Parque Florestal Ribeiro Frio, Madeira

Ribeiro Frio Acima, na Senda dos Balcões


Ribeira da Metade Abaixo
Meandro da Vereda
Um Presépio Vegetal
Morro Enevoado
Vereda dos Balcões
A Névoa de Volta
O Ribeiro. o Frio
As Trutas Arco-Íris
Feto dos Arbóreos
De Entrada no Balcões
O Grande Balcão
Vista Sobre o Norte
Leito da Ribeira da Metade
snack-bar “Flor da Selva”
Lebrina de Passagem
Há muito que esta região do interior elevado da Madeira tem a cargo a repopulação das trutas arco-íris da ilha. Entre os vários trilhos e levadas que confluem nos seus viveiros, o Parque Florestal Ribeiro Frio oculta panoramas grandiosos sobre o Pico Arieiro, o Pico Ruivo e o vale da Ribeira da Metade que se estende à costa norte.

Andamos a explorar o Norte, entre o Fortim do Faial e o Miradouro do Guindaste quando o apelo das terras altas e florestadas nos volta a sequestrar.

Regressamos à estrada da Praia do Faial.

Galgamos os seus incontáveis meandros, aqui e ali, por cristas que nos concedem visões dramáticas do que deixávamos para trás. Antes destacado acima do oceano, contra o céu, o morro da Penha d’Águia alisa-se e some-se na orografia intrincada da ilha.

Pouco depois de passarmos o Chão de Cedro Gordo, enfiamo-nos num manto de neblina densa que paira sobre o relevo a leste e, ora o afaga, ora o cobre por completo e transforma em vultos vegetais fantasmagóricos de pinheirinhos que sobressaem de morros.

Ribeiro Frio: nas Alturas Verdantes da ilha Madeira

Como sempre acontece na Madeira, a névoa mantém-se localizada.

Quando chegamos aos mais de 860 metros de altura do casario que anuncia Ribeiro Frio e ao snack-bar “Faísca” que serve o lugarejo, já só vislumbramos lampejos distantes da “lebrina”, assim a chamam, com frequência, os madeirenses.

Uma chuva fulminante tinha voltado a encharcar a povoação e a irrigar o Parque Florestal homónimo que a envolve.

Detemo-nos no bar, resolvidos a nos reaquecermos das sucessivas escalas fotográficas, batidas pelo vento húmido, algo frígido de nordeste.

Bebemos chocolates quentes. Recuperados, percorremos o asfalto da ER103 que faltava para o núcleo turístico e piscícola de Ribeiro Frio.

A floresta quase tropical volta a cerrar-se.

Cerca-nos de um tapete de fetos viçosos, a maior parte, rasteiros e de uns poucos exemplares arbóreos que parecem rivalizar com os folhados e tís em redor.

Escutamos o fluir ecoante de um qualquer curso d’água. Mais acima, damos com um sortido de tanques gradeados de pedra de distintas formas, treze deles, para sermos mais precisos.

Quando os vemos repletos de peixes escuros e sarapintados, confirmamos que estamos no Posto Aquícola de Ribeiro Frio.

E no lugar certo.

Os Viveiros de Trutas arco-íris de Ribeiro Frio

Ao longo dos séculos, os colonos engenhosos da ilha da Madeira dotaram-na de uma enorme rede de levadas que conduz a água dos riachos aonde faz falta.

Há muito que as trutas arco-íris percorrem esses riachos e até mesmo os canais mais apertados das levadas.

Por motivos naturais e outros que se prendem com a complexa divisão e manipulação dos riachos e da água, o número de trutas sempre oscilou.

Ora, desde 1960, que Ribeiro Frio e as suas gentes têm a missão possível de gerarem novos espécimes, dos ovos aos alevins e aos peixes já resistentes.

Uma vez criados, libertam-nos nos cursos d’água, de maneira a viabilizar a pesca no interior da ilha e fomentar o consumo saudável desta espécie fluvial.

Sem chegarem sequer à pesca e sem surpresa, os restaurantes da povoação mantêm a truta como um dos principais pratos dos seus menus. Os moradores, consomem-nas amiúde.

Uma capela próxima, erguida em honra de Nª Srª de Fátima abençoa-os e aos visitantes, num branco envelhecido e que tem, à porta, azulejos evocativos da Virgem Maria e de Jesus enquanto “Cordeiro de Deus”.

Ribeiro Frio: um Parque Florestal Pejado de Laurissilva

Trutas, restaurantes e templos à parte, em termos de Criação de natureza, Deus fez um trabalho imaculado, também nestas partes recônditas da Ilha Jardim.

Ribeiro Frio está o cerne de uma imensidão com todos os atributos naturais que lhe conferem o título de genuinamente madeirense.

Há uma boa razão para o parque circundante ter sido titulado de florestal. Preenche-o uma mancha densa e generosa da floresta original da Madeira, aquela que os colonos encontraram e, aos poucos, tiveram que desbravar.

O Ribeiro Frio, suas corgas tributárias e as nuvens do norte, renovam uma flora com nomes peculiares que se preserva, em boa parte, endémica.

Compõem-na os tis e folhados de que já falámos, incontáveis loureiros, vinháticos-das-ilhas, uveiras-da-serra, urzes-das-vassouras e urzes-molares.

E ainda, arbustos e outras plantas floridas, casos do isoplexis, das estreleiras, orquídeas da serra e dos massarocos, a nosso ver, mas sujeito a debate, a espécie de planta mais excêntrica da ilha.

Esta amálgama vegetal deslumbrante forma ou integra o ecossistema da Laurissilva, exclusivo da Madeira – de que ocupa cerca de 20% do território – e de outras ilhas da Macaronésia, dos Açores, das Canárias e, de bolsas inesperadas e diminutas do litoral africano da Mauritânia.

A Levadas e Veredas Deslumbrantes que passam por Ribeiro Frio

Sulcam tal floresta prodigiosa, veredas e levadas, para conveniência das gentes rurais da Madeira, com frequência (senão quase sempre) umas emparelhadas com as outras.

Com esse e outros perfis, partem de Ribeiro Frio alguns dos itinerários pedestres imperdíveis da ilha, por exemplo, o PR-10 da Levada do Furado que serpenteia até à Portela e recompensa quem o completa com vistas gloriosas da Penha d’Águia.

Satisfeitos com a deambulação entre os viveiros e pela aldeia, entregamo-nos ao PR 11, bem mais curto e simples que o predecessor.

Para tal, abandonamos de vez o alcatrão da ER 103. Enfiamo-nos na floresta.

Seguimos as curvas e contracurvas da Levada da Serra do Faial.

Servem-nos de tecto as copas frondosas de carvalhos e de plátanos. Malgrado o estio, largam folhas que amarelam em matizes e adornam o solo castanho-fértil da vereda.

De tempo em tempo, a cobertura densa da vegetação dá de si. Concede-nos vislumbres dos cenários que não tardaríamos a apreciar com olhos de ver.

Quarenta minutos de caminhada depois, na companhia de tentilhões, melros, papinhos e até de bisbis, esbarramos com uma placa amarela, à sombra, e que versa “Balcões”.

Os Panoramas Inverosímeis no Término da Vereda dos Balcões

Contornamos a rocha hiperbólica a que o sinal quase se encosta.

Do lado de lá, desvendamos a desembocadura da também chamada de Vereda dos Balcões e as estruturas panorâmicas que lhe dão azo ao nome.

Uma enorme plataforma de observação gradeada, estende-se para além da laje.

Aventura-se na direcção do vale abissal, como que a insinuar a quem chega, a urgência de se debruçar sobre a vedação e de se deixar maravilhar pelo monumento geológico em volta.

É o que fazemos.

Virados para ocidente da Madeira, deslumbramo-nos com a serrilha afiada entre o Pico do Arieiro (1817m) e o Pico Ruivo, com, 1861 metros, o zénite da Madeira e a terceira elevação de Portugal.

Abaixo, estendido para norte, até se fundir com o Atlântico, desfaz-se o vale profundo e ziguezagueante da Ribeira da Metade.

Vêmo-lo forrado de laurissilva.

Desde a linha de seixos alvos porque passa, até aos cimos pontiagudos dos montes.

Ribeiro Frio, Madeira, Vereda dos Balcões, Ribeira da Metade II

A névoa que nos tinha sombreado boa parte da ascensão, volta a marcar presença, na forma de um manto compacto de humidade.

O trio cumeeiro Arieiro-Torres-Ruivo barra-o. Sujeita os vales a oriente a um efeito de estufa natural carregado de clorofila.

Daquele varandim desafogado, a contemplação gera-nos mais e mais respeito.

Lembrados de que estávamos no extremo sem saída da Levada dos Balcões, decidimo-nos a activar o plural do nome e a melhorar a contemplação.

Uns caprichos da rocha que antes tínhamos contornado, serviam de degraus para um segundo balcão improvisado no seu cimo.

Ribeira da Metade Abaixo, até à Penha d’Águia e ao Atlântico

Desse topo, em equilíbrio, voltamos a seguir os contornos da Ribeira da Metade.

Até ao casario ainda iluminado de São Roque, ao outeiro frondoso que quase o oculta, e à silhueta distante da Penha d’Águia, comprimida entre o cinzento celeste e o azulado do mar.

Enquanto estudamos a vastidão, as aves selvagens da Madeira esvoaçam, para cá e para lá.

Pombos-torcazes, a velocidade impressionante. E mais bisbis, em redor, sempre atentos a quando os visitantes desamparam os Balcões e os deixam com as dádivas de pão e outros preciosos petiscos. É o que entretanto fazemos.

Invertemos caminho. Interrompemos o regresso a Ribeiro Frio no snack-bar e loja de artesanato “Flor da Selva” que, encontramos solitário, na beira da vereda.

Tagarelamos com a senhora que nos serve um lanche providencial, satisfeitos por contribuirmos para aliviar a escassez de clientes provocada pela pandemia.

E o Regresso Tardio ao Funchal

Após o que retornamos ao carro e à estrada, desta feita, apontados à costa sul e ao Funchal.

Nesse derradeiro trajecto, passamos por Chão da Lagoa, pela porta da herdade em que o PSD Madeira se habituou a realizar as suas festas.

A mesma caravana de nuvens que tínhamos admirado dos Balcões, fluía, logo ali abaixo, contra o sol que se precipitava sobre o horizonte ocidental.

Tal como a ascensão a partir da costa norte, também a descida para o Funchal se provou uma jornada de beleza estonteante, dentro e fora das nuvens, contra silhuetas misteriosas da vegetação, por um ziguezagueado íngreme digno do Rali da Madeira.

Refreados por tanta curva e distracção, é já com o anfiteatro luminoso da cidade a exibir-se ao lusco-fusco que nos abrigamos no Funchal.

Anoitecer sobre o Funchal, Madeira

Casario do Funchal iluminado por luzes artificiais e pela do pôr-do-sol a ocidente.

Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Ilhéu de Cima, Porto Santo, Portugal

A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Um dos prédios mais altos de Valletta, Malta
Cidades
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Indígena Coroado
Cultura
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Em Viagem
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Étnico
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Selfie, Hida do Japão Antigo e Medieval
História
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Ilhas
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
São Tomé Ilha, São Tomé e Principe, Norte, Roça Água Funda
Natureza
São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé

Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Fuga de Seljalandsfoss
Parques Naturais
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão
Património Mundial UNESCO
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Praias
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Religião
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Substituição de lâmpadas, Hidroelétrica de Itaipu watt, Brasil, Paraguai
Sociedade
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Vida Selvagem
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.