Fira, Santorini, Grécia

Fira: Entre as Alturas e as Profundezas da Atlântida


Uma Thira crepuscular
O casario dependurado de Thira, ao cair da noite.
Descida a 2
Casal desce a escadaria que liga o cimo de Thira ao fundo da cidade.
Em caravana
Condutor de burros-taxi conduz uma caravana dos animais ao cimo de Thira.
Burro-Taxi
Burro-taxi de Thira estacionado numa equina da escadaria que leva ao cimo da capital.
Praça de Burros-Taxi
Burros-taxi estacionados na escadaria que liga o Porto Velho ao cimo de Thira.
Lares, hotéis e outros de Thira
O casario de estilo arquitectónico cicládico de Thira.
Os fundos de Thira
O porto velho de Thira, no fundo marinho da capital.
A cúpula religiosa de Thira
O cimo religioso do casario de Thira, a capital de Santorini.
Esplanada no cimo da caldeira
Visitantes desfrutam da paz de Thira numa esplanada com vista sobre a caldeira de Santorini.
Fundo de Thira
O porto velho de Thira, visto do cimo da capital de Santorini.
Vídeo Santorini
Visitante de Thira mostra o cenário de Santorini em redor a um familiar, durante uma videochamada.
Volkan Thira
Painel do Volkan cinema com a caldera da ilha-vulcão Thira em fundo.
Contemplação
Turistas admiram a vista do cimo da principal escadaria que serve Thira.
Thira, quase noite
Casario branco de Thira destacado no cimo da caldeira do vulcão-ilha homónimo.
Por volta de 1500 a.C. uma erupção devastadora fez afundar no Mar Egeu boa parte do vulcão-ilha Fira e levou ao colapso a civilização minóica, apontada vezes sem conta como a Atlântida. Seja qual for o passado, 3500 anos volvidos, Thira, a cidade homónima, tem tanto de real como de mítico.

Na segunda manhã que passamos ancorados em Santorini, recuperamos o périplo da ilha pelo cerne da questão. Uma embarcação de apoio do “Celestyal Crystal” leva-nos ao porto velho no sopé da vertente massiva em que se dependurava Fira.

Ali, subimos a bordo de um barco tradicional de madeira prestes a zarpar para Nea Kameni. Lá desembarcamos ávidos de uma exploração enriquecedora do âmago de lava do que foi, em tempos, a caldeira do grande vulcão Fira.

Alcançamos o cimo fumegante de Kameni, acompanhamos as explanações científicas e históricas do guia e apreciamos o cenário fascinante do estreito que separava Nea Kameni de Paleo Kameni.

Voltamos ao barco de madeira e contornamo-la até Athinios, o porto moderno e em permanente reboliço que acolhe os ferries procedentes de outras paragens do Egeu.

Dali, aos esses pelos penhascos acima, inauguramos um itinerário rodoviário aturado com paragens na Red Beach e na estação arqueológica de Akrotiri, que abordaremos com a devida atenção. Mais para o fim da tarde, o condutor deixa-nos, à entrada de Fira.

A Entrada Vespertina pelos Fundos de Fira

A superlotada vizinha Oia até podia continuar a chamar a si o protagonismo fotográfico e o estrelato de Santorini em geral. Ainda assim, não tínhamos como ignorar Fira. Afinal de contas, estávamos perante a capital e a maior urbe da ilha.

Uma ladeira leva-nos das imediações do terminal de autocarros, ruas acima, até ao caminho Nomikou M.. Quando chegamos a esta orla murada, mal podemos crer no panorama que temos por diante e em redor.

Turistas admiram o casario de Thira, Santorini, Grécia

Turistas admiram a vista do cimo da principal escadaria que serve Fira.

Uma catadupa de casas brancas, de terraços, torres, cúpulas, varandas e elementos arquitectónicos cicládicos condizentes espraia-se pelo cimo inclinado da vertente, até um limiar com o seu quê de tresloucado que a gravidade e a erosão continuam a tolerar, a 260m acima do nível do mar.

Logo abaixo, estão as ravinas recortadas e irregulares da velha caldeira. Desenrolam-se numa palete de castanhos, verdes e ocre que suavizam a transição para o azul petróleo do Egeu abaixo, em que permanecia ancorado o “Celestyal Crystal”.

Como é suposto numa ilha e cidade cristã, as igrejas coroam o casario. Dele se destacam a Catedral Metropolitana Ortodoxa, sede da diocese de Fira, Amorgos e das Ilhas, por certo um dos santuários com melhores vistas à face da Terra.

E, acima de onde a contemplávamos, a Catedral amarela de São João Baptista, a principal igreja católica de Santorini, não menos prendada no que a panoramas concerne.

Cimo religioso de Thira, Santorini, Grécia

O cimo religioso do casario de Fira, a capital de Santorini.

Num único ápice contemplativo, vimo-nos abençoados com o privilégio de explorarmos e vivermos uma urbe numa ilha como aquela, sem disputa, a mais excêntrica do vasto território helénico, assim ditaram os eventos geológicos que a esventraram.

Nomikou M. e Ipapantis. Dois dos Caminhos com Melhores Vistas do Mediterrâneo

Repetimos o cima-abaixo da Nomikou M. e da Ipapantis que lhe dava seguimento para sul, uma peregrinação que nos fatigava mas que, quanto mais prolongávamos mais se confirmava divinal.

Dessas veias limítrofes da cidade, admiramos centenas de outras almas num deleite semelhante. Casais apaixonados sentados em esplanadas flutuantes.

Grupos de amigos em férias que suspiravam perante a sumptuosidade das paisagens, instalados noutros assentos tão ou mais surreais: o do Volkan Cinema do Nomikos Cultural Center, enfeitado por cartazes que anunciavam um programa cinéfilo em redor da temática helénica: “Viram-se Gregos para Casar” uma comédia romântica de 2002 que conta com Tom Hanks.

E, malgrado ter sido filmado em grande parte em Vis, na Croácia, o musical “Mamma Mia”.

Volkan Cinema, Thira, Santorini, Grécia

Painel do Volkan cinema com a caldera da ilha-vulcão Fira em fundo.

Acontece com frequência a quem visita Fira nos sempre apressados cruzeiros ficar-se pelos níveis superiores da ilha e das povoações. Em pleno mês de Junho, quando os dias são os mais longos, vimo-nos com tempo para incursões às camadas inferiores da capital.

Os Acessos Díspares às Alturas de Fira

Coexistem em Fira três formas de subir do Porto Velho da cidade para as suas alturas: a mais fácil, o teleférico que assegura um trajecto linear de 3 minutos de meia-hora em meia-hora ou a cada 20 minutos, conforme a estação do ano.

Uma escadaria de cimento cumpre a mesma ligação numa versão ziguezagueante feita de 587 degraus exigentes. Quem quer poupar o custo do teleférico sobe a pé.

A terceira alternativa, a dos burros-taxi da cidade tem um custo bastante mais elevado que o teleférico.

Burros-taxi em Thira, Santorini, Grécia

Condutor de burros-taxi conduz uma caravana dos animais ao cimo de Fira.

Pois, com ou sem intenção, acontece a quem percorre a longa escadaria cruzar-se com as caravanas de burros. Conscientes das origens tradicionais do meio-de-transporte, começámos por nos posicionar em locais estratégicos para os fotografarmos em movimento.

Como quase sempre acontece, quisemos mais. Metemos conversa com os seus donos e condutores, pedimos para os fotografarmos com mais cuidado. Sem percebermos nem como nem porquê, suscitamos uma discussão entre os proprietários que se arrastou por quase uma hora.

A Polémica em Volta dos Burros-Taxi de Fira

Tudo começou quando aquele a que pedimos a foto, vestido com trajes mais típicos, recusou de imediato o nosso repto. Um outro que, ao contrário desse, falava um inglês muito atabalhoado, tentou justificar o colega. De início, pareceu-nos que queria transmitir que, se o queríamos fotografar, tínhamos que contratar os seus serviços.

Dedicámos um momento sentado ao que se passava e nos dizia. Não tardámos a apurar que o fulcro do problema era outro: “vocês vêm cá fotografar e levam as imagens para publicar, certo? explanou-nos.

“E, depois, fazem sair mais não sei quantos artigos a impingirem às pessoas que os animais são escravizados, vítimas de maus-tratos e coisas assim.”

Burro em Thira, Santorini, Grécia

Burro-taxi de Fira estacionado numa equina da escadaria que leva ao cimo da capital.

Verdade seja dita que não os tínhamos abordado com tal intenção. Fosse como fosse, numa era de sensacionalismo e redes sociais em que tudo descamba em escândalo e exagero, defensores e pseudo-defensores dos direitos dos animais tinham denunciado a exploração sistemática dos burros para um transporte desnecessário tendo em conta a existência da escadaria e do bem mais barato teleférico.

Alertavam o mundo, em particular, para a violência de os animais carregarem turistas obesos num trajecto, apesar do ziguezagueado, bastante íngreme, apenas para viverem uma experiência dita pitoresca.

Ora, a polémica agitou a harmonia tradicional e o profissionalismo em que antes operavam os donos dos burros que têm inclusive um site online com toda a informação, os itinerários, preços e até a possibilidade de fazer reservas e deixar depósitos.

Terá também diminuído sobremaneira o número dos passageiros que sustentavam as suas vidas.

Os Nomes Prolíficos e a Longas Histórias de Santorini e de Fira

O casario de Fira estende-se para norte até aos seus próprios arredores insulares de Firofistani e Imerovigli. Já a uma boa meia-hora a pé do centro de Fira, Imerovigli marca o lugar mais elevado da orla da caldeira mas também o extremo porque se fica a aglomeração de casas.

Daí para cima, o caminho passa entre hotéis, resorts e restaurantes aterraçados.

Logo, entrega-se a um domínio ora rochoso ora rural e serpenteia até à ponta oeste de Oia, a única povoação de dimensão comparável, a única que ofusca o brilho urbano de Fira e a que, um destes dias, dedicaremos o seu próprio artigo.

Edifícios de Thira, Santorini, Grécia

O casario de estilo arquitectónico cicládico de Fira.

De acordo com os escritos de Heródoto, a ilha-vulcão chegou a ser chamada de Strogyle devido à forma redonda que possuía. Fira (Thira, Thera) foi o nome mais tarde adaptado pelos Dóricos de Esparta, em homenagem ao seu rei Theras.

O ainda hoje bem mais popular Santorini terá sido disseminado durante o Imperio Latino (1204 – 1261) vigente em plenas Cruzadas, como contração de Santa Irine, a santa que tinha uma capela em sua honra na zona da actual Perissa e por que os colonos venezianos do Egeu se habituaram a tratar a ilha.

Destes nomes, num determinado momento geológico a partir de 1500 a.C., Strogyle deixou de fazer sentido.

A Erupção Destruidora e Disruptiva da ilha-vulcão Fira

A ilha-vulcão entrou num processo eruptivo relativamente longo que terá permitido aos habitantes refugiarem-se noutras ilhas. Nesse processo, a grande explosão acabou por se dar com uma potência brutal, crê-se que muitas vezes superior à famosa explosão do vulcão indonésio de Krakatoa.

Enquanto esta desfez uma cratera com 20km2, a do vulcão de Fira fez colapsar uma cratera com mais de 80km2.

Algumas teorias defendem que a configuração actual de Santorini foi resultado de uma sequência de eventos geológicos precipitados pela erupção: primeiro o abatimento do núcleo.

Casal em Thira, Santorini, Grécia

Casal desce a escadaria que liga o cimo de Fira ao fundo da cidade.

Depois, o alastrar desse abatimento até à abertura de um canal noroeste que permitiu a invasão do mar. Logo, a erosão intensa provocada por esta invasão que acabou por fazer desaparecer quase toda a secção ocidental da caldeira mas viu surgir a ilha central do vulcão de Kameni.

Akrotiri e o Legado Arruinado da Erupção

A pouco mais de onze quilómetros a sul da capital Fira, no fundo do “grande croissant” em que assenta hoje Santorini, encontramos Akrotiri.

Lá nos deslumbramos com o complexo de ruínas que, a partir de 1967, os arqueólogos têm desenterrado debaixo de uma grande camada de cinza vulcânica e revelado ao mundo.

O colapso da então minóica Akrotiri deu-se sem o dramatismo humano de Pompeia, onde os habitantes se viram surpreendidos por um fluxo piroclástico inexorável, durante o seu sono.

Em Akrotiri, não foram achados joias, valores, muito menos esqueletos, ossadas humanas ou corpos fossilizados. As cinzas preservaram frescos, potes e muitos outros artefactos e utensílios.

Esta realidade do pós-erupção permitiu concluir que os habitantes de Akrotiri e de outros lugares de Santorini terão tido tempo de se refugiarem em ilhas vizinhas, provavelmente em Creta, a ilha-mãe da civilização minóica.

Em 360 a.C., na sua obra “Diálogos”, Platão faz Critias abordar e revelar a Timateus pormenores de uma cidade perdida situada num determinado raio de Atenas e que Atenas veio a derrotar.

Vários estudiosos têm concordado na possibilidade de a Atlântida ter sido a  civilização minóica que controlava Thera, Creta e outras ilhas circundantes.

Thira, Santorini, Grécia

Casario branco de Fira destacado no cimo da caldeira do vulcão-ilha homónimo.

Esta civilização proliferou e evoluiu precisamente até à erupção cataclísmica do vulcão e ao maremoto avassalador que se lhe seguiu.

Certos cientistas estimam que as ondas geradas mediram até 60 metros. Com tal dimensão, quer fosse tratada por Minóica ou por Atlântida, não espantará que a tenham afundado e arruinado para sempre.

 

COMO VISITAR:

OS CELESTYAL CRUISES OPERAM CRUZEIROS NO MAR EGEU E MAR MEDITERRÂNEO DE MARÇO A NOVEMBRO, POR A PARTIR DE 539€.  RESERVAS EM www.celestyalcruises.com e pelo telf.: +30 2164009600.

Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Míconos, Grécia

A Ilha Grega em Que o Mundo Celebra o Verão

Durante o século XX, Míconos chegou a ser apenas uma ilha pobre mas, por volta de 1960, ventos cicládicos de mudança transformaram-na. Primeiro, no principal abrigo gay do Mediterrâneo. Logo, na feira de vaidades apinhada, cosmopolita e boémia que encontramos quando a visitamos.
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Chania a Elafonisi, Creta, Grécia

Ida à Praia à Moda de Creta

À descoberta do ocidente cretense, deixamos Chania, percorremos a garganta de Topolia e desfiladeiros menos marcados. Alguns quilómetros depois, chegamos a um recanto mediterrânico de aguarela e de sonho, o da ilha de Elafonisi e sua lagoa.
Chania, Creta, Grécia

Chania: pelo Poente da História de Creta

Chania foi minóica, romana, bizantina, árabe, veneziana e otomana. Chegou à actual nação helénica como a cidade mais sedutora de Creta.
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.

Spinalonga, Creta, Grécia

Uma Ilha Fortaleza Rendida a Colónia de Leprosos

Desde sempre disputada, ocupada por cristãos e sarracenos, venezianos, otomanos e, mais tarde, cretenses e gregos, entre 1903 e 1957, a árida Spinalonga acolheu um lazareto. Quando lá desembarcamos, estava desabitada, graças ao dramatismo do seu passado, era um dos lugares mais visitados da Grécia.

Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Marcha Patriota
Cidades
Taiwan

Formosa mas Não Segura

Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Capacete capilar
Cultura
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Músicos de etnia karanga jnunto às ruínas de Grande Zimbabwe, Zimbabwe
Étnico
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
História
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Passagem, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives
Ilhas
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Natureza
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Viajante acima da lagoa gelada de Jökursarlón, Islândia
Património Mundial UNESCO
Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Espantoso
Praias

Ambergris Caye, Belize

O Recreio do Belize

Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.

Kremlin de Rostov Veliky, Rússia
Religião
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Bufalos, ilha do Marajo, Brasil, búfalos da polícia de Soure
Sociedade
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Homens dragam areia do leito do rio Sangha para pirogas plataforma.
Vida Selvagem
Expedição Ducret 1º:  OuéssoPN Lobéké, Rep. Congo; Camarões

A Subida Inaugural do rio Sangha

Durante uma hora, sobrevoamos a vastidão tropical imensa que separa a capital Brazzaville da pequena cidade ribeirinha de Ouésso. Das suas margens, ascendemos o rio Sangha até ao parque nacional camaronês de Lobéké, num cenário ainda com muito de “Coração das Trevas”.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.