Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso


A Grande Uxmal
Uxmal, em tempos, a capital do reino maia dominante da actual regiao Puuc.
Ao Nível do Céu
Visitantes sobre uma escada de acesso ao Palácio do Governador de Uxmal.
Deus Narigudo Chaac
Esculturas do deus da chuva Chaac numa esquina do Quadrilátero das Freiras.
Pouso ao Sol
Iguana recarrega energias sobre uma rocha de Uxmal.
O Jogo da Bola
Visitantes sobre a escadaria entre o Quadrilátero das Freiras e o Jogo da Bola.
Kukulkan e Outros
Relevos de Kukulkan e outras divindades numa fachada de Uxmal.
Palácio do Governador
Visitante aproxima-se do grande palácio governativo de Uxmal.
Palácio do Governador vs Pirâmide do Adivinho
Duas das grandes estruturas de Uxmal, em áreas e níveis distintos da cidade.
Recanto do Palácio do Governador
Visitante percorre o exterior do Palácio do Governador.
A Pirâmide do Adivinho
A estruturas mais impressionante de Uxmal, destacada entre o árvoredo e as nuvens acima do Iucatão.
Quadrângulo das Monjas
Uma das quatro fachadas do também chamado Quadrilátero das Freiras.
Passagem para o Quadrilátero das Freiras
Visitante fotografa um pormenor no tecto da passagem do Quadrilátero das Freiras para o Jogo da Bola.
Quadrilátero das Freiras ao Sol
Pátio do Quadrilátero das Freiras emoldurado pela sombra de um dos chamados aposentos.
Limiar das Freiras
Pátio do Quadrilátero das Freiras emoldurado pela sombra de um dos chamados aposentos.
Outra Escadaria
Forasteiro prestes a escalar uma das várias escadarias de Uxmal.
A Grande Uxmal
Uxmal, em tempos, a capital do reino maia dominante da actual regiao Puuc.
Caminhada Solitária
Visitante de Uxmal afasta-se da Pirâmide do Adivinho, rumo ao Palácio do Governador.
O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.

Até podíamos ficar por aí, por sublinhar apenas a integridade do complexo milenar de Uxmal.

Há mais e sentimos o dever de o abordar. No que toca às ruínas Maias abundantes da Península do Iucatão, Chichen Itza conquistou o estrelato, o estatuto de uma das novas Sete Maravilhas do Mundo, enuncia-o com a pompa devida, Fausto, o guia incumbido de nos ajudar a desvendá-la e a outras maravilhas do sudeste mexicano.

Uxmal, situada uns 200km para oeste, depressa se prova, sem grande margem para debate, um conjunto arqueológico mais recompensador para os sentidos.

Alcançamo-la após uma viagem matinal a partir de Mérida, a capital do estado do Iucatão. Durante pouco mais de uma hora, orientados de norte para sul pela via Hopelchen-Uman, percorremos a mesma vastidão alisada e uniforme, coberta de floresta tropical nanica, mas verdejante e maleável que há dias nos encolhia os horizontes.

Cruzamos Lázaro Cardenas, uma das povoações mexicanas que homenageia Cardenas del Rio, um presidente da década de 30, dos mais admirados pela nação.

Instantes depois, a via entra no domínio vasto da Reserva Estatal Biocultural del Puuc, denominação maia para a zona sul do Iucatão que, para variar, surge repleta de colinas ou quase colinas de génese cárstica e que inspirou um estilo arquitectónico Maia tão tardio quanto destacado.

À Descoberta da Velha Capital Maia de Uxmal

Sem aviso, a rectilínea Hopelchen-Uman flecte para leste. Deixamo-la após essa sua esquina. Um desvio de terra batida desafogado, em vez de um dos antigos caminhos sacbés Maias de estuque ou cal, conduz-nos à entrada contemporânea de Uxmal.

Fausto convoca-nos para junto de uma cisterna arredondada, aberta sobre o solo ressequido. “Sei que estão ansiosos para descobrirem as ruínas, mas peço-vos apenas uns minutos…” Concedemo-los, ainda que a esforço.

“Este é um dos milhares de chultunes e aguadas, cisternas ou reservatórios de que os Maias destas partes dependiam.

Como já tiveram oportunidade de constatar, mais para norte, a península estava, como está, crivada de cenotes, poços naturais cheios de água doce e corrente.

Neste sul, por um qualquer capricho geológico, os cenotes não existem e os maias dependiam das chuvas e da sua capacidade de as reterem.”

Progredimos.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, Escadaria

Passamos por uma mancha de vegetação que serve de biombo natural.

Do lado de lá, surpreendemo-nos com o quanto os Maias haviam dominado essa dependência. E prosperado.

Saímos da sombra para um ervado ensolarado. À sua entrada, confrontamo-nos com o que nos parece a parte de trás de uma grande pirâmide de faces abruptas que o tempo escureceu e, nalgumas zonas, quase tornou parda.

Dois casais mexicanos algo excêntricos, enfiados em chapéus desemparelhados, entregam-se a uma indisfarçável adição por selfies e fotos de grupo, primeiro com a pirâmide, depois, com outros recantos das ruínas como fundo.

Retêm os visitantes que lhes seguem os passos.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, recanto

O Pátio Enigmático do Quadrangulo de Las Monjas

Por fim, uma iguana das muitas que têm em Uxmal o seu lar, distrai-os. Com o percurso desimpedido, contornamos a aresta oriental e sombria da pirâmide.

Damos entrada no Quadrangulo de Las Monjas, assim foi denominado, em castelhano, o grande pátio na base da frente da Pirâmide do Adivinho ou do Feiticeiro, a estrutura sobranceira e que, salta à vista de qualquer visitante, se destaca da história misteriosa de Uxmal.

As narrativas Maias de Chilam Balam, encontradas na povoação Iucateca de Chumayel e que são os escritos mais antigos a fazer referência a Uxmal, permitiram estimar que a cidade terá sido fundada no século VII, aumentada e habitada em distintas vagas populacionais.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, Quadrângulo das Monjas

Uma pioneira, que se crê ter sido inaugurada por sacerdotes que veneravam Chaac, o deus Maia da chuva, dos relâmpagos e das tempestades, garante divino da água doce que enchia as cisternas e irrigava as colheitas.

Três séculos mais tarde, afectou a cidade um novo fluxo migratório provindo das terras altas e centrais do México. Agrupava milhares de migrantes de sub-etnia Tutul Xiu, traduzível como “os que transbordam de virtude”.

Os xiues constituíram o último grupo Maia a habitar a Península do Iucatão, entre 987 e 1007. Introduziram no novo território componentes culturais e religiosas nahua que os Maias adoptariam em definitivo.

Foram os casos do culto aos deuses Tláloc e Quetzacoatl, a Serpente Emplumada que os Maias do Iucatão adotariam na pele de Kukulkan.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, decoração de fachada

As Benesses e Caprichos do Deus da Chuva Chaac

Encontramos representações alinhadas de Chaac nas esquinas do Quadrangulo de Las Monjas.

Delas se projectam grandes narizes trombudos, ícones petrificados dos muitos raios que fulminam este México entre o golfo homónimo e o Mar das Caraíbas, sobretudo durante a época das chuvas.

Em 27 de Fevereiro de 1975, a divindade nariguda voltou a fazer das suas. Nessa data – e abundam fotos a preto-e-branco e sépia que o comprovam – a rainha Isabel II marcava presença na inauguração do espectáculo de luz e de som local.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, deus Chaac

No momento em que uma oração a Chaac bendizia Uxmal e os convidados, a divindade despejou uma bátega inesperada sobre a realeza e outros ilustres dignitários.

A meio de Novembro, a época das chuvas do Iucatão estava mais que vencida. Uma única noite das que por lá passámos foi molhada. Na manhã que dedicámos a Uxmal, nem uma pista de que tal pudesse ocorrer.

O céu manteve-se azulão, polvilhado de pequenas nuvens alvas, restos quase estéreis, mas decorativos de tempestades longínquas.

Do Quadrangulo de Las Monjas ao Palácio do Gobernador

O ar clorofilino da quase tarde intensificava-se. Refugiamo-nos na sombra de um dos antigos aposentos em redor do pátio.

Entusiasmados com o enquadramento da sua moldura, internamo-nos nele o suficiente para nos empestarmos com o aroma a guano fermentado que os morcegos condóminos ali renovam.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, Quadrângulo das Monjas

Retomamos a volta ao recinto.

Cruzamos a abertura na parede sul do Quadrangulo de Las Monjas para o jogo de bola mesoamericano, um dos raros encontrados em ruínas Maias da região Puuc.

Degradado, mas com os seus aros adornados ainda bem fixos ao cimo das rampas limítrofes.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, jogo da Bola

Atravessamos o jogo da bola. Do lado de lá, uma vez mais entre iguanas a carregarem baterias ao sol, subimos à pequena Casa das Tartarugas, onde os répteis são de pedra e ornamentais.

E, mais ainda, para o nível do Palácio do Governador, por sua vez decorado por quase quatrocentos glifos que se crê serem de Vênus, ajustados às bochechas do chuvoso Chaac.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, Palácio do Governador

Chegamo-nos ao limiar norte da plataforma em que assenta o Palácio do Governador e, logo, ao seu cimo.

E a Visão Mais Distante e Mirabolante da Pirâmide do Adivinho

Desse alto privilegiado, reencontramos a Pirâmide do Adivinho, culminante, além de um arvoredo tropical frondoso que as sucessivas caravanas de nuvens ora sombreavam, ora faziam resplandecer.

Como dali a víamos, com os seus 35 metros de altura, quase a tocar o firmamento azul-nublado, a Pirâmide do Adivinho resistia como o templo máximo da crença Maia.

Durante séculos, foi uma espécie de portal religioso com escadarias íngremes que elevavam os sacerdotes e líderes de Uxmal, que deles faziam projecções terrenas do Sol e de Vênus.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, a Pirâmide do Adivinho

O termo maia Uxmal tem o significado de “edificada por três vezes”.

Em boa parte, devido à perícia com que acumulava e geria a água das chuvas, Uxmal terá acolhido entre 15 a 25 mil habitantes e dominado outros povoados menores, casos das vizinhas Kabah, Sayil e Labna.

No tempo da expansão e crescimento populacional da cidade, em períodos mais ou menos sequentes às vagas migratórias, a Pirâmide do Feiticeiro recebeu novos pisos.

Foi enriquecida de estruturas e de importância cerimonial.

O Mistério do Abandono de Uxmal

Já em pleno século X d.C., por razões que carecem de provas irrefutáveis, os habitantes abandonaram a cidade, em pouco tempo, despromovida a mero polo de peregrinação.

Duas teorias distintas continuam a debater-se como as mais prováveis. Uma defende que Uxmal se viu vítima da súbita ascensão de cidades Maias rivais, que contestaram e combateram a sua supremacia.

A outra, assente num lavar de mãos de Chaac, que teria gerado um longo período de seca e inviabilizado a acumulação de água e a vida na cidade.

Uxmal, Iucatão, capital Maia, panorâmica

Ao contrário do que aconteceu noutras paragens da Península do Iucatão e da América Central, a capital Maia da região Puuc soçobrou mesmo antes do desembarque dos deuses barbudos provindos do mar sem fim.

Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Antigua, Guatemala

Guatemala Hispânica à Moda Antigua

Em 1743, vários sismos arrasaram uma das cidades coloniais pioneiras mais encantadora das Américas. Antigua regenerou-se mas preserva a religiosidade e o dramatismo do seu passado épico-trágico.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Cerimónias e Festividades
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Cidades
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Capacete capilar
Cultura
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Fuga de Seljalandsfoss
Em Viagem
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Étnico
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Torshavn, Ilhas Faroe, remo
História
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau, atracagem
Ilhas
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Mirador de La Peña, El Hierro, Canárias, Espanha
Natureza
El Hierro, Canárias

A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Parques Naturais
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Visitante, Michaelmas Cay, Grande Barreira de Recife, Australia
Património Mundial UNESCO
Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
A República Dominicana Balnear de Barahona, Balneário Los Patos
Praias
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Estante Sagrada
Religião
Tsfat (Safed), Israel

Quando a Cabala é Vítima de Si Mesma

Nos anos 50, Tsfat congregava a vida artística da jovem nação israelita e recuperava a sua mística secular. Mas convertidos famosos como Madonna vieram perturbar a mais elementar discrição cabalista.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Sociedade
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.