Santa Cruz de La Palma, Canárias

A Viagem na História de Santa Cruz de La Palma


Arcadas do Ayuntamento
Arcadas seculares na base do edifício do Ayuntamento de Santa Cruz de La Palma.
Beco Arcado
Beco que conduz ao âmago da Plaza de España.
Bouganvillea Exuberante
Sebe de Bouganvilleas resplandece entre um muro branco e um balcón de Santa Cruz.
Calle Real de Santa Cruz
Fachadas dos edifícios que delimitam a Calle Real, na iminência da Plaza de España.
Campanário da Igreja de San Salvador
A torre de pedra vulcânica da Igreja de San Salvador, num extremo da Plaza de España.
Grande Balcon
Palmeira reforça o visual tropical de um dos muitos recantos de Santa Cruz de la Palma.
Castillo Santa Catalina
A fachada traseira do Castillo de Santa Catalina, virada ao oceano Atlântico.
Frente do Castillo de Santa Catalina
A frente fortificada com fosso do Castillo de Santa Catalina.
Músicos
Estátua Divino homenageia músicos de Santa Cruz de La Palma.
Iglésia Santo Domingo
Ciclista treina acrobacias no largo da Iglésia de Santo Domingo
A Plaza de España
A estátua de Manuel Díaz no centro da Plaza de España de Santa Cruz de La Palma.
Varandas Avenida Marítima
Moradoras conversam em dois planos da Avenida Marítima e dos seus balcones.
Santa Cruz de La Palma
Painel de entrada em Santa Cruz de la Palma, decorado com os famosos Enanos da cidade.
Balcón Frondoso
Vegetação diversa pende de uma das varandas tradicionais da Avenida Marítima de Santa Cruz de La Palma.
Nau “Santa Maria” clonada
Miúdo ciclista pratica em frente a réplica da nau "Santa Maria", a original comandada por Cristóvão Colombo.
Começou como mera Villa del Apurón. Chegado o séc. XVI, a povoação não só tinha ultrapassado as suas dificuldades como era já a terceira cidade portuária da Europa. Herdeira dessa abençoada prosperidade, Santa Cruz de La Palma tornou-se uma das capitais mais elegantes das Canárias.

Com o fim da tarde, encerradas as obrigações laborais do dia, uma multidão de santacruceros aflui à Avenida Marítima.

Ali, apenas com o areal negro a separá-los do embalo do Atlântico, descomprimem da rotina, entregues a caminhadas e corridas sôfregas e a conversas animadas. Do lado oposto da estrada, desenrolam-se outras cavaqueiras menos ofegantes.

Com o passar dos anos, Santa Cruz teve que fazer cedências arquitectónicas à modernidade.

Quando admiramos as primeiras linhas do casario de cima do muro da marginal, reparamos na exuberância das suas varandas de madeira lavrada, várias, adornadas por flores, plantas e trepadeiras.

De uma delas, menos vegetal, uma moradora cavaqueira com uma amiga que a acompanha de cabeça inclinada. Debatem uma qualquer combinação confusa.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Varandas Avenida Marítima

Moradoras conversam em dois planos da Avenida Marítima e dos seus balcones.

A dona da casa atira uma chave para baixo. Logo, um envelope. Ambas repetem os “vale, vale” de aprovação típicos do castelhano, tudo isto sob supervisão de um grupo de idosos em convívio numa mesa de esplanada próxima.

Reparamos numa varanda ao lado. Alojava uma vegetação tão farta que só tinha a descoberto a parte superior da estrutura. Dela pendiam quase florestas de plantas distintas.

Farfalhudas e exuberantes à laia das barbas dos conquistadores que partiram da Ibéria para o mundo.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Vegetação de Varanda da Av. Marítima

Vegetação diversa pende de uma das varandas tradicionais da Avenida Marítima de Santa Cruz de La Palma.

Apesar de as outras ilhas terem a sua própria abundância e diversidade de edifícios coloniais, o conjunto de varandas que apreciávamos é considerado o mais prodigioso das Canárias.

Lado a lado, num curto trecho da avenida, surgem agrupados com diversos visuais, com destaque para os balcones dobles, diz-se que inspirados nas varandas e adufas tradicionais portuguesas.

Em Santa Cruz de La Palma, o emprego de tipologias e soluções lusitanas está por toda a parte. O âmago histórico da povoação, desenvolvida em redor de La Alameda, seguiu o padrão tido como português: linear e ajustado aos recortes da costa.

As varandas, em particular, foram adaptadas como solução de refrigeração para os dias mais quentes, numa beira-mar em que que os proprietários podiam contar com as brisas dos Alísios, ali provindos do quadrante norte.

Malgrado a beleza e a fama que conquistaram, eram consideradas estruturas secundárias dos lares. As frentes dos prédios respectivos ainda dão para a rua primordial da cidade, dividida entre Calle O’Daly e Calle Pérez de Brito.

Na origem das origens, anterior à predecessora Villa del Apurón, aquelas traseiras das casas tinham o mar por debaixo.

Abrigavam compartimentos de retretes, munidas de orifícios que permitiam o escoamento directo para a antiga zona de rebentação do Atlântico.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, prédio com varandas

Prédio com varandas tradicionais repletas de plantas, antes sobre o limiar do oceano Atlântico.

A Origem Colonial da Villa del Apurón

O lugarejo predecessor da cidade foi fundado, em 1493, por Alonso Fernández de Lugo, um conquistador nomeado adelantado.

Aquando da chegada dos navegadores europeus, as Canárias permaneciam sob controle dos indígenas Guanches, divididos em subgrupos aguerridos que defendiam La Palma e as outras ilhas Canárias. Ora, os Guanches resistiram aos invasores europeus durante todo o século XV.

Alonso Fernández de Lugo liderou as forças castelhanas em várias das batalhas cruciais contra eles travadas, sobretudo em Tenerife.

Numa delas, a Primeira Batalha de Acentejo (1494), foi um de apenas cinco sobreviventes. Por essa altura, a resistência dos guanches Benahoritas da vizinha do norte, La Palma, estava já dominada.

O realengo erguido por de Lugo ocupou um reduto do litoral à época conhecido por Tedote, uma das divisões da ilha estabelecidas pelos Benahoritas.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Tedote

Zona do litoral da ilha de La Palma a que os nativos Benahoritas chamavam de Tedote.

Em 1542, já governado pelo sobrinho de De Lugo, passou a Villa del Apurón. Este baptismo terá resultado das agruras vividas pelos castelhanos em combate contra os Benahoritas.

Em virtude de a fundação da povoação se ter dado no dia hispânico da Invención de la Santa Cruz, Villa del Apurón coexistiu e alternou nos escritos e registos com Villa de Santa Cruz.

A Arquitectura e o Urbanismo Nobres de Santa Cruz de La Palma

Sem surpresa, por influência clerical, este último nome sobrepôs-se. Santa Cruz popularizou-se na história como Muy Noble y Leal Ciudad de Santa Cruz.

Quando a visitamos, o título e o nome vigoram. Santa Cruz é, agora, uma das capitais de ilha resplandecentes das Canárias.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, enanos

Painel de entrada em Santa Cruz de la Palma, decorado com os famosos Enanos da cidade.

Continuamos a descobri-la.

Da Avenida Marítima, internamo-nos na grelha urbana que o relevo de La Palma fez menos geométrico que noutras paragens.

A ruela estreita e sombria em que nos metemos, revela-nos o fosso e pórtico do Real Castillo de Santa Catalina, com a sua frente de costas voltadas para o Atlântico, um bom-senso militar que terá poupado muitas vidas.

Mesmo se a fortaleza resultou de um típico contexto de “casa assaltada, trancas à porta”.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, castillo Santa Catalina

A frente fortificada com fosso do Castillo de Santa Catalina.

A edificação do castelo teve início em 1554, no ano a seguir à invasão e saque liderados pelo pirata normando François Le Clerc, mais conhecido por Perna de Pau, nem que fosse porque realmente a tinha.

Umas dezenas de metros acima, entre palmeiras, damos entrada na Plaza de La Alameda.

Subsistem, por ali, mais alguns exemplares de fachadas e janelas históricas que nos remetem para o norte de Portugal. O próprio coreto no cerne da praceta é tanto canário e espanhol como podia ser português.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, fachada La Alameda

Palmeira recorta a fachada pastel de uma casa de La Alameda de Santa Cruz.

A Homenagem de Santa Cruz de La Palma aos Marinheiros das Canárias

No extremo oposto do jardim, encontramos, em doca seca, uma réplica da caravela “Santa Maria”, uma das três que Cristóvão Colombo comandou em busca da rota ocidental para as Índias.

A sua pequena frota zarpou de Palos de La Frontera, Huelva, em 3 de Agosto de 1492. Seis dias depois, atingiu as Canárias.

Colombo encarregou-se de reforçar as embarcações para o desconhecido que o esperava. Tratou também de recrutar marinheiros canários, famosos na Europa por terem o melhor conhecimento dos mares e por serem destemidos.

A 5 de Setembro, por fim, Colombo partiu rumo ao que pensava ser a Ásia. Sem saber como, descobriu as Américas para o Velho Mundo.

A réplica da “Santa Maria”, hoje transformada em Museu Naval Barco de La Virgen, foi construída junto ao Barranco de las Nieves de La Palma, como elemento fulcral das Festas Lustrales de la Bajada de la Virgen.

Malgrado o propósito religioso original, celebra a descoberta das Américas, a tradição marinheira de Santa Cruz e a participação dos marinheiros das Canárias na expedição de Colombo.

Calle Real e Plaza de España, o Âmago Majestoso de Santa Cruz de la Palma

No momento em que a admiramos, dois jovens ciclistas-acrobatas entretêm-se com voltas terrestres e terrenas no largo em frente. Levam o seu treino tão a sério que pedalam e saltam enfiados em capacetes dos completos, todos fechados.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, réplica da Nau Santa Maria

Miúdo ciclista pratica em frente a réplica da nau “Santa Maria”, a original comandada por Cristóvão Colombo.

Atraíam-nos, sobretudo, os largos dotados de escadarias, uma combinação abundante na histórica e inclinada Santa Cruz. Haveríamos de nos cruzar com o duo mais uma série de vezes.

O seguinte encontro deu-se nos domínios da Calle Real e da Plaza de España, lugar do Ayuntamiento da cidade, aclamado como o conjunto renascentista mais impressionante das Canárias.

Mesmo conhecedores da proibição, os miúdos ensaiaram, ali, alguns movimentos. Até que um polícia de passagem se encarrega de os expulsar. E de devolver a tranquilidade ao cenário secular.

Há muito que a Plaza de España mantém, na cidade, uma função dupla, com fronteiras difusas.

Delimitam-na a fachada e o campanário da Igreja de São Salvador, (ambos góticos) uma série de casas senhoriais e as Casas Consistoriais, da municipalidade.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Plaza de España

A estátua de Manuel Díaz no centro da Plaza de España de Santa Cruz de La Palma.

No centro do conjunto destaca-se a estátua de Manuel Díaz, um padre, político, educador e homem de cultura proeminente, em Santa Cruz, na primeira metade do século XIX.

Do lado oposto à igreja, sob o olhar inquisitório de Manuel Díaz, as arcadas debaixo do Ayuntamento são garantia de sombra e abrigo para a chuva.

Lá vemos sentados moradores idosos, a recuperarem o fôlego das suas caminhadas às compras.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, arcadas Ayuntamento

Arcadas seculares na base do edifício do Ayuntamento de Santa Cruz de La Palma.

Outros núcleos arquitectónicos prodigiosos, mesmo se não tão imponentes que o da Plaza de España, contribuem para fazer de Santa Cruz a cidade reverenciada das Canárias que é.

Cada vez mais encantados, sentimo-nos na obrigação de perceber como tinha uma povoação do arquipélago, tão distante de Sevilha e de outras grandes cidades espanholas, conseguido tais atributos.

Do Realengo de Fernández de Lugo à Cidade Portuária da Europa

Pois, ditou o clima subtropical e o destino que, numa altura em que ainda era novidade, a cana-de-açúcar crescesse em abundância em La Palma.

De tal forma prolífica que o porto da cidade a exportava em grandes quantidades.

Mais tarde também vinho e até seda.

Cinco anos decorridos após a destruição às mãos de François Le Clerc, Felipe II (I de Portugal) decretou a criação do primeiro Juzgado de Índias.

Escolheu Santa Cruz de La Palma por, não obstante os danos causados pelos corsários, a cidade se ter voltado a provar a mais comercial das Canárias.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Calle Real

Fachadas dos edifícios que delimitam a Calle Real, na iminência da Plaza de España.

De então em diante, qualquer embarcação espanhola com propósitos mercantis, deveria registar-se no Juzgado de Índias antes de partir para as Américas.

Como pretendido pelo rei, o influxo dos comerciantes, as ininterruptas transações com as colónias americanas e o norte da Europa substanciou a prosperidade de Santa Cruz.

No século XVI, tanto em número de barcos como de actividade comercial, o porto da cidade só ficava atrás dos de Sevilha e de Antuérpia.

A Elegância Histórica que Perdura

Na actualidade, finda há muito a era imperial de Espanha, Santa Cruz de La Palma conserva uma importância regional incontornável.

O porto da cidade assegura o transporte de pessoas e bens com as restantes Canárias e o sul de Espanha.

Mesmo assim, Santa Cruz de La Palma viu-se ultrapassada em população pelo município produtor de bananas de Los Llanos de Aridane.

No que diz respeito a elegância histórica e arquitectónica, continua sem rival.

La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias

Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
El Hierro, Canárias

A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
La Graciosa, Ilhas Canárias

A Mais Graciosa das Ilhas Canárias

Até 2018, a menor das Canárias habitadas não contava para o arquipélago. Desembarcados em La Graciosa, desvendamos o encanto insular da agora oitava ilha.
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Tenerife, Canárias

O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
Tenerife, Canárias

Pelo Leste da Ilha da Montanha Branca

A quase triangular Tenerife tem o centro dominado pelo majestoso vulcão Teide. Na sua extremidade oriental, há um outro domínio rugoso, mesmo assim, lugar da capital da ilha e de outras povoações incontornáveis, de bosques misteriosos e de incríveis litorais abruptos.
Vegueta, Gran Canária, Canárias

Às Voltas pelo Âmago das Canárias Reais

O velho e majestoso bairro Vegueta de Las Palmas destaca-se na longa e complexa hispanização das Canárias. Findo um longo período de expedições senhoriais, lá teve início a derradeira conquista da Gran Canária e das restantes ilhas do arquipélago, sob comando dos monarcas de Castela e Aragão.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Fuerteventura, Canárias

Fuerteventura - Ilha Canária e Jangada do Tempo

Uma curta travessia de ferry e desembarcamos em Corralejo, no cimo nordeste de Fuerteventura. Com Marrocos e África a meros 100km, perdemo-nos no deslumbre de cenários desérticos, vulcânicos e pós-coloniais sem igual.
Gran Canária, Canárias

Gran (diosas) Canária (s)

É apenas a terceira maior ilha do arquipélago. Impressionou tanto os navegadores e colonos europeus que estes se habituaram a tratá-la como a suprema.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Vegetais, Little India, Singapura de Sari, Singapura
Cidades
Little India, Singapura

Little Índia. A Singapura de Sari

São uns milhares de habitantes em vez dos 1.3 mil milhões da pátria-mãe mas não falta alma à Little India, um bairro da ínfima Singapura. Nem alma, nem cheiro a caril e música de Bollywood.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Cultura
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Pequeno navegador
Étnico
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Sigiriya capital fortaleza: de regresso a casa
História
Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
Navala, Viti Levu, Fiji
Ilhas
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Kogi, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia
Natureza
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Guias penetram na Cidade de Pedra, Pirenópolis
Parques Naturais
Cidade de Pedra, Goiás, Brasil

Uma Cidade de Pedra. Preciosa.

Uma vastidão lítica desponta do cerrado em redor de Pirenópolis e do âmago do estado brasileiro de Goiás. Com quase 600 hectares e ainda mais milhões de anos, aglomera inúmeras formações ruiniformes caprichosas e labirínticas. Quem a visita, perde-se por lá de deslumbre.
Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade
Património Mundial UNESCO
Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Cabo Ledo Angola, moxixeiros
Praias
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Vida Selvagem
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.