Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia


Muro do Jogo da Bola
Jogo da Bola em Grupo
O Aro-Cesto
Incrições
Kukulkan
Kukulkan a Dobrar
Kukulkan a Dobrar II
Cabeças de Kukulkan
O Cimo de El Castilo
El Castillo de Chichen Itza
De Passagem
Descida Excepcional
Escultura de Balam
Máscaras maias
Escultura colorida
Rituais cruéis
Triunfos das Conquistas Maias
Fachada Ervada
O Grande Jogo da Bola
Templo dos Guerreiros
Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.

Percorremos a alameda ladeada por árvores que conduz à entrada.

Um dos muitos vendedores maias de artesanato desperta-nos a atenção. Pintava uma cabeça de jaguar que ajustava ao colo, contra uma t-shirt dos Iron Maiden. A delicadeza com que retocava os bigodes do felino sarapintado contrastava com a rudeza da banda.

Detemo-nos a acompanhar a obra. Perguntamos-lhe se a vai pintar de amarelo ou deixar a preto e branco e, conversa puxa conversa, se usava a t-shirt só por usar ou se era um fã a sério do grupo inglês.

Carlos, assim se chamava o artesão, afiança-nos que os adorava. Esclarecidos, ainda assim, intrigados, regressamos ao jaguar que, por boa razão, constava nas bancas de quase todos os vendedores, em formas e tons pouco destoantes.

Mais que o animal em si, as esculturas representavam Ek Balam, um dos deuses maias idolatrados, ícone religioso de incomparável bravura marcial, inspirador de toda uma ordem de soldados ao serviço do imperador.

Ek Balam, uma das divindades que regiam o Xibalba, o inframundo maia, foi, ainda assim, meritório de um templo à superfície em Chichen Itza.

E, a apenas 56 km a nordeste, 175km da capital iucateca Mérida, consagrado com toda uma povoação e lugar cerimonial seus contemporâneos.

De Templo em Templo, atrás dos Enigmas de Chichen Itza

O Templo do Jaguar é dos primeiros com que nos deparamos mal entrarmos em Chichen Itza.

Bem antes de dele nos aproximarmos, assola-nos a impressão de estarmos cercados de felinos. Ouvimos rugidos. Soam-nos demasiado agudos para poderem ser reais.

À medida que caminhamos, percebemos que, além da miríade de esculturas que produzem, os Maias que ali comerciam artesanias, inventaram um brinquedo que, soprado, imitava os jaguares.

Aborrecidos pela rotina, apostados em suscitar a curiosidade dos visitantes, repetiam o bramido do animal vezes sem conta.

Apontamos a leste e ao Templo de Kukulkan, situado no âmago do complexo.

A Supremacia Divina de Kukulman – Quetzalcoatl

Kukulkan, a serpente emplumada era, para os Maias Itza, o único deus acima do jaguar Ek Balam, cerne do culto fortemente influenciado pelo de Quetzalcoatl, há muito em vigor entre os Aztecas do centro do México.

Serviram de faróis espirituais e mundanos a ambas as civilizações e de unificadores contra as ameaças permanentes de povos e cidades rivais.

Em Chichen Itza, Kukulkam foi reverenciado com base na pirâmide socalcada que, mais tarde, os conquistadores espanhóis se habituaram a chamar El Castillo.

Quando a apreciamos, sucessivos guias tentam comprovar aos seus clientes uma ligação sonora com Quetzalcoatl. “Escutem agora, com atenção” ouvimo-los rogar. Seguem-se palmas. As palmas ecoam nas pedras da pirâmide.

Produzem uma espécie de guincho que os guias garantem assemelhar-se ao piar do quetzal, a ave reverenciada pelos povos mexicas e da América Central, cujas penas os Maias acreditavam revestir a Serpente Preciosa.

Não era o único efeito prodigioso que o Templo de Kukulkam gerava. Quem, como nós o circunda, dá com as cabeças duplas da serpente na sua base.

Desvenda que os Maias desenharam e ergueram a pirâmide de maneira a que, cada equinócio do ano fizesse a Kukulkan descer do cimo ao solo.

As Dimensões Astronómicas de Chichen Itza

Quem tem o privilégio de visitar Chichen Itza numa dessas datas, à hora certa, observa os raios de sol a incidirem numa tangente, que só ilumina a aresta dos degraus acima. De tal maneira, que desenha um corpo de serpente quase perfeito.

Os maias eram sérios estudiosos e seguidores da astronomia. Dispuseram os edifícios de Chichen Itza e de várias outras suas cidades de acordo com intrincadas lógicas astronómicas.

O facto de o Templo de Kukulkan possuir 365 degraus e do observatório do Espaço El Caracol lhes permitir seguir a trajectória de Vénus no firmamento, tê-los-á ajudado a calcular a forma como o sol incidia na pirâmide.

A meio de Novembro, tínhamos passado o equinócio de Outono. Estávamos longe do da Primavera. Conformamo-nos, assim, com imaginarmos o fenómeno e a sua ponderada excentricidade. Apenas e só, da base do templo.

Até 2006, os visitantes podiam ascender ao topo do El Castillo, onde conquistavam vistas a 360º, sobre o complexo e a selva em redor.

A benesse foi suspensa ad eternum quando uma visitante californiana de 80 anos desfaleceu, caiu de uma altura de vinte metros e acabou por sucumbir.

Os Rituais Sanguinários que Impunham a Supremacia Maia

A fazer fé na exactidão histórica de “Apocalypto”, filme realizado nesse mesmo ano por Mel Gibson, os degraus da pirâmide já tinham sofrido os impactos de incontáveis outras vítimas.

Numa cena da longa-metragem, passada no cimo do templo, o sumo-sacerdote de Kukulkan arranca os corações a prisioneiros de guerra.

Logo, corta-lhes as cabeças, lançadas escadaria abaixo, sobre um povo Maia sedento de sangue que a crueza da cerimónia leva ao êxtase.

Estas e muitas outras cabeças cortadas, decorrente de batalhas e incursões a territórios de povos inimigos, acabavam empaladas umas sobre as outras, em postes ao alto.

A algumas dezenas de metros do Templo de Kukulkan, deparamo-nos com uma plataforma decorada com gravuras de caveiras.

Denominada de Tzompantli, servia de memorial dos sacrificados, intimidava a população a que, ao mesmo tempo, exibia o poderio e as conquistas do imperador supremo dos Maias.

Chichen Itza: a História Enigmática e Difusa da Grande Capital Maia

Chichen Itza foi fundada entre 750 e 900 d.C. No final do século X, beneficiada pelo declínio de outras cidades do Sul do Iucatão, em especial das aliadas Cobá e Yaxuna e, por algum tempo, aliada à capital do oeste do Iucatão, Uxmal, já controlava a maior parte da península, do Golfo do México aos domínios orientais de Zamá, a Tulum dos nossos dias.

O critério serve o que serve, mas, tinha ainda o maior campo de Jogo da Bola de todo o mapa Maia e Azteca das Américas, com 168 por 70 metros.

Esse Jogo da Bola mantém-se um espaço entremuros amplo, em parte ervado, noutra parte, de uma terra clara batida pelas pisadas dos milhões anuais de visitantes.

Quando nele entramos, damos com umas poucas dezenas, uns vinte, alinhados, compenetrados nas explicações que um guia lhes transmitia, sob um dos aros em que os jogadores maias tinham que acertar com uma bola de cautchu, com movimentos vigorosos de anca.

Crê-se que duzentos anos depois do ápice, por volta de 1100 d.C., Chichen Itza entrou no seu próprio declínio. Favoreceu, assim, a ascensão de outra capital a oeste, Mayapan.

A Polémica Maia-Tolteca por Detrás da Origem e História de Chichen Itza

Estima-se que a cidade terá sido atacada e lotada. Alguns teóricos defendem que pelos Toltecas do centro do México com quem os Maias há muito comerciavam.

Outros, são apologistas de que os Toltecas se haviam integrado entre os Maias, que estes eram, na realidade, compostos de membros das duas etnias.

O que explica a similitude arquitectónica de alguns dos edifícios de Chichen Itza, sobretudo do Templo dos Guerreiros, com outros encontrados em Tula, em tempos, a capital dos Toltecas.

No início do século XIII, Mayapan derrotou Chichen Itza.

Décadas mais tarde, a antiga capital viu-se abandonada pelos seus governantes e pela elite que os secundava, não necessariamente por toda a população.

Voltamos a avançar no tempo. Mais dois séculos.

Duas Gerações de Franciscos Montejos e a Conquista Espanhola do Iucatão

Em 1526, Cristóvão Colombo tinha já revelado a América. Uma sucessão de outros navegadores e de conquistadores zarparam do sul da Ibéria apostados em fazer fortuna e reclamar novas terras para a Coroa Espanhola.

Duas gerações de Montejos, ambos Franciscos, foram autorizados a conquistar a Península do Iucatão. A meio do século XVI, após vários reveses, Francisco Montejo filho conseguiu aliciar os Maias do sudoeste do Iucatão a se aliarem às suas forças invasoras.

O exército que formou provou-se avassalador. Submeteu os Maias inimigos que resistiam.

Os conquistadores espanhóis apoderaram-se do Iucatão, da costa caribenha ao território oposto de Campeche. Não tarda, de todo o actual México, América Central e do Sul.

Chichen Itza sumiu-se na História. Até aos novos exploradores e estudiosos do século XIX a terem resgatado à selva iucateca.

Malgrado a longa imposição e devastação hispânica, os Maias subsistem nos domínios antes governados pelas suas cidades-estado.

A Relação Maia Contemporânea com a Chichen Itza de Hoje

Voltaram a Chichen Itza. Veem as ruínas agora Maravilha do Mundo como um Património da Humanidade e legado divino, uma espécie de sustento sagrado.

No extremo nordeste do complexo, entre o Templo dos Guerreiros e o mercado, os rugidos dos jaguares Balam continuam. Um outro prodígio maia chama-nos a atenção.

Basílio pouco ou nada se deixa importunar. Compenetrado, pachorrento, o artesão de meia-idade retoca o seu mais recente quadro esculpido, a representar o Jogo da Bola maia em distintas perspectivas e momentos.

Aproximamo-nos. Apreciamos o trabalho minucioso que levava a cabo e o que tinha já terminado e ansiava vender. Basílio compreende. Aceita que, mesmo que a nossa vontade fosse essa, não podíamos pagar-lhe os quase 200 euros que pedia por um dos exemplares.

Resigna-se com uma serenidade e dignidade só ao alcance dos povos mais sábios.

Prova-nos, ali, de sorriso nos lábios, como, mesmo forçados a partilhar as suas terras e monumentos, os Maias continuam a louvar a sua civilização.

Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Uma Cidade Perdida e Achada
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