Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso


A Grande Uxmal
Uxmal, em tempos, a capital do reino maia dominante da actual regiao Puuc.
Ao Nível do Céu
Visitantes sobre uma escada de acesso ao Palácio do Governador de Uxmal.
Deus Narigudo Chaac
Esculturas do deus da chuva Chaac numa esquina do Quadrilátero das Freiras.
Pouso ao Sol
Iguana recarrega energias sobre uma rocha de Uxmal.
O Jogo da Bola
Visitantes sobre a escadaria entre o Quadrilátero das Freiras e o Jogo da Bola.
Kukulkan e Outros
Relevos de Kukulkan e outras divindades numa fachada de Uxmal.
Palácio do Governador
Visitante aproxima-se do grande palácio governativo de Uxmal.
Palácio do Governador vs Pirâmide do Adivinho
Duas das grandes estruturas de Uxmal, em áreas e níveis distintos da cidade.
Recanto do Palácio do Governador
Visitante percorre o exterior do Palácio do Governador.
A Pirâmide do Adivinho
A estruturas mais impressionante de Uxmal, destacada entre o árvoredo e as nuvens acima do Iucatão.
Quadrângulo das Monjas
Uma das quatro fachadas do também chamado Quadrilátero das Freiras.
Passagem para o Quadrilátero das Freiras
Visitante fotografa um pormenor no tecto da passagem do Quadrilátero das Freiras para o Jogo da Bola.
Quadrilátero das Freiras ao Sol
Pátio do Quadrilátero das Freiras emoldurado pela sombra de um dos chamados aposentos.
Limiar das Freiras
Pátio do Quadrilátero das Freiras emoldurado pela sombra de um dos chamados aposentos.
Outra Escadaria
Forasteiro prestes a escalar uma das várias escadarias de Uxmal.
A Grande Uxmal
Uxmal, em tempos, a capital do reino maia dominante da actual regiao Puuc.
Caminhada Solitária
Visitante de Uxmal afasta-se da Pirâmide do Adivinho, rumo ao Palácio do Governador.
O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.

Até podíamos ficar por aí, por sublinhar apenas a integridade do complexo milenar de Uxmal.

Há mais e sentimos o dever de o abordar. No que toca às ruínas Maias abundantes da Península do Iucatão, Chichen Itza conquistou o estrelato, o estatuto de uma das novas Sete Maravilhas do Mundo, enuncia-o com a pompa devida, Fausto, o guia incumbido de nos ajudar a desvendá-la e a outras maravilhas do sudeste mexicano.

Uxmal, situada uns 200km para oeste, depressa se prova, sem grande margem para debate, um conjunto arqueológico mais recompensador para os sentidos.

Alcançamo-la após uma viagem matinal a partir de Mérida, a capital do estado do Iucatão. Durante pouco mais de uma hora, orientados de norte para sul pela via Hopelchen-Uman, percorremos a mesma vastidão alisada e uniforme, coberta de floresta tropical nanica, mas verdejante e maleável que há dias nos encolhia os horizontes.

Cruzamos Lázaro Cardenas, uma das povoações mexicanas que homenageia Cardenas del Rio, um presidente da década de 30, dos mais admirados pela nação.

Instantes depois, a via entra no domínio vasto da Reserva Estatal Biocultural del Puuc, denominação maia para a zona sul do Iucatão que, para variar, surge repleta de colinas ou quase colinas de génese cárstica e que inspirou um estilo arquitectónico Maia tão tardio quanto destacado.

À Descoberta da Velha Capital Maia de Uxmal

Sem aviso, a rectilínea Hopelchen-Uman flecte para leste. Deixamo-la após essa sua esquina. Um desvio de terra batida desafogado, em vez de um dos antigos caminhos sacbés Maias de estuque ou cal, conduz-nos à entrada contemporânea de Uxmal.

Fausto convoca-nos para junto de uma cisterna arredondada, aberta sobre o solo ressequido. “Sei que estão ansiosos para descobrirem as ruínas, mas peço-vos apenas uns minutos…” Concedemo-los, ainda que a esforço.

“Este é um dos milhares de chultunes e aguadas, cisternas ou reservatórios de que os Maias destas partes dependiam.

Como já tiveram oportunidade de constatar, mais para norte, a península estava, como está, crivada de cenotes, poços naturais cheios de água doce e corrente.

Neste sul, por um qualquer capricho geológico, os cenotes não existem e os maias dependiam das chuvas e da sua capacidade de as reterem.”

Progredimos.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, Escadaria

Passamos por uma mancha de vegetação que serve de biombo natural.

Do lado de lá, surpreendemo-nos com o quanto os Maias haviam dominado essa dependência. E prosperado.

Saímos da sombra para um ervado ensolarado. À sua entrada, confrontamo-nos com o que nos parece a parte de trás de uma grande pirâmide de faces abruptas que o tempo escureceu e, nalgumas zonas, quase tornou parda.

Dois casais mexicanos algo excêntricos, enfiados em chapéus desemparelhados, entregam-se a uma indisfarçável adição por selfies e fotos de grupo, primeiro com a pirâmide, depois, com outros recantos das ruínas como fundo.

Retêm os visitantes que lhes seguem os passos.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, recanto

O Pátio Enigmático do Quadrangulo de Las Monjas

Por fim, uma iguana das muitas que têm em Uxmal o seu lar, distrai-os. Com o percurso desimpedido, contornamos a aresta oriental e sombria da pirâmide.

Damos entrada no Quadrangulo de Las Monjas, assim foi denominado, em castelhano, o grande pátio na base da frente da Pirâmide do Adivinho ou do Feiticeiro, a estrutura sobranceira e que, salta à vista de qualquer visitante, se destaca da história misteriosa de Uxmal.

As narrativas Maias de Chilam Balam, encontradas na povoação Iucateca de Chumayel e que são os escritos mais antigos a fazer referência a Uxmal, permitiram estimar que a cidade terá sido fundada no século VII, aumentada e habitada em distintas vagas populacionais.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, Quadrângulo das Monjas

Uma pioneira, que se crê ter sido inaugurada por sacerdotes que veneravam Chaac, o deus Maia da chuva, dos relâmpagos e das tempestades, garante divino da água doce que enchia as cisternas e irrigava as colheitas.

Três séculos mais tarde, afectou a cidade um novo fluxo migratório provindo das terras altas e centrais do México. Agrupava milhares de migrantes de sub-etnia Tutul Xiu, traduzível como “os que transbordam de virtude”.

Os xiues constituíram o último grupo Maia a habitar a Península do Iucatão, entre 987 e 1007. Introduziram no novo território componentes culturais e religiosas nahua que os Maias adoptariam em definitivo.

Foram os casos do culto aos deuses Tláloc e Quetzacoatl, a Serpente Emplumada que os Maias do Iucatão adotariam na pele de Kukulkan.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, decoração de fachada

As Benesses e Caprichos do Deus da Chuva Chaac

Encontramos representações alinhadas de Chaac nas esquinas do Quadrangulo de Las Monjas.

Delas se projectam grandes narizes trombudos, ícones petrificados dos muitos raios que fulminam este México entre o golfo homónimo e o Mar das Caraíbas, sobretudo durante a época das chuvas.

Em 27 de Fevereiro de 1975, a divindade nariguda voltou a fazer das suas. Nessa data – e abundam fotos a preto-e-branco e sépia que o comprovam – a rainha Isabel II marcava presença na inauguração do espectáculo de luz e de som local.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, deus Chaac

No momento em que uma oração a Chaac bendizia Uxmal e os convidados, a divindade despejou uma bátega inesperada sobre a realeza e outros ilustres dignitários.

A meio de Novembro, a época das chuvas do Iucatão estava mais que vencida. Uma única noite das que por lá passámos foi molhada. Na manhã que dedicámos a Uxmal, nem uma pista de que tal pudesse ocorrer.

O céu manteve-se azulão, polvilhado de pequenas nuvens alvas, restos quase estéreis, mas decorativos de tempestades longínquas.

Do Quadrangulo de Las Monjas ao Palácio do Gobernador

O ar clorofilino da quase tarde intensificava-se. Refugiamo-nos na sombra de um dos antigos aposentos em redor do pátio.

Entusiasmados com o enquadramento da sua moldura, internamo-nos nele o suficiente para nos empestarmos com o aroma a guano fermentado que os morcegos condóminos ali renovam.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, Quadrângulo das Monjas

Retomamos a volta ao recinto.

Cruzamos a abertura na parede sul do Quadrangulo de Las Monjas para o jogo de bola mesoamericano, um dos raros encontrados em ruínas Maias da região Puuc.

Degradado, mas com os seus aros adornados ainda bem fixos ao cimo das rampas limítrofes.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, jogo da Bola

Atravessamos o jogo da bola. Do lado de lá, uma vez mais entre iguanas a carregarem baterias ao sol, subimos à pequena Casa das Tartarugas, onde os répteis são de pedra e ornamentais.

E, mais ainda, para o nível do Palácio do Governador, por sua vez decorado por quase quatrocentos glifos que se crê serem de Vênus, ajustados às bochechas do chuvoso Chaac.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, Palácio do Governador

Chegamo-nos ao limiar norte da plataforma em que assenta o Palácio do Governador e, logo, ao seu cimo.

E a Visão Mais Distante e Mirabolante da Pirâmide do Adivinho

Desse alto privilegiado, reencontramos a Pirâmide do Adivinho, culminante, além de um arvoredo tropical frondoso que as sucessivas caravanas de nuvens ora sombreavam, ora faziam resplandecer.

Como dali a víamos, com os seus 35 metros de altura, quase a tocar o firmamento azul-nublado, a Pirâmide do Adivinho resistia como o templo máximo da crença Maia.

Durante séculos, foi uma espécie de portal religioso com escadarias íngremes que elevavam os sacerdotes e líderes de Uxmal, que deles faziam projecções terrenas do Sol e de Vênus.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, a Pirâmide do Adivinho

O termo maia Uxmal tem o significado de “edificada por três vezes”.

Em boa parte, devido à perícia com que acumulava e geria a água das chuvas, Uxmal terá acolhido entre 15 a 25 mil habitantes e dominado outros povoados menores, casos das vizinhas Kabah, Sayil e Labna.

No tempo da expansão e crescimento populacional da cidade, em períodos mais ou menos sequentes às vagas migratórias, a Pirâmide do Feiticeiro recebeu novos pisos.

Foi enriquecida de estruturas e de importância cerimonial.

O Mistério do Abandono de Uxmal

Já em pleno século X d.C., por razões que carecem de provas irrefutáveis, os habitantes abandonaram a cidade, em pouco tempo, despromovida a mero polo de peregrinação.

Duas teorias distintas continuam a debater-se como as mais prováveis. Uma defende que Uxmal se viu vítima da súbita ascensão de cidades Maias rivais, que contestaram e combateram a sua supremacia.

A outra, assente num lavar de mãos de Chaac, que teria gerado um longo período de seca e inviabilizado a acumulação de água e a vida na cidade.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, panorâmica

Ao contrário do que aconteceu noutras paragens da Península do Iucatão e da América Central, a capital Maia da região Puuc soçobrou mesmo antes do desembarque dos deuses barbudos provindos do mar sem fim.

Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Antigua, Guatemala

Guatemala Hispânica à Moda Antigua

Em 1743, vários sismos arrasaram uma das cidades coloniais pioneiras mais encantadora das Américas. Antigua regenerou-se mas preserva a religiosidade e o dramatismo do seu passado épico-trágico.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
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Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
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Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
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No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
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No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
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