Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia


Muro do Jogo da Bola
Jogo da Bola em Grupo
O Aro-Cesto
Incrições
Kukulkan
Kukulkan a Dobrar
Kukulkan a Dobrar II
Cabeças de Kukulkan
O Cimo de El Castilo
El Castillo de Chichen Itza
De Passagem
Descida Excepcional
Escultura de Balam
Máscaras maias
Escultura colorida
Rituais cruéis
Triunfos das Conquistas Maias
Fachada Ervada
O Grande Jogo da Bola
Templo dos Guerreiros
Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.

Percorremos a alameda ladeada por árvores que conduz à entrada.

Um dos muitos vendedores maias de artesanato desperta-nos a atenção. Pintava uma cabeça de jaguar que ajustava ao colo, contra uma t-shirt dos Iron Maiden. A delicadeza com que retocava os bigodes do felino sarapintado contrastava com a rudeza da banda.

Detemo-nos a acompanhar a obra. Perguntamos-lhe se a vai pintar de amarelo ou deixar a preto e branco e, conversa puxa conversa, se usava a t-shirt só por usar ou se era um fã a sério do grupo inglês.

Carlos, assim se chamava o artesão, afiança-nos que os adorava. Esclarecidos, ainda assim, intrigados, regressamos ao jaguar que, por boa razão, constava nas bancas de quase todos os vendedores, em formas e tons pouco destoantes.

Mais que o animal em si, as esculturas representavam Ek Balam, um dos deuses maias idolatrados, ícone religioso de incomparável bravura marcial, inspirador de toda uma ordem de soldados ao serviço do imperador.

Ek Balam, uma das divindades que regiam o Xibalba, o inframundo maia, foi, ainda assim, meritório de um templo à superfície em Chichen Itza.

E, a apenas 56 km a nordeste, 175km da capital iucateca Mérida, consagrado com toda uma povoação e lugar cerimonial seus contemporâneos.

De Templo em Templo, atrás dos Enigmas de Chichen Itza

O Templo do Jaguar é dos primeiros com que nos deparamos mal entrarmos em Chichen Itza.

Bem antes de dele nos aproximarmos, assola-nos a impressão de estarmos cercados de felinos. Ouvimos rugidos. Soam-nos demasiado agudos para poderem ser reais.

À medida que caminhamos, percebemos que, além da miríade de esculturas que produzem, os Maias que ali comerciam artesanias, inventaram um brinquedo que, soprado, imitava os jaguares.

Aborrecidos pela rotina, apostados em suscitar a curiosidade dos visitantes, repetiam o bramido do animal vezes sem conta.

Apontamos a leste e ao Templo de Kukulkan, situado no âmago do complexo.

A Supremacia Divina de Kukulman – Quetzalcoatl

Kukulkan, a serpente emplumada era, para os Maias Itza, o único deus acima do jaguar Ek Balam, cerne do culto fortemente influenciado pelo de Quetzalcoatl, há muito em vigor entre os Aztecas do centro do México.

Serviram de faróis espirituais e mundanos a ambas as civilizações e de unificadores contra as ameaças permanentes de povos e cidades rivais.

Em Chichen Itza, Kukulkam foi reverenciado com base na pirâmide socalcada que, mais tarde, os conquistadores espanhóis se habituaram a chamar El Castillo.

Quando a apreciamos, sucessivos guias tentam comprovar aos seus clientes uma ligação sonora com Quetzalcoatl. “Escutem agora, com atenção” ouvimo-los rogar. Seguem-se palmas. As palmas ecoam nas pedras da pirâmide.

Produzem uma espécie de guincho que os guias garantem assemelhar-se ao piar do quetzal, a ave reverenciada pelos povos mexicas e da América Central, cujas penas os Maias acreditavam revestir a Serpente Preciosa.

Não era o único efeito prodigioso que o Templo de Kukulkam gerava. Quem, como nós o circunda, dá com as cabeças duplas da serpente na sua base.

Desvenda que os Maias desenharam e ergueram a pirâmide de maneira a que, cada equinócio do ano fizesse a Kukulkan descer do cimo ao solo.

As Dimensões Astronómicas de Chichen Itza

Quem tem o privilégio de visitar Chichen Itza numa dessas datas, à hora certa, observa os raios de sol a incidirem numa tangente, que só ilumina a aresta dos degraus acima. De tal maneira, que desenha um corpo de serpente quase perfeito.

Os maias eram sérios estudiosos e seguidores da astronomia. Dispuseram os edifícios de Chichen Itza e de várias outras suas cidades de acordo com intrincadas lógicas astronómicas.

O facto de o Templo de Kukulkan possuir 365 degraus e do observatório do Espaço El Caracol lhes permitir seguir a trajectória de Vénus no firmamento, tê-los-á ajudado a calcular a forma como o sol incidia na pirâmide.

A meio de Novembro, tínhamos passado o equinócio de Outono. Estávamos longe do da Primavera. Conformamo-nos, assim, com imaginarmos o fenómeno e a sua ponderada excentricidade. Apenas e só, da base do templo.

Até 2006, os visitantes podiam ascender ao topo do El Castillo, onde conquistavam vistas a 360º, sobre o complexo e a selva em redor.

A benesse foi suspensa ad eternum quando uma visitante californiana de 80 anos desfaleceu, caiu de uma altura de vinte metros e acabou por sucumbir.

Os Rituais Sanguinários que Impunham a Supremacia Maia

A fazer fé na exactidão histórica de “Apocalypto”, filme realizado nesse mesmo ano por Mel Gibson, os degraus da pirâmide já tinham sofrido os impactos de incontáveis outras vítimas.

Numa cena da longa-metragem, passada no cimo do templo, o sumo-sacerdote de Kukulkan arranca os corações a prisioneiros de guerra.

Logo, corta-lhes as cabeças, lançadas escadaria abaixo, sobre um povo Maia sedento de sangue que a crueza da cerimónia leva ao êxtase.

Estas e muitas outras cabeças cortadas, decorrente de batalhas e incursões a territórios de povos inimigos, acabavam empaladas umas sobre as outras, em postes ao alto.

A algumas dezenas de metros do Templo de Kukulkan, deparamo-nos com uma plataforma decorada com gravuras de caveiras.

Denominada de Tzompantli, servia de memorial dos sacrificados, intimidava a população a que, ao mesmo tempo, exibia o poderio e as conquistas do imperador supremo dos Maias.

Chichen Itza: a História Enigmática e Difusa da Grande Capital Maia

Chichen Itza foi fundada entre 750 e 900 d.C. No final do século X, beneficiada pelo declínio de outras cidades do Sul do Iucatão, em especial das aliadas Cobá e Yaxuna e, por algum tempo, aliada à capital do oeste do Iucatão, Uxmal, já controlava a maior parte da península, do Golfo do México aos domínios orientais de Zamá, a Tulum dos nossos dias.

O critério serve o que serve, mas, tinha ainda o maior campo de Jogo da Bola de todo o mapa Maia e Azteca das Américas, com 168 por 70 metros.

Esse Jogo da Bola mantém-se um espaço entremuros amplo, em parte ervado, noutra parte, de uma terra clara batida pelas pisadas dos milhões anuais de visitantes.

Quando nele entramos, damos com umas poucas dezenas, uns vinte, alinhados, compenetrados nas explicações que um guia lhes transmitia, sob um dos aros em que os jogadores maias tinham que acertar com uma bola de cautchu, com movimentos vigorosos de anca.

Crê-se que duzentos anos depois do ápice, por volta de 1100 d.C., Chichen Itza entrou no seu próprio declínio. Favoreceu, assim, a ascensão de outra capital a oeste, Mayapan.

A Polémica Maia-Tolteca por Detrás da Origem e História de Chichen Itza

Estima-se que a cidade terá sido atacada e lotada. Alguns teóricos defendem que pelos Toltecas do centro do México com quem os Maias há muito comerciavam.

Outros, são apologistas de que os Toltecas se haviam integrado entre os Maias, que estes eram, na realidade, compostos de membros das duas etnias.

O que explica a similitude arquitectónica de alguns dos edifícios de Chichen Itza, sobretudo do Templo dos Guerreiros, com outros encontrados em Tula, em tempos, a capital dos Toltecas.

No início do século XIII, Mayapan derrotou Chichen Itza.

Décadas mais tarde, a antiga capital viu-se abandonada pelos seus governantes e pela elite que os secundava, não necessariamente por toda a população.

Voltamos a avançar no tempo. Mais dois séculos.

Duas Gerações de Franciscos Montejos e a Conquista Espanhola do Iucatão

Em 1526, Cristóvão Colombo tinha já revelado a América. Uma sucessão de outros navegadores e de conquistadores zarparam do sul da Ibéria apostados em fazer fortuna e reclamar novas terras para a Coroa Espanhola.

Duas gerações de Montejos, ambos Franciscos, foram autorizados a conquistar a Península do Iucatão. A meio do século XVI, após vários reveses, Francisco Montejo filho conseguiu aliciar os Maias do sudoeste do Iucatão a se aliarem às suas forças invasoras.

O exército que formou provou-se avassalador. Submeteu os Maias inimigos que resistiam.

Os conquistadores espanhóis apoderaram-se do Iucatão, da costa caribenha ao território oposto de Campeche. Não tarda, de todo o actual México, América Central e do Sul.

Chichen Itza sumiu-se na História. Até aos novos exploradores e estudiosos do século XIX a terem resgatado à selva iucateca.

Malgrado a longa imposição e devastação hispânica, os Maias subsistem nos domínios antes governados pelas suas cidades-estado.

A Relação Maia Contemporânea com a Chichen Itza de Hoje

Voltaram a Chichen Itza. Veem as ruínas agora Maravilha do Mundo como um Património da Humanidade e legado divino, uma espécie de sustento sagrado.

No extremo nordeste do complexo, entre o Templo dos Guerreiros e o mercado, os rugidos dos jaguares Balam continuam. Um outro prodígio maia chama-nos a atenção.

Basílio pouco ou nada se deixa importunar. Compenetrado, pachorrento, o artesão de meia-idade retoca o seu mais recente quadro esculpido, a representar o Jogo da Bola maia em distintas perspectivas e momentos.

Aproximamo-nos. Apreciamos o trabalho minucioso que levava a cabo e o que tinha já terminado e ansiava vender. Basílio compreende. Aceita que, mesmo que a nossa vontade fosse essa, não podíamos pagar-lhe os quase 200 euros que pedia por um dos exemplares.

Resigna-se com uma serenidade e dignidade só ao alcance dos povos mais sábios.

Prova-nos, ali, de sorriso nos lábios, como, mesmo forçados a partilhar as suas terras e monumentos, os Maias continuam a louvar a sua civilização.

Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano

No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Manequins e pedestres reflectidos
Cidades
Saint John's, Antigua

A Cidade Caribenha de São João

Situada numa enseada oposta àquela em que o Almirante Nelson fundou as suas estratégicas Nelson Dockyards, Saint John tornou-se a maior povoação de Antígua e um porto de cruzeiros concorrido. Os visitantes que a exploram além do artificial Heritage Quay, descobrem uma das capitais mais genuínas das Caraíbas.
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Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Cultura
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
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Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Em Viagem
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
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Étnico
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
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O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

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História
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Um Vislumbre da Coreia Medieval

O Palácio de Gyeongbokgung resiste protegido por guardiães em trajes sedosos. Em conjunto, formam um símbolo da identidade sul-coreana. Sem o esperarmos, acabamos por nos ver na era imperial destas paragens asiáticas.
Camiguin, Filipinas, manguezal de Katungan.
Ilhas
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
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Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
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Literatura
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Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
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Natureza
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O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
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Outono
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
bandeira argentina no lago-glaciar perito moreno-argentina
Parques Naturais
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O Glaciar Que Resiste

O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina
Luzes de Ogimachi, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho
Património Mundial UNESCO
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Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
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Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Praias
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
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Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
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Sociedade
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Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
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Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
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Vida Selvagem
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Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
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Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.