Soviética do Báltico. Tornou-se providencial em termos de treino dos marinheiros chegados dos quatro cantos da U.R.S.S. e também enquanto estaleiro naval do Báltico.

Entrou em cena a 2ª Guerra Mundial. Os alemães bombardearam Kronstadt e a sua frota vezes sem conta, provocaram a destruição de diversos navios e de estruturas das fortalezas, bem como de dezenas dos seus marinheiros e trabalhadores.

Reconhece-se, todavia que, em grande parte devido ao poder de resistência e de resposta de Kronstadt, os Nazis falharam em conquistar Leninegrado (nome Soviético de São Petersburgo). Uma das recompensas de Kronstadt foi o título de “Cidade de Glória Militar” que preserva.

Numa altura em que o governo saudosista da grande U.R.S.S. e da Rússia Imperial de Putin desafia nações supostamente irmãs e boa parte do Mundo com agressão militar e violência, aumenta exponencialmente o número de homens em fuga da Rússia.

Confrontado com a debandada aflita de boa parte da sua população, o ditador prepara-se para encerrar fronteiras.

Em Outubro de 2022, como em 1921, Kronstadt marca o ponto mais fortificado do nordeste da Rússia, na iminência da Finlândia, da Suécia, dos Países Bálticos e da Polónia que cada vez mais Russos discordantes do Kremlin procuraram alcançar.

Neste curto Outono, em que se agrava o esfriamento das relações entre a Rússia e o Ocidente e que precede o congelamento do mar em torno da ilha de Kotlin, recordamos com saudosismo o dia que passámos na Kronstadt amarela-dourada e a felicidade contagiosa dos seus noivos.

Cogitamos acerca do que pensarão os jovens marinheiros que vimos alinhados, se a Rússia que agora servem não lhes suscita já o ensejo de nova rebelião.

São Petersburgo, Rússia

Na Pista de "Crime e Castigo"

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
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Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
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Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

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Novgorod, Rússia

A Avó Viking da Mãe Rússia

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Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

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A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Bonaire, ilha, Antilhas Holandesas, ABC, Caraíbas, Rincon
Ilhas
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Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
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Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
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A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Mergulhão contra pôr-do-sol, Rio Miranda, Pantanal, Brasil
Património Mundial UNESCO
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
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Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
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