Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji


Uma Correria
Crianças de Navala acolhem os recém-chegados forasteiros.
Terras Verdes de Nausori
Cenário das Nausori Highlands, a caminho de Navala.
O Veículo à Altura
Carrinha progride por uma estrada de encosta que liga Ba a Navala.
Navala
As bures tradicionais da aldeia de Navala
Beringelas em Promoção
Vendedora indo-fijiana vende vegetais no mercado de Ba, no norte de Fiji.
Terras altas de Fiji
Encosta verdejante das Nausori Highlands, no norte de Viti Levu.
O Futuro da aldeia
Jovem rapaz de Navala posa com orgulho.
Bures
Fila de cabanas tradicionais de Navala.
Cerimónia Kava
Chefe da aldeia de Navala leva a cabo uma cerimónia de acolhimento com Kava.
Animal & Vegetal
Vaca dá escala à cana-de-açúcar enorme entre Ba e Navala.
O Verde de Navala
Panorâmica de Navala com coqueiros e no sopé das elevações de Nausori.
Pequena Família
Família de Indo-fijianos contra a cana-de-açúcar que levou os seus ancestrais a Fiji.
Encostas Rolantes
Outro cenário enrugado das Nausori Highlands.
Criançada melanésia
Crianças de Navala entusiasmadas pela visita de forasteiros.
Bure entre coqueiros
Uma bure de Navala entre coqueiros.
Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.

Tínhamos resistido às chuvas fortes e aos trechos atolados de lama da vertente oriental da ilha. Prosseguíamos na sinuosa Kings Road, num nordeste e norte ainda húmido e luxuriante mas já bem mais solarengo e acolhedor.

Poucos visitantes para ali se dirigem e os nativos entusiasmam-se com a passagem efémera dos exploradores inesperados.

Admiramo-nos com a atenção suplementar que nos prestam nestes confins de Viti Levu, em comparação com o tratamento algo indiferente concedido pela população da costa contrária

Mais ainda com o simplificar gradual dos nomes curiosos e rítmicos das povoações que havíamos deixado para trás: Rakiraki, Lomolomo, Kulukulu, Sanasana, Malolo, Malololailai, Namuamua, Tabutautau e outras igualmente musicais mas não tão fáceis de pronunciar, casos de Nabukelevu, Korovisilou e Tilivalevu.

Cruzamos Tavua e o litoral da península de Vatia Point conduz-nos a um lugar que conseguimos finalmente dizer de um só fôlego e sem balbuciarmos como recém-nascidos.

É Ba.

Vendedora indo fijiana, Ba, Viti Levu, Fiji

Vendedora indo-fijiana vende vegetais no mercado de Ba, no norte de Fiji.

São poucas as razões para nos demorarmos nesta cidade despretensiosa instalada junto à foz de um rio homónimo. Apuramos que os residentes são loucos por futebol e que a equipa local ganha os campeonatos nacionais com frequência.

Ao mesmo tempo, Ba tem a melhor pista de corridas de cavalos de Fiji e rejubila com as provas equestres.

Nenhuma das competições iria ter lugar por aqueles dias.

O Caminho Rugoso e Sinuoso Entre Ba e Navala

Como tal, abastecemo-nos de fruta no mercado partilhado por nativos melanésios e indo-fijianos, damos entrada num hostel humilde e fazemos planos para o dia seguinte.

A estrada para Navala partia dali mas, pior que muitos caminhos de cabras, nunca lá poderíamos chegar no FIAT Tipo frágil que tínhamos alugado num pequeno rent-a-car familiar de Nadi.

Despertamos numa madrugada resplandecente. Trincamos espetadas de abacaxi refrescantes quando o guia que nos há-de levar à aldeia nos surpreende de dentro de um mini-bus todo-o-terreno: “Vão connosco a Navala, não é? Entrem e instalem-se! Daqui seguimos já para lá.”

O cicerone volta a apresentar-se como Kali e aos passageiros já a bordo, dois casais australianos que tentam acrescentar alguma emoção às suas férias balneares.

Depois, o veículo abandona a planura em que assenta Ba.

Trepa lentamente para o domínio elevado da cordilheira de Nausori pelos tais caminhos rudes que nos tinham desencorajado.

Carrinha a caminho de Navala, Viti Levu, Fiji

Carrinha progride por uma estrada de encosta que liga Ba a Navala.

Em pouco tempo, vemo-nos cercados de plantações de cana-de-açúcar e Kali desbobina dados que filtramos o mais possível: que Fiji tem uma complexa divisão administrativa composta por 14 províncias cada qual com distritos, estes, com cidades e aldeias que agrupam clãs, sub-clãs e, por fim, famílias.

Que apesar de fortemente multicultural, os vários grupos étnicos e religiosos da nação aprenderam a respeitar-se e os conflitos são pouco frequentes.

Os Doces Turistas, os Indo-Fijianos e os Melanésios

Ao passarmos por uma velha destilaria, uma informação humorística relacionada apanha os passageiros desprevenidos e desperta risos pouco contidos: “como podem ver, o açúcar foi durante muito tempo a grande exportação e a riqueza de Fiji mas, com o advento do turismo, vocês, meus amigos, tornaram-se muito mais doces que o açúcar.“

Paisagem proximo de Navala, Viti Levu, Fiji

Cenário das Nausori Highlands, a caminho de Navala.

Continuamos a subir por um trilho largo de terra-batida que esventra vastidões de cana a perder de vista.

Do topo de uma das primeiras encostas das montanhas de Nausori abre-se finalmente uma panorâmica e paramos para admirar a vastidão retalhada dos campos cultivados entre o sopé e o Pacífico do Sul longínquo.

Na proximidade encontramos três jovens irmãos indo-fijianos que se preparavam para regressar a casa depois uma manhã de safra numa plantação vizinha.

Na conversa com Atish, Radhika e Joythisma confirmamos o que, entretanto, já tínhamos percebido.

Trio indo-fijiano, Ba, Viti Levu, Fiji

Família de Indo-fijianos contra a cana-de-açúcar que levou os seus ancestrais a Fiji.

Que a maior parte destes habitantes deslocados pelos colonos britânicos que os contrataram séculos antes e trouxeram sem retorno do sub-continente por necessitarem de mão-de-obra qualificada tinham perdido a noção da verdadeira origem étnica.

A imagem com que ficamos dos três, alinhados contra plantas de cana-doce com quase o dobro da sua altura espelha na perfeição a forma como Fiji e Viti Levu, em particular, se impuseram abruptamente ao destino dos seus ancestrais, em tempos canibais.

Como continuavam a submeter os descendentes a uma espécie de degredo herdado.

A Harmoniosa Nasala, Encaixada na Vastidão de Nausori

Algumas curvas, contracurvas e solavancos adicionais e entramos num dos primeiros vales da cordilheira, ainda mais verdejante que os cenários para trás.

Ao longe, encaixadas entre lombas de vertente graciosas, vislumbramos um grande núcleo de palhotas distribuídas entre coqueiros com uma geometria apurada.

Kali anuncia: “ali está ela, a famosa Navala. Mais uns cinco minutos e atravessamos um rio que deve estar cheio de miúdos a brincar, a aldeia começa exactamente na outra margem.”

Navala, Viti Levu, Fiji

As bures tradicionais da aldeia de Navala

Quando cruzamos a ponte, os miúdos do rio apressam-se a abandoná-lo e seguem o mini-bus até que este se imobiliza.

Cercam-nos e dão as boas-vindas com sorrisos e perguntas sem fim no inglês que só há pouco tinham começado a dominar.

Crianças de Navala, Viti Levu, Fiji

Crianças de Navala acolhem os recém-chegados forasteiros.

Uma Cerimónia de Kava Enlutada

Kali resgata-nos do seu cerco e conduz-nos à bure do chefe e à principal obrigação protocolar da aldeia. O interior daquela cabana superior é amplo mas lúgubre e desconfortável.

Kali faz-nos sentar sobre a esteira que cobre o chão e aguarda que o ancião e a sua família se posicionem na outra metade da circunferência.

Sentimos um ambiente pesado no ar e o guia não tarda a percebê-lo.

Explica-nos que tinha morrido uma pessoa muito querida e que a aldeia estava de luto, razão porque não poderíamos andar à vontade entre as casas como num dia normal e teríamos que ser comedidos com as fotografias.

Depois, apresenta-nos como os forasteiros que somos e dá início a uma longa troca de frases em que o termo “naka” – o diminutivo da palavra fijiana para obrigado “vinaka” – é repetido vezes sem conta.

Chefe, cerimónia Kava, Navala, Fiji

Chefe da aldeia de Navala leva a cabo uma cerimónia de acolhimento com Kava.

Quando o diálogo se encerra, o chefe coloca uma grande tanoa (recipiente esculpido de madeira) à sua frente e espreme raízes de kava (uma planta da região) confeccionando a bebida homónima que há muito inebria os homens da Melanésia e de Fiji.

Quando o caldo fica pronto é passada uma malga a cada um dos visitantes. Dois dos australianos recusam-se a bebê-la. Desiludem Kali e os anfitriões que, apesar de tudo, já passaram várias vezes pela desfeita.

Nós e os outros dois aussies fazemo-nos fortes e afligimo-nos com o estranho sabor a terra mentolada da mistela mas logo agradecemos com os nossos próprios “nakas” e a batemos as palmas duas vezes, segundo nos havia instruído o guia.

Bebemos apenas o suficiente para respeitarmos a cerimónia e não ficamos com grande vontade de repetir. É a salvo de uma embriaguez tropical indesejada que deixamos o chefe entregue à família de luto.

Saímos para o ar puro mas húmido do exterior satisfeitos por podermos explorar um pouco mais da povoação.

Bures, Navala, Viti Levu, Fiji

Fila de cabanas tradicionais de Navala.

O Urbanismo Ecológico de Navala

Contam-se mais de duzentas as bures de Navala, dispostas segundo critérios que os chefes estudam estipulam e fazem respeitar para proporcionar aos cerca  de 800 súbditos uma vida organizada e funcional.

Por volta de 1950, numa altura em que Fiji acolhia os primeiros hotéis e resorts de luxo, muito deles em cimento, a comunidade de Navala optou por rejeitar os materiais modernos – com excepção para a escola e, por razões de segurança, de algumas estruturas que albergam geradores.

Os jovens nativos foram encorajados a aprender a arte da construção secular das cabanas em que tinham crescido. Como resultado, passados 60 anos, Navala é, hoje, a última das grandes aldeias de Fiji erguida apenas com recurso a madeira, palhota e barro seco.

Bure, Navala, Viti Levu, Fiji

Uma bure de Navala entre coqueiros.

As suas imagens surgem em guias, livros e postais e deslumbram praticamente todos os visitantes de Viti Levu. Felizmente para os nativos, a maioria frequenta Fiji apenas como retiro balnear.

Até há alguns anos atrás, o acesso ao vale em que se situa era bem mais complicado e, mesmo que o quisessem, quase nenhum estrangeiro a podia descobrir.

Os tempos mudaram. Navala teve que ceder, pelo menos em parte.

Navala Village, Viti Levu, Fiji

Panorâmica de Navala com coqueiros e no sopé das elevações de Nausori.

Hoje, voluntariamente ou à força – não conseguimos apurar – Navala tem uma página de Facebook preenchida em dialecto fijiano e, a data de criação deste texto, com 12 “gostos” conquistados.

Acolhe os forasteiros que, como nós, vão chegando o melhor que pode sem descurar a protecção dos seus habitantes dos malefícios da intrusão.

Entretanto, os homens da aldeia reúnem-se debaixo de uma grande estrutura comunal e preparam um ritual fúnebre sagrado que nos obriga a partir.

Crianças de Navala, Viti Levu, Fiji

Crianças de Navala entusiasmadas pela visita de forasteiros.

Quando a deixamos de regresso a Ba, os mais novos fazem o que a tenra idade os aconselha. Ignoram a perda do congénere.

Despedem-se da mesma forma com que nos tinham recebido, com correrias frenéticas atrás do mini-bus, acenos, caretas e a excitação de quem partilha a vida numa tribo que desde há muito protege as suas tradições e se sabe valorizar.

Viti Levu, Fiji

A Partilha Improvável da ilha Viti Levu

Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Viti Levu, Fiji

Ilhas à Beira de Ilhas Plantadas

Uma parte substancial de Fiji preserva as expansões agrícolas da era colonial britânica. No norte e ao largo da grande ilha de Viti Levu, também nos deparámos com plantações que há muito só o são de nome.
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Nzulezu, Gana

Uma Aldeia à Tona do Gana

Partimos da estância balnear de Busua, para o extremo ocidente da costa atlântica do Gana. Em Beyin, desviamos para norte, rumo ao lago Amansuri. Lá encontramos Nzulezu, uma das mais antigas e genuínas povoações lacustres da África Ocidental.
Casario

Lares Doces Lares

Poucas espécies são mais sociais e gregárias que a humana. O Homem tende emular outros lares doces lares do mundo. Alguns desses casarios revelam-se impressionantes.
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Espiritu Santo, Vanuatu

Os Blue Holes Misteriosos de Espiritu Santo

A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Escadaria Palácio Itamaraty, Brasilia, Utopia, Brasil
Arquitectura & Design
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Festival MassKara, cidade de Bacolod, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia
Cidades
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Em Viagem
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Vanuatu, Cruzeiro em Wala
Étnico
Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
praca registao, rota da seda, samarcanda, uzbequistao
História
Samarcanda, Uzbequistão

Um Legado Monumental da Rota da Seda

Em Samarcanda, o algodão é agora o bem mais transaccionado e os Ladas e Chevrolets substituíram os camelos. Hoje, em vez de caravanas, Marco Polo iria encontrar os piores condutores do Uzbequistão.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Ilhas
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Natureza
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Vai-e-vem fluvial
Parques Naturais
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
Património Mundial UNESCO
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Praias
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Religião
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Sociedade
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Vida Selvagem
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.