Maui, Havai

Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo


O surf possível
Surfistas divertem-se com as ondas do Pacífico do Norte ao largo de Maui.
A reboque
Carrinho de golfe conduz cavalos a uma propriedade na estreita Hana Highway.
Espectador sobre rodas
Ciclista detém-se para apreciar a actuação de uma banda de rua em Lahaina.
Tatoo
Casa de tatuagens na marginal elegante de Lahaina, a capital real do Havai anterior a Honolulu.
Um litoral rude
Praia de pedras negras no litoral sul de Maui.
Erythrina Sandwicensis
As árvores wiliwili, douradas pela queda das folhas e pela exposição ao sol.
Vale de Iao
Camihantes percorrem um trilho do vale verdejante e chuvoso de Iao.
A Marina de Lahaina
Lanchas atracadas em Lahaina, Maui
Figueira-de-Bengala Idosa
Músicos tocam à sombra de uma enorme figueira-de-Bengala
Próxima estação: Lahaina
Velha locomotiva a vapor na antiga estação de comboio de Lahaina, em Maui
O atalho
Surfista salta para o oceano Pacífico ao largo da ilha de Maui.
Templo-budista
Entrada do templo budista do vale de Iao.
À volta de Maui
Catamarã repleto de passageiros ancorado ao largo de Maui.
Coqueiro Só
Recanto tropical e batido pelo vento do litoral de Maui.
Duche dos Deuses
Banhistas desfrutam da frescura das Hana Falls.
A Caminho do Luau
Dançarinos desembarcam prestes a inaugurarem um luau a ter lugar em Lahaina.
Lahaina Marginal
Casario da marginal de Lahaina, uma das cidades mais antigas de Maui e do Havai.
À Solta
Vacas pastam num prado verdejante no sopé do grande vulcão Haleakala.
Ares de Maui
A superfície elevada de Maui, dotada de turbinas de captação de energia eólica.
Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.

Ao terceiro voo após a aterragem inicial na ilha-mãe O’ahu, aproximávamo-nos do limiar sudeste do Havai e da sua dramática Big Island.

Maui, a segunda maior do arquipélago, era a alpondra oceânica que se seguia.

O avião pousa na pista do aeroporto de Kahului.

Maui, Havai, Polinésia, Vista aérea de Maui, Havai

A superfície elevada de Maui, dotada de turbinas de captação de energia eólica.

A Filiação Portuguesa de Imediato em Acção

Recuperamos as malas e saímos disparados para o balcão do rent-a-car Al West. Estávamos munidos de uma reserva. Mesmo assim, o empregado de serviço comunica-nos que não pode honrar o contrato.

Não queríamos desperdiçar tempo pelo que procurámos de imediato uma alternativa.

Do outro lado da rua, anunciava-se uma tal de Maui Rent-a-Car. Quando explicamos a situação, o funcionário lamenta mas responde-nos que não tem carros disponíveis. “Ah, esperem lá!”, detêm-nos quando repara num dos nossos passaportes. Temos ali uns que vão ser vendidos.

São melhores que os da categoria que vocês tinham alugado mas não faz mal.” Estranhamos a reviravolta. Quando olhamos com mais atenção para o “Oliveira” no crachá que o identificava, tudo faz sentido. Por uma gentil solidariedade de sangue, saímos do aeroporto com um bem mais espaçoso e dispendioso Chrysler 200.

Maui é oficialmente geminada com o Funchal. A intimidade histórica do arquipélago da Madeira com o havaiano justifica a nossa sorte, esse estatuto e muito mais.

Madeirenses e Açorianos: diáspora do Atlântico Norte para o Pacífico Norte

No final do século XVIII, precisamente quando o Havai precisava de aumentar o seu fornecimento de açúcar à Califórnia, demasiados trabalhadores nativos das plantações de cana-de-açúcar sucumbiam a doenças. Substituíram-nos milhares de chineses que, a determinada altura, perfaziam já 10% da população do arquipélago.

Mesmo se produtivos, a sua reputação depressa ficou manchada pelos cada vez mais problemáticos vício no jogo, consumo de ópio e exploração de prostituição.

O governo procurou uma alternativa. Jason Perry (na origem, Jacinto Pereira), o Cônsul Português para o Havai, sugeriu a proprietários de fazendas que deveriam recrutar trabalhadores da Madeira e dos Açores, onde a paisagem e o clima se assemelhavam aos do Havai e a cana-de-açúcar era, há muito, uma matéria-prima fulcral.

Maui, Havai, Polinésia, Coqueiro isolado no litoral de Maui

Recanto tropical e batido pelo vento do litoral de Maui.

Os fazendeiros seguiram o conselho. Entre 1878 e 1887, diversas embarcações fizeram aportar no Havai para cima de 3.300 ilhéus portugueses.

Contabilizando as mulheres, filhos e outros parentes que se lhes juntaram, o número aumentou. Em 1911, os portugueses no Havai eram mais de quinze mil. Quase todos desembarcaram na ilha de O’ahu.

Muitos, mudaram-se para Kauai e outras.

Foram descritos como baixos, esguios e com peles escuras, devido às muitas horas que trabalhavam sob o sol.

Alguns pareciam tão escuros que, nos primeiros censos dos E.U.A., foram registados como negros.

Os Portugueses de Maui

Maui foi uma das ilhas que os acolheu e que, com o tempo, os aprendeu a respeitar e a valorizar. Assim se explica o orgulhoso Maui Portuguese Cultural Club, agora presidido por Sandy Furtado Guadagni, com sede na mesma povoação em que tínhamos aterrado e conhecido o benemérito Sr. Oliveira.

Na homepage do site, a presidente surge com Ramana Oliveira, identificada como uma fadista mundialmente famosa, que actuou em Maui com o seu “Guitarro” Brad Bivens e lá interpretou as canções cheias de alma de Portugal, chamadas de Fado.

As adulterações do nome da fadista e da definição do músico provam a inevitável americanização dos portugueses do Havai, similar às de outras paragens dos E.U.A., e tão óbvia como o seu esforço em preservarem as raízes.

O site promove ainda “Da Nossa Boa Casa a Sua Casa” um livro de receitas culinárias da Madeira e dos Açores.

Há algum tempo, vários membros do clube viajaram em excursão à descoberta de quatro das nove ilhas açorianas.

Nós, instalamo-nos numa pequena pousada de Pa’ia e de lá partimos nas manhãs seguintes entusiasmados pela exploração de Maui.

Praia vulcânica de Maui, Havai

Praia de pedras negras no litoral sul de Maui.

As Raízes Diversas de Pa’ia

Pa’ia é uma pequena povoação com menos de três mil habitantes que se estabeleceu em 1896 em redor de um moinho de açúcar providencial e se desenvolveu em função do lucro das plantações de cana.

O sucesso deste moinho atraiu um corrupio de colonos originários da China, das Filipinas, do Japão, da Coreia, de Porto Rico e de Portugal. Os moradores actuais, por sua vez, são um sortido multiétnico e multicultural dos seus descendentes. Mas não só.

Maui, Havai, Polinésia, Espectador sobre rodas

Ciclista detém-se para apreciar a actuação de uma banda de rua em Lahaina.

Em Abril de 1946, tinha a 2a Guerra Mundial terminado no seu palco do Pacífico apenas uns meses antes, a vila foi devastada por um tsunami gerado por um forte sismo nas ilhas Aleutas.

Provou-se o maior tsunami alguma vez registado no Havai. Cento e cinquenta e nove pessoas perderam a vida em todo o arquipélago.

Pa’ia só teve uma vítima mas sofreu uma destruição massiva de que demorou a recuperar, até porque boa parte dos seus habitantes se mudaram para Kahului, à época, conhecida como “Dream City”.

Hoje, a população de Pa’ia é ainda mais diversificada do que nesses tempos.

A Meca Havaiana do Windsurf

Grande número das suas casas de madeira térreas ou pouco mais que isso, foram transformadas em pousadas, em bares, restaurantes e afins. Também numa prolífica sucessão de lojas de artigos de desporto, sobretudo de surf e de windsurf.

Já com os anos 70 a perderem algum poder do seu Flower Power, um grupo de amantes do mar visitava a ilha quando descobriu que as condições ao largo de Pa’ia eram perfeitas para o windsurf.

A informação circulou. Nos anos 80 e 90, uma onda pujante de windsurfistas dos quatro cantos da Terra lá deu à costa. Pa’ia foi promovida a Meca mundial do windsurf.

O que não quer dizer que a ilha não tenha os seus spots de surf privilegiados.

Surfista em Maui, Havai

Surfista salta para o oceano Pacífico ao largo da ilha de Maui.

Passamos algum tempo na povoação, em especial em redor de pequenos-almoços, jantares e curtas deambulações.

Os desportos marítimos não eram, todavia, a nossa praia e tínhamos o conveniente Chrysler 200 ao serviço.

Viagem à Volta de Maui

Atravessamos Kahului. Prosseguimos para a vertente do escudo vulcânico do noroeste da ilha.

Lá se situava o vale profundo, chuvoso e verdejante de Iao que acolhia um parque com um templo budista japonês que contribui para o actual espírito de acolhimento do Havai.

Mas nem sempre os alohas imperaram.

Templo budista no vale de Iao, Maui, Havai

Entrada do templo budista do vale de Iao.

O parque eterniza aquela que é considerada uma das batalhas mais sangrentas da história do arquipélago.

Em 1790, um exército de Maui viu-se a braços com um ataque da ilha rival de Hawaii (Big Island). As duas forças contavam com número idêntico de homens.

Ao fim de dois dias de confronto, nenhuma se havia rendido. Ao terceiro dia da Batalha de Kepaniwai (Batalha das Águas Malditas), o rio abaixo corria vermelho de tanto sangue mas Havaii só conseguiu o controlo de Maui, já quase no século XIX.

Quando por lá passamos, uma chuva intensa que fustigava o vale e toda a floresta de montanha em redor desaconselhava caminhadas pelos trilhos estreitos. Pouco interessados em acabarmos como os guerreiros, decidimos continuar.

Caminhantes no vale de Iao, Maui, Havai

Camihantes percorrem um trilho do vale verdejante e chuvoso de Iao.

Regressamos a Wailuki e à estrada 340 que contornava o litoral rugoso da metade superior do oito tosco da ilha.

Passamos por povoações e lugares com nomes dificilmente mais havaianos: Kahakuloa, Nakalele, Kapalua.

Mantemo-nos atentos à lagoa protegida por coral ao largo e que proporcionava aos nativos e a milhares de visitantes um magnífico recreio balnear.

Uns, banhavam-se nas praias selvagens, outros, surfavam as ondas vigorosas do Pacífico do Norte.

Outros ainda, divertiam-se a bordo de catamarãs e embarcações festivas do género.

Catamara ao largo de maui, Havai

Catamarã repleto de passageiros ancorado ao largo de Maui.

No extremo norte de Maui, a estrada 340 transforma-se em 30.

Dessa zona para baixo e por dezenas de quilómetros, o litoral ocidental fica a salvo do vento norte e torna-se mais solarengo.

Sem surpresa, surge repleto de resorts e campos de golfe que drenam a beleza e genuinidade natural da ilha.

Lahaina: a Velha Capital do Reino Havaiano

Aceleramos, assim, para sul. Só nos detemos em Lahaina (sol cruel, em havaiano) a antiga capital real do Havai até que, em 1845, passou para a actual, Honolulu.

Lahaina foi também um polo baleeiro da ilha, malgrado o permanente conflito com os missionários cristãos residentes que rejeitavam que as embarcações ali aportassem, que lá desembarcassem marinheiros e trabalhadores repletos de vícios e ansiosos por evasão.

Maui, Havai, Polinésia, Marginal de Lahaina, Maui, Havai

Casario da marginal de Lahaina, uma das cidades mais antigas de Maui e do Havai.

Hoje, a sua Front Street e o panorama da marginal contígua espelham a modernização e sofisticação da cidade, beneficiada pelo desafogo financeiro dos milionários dos Estados Unidos continentais que ali atracam iates luxuosos ao dispor dos seus caprichos veraneantes.

Lahaina também acolhe a maior figueira-de-Bengala dos E.U.A. que os registos indicam ter sido plantada em 1873 e que tem agora 18 metros de altura.

A árvore ramifica-se em 16 troncos que se alongam por uma área de 0.30 hectares.

Admiramo-la com o respeito vegetal que nos merece.

Figueira-de-Bengala em Lahaina, Maui, Havai

Músicos tocam à sombra de uma enorme figueira-de-Bengala

Mas não só. Uma banda de rua porque tínhamos passado no centro aprumado e pitoresco da povoação fora corrida pelas autoridades.

Os cinco elementos tocavam, então, o violino, o banjo, a guitarra e o violoncelo, à sombra dos ramos sem fim.

Entretanto, apuramos que, ao fim da tarde, um dos hotéis da marginal iria apresentar um luau polinésio.

Interessados em assistir mas também em percorrer o trecho da estrada mais panorâmica da ilha, a Hana, apressamo-nos a regressar ao ponto de partida.

Hana Highway Acima. Até Kaupo

De Pa’ia, continuamos para sudeste. Por alguma razão, as autoridades apelidaram a via em que nos metemos de Hana Highway.

De estrada, pouco tinha. De autoestrada absolutamente nada.

Hana Falls, Maui, Havai

Banhistas desfrutam da frescura das Hana Falls.

A certo ponto da costa selvagem e apertada entre o oceano e as vertentes da Floresta Koolau, a Hana Hwy encolhe à largura de um só sentido mas continua a ser percorrida em ambos.

Avançamos, com escalas estratégicas em recantos idílicos da ilha, caso das Hana Falls em que nos banhamos e refrescamos.

Na volta ao asfalto, retém-nos um carrinho de golfe que conduzia cavalos a uma fazenda.

A estranha quadrícula atrasa-nos durante uns bons cinco quilómetros.

À laia de compensação, na iminência de Hana e do extremo leste da ilha, os grandes espaços de Maui voltam à cena.

Cavalos a reboque na Hana Highway, Maui, Havai

Carrinho de golfe conduz cavalos a uma propriedade na estreita Hana Highway

Pelo Sopé do Grande Haleakala

Praias de areia negra alternam com outras de calhaus. Uma península ventosa e rochosa marca a passagem do leste para o sul.

Por altura de Kaupo, a lava do vulcão supremo de Maui, o Haleakala, preenche vertentes gentis.

Maui, Havai, Polinésia, À solta

Vacas pastam num prado verdejante no sopé do grande vulcão Haleakala.

Em certas áreas, mantém-se demasiado áspera para admitir vegetação. Noutras, acolhe prados viçosos que se estendem até à beira do Pacífico azulão.

Um vento inclemente castiga esta costa.

Chicoteia as árvores douradas wiliwili (Erythrina Sandwicensis) e despe-as das poucas folhas que lhes restam.

Árvores wiliwili, Maui, Havai

As árvores wiliwili, douradas pela queda das folhas e pela exposição ao sol.

Ainda assim, os rancheiros locais entregam o seu gado resiliente a tais pastagens rudes, a ver pela dimensão e opulência das suas propriedades, com sucesso.

Arrepiamos caminho para a cratera de Haleakala, mas a nebulosidade mística que persistia nas alturas, oculta-nos o cimo olímpio da ilha.

Daí a uma hora, jovens dançarinos exibiriam, em Lahaina, as danças graciosas que o oceano, os vulcões e as paisagens luxuriantes do Havai há muito inspiravam.

Já que os deuses nos rejeitavam, que não desperdiçássemos o melhor profano que Maui nos podia oferecer.

Maui, Havai, Polinésia,

Dançarinos desembarcam prestes a inaugurarem um luau a ter lugar em Lahaina.

NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.
Waikiki, OahuHavai

A Invasão Nipónica do Havai

Décadas após o ataque a Pearl Harbor e da capitulação na 2ª Guerra Mundial, os japoneses voltaram ao Havai armados com milhões de dólares. Waikiki, o seu alvo predilecto, faz questão de se render.
Big Island, Havai

Grande Ilha do Havai: À Procura de Rios de Lava

São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Samoa  

Em Busca do Tempo Perdido

Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia - Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Rapa Nui - Ilha da Páscoa, Chile

Sob o Olhar dos Moais

Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Silhuetas Islâmicas
Cidades

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Cultura
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
A Toy Train story
Em Viagem
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
vale profundo, socalcos arroz, batad, filipinas
Étnico
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Celebração Nahuatl
História

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Marcha Patriota
Ilhas
Taiwan

Formosa mas Não Segura

Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Machangulo, Moçambique, ocaso
Natureza
Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Caminhada Solitária, Deserto do Namibe, Sossusvlei, Namibia, acácia na base de duna
Património Mundial UNESCO
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Barco no rio Amarelo, Gansu, China
Religião
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Intervenção policial, judeus utraortodoxos, jaffa, Telavive, Israel
Sociedade
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.