Seixal, Madeira, Portugal

A Ilha da Madeira do Coração


A Velha ER-101
Piscina Agitada
Fé Acima do Abismo
Praia da Laje II
Lares Virados a Norte
Véu da Noiva
Éden Vulcânico
Casario em Curva
Piscina do Atlântico
A Aldeia
Túnel para o Mar
Seixal e o Grande Norte
Véu da Noiva II
A Nova Praia
Praia da Laje
Convívio Marinho
As Escarpas da Aldeia
Quem visita a Madeira, encanta-se com o seu dramatismo quase tropical. Neste caso, o autor deve confessar que foi o destino das suas primeiras três viagens de avião. Que tem uma amiga de lá, que o fez ser um pouco de lá. Da Madeira virada ao Norte sem fim. Do destemido e acolhedor Seixal.

Ter um voo estreante, no dia de Natal, com aterragem no aeroporto do Funchal é digno de registo.

O que dizer então, quando, a essa aterragem, se segue uma viagem de carro entre o Funchal e o Seixal, pela estrada antiga.

Passaram-se umas duas décadas. A memória perdura. Anfitriã e conhecedora do caminho, a Sofia Lima assume o volante.

Conduz-nos acima e abaixo das ravinas letais entre São Vicente e o Seixal, com uma confiança de condutora de rally que nos deixa algures entre o entusiasmo e o receio.

Entramos e saímos de túneis de superfícies pouco polidas que comprovam um árduo trabalho de picareta e afins, começado em 1950 e a que se popularizou tratar por “furados”.

Deles saídos, ficamos com o Atlântico ou pela frente ou do lado, com frequência, lá bem em baixo, onde as vagas castigam as falésias.

Em pleno Inverno, quedas d’água banham a via estreita e lavam o carro à força.

Grandes calhaus basálticos que se acumulam junto ao murinho que protege os veículos de mergulhos para o oceano, lembram-nos que não é só água que ali cai.

Sublinhavam o facto mais que óbvio que cada viagem para o Seixal era uma aventura. E o Seixal não tinha sequer começado.

Chegamos sobre a noite. Instalamo-nos na pousada que a Sofia nos tinha reservado.

Pouco depois, estamos a beber copos no “Arco-Íris” o bar incontornável da povoação, do Manelito e do Carlucho. E a travarmos conhecimento com os compinchas da anfitriã.

Seixal, As Oitavas, as Lapinhas e uma Farra Desenfreada

Dura o que dura. Na Madeira, as tradições, como a fé católica, são levadas a sério.

No calendário, 26 de Dezembro dita as Oitavas do Natal, de tal forma veneradas que as autoridades decretaram o dia feriado regional.

Seixal, Ilha da Madeira, a Aldeia

É costume andar-se de casa em casa, na versão religiosa, a apreciar-se as lapinhas (leia-se presépio) dos vizinhos.

Na prática profanada, o costume serve de pretexto para uma festança tão itinerante como arreigada.

Mais que exibir a lapinha da casa, cada família acolhe os visitantes com comes e bebes sobrados do Natal (mas não só) e caprichados. Nos bebes, em particular, contam-se whiskies e aguardentes velhos, vinho caseiro produzido com as uvas jaqué locais e tantos outros.

Oferecem-se ao forasteiro com uma amabilidade e firmeza que não parecem admitir recusa. À medida que o tempo passa, aceitá-las produz efeitos inesperados.

Quando começam as visitas, os amigos lisboetas mantêm-se juntos. Lá para meio, sem saber sequer como, o grupo desfaz-se por distintos lares do Seixal.

Recordo-me de visitar alguns já sozinho. Um deles, pertencia a um casal de emigrantes recém-regressado da África do Sul, orgulhosos por lhe darem a provar o vinho jaqué que os religava à terra. Ao Seixal e à Madeira.

Mais tarde, voltamos a juntar-nos no “Arco-Íris”. Ao balcão, em volta da mesa de matraquilhos e de mais Coral Tónica. Cada qual, com as suas estórias mirabolantes por contar.

Como viríamos a perceber, no Seixal, os Oitavos prolongavam-se, assim, semana fora. A descoberta dos cenários deslumbrantes da povoação e em redor compensavam os despertares tardios e algo ressacados no hotel “Brisa Mar”.

Uns dias depois, regressamos a Lisboa. Com as vidas ainda a fervilharem de tudo o que tínhamos vivido no Seixal. Com novas amizades, algumas de seixaleiros, então, a viverem no continente.

O Regresso Estival ao Seixal, Madeira

Chegamos às férias do Verão. Marques, um desses seixaleiros com quem mantinha contacto, convida-me a regressar. Oferece-me estadia na casa da família. Aceito o convite de bom grado.

Filipe, um dos irmãos de Marques, na altura e como tantos madeirenses, ainda emigrado em Caracas, Venezuela, faz caça submarina no mar ao largo, por norma, diante do cais e das piscinas naturais.

Dia após dia, assim nos assegura peixe fresco que a mãe de ambos cozinha para as refeições, acompanhadas de batatas-doces e semilhas cozidas, colhidas da horta da casa.

Em vez dos Oitavos e das Lapinhas natalícias, são os arraiais de Verão do Seixal e das povoações vizinhas que justificam a festa e inevitáveis desvarios.

Em pleno Estio, essa diversão tem uma deliciosa extensão balnear. Nas piscinas naturais do Seixal. Ao largo do Cais. Na Poça do Mata Sete, baptizada com a verdade da tragédia, por mais pungente que tenha sido.

E, a pouca distância, mas nos antípodas da seriedade, ainda na Praia da Laje, a que os moradores passaram a chamar de Jamaica devido ao visual tropical das palmeiras há uns anos lá plantadas.

Malgrado o bem-disposto imaginário caribenho, a sua beira-mar não tem nem vestígios de areia branca ou coralífera.

Cobrem-na os grandes seixos basálticos que as vagas continuam a polir e que inspiram o brasão de armas da aldeia, na base de um seixo (árvore) complementar.

Por altura dessa evasão balnear, não existia sequer a praia de areia negra contígua ao porto e que, hoje, atrai, todos os anos, milhares de visitantes à povoação.

Quando nela me banho com vista para a paisagem grandiosa do leste do Norte, confirmo-a a melhor praia da ilha da Madeira.

Assim a classificaria mesmo que me considerasse isento.

O Incrível Monumento Rodoviário da Estrada de Ouro

Voltamos a percorrer a estrada-velha e os seus túneis entre São Vicente e o Seixal. Examinamo-los com a atenção merecida.

Percebemos o trabalho, a engenharia prodigiosa e os custos que requereu, de tal monta que ficou conhecida como a Estrada de Ouro de Portugal.

Para chegarmos ao verdadeiro valor da obra, talvez seja melhor atentarmos aos atrasos de vida que solucionou. Durante muito tempo, o Porto Moniz só era alcançável pelo sul da ilha.

E, em períodos de intempérie, uma viagem entre o Funchal e o Seixal (hoje 40km, 50 minutos), fazia-se em modo de montanha-russa, acima e abaixo da crista da Encumeada. Podia demorar quatro horas.

Ou cinco. Ou as que fossem, de acordo com o que o destino reservasse.

Decorridas mais de duas décadas, no regresso à Madeira e ao Seixal, viajamos por vários dos túneis modernos e desafogados que ligam as localidades pelo interior da ilha.

Hoje, entre os antigos e os novos, mais de 150 túneis fazem da Madeira uma ilha-queijo-suíço.

Os de João Delgado e do Seixal, substituíram a arrojada ER-101, tornada atracção histórica e turística, ainda com o seu quê de aventureira.

Aventuras Desventuradas na Antiga ER101

Deixamos a estrada moderna. Metemo-nos na antiga, apostados em recuperarmos a sensação do que era percorrê-la. Instantes depois, arrependemo-nos.

O resquício da via parece-nos ainda mais apertado do que nos lembrávamos.

Encharcam-no distintas quedas d’água de que falhamos em compreender a origem.

Partes do asfalto gasto surgem salpicadas de lascas de basalto também caídas do cimo, dali imperceptível, das falésias.

Em vez de lúdica, a experiência revela-se temerária. Invertemos marcha o mais depressa e melhor que conseguimos, no aperto e na iminência do precipício, com o Atlântico, lá em baixo, a insinuar-se.

Ainda o desconhecíamos, mas o atrevimento vinha com um preço. Durante a tarde, percebemos que uma das lascas de basalto tinha gerado um furo lento num pneu. Quando passamos por São Vicente, perdemos tempo a consertá-lo.

Completada a manobra, voltamos à segurança da estrada nova.

Refugiamo-nos no miradouro para o Véu da Noiva, a cascata emblemática que se precipita para o mar de uma altura de 110 metros, diante do velho traçado da ER-101.

Uma Aldeia tão Inclinada como Fértil

Se a Madeira é íngreme e vertiginosa, o Seixal abusa.

O povoamento da costa Norte da ilha e da aldeia requereu forte determinação e engenho condizente. Boa parte das suas casas situam-se entre falésias e abismos.

As hortas e os cultivos, fazem-se sempre inclinados, como as vinhas locais, dispostas em terraços conquistados a zonas menos íngremes dos penhascos, protegidas do vento e das intempéries por barreiras de urze e de fetos frondosos.

Mesmo produzidas em redutos  que qualquer forasteiro classificaria de inutilizáveis e em pouca quantidade, as uvas de casta sercial do Seixal são resistentes à gravidade, ao míldio e ao oídio. Há muito que enriquecem os bons Vinhos da Madeira, os mais secos.

As regas destas vinhas e dos restantes cultivos dependem do aproveitamento da água da ribeira que desce do cimo do Fanal mágico

 

Fanal. Um Pasto algo Surreal

 

E que divide o povoado quase ao meio, através das levadas e canais em que os madeirenses e os seixaleiros se tornaram peritos.

Da última vez que passámos pelo Seixal, fizemo-lo como parte de um trabalho bastante mais abrangente na ilha da Madeira, fora do Natal – Passagem de Ano, do período dos arraiais ou de qualquer outras festas.

Não ficámos lá a dormir e só conseguimos rever duas ou três das pessoas que lá conhecíamos.

Seixaleiros que Partem, Seixaleiros que Voltam

Desde 1950 que a remota Seixal perdia população, sobretudo devido à diáspora para a Venezuela, para a África do Sul, para a Austrália e tantos outros destinos. Neste tempo, a aldeia passou de 1360 habitantes para apenas 656, em 2011.

Apercebemo-nos, todavia, que o prestígio turístico da Madeira, desde há vários anos eleita “Melhor Destino Insular do Mundo”, o chamariz da praia de areia negra e os acessos facilitados pelos túneis lá levam, agora, muitos mais visitantes e dos quatro cantos do mundo.

Em simultâneo, a realidade atroz em que se tem mantido a Venezuela e a violência na África do Sul, têm feito regressar muitos emigrantes madeirenses.

Mesmo já sem falarem português, alguns, abrem pequenos negócios com que procuram refazer as vidas. Mesmo que lhes faltem os grandes lucros de outras paragens.

Mesmo que só tenham vista para o Norte e para o Atlântico imenso.

Recebe-os, como nos acolheu, o abraço subtropical e edénico do Seixal.

Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Parque Florestal Ribeiro Frio, Madeira

Ribeiro Frio Acima, na Senda dos Balcões

Há muito que esta região do interior elevado da Madeira tem a cargo a repopulação das trutas arco-íris da ilha. Entre os vários trilhos e levadas que confluem nos seus viveiros, o Parque Florestal Ribeiro Frio oculta panoramas grandiosos sobre o Pico Arieiro, o Pico Ruivo e o vale da Ribeira da Metade que se estende à costa norte.
Ilhéu de Cima, Porto Santo, Portugal

A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar

A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Levada do Caldeirão Verde, Madeira, Portugal

Água Cima, Água Abaixo

É apenas um dos mais de cem sistemas de canais prodigiosos que os madeirenses construíram para irrigarem os cultivos. Os seus cenários verdejantes, escarpados e dramáticos fazem os visitantes da ilha fluírem em contínuo ao longo da levada do Caldeirão Verde.
Fanal, Madeira, Portugal

Fanal. Um Pasto algo Surreal

Irrigadas pelas nuvens que chegam do Atlântico Norte, as terras altas e verdejantes do Fanal são ideais para o pasto de bovinos. O gado parece já fazer parte da paisagem mágica e nem sequer as incursões humanas como a nossa parecem afectar a sua rotina.
Porto Moniz e Ribeira da Janela, Madeira

Uma Vida de Encosta, Oceano e Lava

Exploramos terras que se diz terem sido colonizadas, ainda no século XV, pelo algarvio Francisco Moniz, o Velho. Decorrido quase meio milénio, Porto Moniz tornou-se um domínio balnear concorrido, muito por conta das suas piscinas retidas num labirinto de rocha lávica.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cerimónias e Festividades
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cidades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
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Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
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Cultura
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Étnico
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Teleférico de Sanahin, Arménia
História
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Christiansted, Saint Croix, Ilhas Virgens Americanas, Steeple Building
Ilhas
Christiansted, St. Croix, Ilhas Virgens Americanas

Nos Fundos das Antilhas Afro-Dinamarquesas-Americanas

Em 1733, a Dinamarca comprou a ilha de Saint Croix à França, anexou-a às suas Índias Ocidentais em que, com base em Christiansted, lucrou com o trabalho de escravos trazidos da Costa do Ouro. A abolição da escravatura tornou as colónias inviáveis. E uma pechincha histórico-tropical que os Estados Unidos preservam.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Terraços de Sistelo, Serra do Soajo, Arcos de Valdevez, Minho, Portugal
Natureza
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Torres del Paine, Patagónia Dramática, Chile
Parques Naturais
PN Torres del Paine, Chile

A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade
Património Mundial UNESCO
Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Cahuita, Costa Rica, Caribe, praia
Praias
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Religião
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
city hall, capital, oslo, noruega
Sociedade
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Macaco-uivador, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.