Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz


Djerba – Île des Reves
Espelho Meu
Recanto ET
Apelo Mural
A Casa toda Pintada
Esquina dos Murais
A Peugeot de Nilko
Azul-Flamingo
De Passagem
Convívio Pintado
A Copa de Pakone
Tuaregue Deitado
O Farol de Wen2
Nargiles
Sr. Fatel dos Nargiles
Apelo ambiental
Tributo
A Esplanada da Placette
O Portão
O Mote de Sunra
Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.

Chegada da híper-sofisticada Cidade das Luzes, a ideia colidiu com o tradicionalismo de Erriadh de maneira bem mais suave do que se poderia supor.

Há cerca de dois mil anos que a aldeia vivia a paz das suas ruelas e becos, de um branco sujo pelo tempo e pelo deserto, a espaços, quebrada pelas sucessivas tentativas de conquista de Djerba por povos mediterrânicos.

Finda a comoção da Primavera Árabe, inaugurada na Tunísia, no final de 2010, Erriadh padecia, todavia, de um certo caos administrativo de Djerba que culminava na falta de recolha de lixo.

Em 2014, a galeria Itinerrance de Paris confrontou os moradores e comerciantes da aldeia com o início da operação e com a urgência de um sim ou de um não, para cada uma das suas casas com pátio, houch, e outras propriedades contempladas.

Tal como contou o director da galeria e fundador do projecto, Mehdi Ben Cheik, tunisino de nascimento (em 1974), à data, com mais de uma década dedicada à defesa e divulgação da arte de rua, boa parte das gentes de Erriadh venceu uma esperada resistência inicial.

Concordou em acolher os artistas. Em disponibilizar-lhes as suas casas e estabelecimentos, e em apoiá-los na execução das pinturas. Acedeu, inclusive, em comprar os materiais necessários a um trabalho de diagnóstico, limpeza e restauração prévio à chegada dos artistas.

Uns poucos moradores recusaram. Até que constataram o óbvio embelezamento da povoação, se arrependeram e rogaram à organização que os artistas voltassem para lhes pintarem as paredes e muros.

As obras originais e outras adicionadas, em 2022, por cinquenta artistas, alguns de regresso ao projecto, formam a galeria a céu aberto de Erriadh.

Salpicam a grelha da povoação e o cerne de Djerba em que se situa.

É para lá que nos dirigimos do seu litoral norte, com passagem pela sinagoga local de El Gribha, por sua vez, o âmago sagrado da comunidade judaica da ilha.

A Itinerrance de Paris disponibilizou um mapa online que permite aos visitantes orientarem-se no labirinto internacional de murais.

Djerbahood: de Rua em Rua, de Mural em Mural

Pouco virados para a solução de o seguirmos, optamos por nos deixamos perder, por interagirmos tanto quanto possível com moradores e forasteiros.

Sem priorizarmos a busca sistematizada das obras. Mas com o compromisso de nos perdermos o tempo suficiente para percorrermos todas, ou quase todas, as ruelas da aldeia. Diminuta, devemos acrescentar.

O seu nome ancestral, Hara Sghira, qualificava um “pequeno bairro”.

O seguimento do beco por que entrarmos tarda em revelar-nos murais que nos impressionem. O encalço de distintos residentes em trajes tradicionais faz com que nos afastemos um do outro.

Até deixarmos de saber como nos reencontrarmos. Passado algum, tempo, com recurso aos telefones, convergimos.

Quando o fazemos, partilhamos descobertas de pinturas prodigiosas. Os círculos de pequenos seres silhueta do salmantino David de La Mano, abaixo de um pátio pejado de grandes potes, ao lado de uma buganvílea viçosa.

Arte de Rua Chegada de Portugal e dos Quatro Cantos do Mundo

Os painéis criativos de azulejos do português Add Fuel (Diogo Machado), a Pop Art psicadélica de It’s a Living, que remete para o epíteto francês de Djerba.

L’Île des Rêves, a alegrar uma arcada comercial de que desponta uma palmeira solitária. A uma mera quadra, vemos ainda vultos de sombra vivos – já não os de David de La Mano – caminharem sob o farol civilizacional de Wen2.

Procuramos pelo letreiro “The Hood” de Rodolphe Cintorino que inspirou a equipa de Itinerrance de Paris a baptizarem a galeria de Djerbahood.

Dois jovens residentes dizem-nos que já era muito antigo (de 2014) e que o Siroco e outros vendavais afins, gerados no deserto, o tinham mandado abaixo.

Nessa senda, damos de caras com outro dos murais que nos assombra, este, em formato panorâmico.

Em 2014, Bom. K pintou o que nos parece um tuaregue e uma série de ânforas arrastados pelas areias do tempo. A sua túnica cinzenta-azulada vela uma cabra.

Oito anos decorridos, o tempo e as areias já lhe descascaram trechos das vestes e o muro revela parte das pedras que o compõem.

Vemos nuvenzitas brancas aproximarem-se acima. Esperamos o hiato certo.

Com esse acrescento de céu, complementamos o mural com algo da sumptuosidade na sua génese.

As Gentes Coloridas de Erriadh e os Visitantes Intrigados

Enquanto deambulamos, esforçamo-nos por unir as expressões congeladas nas obras a momentos e pessoas de Erriadh.

As mulheres da aldeia, em particular, nos seus trajes islâmicos coloridos, geram imagens graciosas.

Só que são poucas as que não cobrem o rosto quando percebem que as enquadramos.

Uma ou outra das novas gerações, ou com as mãos entregues aos volantes de vespas e motoretas do género.

Aqui e ali, partilhamos a apreciação de murais com famílias visitantes, algumas, vindas da longínqua capital Tunes.

É o que acontece quando encontrarmos a obra de Nilko, de 2014, mas que, menos exposta, preserva toda a sua vivacidade.

Os Velhos e Sedutores Peugeots da Autoria de Nilko

O mural do francês evoca a alternativa tunisina motorizada ao dromedário, as velhas carripanas Peugeot, no caso, as de caixa aberta que o artista sobrecarrega de itens verosímeis.

Enfiado numa jilaba escura, o pai da tal família não resiste. Pede à esposa que o fotografe. Agarra no filho, também ele metido na sua jilabinha. Primeiro, deitam-se sob a furgoneta e fingem que a reparam.

Em seguida, ajustam-se ao fundo da caixa de madeira e simulam que a empurram. Nem a noção de que os fotografamos sem apelo os intimida, ou demove das risadas que partilham.

Certos murais porque passamos provam-se tão ou mais contestatários que artísticos.

Numa ruela, entre hotéis e galerias de artesanato, um autor que nem mais tarde encontramos catalogado, expõe um camelo que emula um cavalo de baloiço, uma vez mais sob palmeiras carregadas de tâmaras.

À esquerda do desenho, a mensagem escrita em inglês, é inequívoca no seu repto de protecção animal: “Camels are not for Fun”.

Em jeito de possível contraponto, ali por perto, um outro mural exibe um dromedário montado por guerreiro de lança em riste, atacado por um felino ameaçador.

Apercebemo-nos de que muito do dia-a-dia de Erriadh se desenrola atrás das fachadas das suas houchs e em idas e voltas, por norma céleres, a houchs de vizinhos e às mercearias da povoação.

Erriadh e o Cerne Social de La Placette

Um reduto cercado de árvores da povoação lidera o acolhimento dos forasteiros, em dois ou três bares-esplanada lá instalados.

Um deles, o café Fatel, espraia-se em banquinhos, mini-mesas e um sofá de chão, instalados sobre longos tapetes tradicionais.

Lá nos cruzamos com um proprietário que reaviva as brasas necessárias aos cachimbos de narguilé (vulgo shisha).

Com o sol a assentar para os lados da Argélia, mais visitantes se instalam na praça, a partilharem chá de menta, cornes-de-gazelle e outras iguarias.

Instigados pelo misticismo do crepúsculo, insistimos na deambulação, atentos a como distintos murais sobressaiam na luz ténue do ocaso e nas artificiais que lhe sucedem.

O pintor Pakone cobre o cimo de um talho com uma das suas árvores de troncos e ramos curvos, de copa rosa quase choque.

Joseph, um jovem tunisino, dá-nos as boas-noites com uma educação e suavidade que indiciam harmonia e respeito pelos mais velhos.

Desvia a vespa que mantém à porta. Entra em casa através da obra abstracta do tunisino Najah Zarbout que revestiu o seu exterior na íntegra.

Prosseguimos pela Rue de la Palestine. Um gato negro eriça-se acima do rectângulo que a identifica. À esquerda de quem contempla, sobressai um grande coração, mutilado por arame farpado.

Também esta é uma obra de 2014. Tal como a questão da Palestina e a Palestina em si, desgastada, a um ponto de quase sem retorno.

Aventuramo-nos por ruas secundárias, que dão para pastos e campos agrícolas de que despontam mais palmeiras. Sob uma delas, uma instalação em forma de grafiti clássico reclama, em francês: “Cortar todos os arranha-céus se eles são mais altos que palmeiras”.

Com os anos, a obra algo fantasmagórica do português Pantónio, que cobre toda uma extensa fachada alva de um dragão negro que dispersa sangue (ou tinta), perdeu igualmente algum do seu fulgor mas resiste a impressionar e até intimidar quem dela se acerca.

Foi dos derradeiros trabalhos que o súbito escurecer nos permitiu achar. Muitos mais ficaram por apreciar.

Neste mesmo ano de 2022, o projecto da galeria Itinerrance de Paris inaugurou a sua versão 2.0. Djerbahood chegou para ficar em Erriadh.

COMO IR:

Para mais informações e reservas consulte a sua agência de viagens e solicite o produto Egotravel

Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 - Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Chebika, Tamerza, Mides, Tunísia

Onde o Saara Germina da Cordilheira do Atlas

Chegados ao limiar noroeste de Chott el Jérid, o grande lago de sal revela-nos o término nordeste da cordilheira do Atlas. As suas encostas e desfiladeiros ocultam quedas d’água, torrentes sinuosas de palmeiras, aldeias abandonadas e outras inesperadas miragens.
Ras R’mal, Djerba, Tunísia

A Ilha dos Flamingos de que os Piratas se Apoderaram

Até há algum tempo, Ras R’mal era um grande banco de areia, habitat de uma miríade de aves. A popularidade internacional de Djerba transformou-a no covil de uma operação turística inusitada.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
auto flagelacao, paixao de cristo, filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
no Palco, Antigua, Guatemala
Cidades
Antigua, Guatemala

Guatemala Hispânica à Moda Antigua

Em 1743, vários sismos arrasaram uma das cidades coloniais pioneiras mais encantadora das Américas. Antigua regenerou-se mas preserva a religiosidade e o dramatismo do seu passado épico-trágico.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Eswatini, Ezulwini Valley, Mantenga Cultural Village
Cultura
Vale de Ezulwini, eSwatini

Em Redor do Vale Real e Celestial de Eswatini

Estendido por quase 30km, o vale de Ezulwini é o coração e a alma da velha Suazilândia. Lá se situa Lobamba, a capital tradicional e assento da monarquia, a pouca distância da capital de facto, Mbabane. Verdejante e panorâmico, profundamente histórico e cultural, o vale mantém-se ainda o cerne turístico do reino de eSwatini.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
viagem de volta ao mundo, símbolo de sabedoria ilustrado numa janela do aeroporto de Inari, Lapónia Finlandesa
Em Viagem
Volta ao Mundo - Parte 1

Viajar Traz Sabedoria. Saiba como dar a Volta ao Mundo.

A Terra gira sobre si própria todos os dias. Nesta série de artigos, encontra esclarecimentos e conselhos indispensáveis a quem faz questão de a circundar pelo menos uma vez na vida.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe, equador, enseada
História
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
Horta, Faial, Cidade que dá o Norte ao Atlântico
Ilhas
Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Sé Catedral, Funchal, Madeira
Natureza
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Uma Cidade Perdida e Achada
Património Mundial UNESCO
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Lifou, Ilhas Lealdade, Nova Caledónia, Mme Moline popinée
Praias
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Kremlin de Rostov Veliky, Rússia
Religião
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Sociedade
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Vai-e-vem fluvial
Vida Selvagem
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.